Recesso
É, pessoal, 2003 se foi. Para alguns, passou muito rápido, para outros foi um ano interminável. Para alguns, um ano memorável; para outros, um ano a ser esquecido. Quer seja curtindo numa mega festa exclusiva ou simplesmente em casa com uma Sidra Cereser, aproveite sua passagem de ano com toda a sua unicidade: virada de 2003 para 2004 só vai ter essa, então não importa se é para comemorar ou para aprender com os erros e com os tapas distribuídos pela vida: sinta o momento. Faça dele uma pedra fundamental para edificar construções lindas no ano que vem. O caminho é cheio de dificuldades que podem parecer sem sentido, mas no final das contas servem apenas para valorizar os momentos mágicos.
Os carros nacionais em 2003
O lançamento que mobilizou tropas e a imprensa neste ano foi o VW Fox, que no final das contas decepcionou muita gente que apostava suas fichas no carrinho pela recuperação em vendas da Volkswagen. Quem roubou a cena foi o EcoSport, vendido até hoje acima d
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Pneus 2
Esse post deveria ter saído logo após o primeiro sobre pneus, mas por alguma razão eu achei que tinha perdido o documento. Achei-o hoje (e aparentemente perdi o que iria postar).
Algo muito importante na hora de escolher o pneu do seu carro é a marca. Basicamente, no Brasil existem três classes disponíveis: os pneus atraentes pelo custo, normalmente de medidas menores e utilizadas em carros antigos (185/70 R14, por exemplo. Lembrando que 185 é a medida da largura do pneu, 70 é a porcentagem equivalente à sua altura e 14 é o diâmetro da roda). Entre essas marcas encontram-se os pneus do Carrefour e os CEAT, por exemplo, neste caso com aval da Pirelli. Na faixa imediatamente superior, que é a encontrada nos carros novos, estão pneus com boa relação entre custo e performance, das marcas mais conhecidas: Firestone, Bridgestone, Pirelli, Goodyear, Continental e Michelin. Acima, temos pneus raramente vistos, normalmente de medidas esportivas (225/55 R17) e de desempenho ele
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Palião
O face-lift é uma faca de dois legumes, como diria Vicente Matheus. Mexer apenas na frente e na traseira de um automóvel com o intuito de dar-lhe ares mais modernos pode tanto se configurar num grande acerto quanto num erro fenomenal. Nesta última categoria, na minha opinião, enquadram-se S10, Blazer, Astra e Gol 2003. Em outras, o resultado da pequena mudança é tão positivo que você pode achar que se trata de um outro carro, ainda mais se o painel também passar por uma reformulação. Foi assim com Gol GIII, Ka, Clio e Palio.
Este último aliás, já era fruto de um dos desenhos mais felizes dos últimos tempos em matéria de automóveis. Com exceção do primeiro Siena, a família era muito bonita, com uma frente pra lá de agressiva. O face-lift de 2001 casou muito bem com as laterais mantidas e deu um banho de loja no Siena, que viu suas vendas decolarem.
Parecia impossível mexer de novo tão acertadamente em seu líder de vendas. O segundo face-lift é complicado, as laterais ficam
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Situação de risco
Assunto diferente...
A Folha e a Rede TV! criaram um tremendo balbúrdio a respeito do assassinato do casal de estudantes do Rio Branco em Embu. Foi absurdo, ridículo e inadmissível. Vivemos numa terra sem lei. Isto posto, é hora de considerações.
O cidadão pega a namorada menor e resolve acampar em um sítio abandonado em um município conhecido pela periculosidade. É como o filho do presidente do diretório paulista do PT, que morreu na estrada de Paraty. Eu conheço aquela estrada. O moleque tinha 17 anos e estava correndo num lugar extremamente perigoso com mais 4 pessoas no carro. Só ele morreu. Foi justiça divina, ele que se colocou naquela situação de risco.
Assim como o casal. Eu acredito que a menina tenha sido levada pela inocência do amor, isso é muito comum e perigoso nas adolescentes. O cara foi um irresponsável colocando ambos naquela situação de risco. Não precisava. Eu tenho dezenas de histórias absurdas para contar, muito engraçadas e romãnticas, e
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Grip
Coloque a sua mão na mesa, com a palma para baixo. Abra os dedos ligeiramente, como se fosse indicar o número “cinco” (quatro se o leitor for o senhor, presidente). É mais ou menos essa área que cada pneu do seu carro tem de contato com o solo (se o seu carro for popular com os pneus originais, considere as medidas da mão da sua namorada). Multiplique isso por quatro, e você verá quão ínfimo é o contato do seu carro com o solo para acelerar, frear e tomar curvas.
À exceção da Fiat, as montadoras nacionais, até o ‘boom’ dos carros populares, em 94, usavam pneus de medidas razoáveis mesmo em seus automóveis mais simples, como Gol quadrado, Chevette e o Escort, equipados com medidas nunca inferiores a 165, ainda que com aros pequenos: 13 era o mais comum.
