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Mostrando postagens de março, 2012

Quanta bobagem

O Jornal Nacional de hoje acaba de mostrar uma reportagem sobre os efeitos do álcool para quem dirige. A estrela da matéria foi um simulador de direção sob o efeito do álcool. Nele, o pedal fica mais mole, a direção mais leve, e a tela fica borrada, para simular os efeitos da bebida. Engraçado. Não me lembro do pedal de nenhum carro ter uma opção para ficar mais mole em destinada circunstancia. Esse simulador é a maior bobagem. Quem precisa "estar bêbado" é a pessoa, e não o simulador. Coloquem as pessoas para beber, e aí dirigir na máquina. Assim seria possível verificar os efeitos reais da bebida (o que não serviria para o propósito da lei, pois aí seria verificada A VERDADE: cada pessoa tem uma tolerância à bebida e os limites ridículos não servem pra nada). Do jeito que está, é um besteirol sem tamanho.

JAC Siena

Muitos méritos para a Fiat com esse Grand Siena. Investiram pesado e transformaram quase num sedã médio. O entre-eixos é de 2,51m, o mesmo do defunto Bora, o que mostra o quanto o carrinho cresceu. Saiu definitivamente da categoria do Classic e começou a brigar com gente grande – os maiores rivais, agora, são Polo, Fiesta (estes dois já fazendo hora extra), New Fiesta, Cobalt e Versa. Pelo posicionamento de preços e design interno e externo, a Fiat decidiamente optou por não investir nesta seara de sedã médio a preço de compacto, segmento inaugurado pelo Logan e melhorado por Versa e Cobalt. O Siena é bem mais caro e mais refinado do que eles – embora não necessariamente maior ou mais espaçoso – e vai brigar com outros sedãs compactos como Polo e, especialmente, New Fiesta. Tem tudo para vender bem. Vai apelar a um consumidor que não é fã dos sedãs mais “utilitários” da concorrência e, ao contrário da lerdeza incompreensível da Ford, o Siena já começa o jogo com o câmbio automatizado q

O que é belo?

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A nova Ferrari V12 de motor dianteiro é um assombro, superando a já respeitável 599. São 730 cv de uma unidade naturalmente aspirada, mantendo-se firmemente do outro lado da tendência do downsizing, os motores de menor cilindrada e com alimentação forçada de ar, com turbos ou compressores. Alguns mitos, como a M5, já cederam a esta nova tentação. Lamborghini, Ferrari e Aston Martin, ainda não. Aliás, um parênteses para falar dos italianos. A F12 parece desenhada sob medida para superar o Aventador. Ambas com um V12 aspirado, mas a Ferrari desenvolvendo 30 cv a mais. O que na verdade é mérito da Lamborghini, que voltou a ser levada a sério pela Ferrari após muitos anos requentando projetos maravilhosos, porém envelhecidos, como a Countach e a Diablo. Voltando ao cerne da questão, ninguém é besta de discutir o quão maravilhosa deve ser esta Ferrari nova em termos dinâmicos. Seguramente um assombro. A pergunta que cabe é: é bonita? Para citar o Top Gear de novo, no lançamento da 458 o Jer

Bando de folgados

Na temporada passada do Top Gear, revoltado com algum assunto, Jeremy Clarkson disse que determinadas pessoas deveriam ser mortas a tiros (“be shot”) na frente de suas famílias. O caso causou a maior repercussão no Reino Unido, até que após quase um ano ele foi absolvido. Pois bem. O M4R acredita que os grevistas responsáveis pela paralisação dos caminhões que fazem o abastecimento de combustíveis em São Paulo deveriam ser mortos a tiros na frente de suas famílias. Aliás, nem a tiros: lentamente, com uma serra tico-tico. Ou uma colher de pau. Vamos analisar três tipos de greve: 1. Uma greve numa fábrica causa problemas sérios aos donos, pois paralisa a produção. É uma greve de alto impacto aos donos, e baixo impacto à população em geral, que pode comprar outros produtos. Então é uma greve 100-10 (100 em impacto aos donos, 10 em impacto a população) 2. Uma greve bancária é uma greve 20-20, pois traz poucos prejuízos aos banqueiros e também à população, que pode recorrer às casas lotéric