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Mostrando postagens de novembro, 2006

Italian Stallion

Quem vai levar este ano o troféu de líder em vendas é a Fiat. Dois feitos históricos couberam à novata: desancar a VW, há alguns anos, e desancar o Gol, nos últimos dois meses. Depois de 19 anos, é muito significativo. Embora a liderança de vendas seja muito interessante, é preciso analisar a lucratividade que isso traz à Fiat. Sabe-se que as operações da subsidiária brasileira dão lucro há anos (ao contrário da matriz), mas quanto? A Fiat é muito forte em carros com pouca margem de lucro – o Palio, pouco a pouco, se tornou o melhor compacto nacional, coisa que a Palio Weekend fez assim que foi lançada (derrubou a Parati em vendas e só foi perder terreno para a SpaceFox e o EcoSport) e o Siena faz com altos e baixos. É simples dizer o que estabeleceu a Fiat nesse patamar de excelência. Uma plataforma básica excelente, robusta e moderna. Um desenho externo sempre moderno e atualizado; um acabamento interno coerente com a categoria e com o preço. Opcionais muito atrativos, muitas vezes e

Sedã Grande

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Aqui, uma ampla variedade. Quatro modelos se destacam : O Fusion tem a grande vantagem em preço, chegando a ser até R$ 50 mil mais barato que seus rivais e isso mesmo é sua maior fraqueza. A diferença de preço se encarrega de colocar o Fusion longe de Passat e 407 no quesito status, algo importante nesta categoria. O Fusion é mais um grande competidor com Vectra Elite e Civic EXS do que propriamente com os carros desta categoria. Quem tem R$ 80 mil vai pensar no Fusion com muito carinho; quem tem R$ 130 mil, não. O Mondeo sumiu, coitado. É um senhor carro, mas foi totalmente eclipsado pela estratégia Fusion da Ford – sendo que, veículo por veículo, é mais negócio que o norte-americano. No entanto, a jogada aqui faz sentido: o mercado não precisa de outro Passat, mas sim de um novo Landau. Falando nele, o Passat segue melhorando a cada geração. Está mais bonito e mais evoluído tecnologicamente. Cabe à VW mantê-lo no patamar de preços adequado, por ainda lhe falta calibre para concorrer

Detalhes

Gente que pensa nos detalhes é outra coisa. Talvez mais até que comportamento dinâmico, acabamento ou beleza exterior, são os detalhes que fazem a diferença. Pneus devem ser calibrados frios, certo? Portanto, o ideal é fazê-lo logo após sair de casa. Mas, se você saiu de casa, está indo para algum lugar, e não é legal chegar nesse lugar com as mãos sujas de pó e grafite dos freios, que normalmente deixam as válvulas dos pneus imundas. Fora o perigo de perder as tampas dos bicos. No Golf, estas tampas têm uma mini-portinhola, que dá acesso ao bico. É só encostar a mangueira de ar na própria tampa, que esta portinhola se abre e você calibra o pneu. Não precisa sujar a mão girando aquelas tampinhas e nem se preocupar em perdê-las. Fora que a operação toda de calibrar os quatro pneus (sem contar o estepe) leva pelo menos metade do tempo. São idéias como esta que o mundo precisa mais. Pensamento inteligente pró-consumidor, e não pró-economia. PS: O marketing da Volks poderia ter embarcado n

Sedã Médio de Luxo

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Esta é uma categoria que, para mim, a série 3 da BMW domina há anos. A versão imediatamente anterior à atual tinha, para mim, um dos desenhos mais bonitos da história e uma capacidade mecânica à altura, como aliás é de costume na BMW, exceção feira ao iDrive. Apesar do esforço de Chris Bangle para estragar o carro, desta vez ele parece não ter se dedicado muito ao projeto e o resultado ficou bem passável. Embora a Classe C ainda esteja significativamente atrás (gastei um bom tempo numa 180 K no Salão e algumas coisas definitivamente não condizem), o Audi A4 tem evoluído a passos largos e é atualmente, mais bonito e melhor acabado que a série 3. Onde a BMW ganha, definitivamente é no comportamento dinâmico sempre elogiado. PS: É uma merda elogiar carros que você nunca dirigiu.