A primeira “fornada” de populares, em 93, rendeu ao Brasil os carros mais baratos do mundo ocidental: Uno Mille, Escort Hobby, Gol 1000 e Chevette Júnior. Na época custavam um preço semelhante ao do Lada Laika, carro fabric
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VW Polo Sedan 1.6
Pude guiar recentemente um carro interessantíssimo e que chamou minha atenção desde que foi lançado: o Polo Sedan. É um carro que teoricamente aproveita um nicho muito interessante de mercado, oferecendo uma opção de sedã compacto diferenciado em relação a Siena, Clio e Corsa, mas ainda de menores dimensões e menor preço em relação a Astra e Focus. Na prática, os elevados preços dos sedãs compactos acabam aproximando-os demais de seus primos maiores: um Polo sedan 2.0 pode atingir os 42 mil reais, preço de um Focus sedan 1.8 completo.
O estilo do carrinho ficou harmonioso. O Polo não é um carro que cativa por um ângulo especial, mas agrada no conjunto. Discordo em relação ao destaque dado ao conjunto de faróis dianteiros, que para mim são muito pacíficos. Prefiro as lanternas traseiras que, sim, são iguais às do Corolla antigo, mas são bonitas.
A primeira impressão do interior difere se você está acostumado com Gol ou com Golf. Quem vem do primeiro tende a a
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Game on!
A grande vantagem dos jogos simuladores de automóveis é você poder colocar um supercarro na brita, na terra ou mesmo no muro, sem conseqüências para sua vida real - financeiras ou não. São poucos os malucos que desafiariam a polícia a mais de 300 km/h a bordo de sua Lamborghini Murciélago ou Ferrari Enzo, embora uma passadinha em wreckedexotics.com possa indicar o contrário.
Na minha opinião, o jogo que melhor traduziu até hoje as vontades dos apaixonados por automóveis foi a série “The Need for Speed”. Os dois primeiros já traziam uma série muito interessante de carros: Diablo, F512, 911, Corvette, Viper, Supra, NSX e RX-7 (vou citar todos de cabeça, então perdoem-me por omissões). Foi para muitos o primeiro contato com a indústria japonesa e sua capacidade de produzir carros velozes e furiosos. Mas tinha uma falha, ou melhor, uma ausência que só seria suprida na segunda edição da série: o McLaren F1, até hoje o carro mais rápido do mundo – e lá se vão dez anos. Além dele
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Lemons
Acabo de descobrir que "Lemon" é um jargão jurídico norte-americano, usado quando você tem um pepino nas mãos e não consegue se livrar dele. Com certeza muita gente já se sentiu assim com carros defeituosos e que não ficavam fora da oficina. Agora é que está a surpresa: não é só o seu carro popular que dá problema.
"Where do I start? I had a 2000 S 500, nice car overall until it was in the shop 7 times because the brakes would go on FULL FORCE when you just touched them, not every time but somewhat often, caused a minor accident one time. I am switching to BMW, and Mercedes Benz (CHRYSLER) has not heard the last of this. I have stopped paying for the car, and next week I am dropping it off at the dealer with a letter from my attorney, the vehicle is not safe to drive, they have voided my warrantee without cause, and the district manager from MB is an ass! I lost service for more than a month at one stretch, and several days at a time with the other visits,
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Hexa. E daí?
Certa vez, uns dois anos após a morte de Ayrton Senna, me perguntaram quem havia sido o maior piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. Sabia que ia causar polêmica, mas naquela época tinha a firme convicção que havia sido o argentino Juan Manuel Fangio.
No entanto, não o prezava apenas pelos cinco títulos mundiais. Eles eram, na verdade, a prova de seu talento. Me impressionavam muito mais suas histórias, como sair de uma corrida com queimaduras nas pernas em virtude da falta de refrigeração do motor, ou usar uma árvore como referência para fazer uma curva traiçoeira no velho circuito de Nürburgring (aquele com 27 km de extensão e apenas 7 voltas). Além disso, não era europeu, o que sempre causava dificuldades, e venceu seguidas vezes diante de um excelente piloto inglês, Stirling Moss. Os carros da década de 50, conhecidos como “charutinhos”, eram precários e, embora alcançassem altas velocidades (acima de 250 km/h), sua estabilidade era ruim e não possuíam nenhum ti
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Feriado
Peço licença para falar sobre um assunto desligado do mundo dos automóveis mas que chamou muito a minha atenção nesta semana. Os funcionários da Pepsi do Brasil receberam uma ORDEM da matriz norte-americana para tirarem dois dias de folga, como se fosse um feriado. Crise? Não; norma interna. Sempre que a concorrência copiar um de seus produtos (no caso, Coca Light Lemon, descendente direta da Pepsi Twist), essa é a regra da empresa, um benefício por um trabalho bem-feito. Sensacional.
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GM Montana
Vi uma ontem na rua, provavelmente pré-série, mas com placas de rua normais e sem disfarces. Para quem não está atualizado, Montana é o nome da nova picape Corsa, agora com a mesma aparência da família.
O resultado ficou interessante. Mal vi o carro, mas pude perceber que ele ficou mais largo, com a caçamba mais longa e protuberâncias sobre as caixas de roda traseiras que lhe dão a impressão de pertencer a um segmento superior. A frente é a mesma dos novos Corsa, ao passo que a traseira não pude ver direito. Chamam muito a atenção as entradas de ar na altura da caçamba, solução polêmica que com certeza
encontrará o seu nicho de apreciadores entre os fanáticos por desenho agressivo.
