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Mostrando postagens de março, 2010

Pela primeira vez na televisão...

Muitos lançamentos aparecendo na imprensa brasileira recentemente. Peugeot Hoggar Picapes, mesmo as pequenas, têm como uma de suas características principais a robustez. São aptas a levar carga, sacos de cimento, conduzidas por gente, digamos, pouco cuidadosa. Há um perfil urbano, sim, mas que se beneficia dessa robustez, seja para ocasionalmente levar uma moto, uma bike ou uma geladeira na caçamba. Os Peugeot são provavelmente os automóveis menos robustos do mercado. Lembram o apelido do Leite Glória nos anos 60: “desmancha sem bater”. Então não consigo imaginar algo com menos propósito do que uma picape Peugeot. Um esportivo da Lada? Um Tata luxuoso? O dinheiro investido na Hoggar deveria ter sido revertido para a produção local do 207 francês. Chevrolet Sail O Classic já estava virando o Lada Laika nacional, o sedã barato que tinha como principais características o preço e... o preço (embora, não conte para ninguém, o Classic seja bem melhor que o Prisma). Ficou até que bonitinha es

A grande imprensa se cala

Durante o lançamento do 206,5 - que a Peugeot insiste em empurrar como 207 - a assessoria de imprensa da marca soltou a seguinte pérola: "fazer o 207 francês no Brasil seria inviável. Ele ficaria com preço de Civic". A Honda, que de barateira não tem nada, consegue oferecer no Brasil um hatch anos-luz superior ao 207, o Fit, a um preço inferior ao Civic. O que poderia ser deduzido, portanto, da frase acima é uma atroz incompetência da parte dos franceses. Antes fosse. É empurrar goela abaixo do brasileiro um produto desatualizado, velho, inferior. O editorial do BCWS traz à tona este tema. É leitura obrigatória para quem tem o mínimo interesse pelo assunto. Essas porcarias, como 206,5, Stilo, Ka, Golf 4,5, a linha inteira da Chevrolet com exceção do Captiva, é tudo REFUGO AUTOMOTIVO. Queremos os carros de verdade, queremos os vendidos na Europa. A grande imprensa do setor, amarrada por anúncios e patrocínios, se cala.

Muito saquê, talvez?

Não apareceu nas colunas sociais a festança que a Toyota deu para seu departamento de marketing, especialmente para os profissionais que decidem o preço dos carros. Empanturrados com caviar, champagne, uísque e todos os produtos mais abusivamente caros do mundo, eles definiram os preços da linha 2011 do Corolla. O que escrevi acima é um esforço da minha imaginação para tentar achar alguma razão por trás desse abuso. O Corolla XLi, aquele ridículo que vem com calotas e ar manual, R$ 61.890. SESSENTA E DOIS MIL REAIS. Automático, sai por R$ 65.920. Isso mesmo, SESSENTA E SEIS MIL REAIS. A versão GLi, que o M4R já havia cantado a bola que substituiria a XEi, menos equipamento pelo mesmo preço, fez exatamente isso: o manual sai por R$ 65.660, e o automático por R$ 69.670. Assim, a primeira versão do Corolla que realmente pode ser chamada de “automóvel digno” custa 70 mil reais. As versões de topo ganharam um inédito motor 2.0, que rende 153 cv no álcool e 142 cv com gasolina. Os números in

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Teste: Ford Fiesta Sedan 1.6 Class

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No último Salão do Automóvel, em 2008, o carro compacto mais bonito estava no estande da Ford: o estudo Verve, que havia antecipado as linhas do Fiesta que foi lançado na Europa ainda naquele ano. É um carro extremamente elogiado, tanto pela beleza e ousadia das linhas externas e internas quanto pelo padrão de acabamento e dirigibilidade que o europeu já conhece da linhagem Fiesta. No Brasil o Fiesta nunca alcançou o status do velho continente. Se lá vende muito bem e disputa a liderança do segmento com o Polo, enquanto Grande Punto e Corsa assistem com uma certa distância, aqui o Fiesta ocupa um lugar discreto, tanto nas vendas quanto na propaganda da própria Ford. Uma grande injustiça. Faltou, à estratégia da Ford, impacto inicial. O primeiro Fiesta que apareceu oficialmente por estas bandas era um quadradinho, importado da Espanha. Vendeu menos que guarda-chuva em dia de sol. Esse Fiesta foi remodelado na Europa e ganhou o apelido brasileiro de “chorão” ou “tristonho”, devido aos f

A mesma história. Até quando?

Sabe aquela história que todo mundo conhece o fim? Como uma piada de português na qual o lusitano acaba se dando mal? Pois esse foi o desfecho do roteiro totalmente sem graça envolvendo a Fiat, o Stilo e o DPDC, Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor. Toda e qualquer pessoa com um mínimo de antecedente na área conhecia o final dessa história: a Fiat seria condenada e teria de fazer um recall do Stilo. O único elemento surpresa seria uma forte pressão lobista (lobby não é crime) da montadora em Brasília para que a investigação fosse conduzida de forma mais aberta. Do jeito que foi, a Fiat foi simplesmente condenada e pronto. E não vou aqui defender os italianos: compromisso de verdade com a qualidade seria ter feito esse recall muito antes, ou mesmo feito um recall branco, trocando as peças dos Stilos em circulação. Agora a Fiat sai com uma multa de R$ 3 milhões e a imagem arranhada, fora a desvalorização que o Stilo terá no mercado de usados – muitos deles, em especial os equi

Faltou muita noção

O Sr. Caio Luiz de Carvalho é presidente da SPTuris e um dos responsáveis por uma das piores ideias já vistas na história da capital paulista: realizar uma etapa da F-Indy num circuito de rua. Em artigo publicado na Revista da Folha, encarte do jornal Folha de S. Paulo, ele chama a cidade de “capital mundial do automobilismo”, por sediar uma corrida de F-Indy e outra de F-1 no mesmo ano. E o contrato com a Indy foi assinado por 4 anos. Fazer um circuito de rua em São Paulo é um tapa, uma verdadeira agressão a todos os moradores da cidade. Em toda sua extensão, o asfalto é destruído; buracos e ondulações são tão fortes que obrigam as montadoras a elevarem a altura dos carros. E, ao invés de sanar estes problemas, a prefeitura investe para tornar liso um micro trecho de asfalto na Marginal Tietê, onde será feita a corrida. Não fosse suficiente, há o trânsito em si. NUNCA uma cidade poderá ser a capital do automobilismo com o caos que enfrentamos todo dia. Senhor Caio, automobilismo está

Dardos

- Focus 2.0 flex com 148 cv foi decepcionante. O motor tem potencial para mais de 160 cv, mas não o câmbio, que não suporta muito mais do que isso. Uma pena, mas que não tira o mérito do carro, o melhor médio do país hoje. - A 4R elegeu o City como o melhor sedã por 55 mil. Eu prefiro um Focus. Eu também prefiro um Mégane. Ah, e também prefiro um Sentra. - Corolla GLi vendido a 67 mil reais. Esse era o preço da versão XEi, mais completa, até poucos meses atrás. Quanto o Corolla 2.0 vai custar? Preço de Fusion, imagino. - Palavra de quem entende do assunto: Amarok coloca a Hilux no bolso. A ver. - Peugeot 206 saiu de linha. Fica aqui a homenagem a um dos compactos mais bonitos de todos os tempos, e um excelente carro apesar da fragilidade mecânica. Foi o sonho de muita gente por muito tempo, e isso é para poucos.