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Mostrando postagens de 2006

Comparativo: Celta Life 1.0 VHC x Palio 1.0 Fire

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  Concordamos com quem diz que comprar o Uno é fogo. É um carro que eu admiro, gostoso de dirigir, espaçoso e de ótima visibilidade, mas anos de abuso por parte das prestadoras de serviço da Telefônica transformaram o carro num mero meio de transporte. Então é difícil não pensar em incluir mais dois mil reais na conta e levar um carrinho com mais cara de moderno. Os números de vendas mostram que a escolha “do povo” tem ficado entre Palio e Celta nas versões de entrada. Quase todos os concorrentes são fáceis de tirar da equação: o Fiesta fica numa categoria superior em peso, em preço e sofre com o motor 1.0. O Clio pena igualmente com o 1.0 8v. O Ka é um carro de nicho e o Gol, que seria mais competitivo, tem sérios problemas de seguro e dirigibilidade. Ficamos então com Fiat e GM. Excluindo-se os jurássicos Mille e Classic, chegamos ao embate dos líderes Palio e Celta, no PRIMEIRO COMPARATIVO já realizado na história do Minhas quatro rodas. Curvai, que este momento é histórico. Estil

Underdogs

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Ontem um amigo, leitor assíduo (e olha que não pago nada), estava elogiando-me a respeito de ter escolhido o 300C numa das categorias na eleição do BCWS. Ele é fã do carro; ainda não o dirigiu, mas já pilotou uma Cherokee com o Hemi 5.7 (com uma tonelada a mais e uma marcha a menos) e comentou que mesmo assim é impressionante o que o bicho anda. Sem dúvida o 300C é uma escolha inteligente no segmento, reconhecida pelos especialistas. É mais ou menos como quem compra um Focus ou um Fit – um carro reconhecido pelas suas qualidades, mas que peca num fator que tem muito peso para muita gente: status. Você gasta 180 mil no seu 300C e vai pra porta do Rubaiyat. Que legal, a Mercedes 190E de 1988 ficou na porta e o seu foi pro estacionamento. Ou, pior ainda, um Fusion ficou na porta. O 300C não grita “status” ou “eu tenho grana” tanto quanto um carro das grandes alemãs do mesmo segmento – e assaz inferiores ao menos em desempenho, como A4, Série 3 e Classe C. É difícil dizer o peso que essa s

Mais do BCWS

Picape Pequeno: Strada Com a Courier e a Fiorino estabelecidas como cavalos de força, sobram Saveiro, Strada e Montana disputando o mercado de picapes pequenas com vistas ao público “civil”. A Saveiro, que ainda tinha argumentos na geração anterior, tornou-se absolutamente incomparável agora, deixando a disputa com Fiat e GM. A Montana tem algumas vantagens, como os estribos laterais, a caçamba maior, um desenho bem-resolvido e um interior que não decepciona. Mas a Strada contra-ataca, com uma frente inspirada (sem dúvida o melhor ângulo de Palio, Weekend, Siena e Strada novos), um acabamento igualmente condizente e a opção óbvia da cabina estendida, esta sim uma revolução no segmento. Então ela é a escolhida – que aproveite, pois parece que a Fiat vai seguir a fórmula de depenamento “VW G4” nos seus carros pequenos. Picape Médio/Grande: Dodge Ram A briga é com a F-250, que leva em confiabilidade (pela estabilidade da Ford no país), mas perde feio pro monstruoso 6 cilindros, 6 litros,

Mais da eleição

Sedã Grande de Luxo: Chrysler 300C, MB CLS 300C chegou abalando, com um acabamento bem razoável, um design absolutamente diferente e o que os americanos sabem fazer melhor: motores V8 de grande cilindrada. Menção honrosa para a Mercedes CLS, requinte e conforto numa embalagem bem moderna e bonita. Sedã de Alto Luxo: MB S Aqui não tem conversa. Se o papo é alto luxo, série S na cabeça, um Maybach antes das pílulas de crescimento. Utilitário Esporte: Land Rover Freelander Bonito, prático, bem acabado, e ainda por cima um Land Rover para encarar qualquer parada. Mas dizem que os modelos minimamente equipados (ou seja, todos menos o Defender) têm problemas de confiabilidade. UE de Luxo: VW Touareg Bonito, bonito, mil vezes bonito. Ainda por cima, bem acabado e com ótimos motores, em destaque os a diesel. Se o Phaeton valeu por alguma coisa, foi por este carro. UE de Alto Luxo: Cayenne Questão de somatória: o melhor fora-de-estrada. O melhor na estrada. O melhor em status. O melhor em perfo

