Hatch Médio


Categoria seguinte é uma das minhas favoritas: Hatch Médio.

Aqui o bicho pega. BMW série 1 tinha tudo para ganhar, ao oferecer um pacote bonito e esportivo num carro compacto, e com tração traseira. No entanto, têm chovido críticas ao carro na imprensa especializada (a de verdade, que compara o série 1 com a concorrência, e não a brasileira que só baba). O preço não ajuda: por um pouco mais, dá para levar uma série 3, uma BMW que não corre o risco de ser mal-vista como foi, por exemplo, o Classe A, que não era considerado um Mercedes – a não ser pela própria Mercedes, claro, que não se esquecia da estrela de três pontas ao cobrar a manutenção do carrinho.

Audi A3 é carrão, tem todos os méritos, mas nem se fosse de ouro ganharia meu voto. E pelo simples motivo da Audi, covarde, ter deixado de produzir o carro aqui. Por um lado, méritos para a marca que não comprometeu o carro adotando uma solução bem brasileira (remodelar a frente e a traseira sem mexer no core business), mas por outro lado uma pena a falta de investimento no país para trabalhar no segmento Premium. Culpa, em boa parte, da ridícula carga de impostos desse governo inútil.

Bom, então o voto vai para quem? Para o carro que está, literalmente, invadindo as ruas: Peugeot 307. Com méritos: acabamento incrível, motorização 1.6 Flex e um 2.0 bem forte, um câmbio automático com bons recursos, amplo espaço interno, desenho e projeto atuais em relação ao que é feito na Europa.

O preço, sim, é acima de alguns concorrentes. Focus 1.6 a 39 mil e Astra a 42 mil se situam em outro padrão, mas Golf e Stilo partem de 48 mil, o que já fica próximo do 307 a 52 mil (até menos). Um 307 2.0, automático, que pode ser encontrado por pouco mais de 60 mil, é muito mais carro que toda a concorrência no mesmo preço.

Leia aqui avaliação do 307 2.0 automático.

Nota honrosa vai para o Focus. Sua suspensão ainda é referência em acerto na categoria, bem como o ótimo câmbio 4+E, com a velocidade máxima atingida em 4ª e a 5ª usada para economia (3 mil rpm a 120 km/h). Um Duratec Ghia manual a R$ 55 mil, com teto solar e 147 cavalos (potência de Golf GTI e Audi A3 no início de suas carreiras), ainda é assaz interessante. Pontos fracos ficam para o câmbio automático sem recursos, desenho (especialmente interno) já envelhecido e bancos absolutamente impraticáveis.

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