Alguém comentou no BCWS que a picape Corsa foi um fracasso de vendas do começo ao fim de sua produção. Discordo: fracasso foi a Courier. A Corsa pode não ter atingido os patamares de vendas de Strada e Saveiro, muito recomendadas para frotistas pelas suas qualidades de preço e carga, no pri
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Coluna de Roberto Nasser
"O jornal inglês Daily Telegraph elegeu o Peugeot 206 como o mais “gay“ dos automóveis. Em progressão, o sítio Club Auto Raimbow, para motoristas homossexuais, elegeu o 206 CC, o bem bolado cupê-cabriolet, é o “Carro Gay do Ano”. A população homo e simpatizantes é hoje sensível fatia do mercado de bom poder aquisitivo."
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Carros ingratos
Mas como um carro pode ser ingrato? Bom, para você conceder o dom da ingratidão a um automóvel, você tem que acreditar que forças mais poderosas regem a sua vida e a dele, e não apenas que ele é um monte de aço, vidro e borracha pronto para te transportar. Qualquer um que já tenha falado com o carro sabe do que estou falando.
Pois bem: um carro ingrato é aquele que, apesar de todos os cuidados, dá problema. Acho que todo mundo já teve um desses na família. Na minha casa foi um Voyage 1.6 Plus 1986 a álcool.
Era carro de garagem; rodava pouco e sempre pelos limites urbanos. Seus pneus eram calibrados com freqüência e ele sempre abastecia no mesmo posto, numa época em que o combustível adulterado não era uma preocupação. Nunca foi forçado nem utilizado em corridas ou rachas. Sinceramente, acho que nunca pegou uma estrada de terra. E aos 20 mil km, fundiu o motor.
Lógico, existem explicações mecânicas. A ventoinha saiu com um defeito de fábrica que fazia com que el
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Palavras sábias
“Quem tem R$ 22 mil para gastar em um carro não vai comprar um Gol. Ele compra um Fiesta ou um 206.” A frase não é de nenhum analista da indústria, e sim do próprio presidente da Volkswagen do Brasil, o engenheiro inglês Paul Fleming, em entrevista concedida à Folha de São Paulo no último domingo.
Na gíria, Fleming chegou causando. Sua missão era (ainda é) transformar uma empresa que já deteve mais de 70% do mercado e que amarga o 3º lugar em vendas em um bólido ágil e com produtos atraentes. Na mesma entrevista ele expõe uma certeza: “Em dezembro a VW será líder de mercado.”
Todos os ovos da VW apostam em uma única cesta, o Fox. Não é uma cesta que me inspira confiança. Foi como Bob Sharp indiretamente apontou na sua matéria de apresentação do Fox para o BCWS: “tem o símbolo da VW.” É de se pensar; se o Gol é líder absoluto em vendas, um projeto moderno como o Fox, adornado da aura VW, tem grandes possibilidades, e tem mesmo. Mas a ponto da VW apostar todas as su
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Bandeira zero
Sou fã de Roberto Nasser desde que o conheci, através de sua primeira coluna no BCWS, há muito tempo atrás. Acredito que ele seja um jornalista sensato, imparcial, que tem excelentes fontes no mercado e não hesita em antecipar informações, além de possuir um estilo de escrita próprio e muito interessante.
Na última publicação, Nasser passeia por toda a inadequação de diversos veículos que rodam no Brasil, como Vectras automáticos para a polícia (difícil pensar em algo mais sujeito a quebras), ambulâncias a diesel (mais de uma vez andei mais rápido que uma ambulância de sirene ligada apenas mantendo-me à velocidade máxima permitida; essas vans demoram para acelerar e não podem usar o embalo na cidade) e carros de táxi a gás.
Não questiono o modus operandi da categoria. A gasolina é sim absurdamente cara e, para eles e para o meio ambiente, a conversão a gás é mais do que uma opção, é uma necessidade. Infelizmente.
A corrida de táxi em São Paulo é um assalto a mão ar
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Apaixonado por automóvel
Bob Sharp acaba de publicar uma coluna no BCWS a respeito da paixão do brasileiro por automóveis, e justamente questionando-a no sentido que brasileiros muitas vezes maltratam seus veículos. No fundo achei a crônica uma maneira de Bob Sharp extravasar tudo que lhe incomoda no trânsito, sem ponderar o que é errado ou não. Ele faz críticas veementes ao uso do engate (com as quais concordo) e ao Insulfilm (com as quais discordo, exceção feita aos muito escuros), entre outras. Na minha opinião, brasileiro é sim apaixonado por carro - não todos, mas boa parte - mas é ignorante sobre o assunto.
Daí podemos deduzir uma série de ações que vemos no dia-a-dia, que vão muito além do simples não ler o manual (para mim, aliás, é muito prazeroso ler o manual do seu carro novinho), como passar com uma roda de cada vez em lombadas e valetas, sendo que o certo é atravessá-las com as rodas paralelas, de maneira a evitar torções excessivas no monobloco. Ou ainda não estar c
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Golf novo
Acabei de ver as fotos do interior do Golf novo. Fiquei com uma pontada de decepção pelo design ser bem parecido em relação ao atual - o controle dos vidros elétricos na porta do motorista é igual. Mas a impressão geral foi essa:
"Chegou o novo padrão"
Exatamente como o mesmo Golf já fizera em 98. Quero só ver o Astra.