Italian Stallion

Quem vai levar este ano o troféu de líder em vendas é a Fiat. Dois feitos históricos couberam à novata: desancar a VW, há alguns anos, e desancar o Gol, nos últimos dois meses. Depois de 19 anos, é muito significativo. Embora a liderança de vendas seja muito interessante, é preciso analisar a lucratividade que isso traz à Fiat. Sabe-se que as operações da subsidiária brasileira dão lucro há anos (ao contrário da matriz), mas quanto? A Fiat é muito forte em carros com pouca margem de lucro – o Palio, pouco a pouco, se tornou o melhor compacto nacional, coisa que a Palio Weekend fez assim que foi lançada (derrubou a Parati em vendas e só foi perder terreno para a SpaceFox e o EcoSport) e o Siena faz com altos e baixos. É simples dizer o que estabeleceu a Fiat nesse patamar de excelência. Uma plataforma básica excelente, robusta e moderna. Um desenho externo sempre moderno e atualizado; um acabamento interno coerente com a categoria e com o preço. Opcionais muito atrativos, muitas vezes e

Sedã Grande

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Aqui, uma ampla variedade. Quatro modelos se destacam : O Fusion tem a grande vantagem em preço, chegando a ser até R$ 50 mil mais barato que seus rivais e isso mesmo é sua maior fraqueza. A diferença de preço se encarrega de colocar o Fusion longe de Passat e 407 no quesito status, algo importante nesta categoria. O Fusion é mais um grande competidor com Vectra Elite e Civic EXS do que propriamente com os carros desta categoria. Quem tem R$ 80 mil vai pensar no Fusion com muito carinho; quem tem R$ 130 mil, não. O Mondeo sumiu, coitado. É um senhor carro, mas foi totalmente eclipsado pela estratégia Fusion da Ford – sendo que, veículo por veículo, é mais negócio que o norte-americano. No entanto, a jogada aqui faz sentido: o mercado não precisa de outro Passat, mas sim de um novo Landau. Falando nele, o Passat segue melhorando a cada geração. Está mais bonito e mais evoluído tecnologicamente. Cabe à VW mantê-lo no patamar de preços adequado, por ainda lhe falta calibre para concorrer

Detalhes

Gente que pensa nos detalhes é outra coisa. Talvez mais até que comportamento dinâmico, acabamento ou beleza exterior, são os detalhes que fazem a diferença. Pneus devem ser calibrados frios, certo? Portanto, o ideal é fazê-lo logo após sair de casa. Mas, se você saiu de casa, está indo para algum lugar, e não é legal chegar nesse lugar com as mãos sujas de pó e grafite dos freios, que normalmente deixam as válvulas dos pneus imundas. Fora o perigo de perder as tampas dos bicos. No Golf, estas tampas têm uma mini-portinhola, que dá acesso ao bico. É só encostar a mangueira de ar na própria tampa, que esta portinhola se abre e você calibra o pneu. Não precisa sujar a mão girando aquelas tampinhas e nem se preocupar em perdê-las. Fora que a operação toda de calibrar os quatro pneus (sem contar o estepe) leva pelo menos metade do tempo. São idéias como esta que o mundo precisa mais. Pensamento inteligente pró-consumidor, e não pró-economia. PS: O marketing da Volks poderia ter embarcado n

Sedã Médio de Luxo

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Esta é uma categoria que, para mim, a série 3 da BMW domina há anos. A versão imediatamente anterior à atual tinha, para mim, um dos desenhos mais bonitos da história e uma capacidade mecânica à altura, como aliás é de costume na BMW, exceção feira ao iDrive. Apesar do esforço de Chris Bangle para estragar o carro, desta vez ele parece não ter se dedicado muito ao projeto e o resultado ficou bem passável. Embora a Classe C ainda esteja significativamente atrás (gastei um bom tempo numa 180 K no Salão e algumas coisas definitivamente não condizem), o Audi A4 tem evoluído a passos largos e é atualmente, mais bonito e melhor acabado que a série 3. Onde a BMW ganha, definitivamente é no comportamento dinâmico sempre elogiado. PS: É uma merda elogiar carros que você nunca dirigiu.

Sedã Médio

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Aqui o bicho tá pegando. Várias novidades e concorrentes bons. Infelizmente, os 30 cm de diferença no comprimento entre Jetta e Fusion colocam este último na categoria dos sedas grandes. E é possível que uma boa parte do sucesso do Fusion sobre o Jetta (no dia em que eu vi o único Jetta rodando até hoje, vi três Fusion) seja justamente o porte e tamanho, posto que o Jetta é mais bem acabado e tem desempenho superior. Por sua vez, o porte faz com que o Fusion seja notado nas ruas (mérito aqui também para o design), enquanto o Jetta, sério, parecia um carro comum, ainda mais nas ruas nobres, acostumadas ao novo Passat. Bom, Fusion excluído, ficam três concorrentes sérios: Mégane, Civic e Jetta. Com 80 mil no bolso, vou de Jetta (ou de Fusion). Com 70 ou 60 mil, aí a coisa muda. O Civic tem duas grandes desvantagens: o porta-malas ridículo e o hype, o sucesso. Parece que você comprou o Civic porque é moda, e não porque é um bom carro. Outras desvantagens, menores, são o desempenho ( achei

SS - Super Slow

“We’re not going to put a ‘performance’ badge under the hood of a vehicle unless it performs.” – Mark Reuss – Diretor Executivo da Divisão de Performance, General Motors. Isso está no blog oficial da GM. Pena que não está no Corsa, Astra e Meriva (!) SS.

