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Mostrando postagens de maio, 2009

Tiradores de pedido

Quando eu crescer eu quero ser vendedor de concessionária. Não precisa de faculdade, muito menos de pós-graduação, falar inglês só em sonho, espanhol então só se for pra fazer piada de argentino. E, melhor de tudo, não preciso me preocupar com o cliente. Posso mandar sem só ele fazer negócio na concorrência. Pois essa raça estúpida não está aí para fazer negócio, está aí para sugar o seu dinheiro com todos os dentes. Se você não concordar com o preço mixórdio que eles querem pagar no seu usado, azar o seu. Ele não precisa mover uma palha. Se eu mando meu cliente comprar na concorrência, meu chefe me demite na hora. No caso deles, é orientação. Que se dane o cliente.   Raça dos infernos. Tudo bem, mês que vem o IPI sobe e a farra deles vai pro saco.

Off-Topic de Geopolítica

Há um tempo, o Iraque era suspeito (atenção: suspeito) de possuir armas de destruição em massa, como bombas nucleares. Vocês sabem o que aconteceu.   A Coreia do Norte tem, comprovadamente, armas nucleares. Vocês estão vendo o que acontece. Nada.   Há a diferença do petróleo.   Em segundo lugar, exército que se preze não ataca país com potência nuclear. Um míssil norte-coreano em Tóquio ou Seul causaria uma desgraça que nem um milhão de exércitos iraquianos conseguiriam fazer.   Por isso que não achei o Enéas totalmente idiota quando ele defendia que o Brasil deveria se tornar uma potência nuclear. Veremos quando a guerra for pela água.

Acessibilidade

Se existe um momento no qual o capitalismo brilha acima de todas as coisas é quando há uma concorrência de verdade no mercado. Faz bem pouco tempo e equipamentos como motores V6, air bags laterais e de cortina, câmbio de seis marchas e telas sensíveis ao toque estavam restritos a caros importados europeus e japoneses. Mas a Ford e a Hyundai acabaram com isso.   Quem começou foi a Ford, com os descontos progressivos aplicados ao Fusion. No preço original, de 83 mil reais, já era um pacote atrativo em tamanho e equipamentos em relação à concorrência. E o preço foi baixando, baixando, e o carro ficando mais acessível. Mesmo hoje, com o novo Fusion já lançado, comprar o antigo por 65 mil reais é um excelente negócio.   A Hyundai veio junto. É uma marca que tem como política cobrar mais barato por produtos similares – o que faz total sentido, pois falta a ela a credibilidade de uma montadora europeia, japonesa ou mesmo americana. O Azera já chegou a ser vendido a 130 mil reais – e nem

Falta vocação

O reflexo mais gritante das altas vendas de automóveis nos últimos dois anos não é nem o aumento nos congestionamentos. É o aumento desproporcional das pessoas que não sabem dirigir, mas se arriscam mesmo assim. Segunda pela manhã eu percorri 25 km em São Paulo, num horário em que o trânsito já estava bom, 10h. Um Fiesta prata freou abruptamente por causa de um radar numa via cuja velocidade máxima permitida é de 90 km/h; a pessoa reduziu a velocidade para 60 km/h, na pista da extrema esquerda. Um Corolla preto trafegava lentamente ocupando metade da pista da esquerda e metade da pista ao lado (digamos, pistas um e dois) numa avenida de grande movimento, enquanto se preparava para entrar à esquerda. Foi assim ao menos por um quilômetro até a pessoa efetivamente fazer a conversão. E, por fim, um Monza azul que entrou numa via de tráfego rápido (90 km/h) sem se preocupar se vinha alguém na pista da direita (eu, no caso). Esse foi um dia, um trajeto, um horário. Diariamente, os que dirige

Frio digital

Achei interessante colocar aqui um post na linha serviços sobre um equipamento cada vez mais comum nos carros e que nem todos sabem corretamente como funciona. Esta ideia já estava comigo há alguns meses quando hoje, ao acompanhar a entrega de um carro 0 km, ouvi o vendedor falando asneiras sobre o funcionamento do sistema. Como o restante de sua apresentação do carro para o futuro motorista foi muito boa (e extensa, cobrindo quase todos os itens e equipamentos do carro), percebi que o vacilo devia-se mais ao desconhecimento do que à inaptidão. Em inglês, air-conditioning significa o sistema comum, de botões analógicos, enquanto os sistemas digitais são chamados de climate control. Faz mais sentido. Um sistema de climatização é o responsável por colocar ar frio ou quente dentro do carro, de acordo com a necessidade do motorista. Ar quente é fácil: com o motor em temperatura normal de funcionamento, a mais ou menos 90 graus Celsius, o sistema simplesmente aspira uma quantidade de ar do

Selos de consumo

Eu não sei se eu concordo com esse novo “selo Procel” dos carros, que vai mostrar o consumo de cada automóvel de acordo com a sua categoria (que, no caso dos sedãs, abrange Voyage e Civic, para se ter uma ideia da exatidão). As montadoras incluíram os veículos que quiseram na análise (a VW mandou apenas o Polo BlueMotion) e o ciclo utilizado como referência é o adotado pela ABNT hoje, que é super brando – é nesse ciclo que o Mille faz mais de 20 km/l de gasolina na estrada, algo bem difícil de replicar no mundo real. Muito mais útil seria o governo aplicar uma taxa, já que ele adora impostos, semelhante à que temos nos Estados Unidos, penalizando os carros mais beberrões. Os motores poderiam ser envoltos numa categoria de cilindrada (até 1.0; 1.1 a 1.4; 1.5 a 1.7; 1.8 a 2.0; 2.0 a 2.9; 3.0 a 3.9 e assim por diante) e comparados contra o mais econômico. Assim, o Corolla, que é provavelmente o mais econômico da sua categoria, seria submetido a um teste mais rigoroso que o da ABNT agora e

Tiida

Essa eu ouvi de um amigo interessado no carro: "o problema do Tiida é que o desenho dele é o cruzamento dde um 307 com um Sandero"... De fato não é lindo, e é bem estranho, mas feioso eu não acho. E vou além: é o melhor automático do mercado logo abaixo do Focus GLX, por R$ 53 mil. Ainda mais agora que é flex. Se flex for fundamental, o único que lhe faz sombra é o novo C4.