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VW Fox
Não gostei do nome. Soou estranho. No mundo automobilístico brasileiro, Fox ainda é muito associado ao Voyage nacional que, após 3 mil modificações (o número é esse mesmo), seguia para os EUA. O nome em si não é ruim, problema é estar associado a um produto que não foi exatamente um sucesso.
Gosto muito dos nomes da linha GM, à exceção do Celta. Corsa, Astra, Vectra, Zafira, Omega, mesmo a Meriva. Todos terminados em a, têm uma conotação de futuro e passado muito interessante.
Mas voltando ao Fox/Tupi: será que dessa vez vai? Na minha opinião, a melhor parte do lançamento do carrinho será o barateamento da linha Gol. Será que finalmente teremos Gol GIII a 15 mil? Gol bolinha a R$ 13 mil (seria o fim do Mille)? Gol 1.6 a R$ 21 mil - ou menos, já que este será o preço de entrada do Fox? Ou o Gol vai ficar vagando numa faixa de preço que não é a dele, como a VW já fez para micar outro excelente produto, o Bora?
Eu achei o Fox estranho, por dentro e por fora. Minhas fontes
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Conforto x Prazer ao Dirigir
Meu amigo teve o grande prazer de ser convidado, no último sábado, a fazer test-drives na linha 2004 dos importados da Mercedes-Benz (ou seja, os Classe A ficaram em casa). Ao dirigir a S 500, um dos sedãs mais refinados do mundo, “você não tem mais noção da velocidade. A 180 km/h, é como se você estivesse a 50. O silêncio é absoluto e o carro não oscila nem sai do asfalto.” As palavras são dele. Como já disse aqui, o melhor carro que eu já dirigi até hoje foi um Ford Mondeo.
Lógico que fiquei impressionado. S 500 é sonho de consumo, carro que mal se vê nas ruas e que custa bons meio milhão de reais. Compete com automóveis espetaculares, os melhores exemplos de beleza, tecnologia e engenharia que não os super-esportivos: BMW Série 7, Audi A8, VW Phaeton. Mas são automóveis projetados para quem vai atrás, e não na frente. O vendedor da Mercedes fez questão de mostrar ao meu amigo um botão que, acionado do banco de trás, empurra os bancos dianteiros para
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Alfa Romeo
Que enfie a cabeça em uma jarra de álcool queimando quem não achar o Alfa Romeo 147 bonito. Não causou o impacto e a surpresa das obras de arte 156 e principalmente 156 Sportwagon, mas é belo e conjuga elementos clássicos das Alfas e do design italiano como um todo. Por dentro é muito bem acabado e, com aqueles instrumentos redondos, passa uma sensação de esportividade que poucos podem igualar.
Mas é só sensação. 140 cv ninguém merece. Quer dizer, não num carro de mais de R$ 120 mil. Ainda mais com o genial câmbio Selespeed, com acionamento no volante e o mesmo número de marchas de um Fusca 1972: 4. A sensação é uma delícia, mas o real tapa na nuca não vem. E aí até um Marea, a um terço do preço, entrega mais.
O que me leva a pensar: essa não é a primeira Alfa sub-potente a sair de fábrica. À exceção das 156 GTA, todos os outros modelos atuais (até o 166) padecem de motores inferiores se comparados à concorrência. Será falta de confiança no comportamento dinâmico? Ou me
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Abram espaço para o líder
Excluindo-se o Astra Sedan e o Santana, o Toyota Corolla vende mais do que todos os outros sedãs médios somados – Civic, Bora, Marea, Focus e Vectra. Essa situação era impensável até há bem pouco tempo, quando o Civic exercia uma liderança tranqüila ciante de um Corolla quadradão e tímido. Porém, ao som de “New Sensation”, do INXS, e com Brad Pitt de garoto propaganda, a categoria viu surgir o novo líder.
Porém, quando se fala de sedãs médios, categoria entre 40 e 50 mil reais, pouco vale a propaganda mais criativa. O perfil do consumidor (homem, pai de família, mais de 40 anos) já mostra como a racionalidade está envolvida na questão. Não é gente com grana para queimar, nem que se deixa levar por design ou motorização. Querem o melhor carro, por tais, tais e tais argumentos.
E a grande vantagem do Corolla é justamente essa argumentação. Pode não ser brilhante em nenhum quesito, mas é ótimo em todos. O espaço interno não tem a ótima solução do assoalho tr
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Citroën C3 1.6 16v
E não é que o danado é bonito? Não parecia, pelas fotos. Eu posso ser suspeito, pois sou fã do 2CV que lhe inspirou o design. Não é um carro agressivo, mas sim um daqueles “eternamente felizes” como o Beetle. Tem um quê de retrô aliado com toques de modernidade, rodas bonitas e de tamanho adequado. E é pequeno: por fora, dá a impressão de ser menor que um Gol, embora o fato de ser novidadoso, além do símbolo da Citroën, garantam uma boa imagem.
O test drive do C3 foi o percurso mais comprido que eu fiz em Campos do Jordão. Além disso, a permissividade (no bom sentido) da vendedora Marina permitiu manobras interessantes com o carrinho.