Hatch Médio

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Categoria seguinte é uma das minhas favoritas: Hatch Médio. Aqui o bicho pega. BMW série 1 tinha tudo para ganhar, ao oferecer um pacote bonito e esportivo num carro compacto, e com tração traseira. No entanto, têm chovido críticas ao carro na imprensa especializada (a de verdade, que compara o série 1 com a concorrência, e não a brasileira que só baba). O preço não ajuda: por um pouco mais, dá para levar uma série 3, uma BMW que não corre o risco de ser mal-vista como foi, por exemplo, o Classe A, que não era considerado um Mercedes – a não ser pela própria Mercedes, claro, que não se esquecia da estrela de três pontas ao cobrar a manutenção do carrinho. Audi A3 é carrão, tem todos os méritos, mas nem se fosse de ouro ganharia meu voto. E pelo simples motivo da Audi, covarde, ter deixado de produzir o carro aqui. Por um lado, méritos para a marca que não comprometeu o carro adotando uma solução bem brasileira (remodelar a frente e a traseira sem mexer no core business), mas por outro

BCWS: Eleição dos melhores

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A meca dos malucos por carro (ou entusiastas por automóvel, no amplo léxico do editor) é o BCWS, citado diversas vezes por aqui. E chegou um dos momentos mais importantes para o site, que é a votação anual dos melhores carros, divididos por segmentos de atuação. Vou aproveitar a deixa e colocar aqui meus votos, pouco a pouco. Carro pequeno: Kia Picanto Pronto, foi só fazer a escolha acima e metade dos meus fictícios leitores já foi pro Google. A outra metade está aqui, ansiosa pra ver qual a minha desculpa estapafúrdia pra escolher o Kia Picanto (Picanto? É de comer?) como melhor carro pequeno. Bom, tentarei explicar. Escolhi o Picanto pela proposta, não tanto pelo carro. Se a definição de carro pequeno incluir “amigo, é o meu carro, vou trabalhar com ele, vou pra balada com ele, vou viajar com ele”, então por favor esqueça o Picanto e fique com uma das opções mais tradicionais. Se dinheiro não for problema, um Fit 1.5 com câmbio CVT é imbatível dentre as opções apresentadas pelo BCWS.

O Salão em tópicos

- Muito fácil cobrir o salão como imprensa. Visitação exclusiva, toda a atenção do mundo, mimos e comodidades. A imprensa deveria visitar o salão como um pobre mortal, para ver o que é bom. Não adianta a marca com os melhores lançamentos ter um estande horrível. - Falou-se muito sobre Chris Bangle estragando as BMWs, mas eu acho que ele está agora é na Ferrari – ou na Pininfarina. A geração atual, embora moderna e bem melhor ao vivo do que em fotos, não chega nos dedos dos pés da 360, 575 e 456 anteriores. Sério. A frente da 599 e a traseira da 430 são dignas de montadora búlgara. Na época do comunismo. - Picapes da Mahindra, indiana, têm desenho interessante e interior condizente com a proposta e, principalmente, com o preço. Se forem resistentes, algo especialmente importante no segmento de picapes, podem fazer bonito. - BMW continua nojenta. Colocar uma 325 num pedestal é querer demais. Num estande muito maior e mais bonito, podia-se entrar em quase todas as Mercedes. E a BMW até se

Dois pensamentos randômicos

No mundo, quais montadoras constroem carros para os, digamos, seres normais? Ou seja, quais atuam nos segmentos de maior venda nos seus países? Bem, são várias: Chevrolet, Ford, Chrysler, Volkswagen, Citroën, Peugeot, Renault, Fiat, Lancia, Honda, Toyota, Nissan, Daihatsu, Mitsubishi, Subaru, Kia, Hyundai, lembrando de cabeça. Pois bem: e quantas almejam o segmento superior, chamado de “Premium”? Várias da lista acima, sem dúvida, mas vamos pegar quem ficou de fora: Bentley, Rolls-Royce, Maybach (representando a BMW e a Mercedes, respectivamente), Ferrari, Lamborghini (representando a Audi), Lexus, Infiniti, Acura, Cadillac, Jaguar, Aston Martin, Volvo. A lista de cima tem 17 marcas. A de baixo, 12. A lista de cima é responsável por mais de 90% do volume de carros vendidos. A fatia que sobra é pequena e muito, muito interessante. Como se diz, para rico não tem crise. ----- Andei nesses dias num Goleta G3. Pouco, menos de 3 km, e ainda por cima no banco do passageiro. Não bastasse, Gole

