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Mostrando postagens de outubro, 2007

Feo pero cumplidor

Logan com fila de espera? Ok, pode ser a novidade ou simplesmente baixa produção por parte da Renault. Mas puxa, numa terra onde carros são sumariamente julgados pelo seu design, como um dos automóveis mais feios de todos os tempos conseguiu esse sucesso? Sim, existe o custo benefício. As versões mais atraentes, Expression 1.0 e 1.6 8v, partem de menos de 30 mil reais, embora absoltamente básicas – o kit com vidros e travas elétricos, ar-condicionado e direção hidráulica custa expressivos 5 mil reais, ou 15% do valor do carro básico. Neste preço, 35 mil, as opções são Prisma e Siena 1.4, Fiesta Sedã 1.0 (talvez um 1.6 básico). Nada que ofereça o sabor de novidade do Logan, embora o novo Siena que vem aqui tenha ficado realmente bonito – é uma opção válida, com menos espaço, mas mais requinte. Difícil identificar neste começo se a proposta mesmo de carro espaçoso está vingando entre os consumidores. Deisgn é um conceito individual, enquanto espaço é mensurável. Talvez esta aposta tenha

Quer andar de carro velho, amor?

De novo a coluna do Joel Leite no Webmotors. Vale a pena ler toda, reproduzo um trecho aqui: "Embora seja sinal de progresso e fartura, descartar um carro com menos de dez anos de uso é uma afronta à sociedade, uma afronta ao bom senso. Quanto mais durável, mais o carro (que é produto da força de trabalho e do investimento do homem) vai servir à população." Acho que ele esqueceu-se da evolução que carros têm sofrido em termos ecológicos. Um carro com dez anos de uso, hoje, polui mais do que dois carros novos. Além disso, carros mais novos têm mais componentes recicláveis, ou seja, que podem ser reaproveitados. A mesma sociedade do consumo que ele critica (e que deve ser criticada mesmo), também tem provido soluções ecológicas por uma simples demanda do mercado. Além disso, ele desconsidera totalmente a manutenção do carro. Não só esses carros velhos são poluidores como consomem mais combustível, mais óleo, mais fluidos. Usam peças baratas, fabricadas sabe-se lá onde, por fáb

Marketing de verdade

Da coluna do Joel Leite no WebMotors: “Pesquisa feita pelo Ibope Mídia revela que o consumo de combustível ainda é o principal fator de escolha do carro na hora de comprar. Mais de seis em cada dez potenciais compradores de carros, novos e usados, apontaram o baixo consumo como item fundamental na decisão de compra.O segundo fator mais importante da decisão é o custo da manutenção. Metade dos entrevistados revelaram que o preço das peças e da mão de obra de oficina influenciam na sua decisão de compra.Os itens mais valorizados pela mídia especializada – tanto a propaganda quanto a imprensa – não aparecem como prioridade para a maioria dos compradores de carros.Apenas 37% têm como prioridade a segurança do veículo; 36% observam os itens de conforto e 29% preocupam-se com a garantia de fábrica.Nem mesmo a facilidade de pagamento e a confiança na marca estimulam o consumidor mais do que o custo com combustível e manutenção. Apenas três em cada dez entrevistados revelaram que esses são fat

Carro é coisa de mulherzinha

Há pouco mais de um ano, a Abril rodou uma pesquisa no site de quatro revistas do grupo a respeito de carros. O objetivo foi levantar tendências de consumo para alavancar anunciantes nas publicações. Ali, no entanto, pode-se tirar algumas coisas interessantes, especialmente no que se refere ao padrão de consumo automobilístico de homens e mulheres. A primeira coisa que chama a atenção é que a GM não tem apelo para as mulheres. Enquanto Chevrolets disputam a preferência do público masculino, as mulheres valorizam Fords e Volkswagens, marcas mais antenadas com o público feminino. De fato, enquanto nenhum carro GM é particularmente atraente para as mulheres (talvez o Celta e, em menor escala, Corsa hatch e Meriva), a VW e a Ford oferecem verdadeiros sucessos femininos, como Fox (e derivados, SpaceFox e CrossFox), Polo – menos, Golf, Fiesta e EcoSport. A relação entre Eco e mulheres merece um parágrafo. A própria pesquisa da Abril demonstra que, enquanto homens preocupam-se com preço e des

Não queremos porcarias!

Existe uma tensão no jornalismo entre a reportagem isenta e a opinativa. No começo, muitas matérias se confundiam com a opinião do jornalista – brilhante nessa descrição é o livro do Fernando Morais, “Chatô”. Depois, começou-se a valorizar a isenção, permitindo que o leitor tire suas conclusões a partir do simples relato dos fatos. Embora libertador, não é isso que todos os leitores querem – e isso explica em parte o crescente número de leitores de blogs, que ouvem a opinião de pessoas para formar a própria – ou para embasar a mesma, numa convergência de interesses de muito interesse e conforto pelo ser humano. Toda essa enrolação desnecessária foi para dizer que amei o texto escrito pelo repórter Gustavo Henrique Ruffo no WebMotors, a respeito de um possível novo Corsa a chama-se Astra. A idéia é pegar a casca do Corsa europeu, aplicar na plataforma do carro feito aqui, alongada, e vendê-lo como Astra. Igualzinho ao que a GM fez com o Vectra, que tem a plataforma da Zafira, por sua v

Foi EmBora

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Eu já confessei aqui que gosto do Bora. Era algo irracional, sem sentido, uma atração pelo veículo totalmente sem vínculo com os argumentos que provam serem os concorrentes as melhores opções. Pois bem; vim aqui dizer que isso é passado. Não gosto mais dele. Terminamos tudo. Quando chegou ao país, em 2001, o Bora se propôs a ser um sedã relativamente compacto, discreto porém com um design atual e moderno, gostoso de dirigir e com o melhor acabamento da categoria. O que se perdeu nestes sete anos? O design já sente a idade, embora deva admitir que a reestilização chinesa foi boa (o carro é bem melhor ao vivo do que em fotos). Também é verdade que estou farto dessas reestilizações de frente e traseira. O motor 2.0, se era aceitável em 2001, hoje já não é mais. Não só é extremamente defasado em potência, como não aceita álcool. Eu sempre fui fã da versão manual, mas uma automática de 6 marchas com Tiptronic é bem interessante. Vai o senão: a 6ª marcha mantém 3 mil rpm a 120 km/h? Pra quê