A posição de dirigir é muito boa e não incomoda. O acabamento está no nível mais alto da categoria. É um passo nitidamente superior em relação ao Polo, por exemplo. Todo o painel é bem desenhado e atrativo. Eu não achei a visualização ruim, como muitos. Sua leitura não é clara como um bom painel analógico, mas pelo menos é muito me
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Fiat Stilo 16v
Confesso que me surpreendi. Desde que os primeiros carros começaram a rodar pela Europa, e suas fotos chegaram aqui, em julho de 2002, eu já criticava o design. A frente é agradável, embora não seja um primor. A traseira não é o lado que eu penso ser mais fraco. O que me incomoda mesmo é a lateral. Aquelas janelas quadradas, quase perpendiculares em relação ao solo, são minivan demais para o meu gosto.
Já comentei aqui sobre os outros aspectos do carro. Espaço interno e modularidade brilhantes, lista de opcionais nunca antes vista, mas ainda não havia guiado um. Até Campos.
Sentei-me ao volante de uma versão 16v (a Abarth não estava disponível) completa, à exceção do Sky Window e das rodas de 17 polegadas – que, inegável, dão um toque mais do que especial ao carro. E não é que o danado é bom de guiar? Volante de boa pega e com uma calibragem correta entre leveza e precisão, câmbio com manopla boa e engates justos (embora a trava da ré fosse dispensável), pedais mu
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Campos do Jordão
No final de semana passado, tive o privilégio de me juntar à “gente bonita” e passar algum tempo em Campos do Jordão. Apesar do calor absurdo (dava para usar bermuda de dia), o tempo estava ótimo, com céu azul sem nuvens o tempo todo. Como no ano passado, diversos estandes de montadoras espalhados pelas avenidas atraíam os consumidores com suas novidades. Test-drives não estavam no meu programa, mas já que o domingo de manhã estava inutilizado, resolvi das asas à paixão. Aos poucos vou falar dos modelos aqui. Começo com o menos impressionante.
Ford EcoSport 2.0 16v XLT
Eu já havia guiado o modelo XLT 1.6 naquele evento na Hípica Paulista. Agora tinha nas mãos um foguetinho capaz de 0-100 km/h em 9,8s, com 143 cv. Nota-se claramente que aquele motor é excessivo para o carro. Deve-se tomar cuidado nas curvas, pois é fácil entrar nelas a uma velocidade que o centro de gravidade elevado não permite. A aceleração impressiona (mas não muito) e as retomadas são uma
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Fordmania
Pra continuar com minha mania de Fordmaníaco: no ranking das 500 maiores e melhores, a Ford fopi a única das 4 grandes que cresceu, da 30ª para a 27ª posição. Isso em 2001, sem EcoSport e sem Fiesta novo.
Até que enfim!
Ontem eu vi uma propaganda reveladora: Gol Special GII (bolinha) a R$ 15 mil, na Sabrico. Até que enfim! Com quase 10 anos de produção, o Gol com carroceria antiga consegue chegar ao preço do Palio Fire – mais moderno, atual, mais econômico e muito melhor de guiar. E não estou nem falando do Celta. VW: quer recuperar o tempo perdido? Siga esta fórmula: Gol bolinha a R$ 13 mil, Gol GIII pelado a R$ 15 mil, Gols melhores até R$ 25 mil, Polo disto até R$ 30 mil, Golf entre R$ 30 e 40 mil. Difícil, né?
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De carros, economia e política
Ontem tive acesso à lista das 500 maiores e melhores empresas, segundo a revista Exame. Não preciso ficar aqui discorrendo sobre a credibilidade desta ação – vocês verão a quantidade de ações de marketing, baseadas neste ranking, que serão veiculadas a partir de agora.
Enfim, as três maiores montadoras do país registraram quedas significativas em comparação ao ranking de 2001 (este reflete 2002). VW caiu da 3ª para a 6ª posição, a GM da 6ª para a 10ª e a Fiat da 15ª para a 17ª. As colocações levam em conta o volume de vendas, e a crise do setor mostra o encolhimento das empresas. O relatório da Anfavea aponta o mês de junho como o pior mês de junho em 10 anos, e a situação não parece melhorar.
Luís Perez, editor por muitos anos do caderno de Veículos da Folha de S. Paulo, comentou em sua mais recente coluna no BCWS sobre a mania que os brasileiros têm de manter o carro “zerado”. “Na Europa”, ele diz, “um carro batido vai continuar batido. Enquanto e
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Paixão por automóveis
A cada dia eu me impressiono mais com a paixão dos brasileiros por automóveis. Claro, seu alcance varia muito, desde o lavador ocasional nos finais de semana até os malucos que resolvem dedicar um blog ao assunto.
Automóveis costumam ser um denominador comum em conversas de homens, mesmo que não se conheçam. Se dois entendedores se encontram, então, aí há assunto para varar a noite.
Às vezes eu acho muito mais inteligente e racional ter uma visão do carro como uma simples máquina de transporte, prestadora de serviços que precisa me levar aonde eu quero. Fazer o carro estar a seu serviço e não o contrário. Em São Paulo, pelo menos, ter o seu carro como xodó querido e usá-lo todo dia para trabalhar e sair só pode resultar em conflito de interesses. Muitos lugares aqui te obrigam a deixar o veículo com os valets, aqueles manobristas malucos (não todos) que se vê dando ré em avenidas movimentadas. mesmo em qualquer estacionamento você é obrigado a deixar a chave
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Maneiras de dirigir
Cada um tem a sua maneira de dirigir. Na simbiose carro-motorista, cada um passa suas características aos outros de uma determinada maneira. Muitos são, ao volante, uma extensão do que são na vida real. O boy, exemplo mais comum, é aquele que dirige com apenas uma mão no topo do volante, com o banco na posição mais recuada possível. Pais de família que são bons motoristas já preferem assumir uma posição mais próxima ao volante, com braços flexionados e as duas mãos no volante durante a maior parte do percurso.