Movimentos Ousados

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"It's been really refreshing to have a vehicle like the Fusion in our showroom," said Rich Klaben, owner of Klaben Ford. "We've finally got a car that's selling because of the vehicle and not because of the price." David Cole, chairman, Center for Automotive Research, feels there aren't too many poorly executed products these days -- it's image and preconceived ideas that make the difference. "Most of the products on the market fair about the same in terms of quality, but there's a perceptual lag between consumers and what they think of American vehicles," Cole said. "It's one of those situations where you have to earn your way back into perception, which simply takes time, along with successful products." Putz, lá vem o chato com as citações de alguma revista gringa. Bom, é gringo sim, mas não é nenhuma revista – é o site da Ford americana. A campanha que aqui conhecemos como “Viva o Novo”, lá se chama Bold Moves. A i

Town Car

Desculpem a demora, pessoal. Viagem é fogo. Assim como Bob Sharp, gosto de reparar no trânsito das cidades e países que visito. E desta vez foi Nova York, Estados Unidos. A filosofia norte-americana de transporte terrestre difere bastante da européia, que por sua vez se assemelha mais à brasileira. Talvez pelo estilo de colonização ou mesmo o tamanho dos territórios, o fato é que muitos americanos pegam duas horas de estrada, todos os dias, para ir trabalhar, enquanto europeus tendem a fazer tudo na mesma cidade. O resultado (ou a causa) disso é uma malha muito extensa de rodovias, que me surpreendeu ao observar um mapa de NY. Mesmo em São Paulo, o estado mais desenvolvido da federação neste aspecto, existem grandes áreas desprovidas de cidades e estradas, enquanto o estado inteiro de Nova York parece um tabuleiro de xadrez. Se, com isso, há mais tráfego nas highways, por outro lado existem mais highways, o que alivia o tráfego. Segundo um motorista de lá, a maioria das estradas é tran

Chevrolet Prisma

Vamos juntar os dados: 1. O segmento dos sedãs compactos cresce a rodo. Faz sentido, numa terra de achatamento de salários, mas com necessidade de transportar a família. 2. O corsa “novo” não pegou. Seja pela plataforma sem grandes atributos, pelo posicionamento de mercado ou pela falta de um motor intermediário. 3. O Renault Logan vem aí, olê olê olá. É importante não subestimar a influência do Logan no projeto do Prisma. A GMB está há tempos de olhos muito abertos para esse carro e ficaria sem pai nem mãe (assim como as outras montadoras) se o produto chegasse aqui a R$ 23 mil completo, como seria esperado. No entanto, aparentemente, e por razões que me fogem, a Renault vai depenar o Clio para mantê-lo na entrada da linha e o Logan virá num segmento superior. Entende-se ao considerar que o custo de produção do Clio está amortizado e que o carro goza de uma reputação bem razoável. Mas duvido que se aproxime do Mille em preço e só isto já transtorna a estratégia. Numa conta de padaria,

A despedida do Schumacher?

Carsale – Pela primeira vez desde seu lançamento, há dez anos, o Fiat Palio liderou o ranking de vendas. O feito foi obtido em setembro, quando a montadora comercializou 14.635 unidades do modelo. A segunda posição ficou com o tradicional líder do ranking, o Volkswagen Gol, com 14.093 modelos vendidos. No acumulado do ano, todavia, o VW ainda é primeiro colocado: registrou emplacamentos de 134.384 unidades, ante 110.370 do Fiat. É uma notinha de rodapé sem importância dentro do Carsale, mas mostra o que pode ser o começo de uma virada histórica. Recentemente, participei de uma discussão na linha de “qual o motivo de alguns carros venderem tanto e outros, tão pouco?” Numa ponta você tem o Focus, um dos melhores conjuntos do mercado, e na outra modelos que vendem muito mais do que efetivamente oferecem, como EcoSport, Fox, Celta, Idea e... Gol. Como já disse aqui e aqui , o lançamento da família Gol, Parati e Saveiro G4 foi um tiro no pé. Se antes os carros tinham argumentos para conte

Escapando

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Já li uns quatro ou cinco textos sobre a nova 206 SW Escapade. E quase todos faziam questão de frisar, de forma até irritante: a pronúncia correta do nome é Escapade, em português/francês, e não Escapeide como seria em inglês. Que preocupação, né? Lembra-me quando a Fiat lançou o Dobló, ressaltando que o nome é Doblô, com “o” fechado. E o Passat? É Pássat ou Passát? O Voyage era Vôyage ou Voyáge? Engraçado como nomes que remetem ao inglês não causam dúvidas: Blazer sempre foi Blêizer, e nunca Blázer. O Porsche 911 aqui é novecentos-e-onze, enquanto na Inglaterra e nos EUA é nine-eleven. E a Ferrari 430, é quatrocentos-e-trinta ou quatro-três-zero? Peugeot trezentos-e-sete ou três-zero-sete? Pior ainda é a Lamborghini Murciélago, absolutamente impronunciável pelos ingleses e americanos (fica Murcielahgo). Para mim, a questão mais interessante nas nomenclaturas de automóveis é o gênero. A Zafira, a Picasso, a Meriva, a Scénic – minivans, portanto no feminino (a minivan). O Astra, o Golf,

