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Mostrando postagens de 2014

Os falecidos de 2014

Começamos o ano nos despedindo dos modelos que deixaram de ser comercializados no Brasil no ano passado, pegando a lista de uma matéria do Estadão. Começamos pela GM, que eliminou Agile e Sonic. Lamentamos pelo segundo, cujo design atrevido era um sopro de novidade num mercado de carros muito parecidos, especialmente no caso do hatch. É difícil dizer porque o carro não "pegou". Provavelmente uma mistura de baixo investimento em promoção por parte da GM, falta de interesse de vender um carro importado da Coreia, espaço interno insuficiente para famílias e, de verdade, um interior que não acompanhava o exterior. Não dirigimos nenhum Sonic, mas andamos em um e os plásticos duros e mal encaixados eram realmente frustrantes. Veja que o Fiesta tem características parecidas com o Sonic e vende bem, portanto acreditamos em falta de empenho da GM mesmo. Já o Agile não deveria nem ter nascido. É o nosso Pontiac Aztek, carro mundialmente conhecido por sua feiúra. Dirigimos um recentemen

Últimos comentários do ano

A Ford acertou a mão no Ka. Já se vê mais Ka na rua do que Up por exemplo, e o Volks foi lançado seis meses antes. Aind não dirigimos um, mas outro dia vimos um 1.0 acelerando e o ronco desse três cilindros parece bem interessante. É um carro que já vem equipado por um preço razoável, e que ainda carrega a modernidade de um projeto recente sem cobrar caro por isso, como o Up. Isto, combinado aos acordos que tem feito com as locadoras de automóveis – faça uma visita a um estacionamento da Localiza e surpreenda-se com a quantidade de Ka e Focus – pode mostrar alguma disposição da Ford em sair do atual quarto lugar em vendas, quase alcançada pela Renault. Resta saber se aumentar a produção faz sentido, se há capacidade ociosa nas plantas brasileiras e argentinas. E recomendamos à Ford prestar mais atenção na qualidade da montagem da lataria e interior dos seus carros, que alguns exemplares têm saído bem meia boca. O Ka também demonstrou que a estratégia comercial de atrair o co

Teste: Volkswagen Golf Highline 1.4 DSG

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Finalmente conseguimos colocar as mãos num Golf novo, que estávamos namorando para testar há algum tempo. Logo após seu lançamento o Golf se tornou o carro chefe da Volkswagen e talvez seu produto mais importante. É o campeão de vendas da marca na Europa e sua versão sedã, o Jetta, é o Volks mais vendido nos Estados Unidos. E a linha se expande a partir dele: o Passat necessariamente um degrau acima, e o Polo um degrau abaixo – aliás o Polo foi criado quando o aumento de tamanho e preço do Golf abriu espaço para um “mini-Golf”, nos anos 80 na Europa. Se considerarmos isto num contexto Pink e Cérebro no qual a Volks quer dominar o mundo, então só faz sentido fazer do Golf um belo carro, geração após geração. Aqui tivemos um hiato do Golf 4 para o Golf 7, podendo curtir um gostinho das gerações intermediárias com o Jetta – sedã do Golf 5 – e a Jetta Variant, inicialmente como a perua do Golf 5 e após o facelift já com a cara do Golf 6. O Jetta atual, aliás, usa a plataform

Teste: Chevrolet Prisma LT 1.4

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Quem viveu a época não pode deixar de comparar a linha de carros GM dos anos 90 com a atual. Vinte anos atrás uma concessionária GMB era algo de se orgulhar, com Corsa, Astra e Vectra representando o que de mais atual havia na Europa, e o Omega defendendo uma honrosa tradução de grandes sedãs com tração traseira. As próprias S10 e Blazer estavam atualizadas e ofereciam motores V6, sempre algo interessante para o entusiasta. Aliás, juntamente com o Omega, eram três opções de carros com motores de seis cilindros. E aí a GM matriz entrou em crise e levou todas as subsidiárias com ela. Espremeram a filial brasileira até o osso e o resultado foi uma oferta de produtos deficiente e pouco competitivos em todos os segmentos. Celta, seu derivado Prisma e o Astra mais do que defasado eram os mais vendidos. Com a GM americana voltando a caminhar graças às generosas injeções de dinheiro público, as subsidiárias voltaram a desenvolver e receber produtos mais interessantes. O problema é

Comparativo: VW Golf GTI x Honda Civic Si

Antecipamos pra você, leitor do M4R, o que todas as revistas, jornais e sites especializados em automóveis vão trazer como capa nos próximos meses: o comparativo entre dois esportivos que há pouco voltaram ao Brasil para regar com suas alegrias esta terra árida, de poucos carros decentes e menos ainda os com tempero esportivo. Desnecessário dizer que a equipe da Honda responsável por trazer o carro estava com um pôster enorme do GTI na parede e baseou o pacote de equipamentos e motorização do Si com base na proposta do VW. Comecemos pelo preço: os R$ 120.000 pedidos pelo Si são competitivos em relação ao GTI, especialmente se pensarmos que os opcionais pedidos pela Volks no carro são de valor absurdo. Então, embora o GTI de entrada a 100 mil pareça bem mais barato, e é, a verdade é que a maioria dos GTIs vendidos vem com pelo menos um pacote de opcionais que eleva seu preço ao patamar de R$ 120 mil, ou até superior a isso. Onde a coisa aperta é justamente na lista de opcionais