Muitos são inflexíveis; guiam da mesma maneira um trator, um Gol e um A3 turbo. Outros são como camaleões, guiando de acordo como está a sua cabeça no momento. Cito aqui alguns exemplos comuns:
Esportivo: Vá assistir a “Velozes e Furiosos” e depois pegue o seu carro. Toda reta é uma aceleração, toda curva é um desafio. O objetivo é extrair o máximo dos limites, seu e do carro, na corrida pela adrenalina.
Briguei com a namorada: Um clássico. Você e e
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Generalização
A Ferrai F40 é um dos melhores exemplos de carros cuja função no mundo é uma só (no caso, correr). O Jeep Willys é outro – transpor lamaçais. Tirando aspectos subjetivos, como “provocar inveja no vizinho”, muito mais ligados ao design, já houve um tipo de carro para cada necessidade. Hoje a moda é o multi-uso. Minivans são boas para levar família e bagagem. Mas hoje em dia procuram mostrar um comportamento e agilidade de um hatchback. Peruas vêm equipadas com motores grandes e suspensões duras. A busca pelo “all-around car” segue sem fim.
Muitos dos resultados, no entanto, ficam aquém do esperado. Não têm a capacidade off-road de um puro jipe e nem o conforto de um automóvel. Cada consumidor tem seu nível de exigência para cada situação – tanto é que nunca se falou tanto na expressão “pai de família que viaja para o sítio” para vender os SUVs 4x2.
Venho notado essa tendência também nas publicações especializadas em automóveis – que me levaram a escrever isso aqui.
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Peugeot 206
Outro dia guiei um dos carros mais revolucionários à venda no Brasil: o Peugeot 206. Poucos carros atuais acertaram tanto a mão no design: o 206 já tem bons anos de mercado e continua mais bonito que a concorrência. Detalhes muito interessantes são os faróis “de gato”, o amplo pára-brisa e as lanternas traseiras que invadem a lateral. No entanto, após 5 anos sem reestilizações, o desenho entrou numa espécie de “limbo” que vitima o Golf atual também. São carros atuais e modernos, porém o desenho está há tanto tempo inalterado (e é tão fácil de vê-los nas ruas) que acaba enjoando.
O carro é bonito por dentro também. Talvez por ter sido “rebaixado” de uma categoria superior, o 206 tem um acabamento de dar inveja a muito carro maior. Não há plásticos aparentes e nem rebarbas, e o carro que eu guiei, com 26 mil km devidamente ralados, não tinha fontes de ruído que incomodassem.
Destaque especial para o quadro de instrumentos, iluminado com elegância em laranja e branco, co
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Frota portenha
Passei o feriado de Corpus Christi na Argentina. Entre um “bife de chorizo” e uma “copa de vino”, reparei na frota da capital, Buenos Aires. A crise acabou com os veículos de lá.
Há os “sem-crise”: vi Audi A6, Mercedes Sportcoupé, BMW X5 e até um Boxster. Numa linha mais abaixo, mas de pouca presença também, estão Corolla, Civic e Focus. Pouquíssimos Astra e Golf. Mais disseminados estão o Renault 19 e o Peugeot 405, este último em versões tão despojadas que não contam com vidros elétricos ou conta-giros.
Somam-se a esses dois uma série de modelos antigos, remendados com durepox, batidos e imundos (aliás, como todo carro de Buenos Aires – acho que lá não se lava carro). Ford Taunus e Sierra, VW 1500 (o nosso Dodge Polara), Renault 11, 12 e 18, Peugeot 505 e o carro mais visto em Buenos Aires: o Peugeot 504.
Para quem não conhece, o 504 é antecessor do 505, que é do 405, que é do 406. Portanto, é um carro que está defasado há quatro gerações. É um sedã grande, do po
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Felinos gatos
Por falar em Jaguar, os britânicos estão acertando a mão nos últimos lançamentos. Além do interessantíssimo “Baby Jag”, aquele 4x4, há os XKR, Coupé e conversível, um primor de desenho, e agora o novo Type-SR com um V8 de mais de 400 cv e belas rodas de 18 pol. Ficou classudo e agressivo. Quem quiser conferir as fotos pode ir até o BCWS, já que eu não sei publicar aqui.
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Fumar a caranga
Insulfilm virou febre entre os carros de São Paulo, e inclusive eu aderi. É viciante tal qual uma carreira de cocaína ou um salário no quinto dia útil. Uma vez que você experimenta, não fica sem. Hoje em dia eu ando em carros sem filme e me sinto desprotegido, quase nu. Quando estaciono um carro desses na rua, acho o interior totalmente exposto e vulnerável. Na estrada, viajando com aquele sol forte, os braços do motorista não ficam mais em carne viva por conta da exposição – e inclusive diminui o efeito “irmão caminhoneiro”, quando o braço esquerdo é bem mais queimado que o direito.