Papai me empresta o carro

Até que ponto a herança influencia na compra de um carro? Evidentemente, herança não no sentido de bens herdados, mas a percepção automobilística que seu pai, avô ou tio tem ou tinha. Será que um pai bem sucedido, que desfilava de Opala Diplomata nos anos 80 e sabia que aquele era o supra-sumo da época, pode influenciar o filho de tal maneira que ele só compre Chevrolet? Ou um avô que só pôde mesmo confiar no carro ao ter um Fusca e, portanto é Volksmaníaco? Será que algum dos compradores do Fusion o fez por ser viúvo do Galaxie? O que vejo da minha parca experiência é que gerações novas não são dadas a fidelidade. Ora, se não são fiéis nem no relacionamento, por que deveriam ser com uma marca? Aliás, conheço sim os que não gostam de repetir de marca, mesmo que o carro atual seja ótimo. Ainda assim, estereótipos ditam o mercado. Carros e marcas com fama de duráveis costumam ter melhor valor de revenda. Mas pensar no valor de revenda ao comprar o carro é complicado – nenhum carro vale m

Olha, quem tá fora quer entrar

Quem é leigo é leigo, quem é especialista é especialista. Normalmente é o marketing que se encarrega de apresentar uma determinada marca aos leigos, ou “público geral”. Marketing, como bem se sabe nessa época de horário político, adere ao produto, não às qualidades dele. É aí que entra o especialista. É quem diferencia o joio do trigo, mesmo se for um joio incensado e um trigo desconhecido. Lotus Cars sempre aparece em relatos de entusiastas. O pequeno Elise: dois lugares, 190 cv, 900 kg. Mais rápido na pista que um Mustang com o dobro da potência. E eu que achava que a Lotus havia falido após mais ou menos 4 mil anos produzindo o Esprit, descubro que os ingleses malucos estão é muito bem. Lista de espera forte para conseguir um Elise nos EUA e críticas muito boas ao carrinho vindas da Europa, da boca de Jeremy Clarkson himself. É o típico caso de engenharia fazendo o mito. Já foi assim com os carros revolucionários do Colin Chapman na F1 dos anos 70, e agora com essa pequena belezura.

O que é bom, vende

Entre os dez primeiros no ranking de vendas de maio, o carro da Honda surpreende mais uma vez e sobe para o sétimo lugar no ranking de vendas da primeira quinzena útil de junho. Foram 2.056 unidades vendidas do Civic novo no período. Nessa categoria de sedãs médios, o Vectra continua perdendo terreno. O carro da Chevrolet não consegue manter o bom desempenho da época do lançamento, quando foi o líder do segmento e agora segue atrás também do Corolla que está na 12a. posição do ranking com 1.383 unidades vendidas. O Vectra vendeu 1.017 e está em 17o. No topo do ranking, poucas novidades. O Gol segue firme na liderança com o Palio em segundo e Celta em terceiro. O Mille ocupa a quarta colocação e o Corsa sedã está em quinto e o Fox em sexto. Outro modelo que vem tendo ótimo desempenho é o C3 da Citroën. Na prévia do mês, o modelo vendeu 1.020 unidades e está em 16o. no ranking. Entre os carros novos do mercado, o Fusion é o grande destaque. O carro da Ford somou 546 unidades na primeira

Vende mais porque é fresquinho

Fui brincar de ver carros no domingo passado. Duas novidades para mim – 307 sedan e Mégane – e um conhecido de sucesso, o novo Civic. A primeira parada foi justamente a Honda, por volta de três da tarde. Concessionária cheia, todos os vendedores ocupados. Entrei num dos carros expostos, fucei bastante, e então um vendedor veio falar comigo. Bastante didático e atencioso, o vendedor chegou a até vasculhar o pátio de usados comigo. Prestou todas as explicações necessárias e não foi chato em nenhum momento. Na Peugeot, parada seguinte, absolutamente ninguém na concessionária. Após começar a fuçar num 307 exposto, chega um rapaz. Explica bem, mostra o carro e, no caminho para a oficina da concessionária, entra num Celta e desliga o som do carro, até então irritantemente alto na transmissão de um jogo de futebol. Na Renault, que fica ao lado, todos os vendedores estavam aglomerados ao redor de uma TV passando presumivelmente o mesmo jogo de futebol. Todos os carros estavam trancados, com ex