Teste: Volkswagen Gol 1.0 Trendline

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Pela primeira vez desde 1987, o Gol corre o risco real de não ser o carro mais vendido do Brasil. Já foi ameaçado mês aqui e acolá por concorrentes improváveis – Fiat Tipo entre eles -, mas desta vez a coisa está feia. Ma primeira quinzena de setembro, o Gol ficou em quarto no ranking, duas mil unidades atrás do Palio. Pela primeira vez o acumulado do ano mostra risco real, e está menos de 10 mil unidades à frente do Palio. Ou seja, mais cinco quinzenas com esse desempenho e perde a liderança. A queda do Gol é um dos mistérios do mercado automotivo brasileiro. Existem indícios, claro: o up! tomou vendas do veterano e canibalizou as coisas dentro da própria Volks; Fox e Polo também devem ter pego clientes que viram que poderiam migrar para esses modelos pagando pouco mais (o Polo, em final de carreira, vendido com bons descontos). Além disso, Onix e principalmente HB20 ocuparam boa fatia do mercado – e é interessante notar que a atual geração do Palio, que é unanimamente consid

Bom negócio ponto com

Cuidado ao se empolgar com as notícias de que o mercado de automóveis está em queda e portanto é o momento para comprar. Falar que um mercado com 200 opções está em queda é sempre revelar uma parte do todo. Se o negócio é aproveitar as melhores condições, opte por modelos que estão em crise nas vendas. Pelo que pudemos perceber em visita a algumas concessionárias e também pelas promoções e propagandas, o sucesso será maior para quem visitar GM e Renault. A americana tem feito promoção atrás de promoção para desovar alguns carros da linha, notadamente Onix, Prisma, Cobalt, Cruze e S10. Outros modelos, especialmente os importados do México, já têm oferta limitada e os descontos são menores ou mesmo inexistentes, como Tracker e Captiva – essa, em fim de carreira, está impossível encontrar e quando acha o desconto é mínimo. Já na Renault o impacto está na alta produção de Logan e Sandero que não têm sido comprados pelo mercado na velocidade esperada pelos franceses – e aí, tome pr

Novo layout

Não que tenha mudado muito, mas o layout do blog era o mesmo desde a fundação. Acreditamos que foi bom refrescar um pouco. Com isso perdemos os contadores de visualizações do rodapé, substituídos com folga pelo Google Analytics. Não deixa de dar muito orgulho os mais de 800 mil visitantes que tivemos desde o começo. Agradecemos a cada um de vocês.

Grand novidade...

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Abaixo está anúncio veiculado atualmente do Grand Siena. O grande atrativo do carro? Retrovisor tilt down, oferecido DOZE ANOS atrás na linha Polo. Alguém precisa ensinar os estagiários da agência Leo Burnett um pouco mais sobre o mercado de automóveis, competidores... Enfim, fazer a lição de casa para valer o salário.

Novo Ka e Novo Fox

Algumas novidades chegando ao mercado. Novo Ka É difícil se deixar convencer que não tinha ABSOLUTAMENTE NENHUMA alternativa ao design da lateral do carro a não ser deixá-lo igual ao Onix. Sério, é muito igual. Não tem um designer com meia criatividade a mais pra bolar algo diferente? Isto posto, é mais do mesmo. Motor de três cilindros já não é novidade e, em termos práticos, tem agregado pouco em relação aos de quatro. Tem uma lista bacana de opcionais que, quando incluídos, levam o carro a preços proibitivos. Aí todo mundo compra o mesmo com ar, direção, vidro e trava e pelo menos isso a Ford já incluiu no pacote básico, então a chance de enganação é maior. Tem também essa pataquada de ligar pro SUS após um acidente que, se funcionar, será útil. Se funcionar, neste país em que ligar de um celular para um fixo no meio de uma metrópole já é difícil, imagine na estrada... As boas notícias são duas: a primeira, aparentemente a Ford calibrou as máquinas, treinou a equipe

Teste: Nissan Livina S 1.8 automática

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Faz tempo que queríamos testar uma Livina, desde que ficamos muito bem impressionados ao ser transportados por ela em diversas situações. Acabou só acontecendo agora, mas ainda em tempo. Olhando de fora, a Livina parece ser saída da prancheta como uma espécie de resposta de projetistas e engenheiros a uma pergunta simples: “se uma pessoa só pudesse ter um carro, como ele seria?”. Note que não é uma pergunta direcionada ao público de países desenvolvidos, que via de regra podem se dar ao luxo de terem mais carros na família – é o Jeremy Clarkson que diz que “não gosta de peruas, elas são para pessoas com poucos carros”. Dentre as escolhas que projetistas e engenheiros precisaram fazer na criação da Livina, dentro da hipotética pergunta acima, está a de fazer um carro acessível e, portanto, sem capacidade de fora-de-estrada, algo que sempre deve ser considerado ao se desenhar carros “pau pra toda obra”. Mas fora isso, a Livian cobre todos os outros pontos: tem desempenho s