Filmar o carro virou moda em todas as classes, e lembro que no início a única diferenciação possível era se um carro tinha filme ou não. Hoje já existem diversos tipos de películas, que acabam determinando se o carro ficou elegante. Na minha opinião, filmes muito escuros (G5 ou aplicação de películas duplas) só ficam bem em carros muito caros (Mercedes, BMW, Jaguar, onde a usual blinda
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Super Compacto, do Balão Mágico
Estou um tanto quanto descrente nesta nova leva de “Super Compactos Premium” a assolar o mercado. Uma coisa é você revolucionar o seu segmento de mercado com um acabamento interno diferenciado e atenção nos mínimos detalhes (VW Golf em 99, GM Vectra em 96, Fiat Tempra em 92). Outra coisa é você usar uma suposta superioridade construtiva como argumento para mascarar problemas em outros segmentos, como porte e motorização (numa linha contrária, o Marea disfarça seu chassi antigo e apertado de Tempra com os melhores motores disponíveis no Brasil).
O VW Polo foi o primeiro, criando uma linha artificial de compactos premium. Resultado? Quem podia comprar um Golf hoje não pode mais. O preço do 1.6 subiu de R$ 32 mil para R$ 37 mil, sem que o carro tenha melhorado. Nessa linha, o VW Polo também é caro, por conta da “construção superior”, e o Gol, no rebolo, continua caro. É interessante pensar que o novo presidente da VW, Paul Fleming, tenha justamente com
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Ford mania
Nos tempos áureos da Autolatina, eu lembro de ter lido uma matéria sobre o Versailles Ghia, e o texto começava com: “Se você é Ford Futebol Clube e estava decepcionado com a falta de modelos de luxo desde o Landau...” E depois fazia uma série de elogios que o Versailles não merecia.
Eu não sou, nem nunca fui “Ford FC”. Comecei a gostar de carros justamente na época da Autolatina, quando, a grosso modo, os Ford se tornaram uns VW mal feitos – donde se explica os parcos 7% de mercado que a montadora norte-americana chegou em 1995.
Mas eles decidiram ganhar terreno e, para isso, acabaram montando uma gama de veículos bem completa e interessante, mas que falha num ponto vital: os carros abaixo de R$ 20 mil. O novo Fiesta é um ótimo carro e vende bem, o EcoSport tem 70 dias de espera nas concessionárias, o Focus está bem situado na corrida dos médios, a Ranger é uma picape muito melhor do que a S10. O problema é que Fiesta Street (sedan inclusive) e Ka não têm a mesma aceita
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Ford Mondeo Ghia 2.0 16v
Já que ninguém vai mesmo responder à pesquisa, eu conto como foi que eu guiei o atual topo de linha da Ford no Brasil. Estava eu em Campos do Jordão (SP), curtindo o inverno do início de julho com meus amigos, quando um almoço à base de frango vitimou vários estômagos, inclusive alguns antes tidos como infalíveis. Os magrinhos sofreram mais, mas vi muita gente de cama, mal do estômago. É o que eu digo: quem não aguenta, bebe leite. Como as aves assassinas não me fizeram nada – e eu comi cinco pedaços – fui para a cidade no dia seguinte com um dos “sobreviventes”.
Campos do Jordão no inverno fica tão cosmopolita quanto São Paulo. Não dorme, não pára e as ruas ficam apinhadas de gente. Só que Campos do Jordão não é São Paulo. É uma cidade da elite onde os menos favorecidos simplesmente se recolhem em suas moradas neste período que a “gente bonita” toma as ruas. É uma delícia vagar por uma cidadezinha pequena, num frio de rachar, repleta de pessoas de bem com
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Omega parte 2
E eu estava aqui todo feliz, elogiando o Omega novo, quando li sua avaliação no BCWS. O autor é Bob Sharp, que é muito mais condescendente do que o implacável editor Fabrício Samahá. E o teste termina com um simples: "O Omega possui apenas comando um-toque para a descida do vidro do motorista." PÁRA TUDO!! Além disso, tem outros probleminhas, como ausência de teto-solar (devido à maioria ser blindada, segundo a GM) e de comando de uma varrida para o pára-brisa. Galera, com BMW não se brinca.
Pesquisa
Galera, escrevam nos comments: qual o melhor carro que vocês já dirigiram? Vale basear no custo-benefício, ou em qualquer critério. Para mim foi o Ford Mondeo 2.0 16v manual novo, há quase um ano, e foi uma história engraçada. Ao término da pesquisa, eu conto.
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Omega CD novo
O problema é a competição. Por R$ 140 mil, entram alguns carros muito sérios na jogada. Não se pode ser displicente ao competir com qualquer BMW. Com a série 3, seu refinamento mecânico e beleza exterior, menos ainda. É quando o Omega perde. O grande mercado são as empresas, que respondem por 50% das vendas do carro para sua diretoria; manutenção fácil em qualquer autorizada Chevrolet e porte grande são seus atrativos. Na verdade, é um ótimo carro, ainda mais agora, remodelado. Moderno por dentro e por fora, painel completo e funcional, acabamento irretocável. Mas o padrão é a série 3, melhor em todos esses aspectos e mais ainda na motorização. Com BMW não se brinca. Ou se joga pesado (Audi, Mercedes) ou se desiste.