Lebensraum (ou Harder to Breathe)

Navegando a esmo pelo site da TIME, entrei num ensaio fotográfico que busca mostrar ao Homer Simpson médio como é a vida nesse país tão estranho que é o Irã. Enquanto alguns fatos ainda soam esquisitos, como uma modelo desfilando uma roupa tradicional – burqa -, ou seja, coberta da cabeça aos pés, ou um ônibus no qual as mulheres são confinadas à traseira, outros foram propositadamente clicados com o objetivo de aproximar a vida destes iranianos com o que é considerado vida normal no mundo ocidental. Uma das fotos mostrava um jovem iraniano vestido como absolutamente qualquer colega seu do mundo ocidental – calça jeans, camiseta justa com estampas, cabelo cuidadosamente bagunçado – conversando com uma jovem iraniana dentro de... um jipe Toyota. E não era um Bandeirante, não. A foto mostrava apenas um pouco do interior, mas o acabamento em couro caramelo e a maçaneta cromada denotavam ser um carro razoavelmente luxuoso, bem comparável à nossa Hilux SW4. Paralelamente a isso, participei

Minhas 4 rodas no Technorati!

Technorati Profile

Também, com aquele interior de plástico...

É, a Volks vai mal das pernas. Está pagando um preço, em parte, de algo que não tem culpa: o fato de ter um produto que vendeu muito nos anos 60 e 70, época na qual aumentar a produção tinha ligação direta com fábricas maiores e mais pessoas. Paga o preço de ter criado a indústria automobilística do ABC, e com isso ter de lidar com um dos sindicatos mais atuantes do país (já falei dessa crise aqui antes). Um dos sindicalistas disse, de maneira muito interessante, que a culpada é a própria Volks. “Há anos eles não vendem um produto decente. Se fossem líderes em vendas, não precisariam das demissões”. De fato, fosse o EcoSport um Volkswagen, poderíamos estar falando em outros termos. Há anos que a VW não apresenta um carro digno de nota. Os bons vêm da Alemanha; os desenvolvidos aqui deixam muito a desejar e podemos creditar boa parte de suas vendas a uma fidelidade irracional de uma boa parcela de compradores. Erros mercadológicos à parte, me parece óbvio que é chegada a hora de uma re

Será que a culpa foi a derrota para a França?

Quatro Rodas este mês traz um gráfico com as vendas dos sedãs médio-grandes e grandes nos últimos meses. Não estou com a revista aqui para passar os números exatos, mas Civic tem a liderança com folga, seguido de... Corolla, Vectra, Fusion e Mégane. Civic em primeiro é assaz óbvio. Fusion em quarto, com mais de 500 unicades/mês, é surpreendente, mas não medonho se considerarmos as qualidades do carro mais o público que está órfão de um grande carro americano desde 1983, quando o Landau saiu de linha. Corolla em segundo me intriga. A Toyota tem feito pacotes interessantes de pagamento nos seus carros, mas não tem, ao menos publicamente, dilapidado o preço como a Chevrolet tem feito com o Vectra. Já este tem como consolo o insucesso do Mégane, embora tenha qualidades para vender mais que o defasado Toyota. Já o Mégane definitivamente não deveria estar em último. O carro é muito bom, é bonito, tem uma opção de motorização 1.6 Flex, tem um 2.0 bastante cumpridor, tem troca seqüencial no câ

Mais um break? Não vai falar de carro não?

Entrei agora no blog de uma amiga. Amiga, não, aliás, nem conhecida é. Nem sei como, mas a tenho no MSN. Enfim, ela é autora de um ótimo blog de moda , assunto sobre o qual não entendo nada, mas sempre reclamo que aquelas modelos são anoréxicas e, se fizessem desfiles no alto de um edifício, todas sairiam voando. O blog é super bem cuidado, escrito corretamente, sem erros de digitação. O template é bem bonito e personalizado. Ou seja, o oposto desse nosso cantinho aqui. Embora, lá no fundo, faça sentido um blog sobre moda ser corretamente apresentado, enquanto um sobre carros tem cara e textura de graxa.

Programa de Qualidade

“It’s interior design and materials remind us why GM is trying so hard to regain the respect of many American buyers. Even the underdog Korean brands are sculpting finer cabins. (…) The plastics on the dash and doors are rock-hard and roughly grained. The air vents feel cheap, as does most of the switchgear. The gauge cluster is all printed on one single panel, the way GM has been doing it since the Reagan administration. GM designers should sit in a Honda or Volkswagen and see how interiors should be done.” Não fui eu quem disse, foi uma revista Americana especializada. A verdade é que redução de custos tem um limite. Há uma história interessante da Mercedes sobre isso. Em 1994, a diretoria do fabricante alemão chegou à conclusão que seus carros eram “overengineered”, termo intraduzível que significa que tudo era calculado com muita precisão e muita margem de segurança nos carros, e isso se traduzia em custos excessivos. O processo de montagem dos automóveis foi refeito, para pior, e