Sedã Médio

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Aqui o bicho tá pegando. Várias novidades e concorrentes bons. Infelizmente, os 30 cm de diferença no comprimento entre Jetta e Fusion colocam este último na categoria dos sedas grandes. E é possível que uma boa parte do sucesso do Fusion sobre o Jetta (no dia em que eu vi o único Jetta rodando até hoje, vi três Fusion) seja justamente o porte e tamanho, posto que o Jetta é mais bem acabado e tem desempenho superior. Por sua vez, o porte faz com que o Fusion seja notado nas ruas (mérito aqui também para o design), enquanto o Jetta, sério, parecia um carro comum, ainda mais nas ruas nobres, acostumadas ao novo Passat. Bom, Fusion excluído, ficam três concorrentes sérios: Mégane, Civic e Jetta. Com 80 mil no bolso, vou de Jetta (ou de Fusion). Com 70 ou 60 mil, aí a coisa muda. O Civic tem duas grandes desvantagens: o porta-malas ridículo e o hype, o sucesso. Parece que você comprou o Civic porque é moda, e não porque é um bom carro. Outras desvantagens, menores, são o desempenho ( achei

SS - Super Slow

“We’re not going to put a ‘performance’ badge under the hood of a vehicle unless it performs.” – Mark Reuss – Diretor Executivo da Divisão de Performance, General Motors. Isso está no blog oficial da GM. Pena que não está no Corsa, Astra e Meriva (!) SS.

Hatch Médio

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Categoria seguinte é uma das minhas favoritas: Hatch Médio. Aqui o bicho pega. BMW série 1 tinha tudo para ganhar, ao oferecer um pacote bonito e esportivo num carro compacto, e com tração traseira. No entanto, têm chovido críticas ao carro na imprensa especializada (a de verdade, que compara o série 1 com a concorrência, e não a brasileira que só baba). O preço não ajuda: por um pouco mais, dá para levar uma série 3, uma BMW que não corre o risco de ser mal-vista como foi, por exemplo, o Classe A, que não era considerado um Mercedes – a não ser pela própria Mercedes, claro, que não se esquecia da estrela de três pontas ao cobrar a manutenção do carrinho. Audi A3 é carrão, tem todos os méritos, mas nem se fosse de ouro ganharia meu voto. E pelo simples motivo da Audi, covarde, ter deixado de produzir o carro aqui. Por um lado, méritos para a marca que não comprometeu o carro adotando uma solução bem brasileira (remodelar a frente e a traseira sem mexer no core business), mas por outro

BCWS: Eleição dos melhores

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A meca dos malucos por carro (ou entusiastas por automóvel, no amplo léxico do editor) é o BCWS, citado diversas vezes por aqui. E chegou um dos momentos mais importantes para o site, que é a votação anual dos melhores carros, divididos por segmentos de atuação. Vou aproveitar a deixa e colocar aqui meus votos, pouco a pouco. Carro pequeno: Kia Picanto Pronto, foi só fazer a escolha acima e metade dos meus fictícios leitores já foi pro Google. A outra metade está aqui, ansiosa pra ver qual a minha desculpa estapafúrdia pra escolher o Kia Picanto (Picanto? É de comer?) como melhor carro pequeno. Bom, tentarei explicar. Escolhi o Picanto pela proposta, não tanto pelo carro. Se a definição de carro pequeno incluir “amigo, é o meu carro, vou trabalhar com ele, vou pra balada com ele, vou viajar com ele”, então por favor esqueça o Picanto e fique com uma das opções mais tradicionais. Se dinheiro não for problema, um Fit 1.5 com câmbio CVT é imbatível dentre as opções apresentadas pelo BCWS.