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Peugeot 307 Rallye 2.0 16v
Por R$ 48 mil, sem dúvida vence o comparativo e final da conversa. Antes de encerrar, um adendo: dá dó colocar 48 mil reais para andar nas ruas de SP. Dá dó colocar até 5 mil.
Honda Fit
Defininição do "Aurélio" dos automóveis: Carro japonês: Veículo de porte compacto e excelente espaço interno, recheado de soluções inovadoras em todos os níveis, como porta objetos, motores pequenos de alto rendimento, espaço interno que aparenta ser maior do que as medidas externas, cuidado nos mínimos detalhes e robustez. Design pouco inspirado e pouca potência final. Exceções: Toyota Supra, Mazda RX-7, Honda NSX e quetais.
É o Honda Fit. Inteligente, cheio de soluções, com um motor do tamanho de um celular velho de potência, no mínimo, moderada (80 cv num 1.4 16v; o Fiesta CLX atingia 90 com a mesma configuração) e um design feito para moldurar as boas idéias. Como seu irmão maior Honda Civic, não me cativou a princípio. Será que o fará daqui a pouco?
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Deixem o Gordo falar
Recebi no e-mail um comments "privado" do meu grande amigo Gordo, citado no texto do EcoSport. Reproduzo-o:
"Muito grato a referência de "piloto de rally quase profissional", na verdade é raid e amador aposentado! Mas com relação às matérias, estão bastante boas, tirando um pouco a sardinha que vc puxou pro lado do Golf e Focus (...)
OBS: Para mim os melhores médio- compactos do mercado são 307(pela qualidade em tudo, agora com motor 2.0 16V) e Stilo (pela gama de equipamentos). Nem gostei muito do Golf geração V."
Conversando com o Gordo, ou "cadê a minha pizza?"
Você tem razão, eu sempre confundo raid com rali, são coisas diferentes mas de raízes parecidas. Não tira o mérito do mega-susto que você deu no funcionário da Ford...
Alguns podem achar que eu puxei a sardinha pro Golf e pro Focus, como você disse. A questão depende muito de fatores pessoais. Costumo dar muita importância ao acabamento interno dos carros,
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Ford EcoSport, finalmente
Conheci o EcoSport num evento montado pela Ford na Hípica de Santo Amaro. Até então, já havia cansado de ver fotos do jipinho sob o nome de projeto Amazon, mas confesso que ele não havia chamado minha atenção – de um modo geral, esses modelos camuflados pouco me interessam. Pude ver o veículo sem disfarces no Salão do Automóvel mas, infelizmente para ele e felizmente para mim, eu estava bem na frente do stand da Ferrari quando um cara de muita sorte ligou a Enzo (até onde eu sabia, isso era proibido no Salão) e deu duas aceleradas. O leitor há de concordar comigo, o restante do evento ficou muito sem graça.
Então, minha apresentação real ao EcoSport foi na Hípica. Lugar cheio, mas não lotado, de clientes selecionados (conhecidos no jargão das colunistas sociais como “gente bonita”) e uns dez EcoSports, para todos os gostos. Água, café e refrigerante à vontade, além de relógios para os convidados (muito bonitos, não aquelas porcarias de plástico que costumam
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Continuação do comparativo...
Focus Ghia Hatch
Foi o primeiro carro de uma grande montadora que se atreveu a competir com o VW Golf em termos de acabamento interno. A disputa é até hoje indefinida; alguns argumentam que o Focus é melhor pelo seu design arrojado e ergonomia impecável (certa revista mencionou uma vez que a habitabilidade ficava próxima aos Mercedes, quando o assunto era localização dos comandos). Outros defendem o Golf pela qualidade ainda superior dos materiais e pela aparência geral mais elegante e sóbria, com maçanetas internas cromadas e o famoso painel azul. Embora não seja fã dessa iluminação (também não tenho nada contra), nestes casos, jogo no time do Golf.
O design tem 3 anos de Brasil (5 de Europa) e ainda é polêmico. A traseira do hatch, pelas linhas centrais vazias, foi motivo de polêmica. Hoje, com mais carros nas ruas, a maioria já está acostumada. Eu acho que o desenho podia ser mais bem resolvido, mas combina muito com o estilo esportivo do carro.
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Insônia
É justamente na véspera de ocasiões importantes que ela se manifesta de maneira mais cruel. Quanto mais atribulado e cheio de novidades é o dia seguinte, mais o cérebro se esforça para negar o descanso necessário e forçar o corpo a maratonas exaustivas. O resultado é o cansaço, a dificuldade de absorção mental e, claro, olheiras piores do que o Grand Canyon. Mesmo compensando as horas, o estrago já foi feito.
Comparativo
Novamente o BCWS. A matéria de capa desta semana é um comparativo entre os hatches de até R$ 50 mil - Peugeot 307, Stilo 16v, Astra CD, Focus Ghia e Golf 2.0. Algumas surpresas, outras obviedades.
Peugeot 307
Apresenta o melhor acabamento da categoria, e olhe que o Golf está concorrendo. É um carro de interior luxuoso, com apliques de bom gosto imitando madeira - parece um sedã maior, como um C5 ou mesmo um Passat ou Omega.O espaço interno também é farto, na concepção minivan que tem vitimado os carros dessa categoria; outras vítimas são o Stilo e