Break do elogio

Hoje eu tive de ir ao banco, pagar uma conta. Da Idade da Pedra, mas eu precisava justamente do boleto autenticado para comprovar a uma entidade (essa sim da idade da pedra) que havia pago a taxa requerida - desnecessário dizer que esta entidade é controlada pelo governo. Tendo a opção de pagar em qualquer banco, fui numa agência do ABN Amro Real. No caminho, pensava nos dissabores. Porta giratória, vigia mal-humorado, filas enormes com apenas um caixa aberto. Nada disso. Passei direto pela porta giratória (e olha que estava com um molho grande de chaves no bolso, mais celular e carteira) e fui aos caixas. Outra gratíssima surpresa: o único caixa aberto conversava com outro funcionário do banco. Absolutamente NINGUÉM na fila. Paguei e fui embora. A operação total levou menos de cinco minutos. Como é bom elogiar quem tenta prestar um serviço digno neste país.

Sol da manhã

Abri a Folha de domingo e lá estava a chamada: Teto-solar é valorizado nos carros. Ou algo assim. Já imaginei que tivesse um pauteiro mane entrando aqui no blog e usando minhas idéias. Há, antes fosse. Aquilo era claramente uma matéria paga por uma dessas lojas que instalam tetos solares. Difícil dizer quanto sou contra esse negócio. Mesmo acreditando em tudo que é apregoado pela loja, ou seja, que o teto não tem infiltração, que o acionamento é rápido, e blá blá blá, o resultado final é bem fraco. É só comparar um original de fábrica com uma dessas instalações. Pelas fotos, era possível ver uma espécie de moldura de plástico ao redor do teto, roubando espaço e deixando bem claro que aquilo é uma instalação externa. Que pelo menos a matéria sirva para acordar as montadoras que “esquecem” de oferecer o opcional nos carros mais interessantes das suas linhas.

Gol Rolling Stones

Amigão meu é fã de Citroëns. Gosta dos carros da marca francesa desde que os primeiros AX, BX e ZX começaram a chegar por aqui, bem no início da abertura brasileira aos produtos importados. Na casa dele só dá Citroën: Picasso, Xantia, Xsara. O sonho de consumo, não poderia deixar de ser, é um C5. Enfim, o Xsara dele já estava meio velhinho e ele trocou num C3. Opção única, na verdade, se você é um rapaz novo como ele e quer um carro da marca. O hiato entre a descontinuação do Xsara e a vinda do C4 deixou o compacto como única opção. E ele foi logo pras cabeças: escolheu um topo de linha, 1.6 16v, preto, banco de couro, um milhão de opcionais. Tirou da concessionária e levou na loja de tuning: colocou roda aro 16”, lanternas cristais e fez um som digno de orquestra – não vi ainda, mas o som do Xsara antigo dele era de fazer sombra à sala São Paulo tanto em acústica quanto em potência. E lá está ele, todo pimpão, mostrando o carro aos amigos. Tem isso, tem aquilo, aquilo outro. E um dele

Criteria

É impressionante o número de critérios sem relação com a dirigibilidade do carro em si que são levados em conta na aquisição de um novo automóvel. Para muita gente, faz mais sentido colocar critérios lógicos e objetivos na frente, como manutenção, consumo e preço do seguro, do que o prazer ao dirigir. É certo que cada um encara o automóvel de um jeito. Para muitos, é somente uma maneira de ir e vir e, nesse caso, critérios objetivos fazem a diferença na decisão entre um ou outro modelo. Hoje em dia, considero meio relativo se utilizar o critério manutenção na compra de um carro. É certo que alguns modelos têm peças mais caras que outros, mas, de uma maneira geral, a manutenção de carros mais novos é rara e cabe dentro de um padrão simples de revisões periódicas de custo pequeno se comparadas ao valor total do veículo. Desconfio de todos que compram Volkswagens pela sua confiabilidade. Isso era muito verdadeiro quando o Fusca era a alternativa a Fords e Chevrolets dos anos 50 e 60. Hoje

Quando o sol se for...

