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ERRAMOS: Teste Jeep Commander

  Temos que fazer duas correções no teste da Commander que publicamos recentemente.   Uma é sobre o painel digital. Ele é mesmo de alta definição. O problema é que a fonte e as cores que a Jeep escolheu são péssimas e fazem com que pareça meio embaçado, pouco definido, especialmente o celocímetro e conta-giros que têm um fundo cinza azulado que não contrasta direito com os números, péssima escolha.   A outra é sobre o desempenho. Claro que não dá pra esperar milagres de um motor 1.3, por mais turbo que seja, puxando quase 1,7 tonelada com o motorista. Mas a Jeep tomou uma decisão de deixar a abertura do acelerador bem gradual, de modo que para extrair mais desempenho é necessário – obviamente – apertar o pedal até o final do curso, ou pelo menos passar da metade. Achamos esse arranjo bem melhor do que o feito por muitas fabricantes como Hyundai que é colocar 90% de borboleta aberta com o pedal aberto a 30%, o que dá uma sensação de desempenho grande, porém deixa o motorista na

Dois comentários rápidos sobre Fórmula 1

Esses dias estávamos assistindo Drive to Survive, mas o da temporada 2021. É muito legal porque mostra bastidores, conversas a portas fechadas, a relação entre equipes e patrocinadores, a pressão das empresas que bancam pilotos, a negociação para George Russell na Mercedes, realmente tinha um quê de informação de bastidores.   A edição da temporada 2023 que saiu no final de fevereiro parece mais um documentário pago, chapa branca total. Todos os episódios seguem a receita: apresenta a equipe > passa por dificuldades > dá a volta por cima. Em algum momento os criadores do DTS tomaram uma bronca pelas informações de bastidores, ou as equipes não quiseram revelar mais esse conteúdo, de forma que a série perdeu muito, mas muito da graça.   A Alpine é uma equipe francesa com dois pilotos franceses. Em 2023 fizeram uma sacanagem absurda com o diretor da equipe Otmas Szafnauer (que é romeno-americano) e mandaram o cara embora no final de semana do GP da Bélgica, meio da temporad

Teste: Jeep Commander Overland T270

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    Alguns especialistas lamentam a desindustrialização do Brasil, e no campo dos automóveis isso se reflete em lamentos sobre não produzirmos mais grandes sedãs e estarmos limitados a pequenos compactos e SUVs de entrada. O Jeep Commander discorda. É um carro refinado e de classe mundial produzido aqui mesmo, em Goiana, Pernambuco.   Não vamos entrar no mérito da desindustrialização de forma geral (que é verdadeira e problemática) e também das outras marcas que têm realmente preferido importar os veículos de topo. Mas vamos também devagar com a síndrome de vira-lata, isso de sempre se orgulhar em falar que o Brasil não presta, não sabemos de onde vem essa esquisitice.   O Commander é um veículo de classe mundial, mas não é um carro mundial. É um projeto da Stellantis para mercados emergentes como Brasil e Índia, que recebem o Compass e os modelos produzidos na plataforma GSW (Global Small Wide), porém para os quais o modelo seguinte na gama da Jeep, o Cherokee, ficaria muito