Impossível comprar um carro 0 km com teto solar nesse país. Ok, não é impossível, mas que é complicado, isso é. Para ficar nas quatro grandes (até porque Renault, Honda e Toyota não oferecem o acessório em nenhum modelo, falta significativa para Mégane, Civic e Corolla), as opções são: - na Fiat: Idea e Stilo – não chequei o Marea, e acho que nem precisa. O Idea 1,4 com SkyDome é, provavelmente, o carro mais barato à venda no país com teto solar. Em ambos os casos não são modelos tradicionais, são equipamentos “diferenciados” e que por isso mesmo , muito mais sujeitos a quebras. Vale lembrar o SkyWindow do Stilo da 4R, que quebrou duas vezes em 60 mil quilômetros. Péssimo para um opcional de 6 mil reais. Eu prefiro aqui os modelos tradicionais, e por isso não consideraria nenhum dos modelos da Fiat. - Ford: Focus Ghia, hatch e sedã, e Fusion. Para mim, são os carros mais interessantes entre os que dispõem do opcional. Problema é a má vontade: teto solar é o ÚNICO opcional no Fusion, a

Honda Civic EXS

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Quem diria: o pequeno Civic está bombando. No editorial mais recente, o BCWS comenta alguns exemplos de carros que tiveram ágio na época de seu lançamento, e é possível traçar um denominador comum a todos eles: foram carros inovadores e atualizados. Tanto Brasília, Fusca e Corcel II, numa época de poucos lançamentos, até os revolucionários JK 2000, Corsa Wind, Vectra de segunda geração e, agora, o novo Civic. Nem todos os bons carros tiveram ágio, mas é certeza que todos os carros com ágio eram bons. Os números de vendas me surpreenderam: o Civic foi o nono carro mais vendido do mercado em junho, à frente do Corolla por 800 unidades e do Vectra por 1200 – o que mostra ainda que o Vectra não consegue desbancar nem o defasado Corolla. Parabéns, GM. Esse é o caminho da derrota. Acabei de voltar da minha migração anual para Campos do Jordão. Em termos automobilísticos, a cidade está bem fraca. Estandes com test drive, só Honda, Toyota e Peugeot. Como não fazia sentido dirigir o 307, o Coro

Pausa do mundo automobilístico

A apatia da seleção brasileira foi um reflexo da apatia do nosso povo. Aqui sempre se dá um jeito, se encaixa tudo, não precisa levar a ferro e fogo, há uma grande faixa cinza entre o preto e o branco. Ninguém vai às ruas protestar contra o mensalão. Ninguém vai às ruas protestar contra a decepção deste governo. Mesmo entre os caras-pintadas existiam muitos jovens achando que aquilo era uma balada a céu aberto, e não um importante movimento popular. Nós não somos um povo que marca. Nós não somos um povo guerreiro, desbravador. Os argentinos vão às ruas fazer panelaços contra o governo. Os argentinos dão uma banana ao FMI e assistem ao crescimento exponencial da sua economia. Os argentinos podem não jogar com técnica, mas sempre jogam com raça. Desde a Copa de 90 a marcação se tornou um pilar fundamental para se ganhar uma Copa. E esse é um dos motivos pelos quais as seleções africanas têm falhado. Em 94 o Brasil jogou com a vontade de quem estava há 24 anos sem ganhar. Jogadores limita

Uma questão de nível

Em termos financeiros, você nasceu mazomenos. Estudou em escolas privadas, mas não as mais caras, ralou, entrou numa universidade particular, os pais pagaram uma parte, você começou a estagiar, aí se formou e começou a trabalhar de verdade. Ralou, ralou, ralou, fez boas escolhas, não foi vítima de crises na bolsa e agora, em algum lugar entre os 40 e 50 anos, você chegou lá. Fanático por carros desde pequeno, está na hora de comprar seu sonho de consumo. A casa está linda, montada, os filhos numa boa escola ou faculdade, todos viajaram juntos recentemente. Agora estamos falando de garagem. Consciente, escolheu um carro absolutamente magnífico: BMW série 3. Em termos financeiros, você nasceu bombando. Faltam adjetivos. Só os rendimentos das aplicações do seu pai equivalem ao PIB de uma cidade pequena. A empresa da família vai de vento em popa. A mãe veio de uma família não menos abastada, dona de contas bancárias tão impressionantes quanto a quantidade de sobrenomes. Ao fazer dezoito an

AustralopiVectra

Viram o que eu falei? Viram? Viram? É uma delícia falar “eu não disse?”... A GM comprou alguns Corolla, mediu de cima a baixo e lançou no mercado um produto competitivo com o então líder de vendas. Ficou na crista da onda por dois meses. Agora, acaba de queimar seu flagship, seu produto nacional símbolo, mostrado corretamente antiquado e mal projetado diante de concorrentes de uma nova classe mundial, estes sim aptos a enfrentar o que o Corolla trará na sua nova geração, em 2007/8. Mégane e Civic são projetos modernos, bem-acabados, recheados de opcionais. Para ficar no extremamente básico e visível, o Mégane traz câmbio automático seqüencial, ou então manual de 6 marchas; chave em formato de cartão; direção com assistência elétrica; e um computador de bordo bem avançado. O Civic vem com câmbio automático de cinco marchas; suspensão muito bem acertada; painel em dois níveis com iluminação diferenciada; e um motor que gera 140 cavalos com economia de carro 1,0 na estrada. E o Vectra? O

Top Top Gear

Top Gear é demais. You Tube também, assim como conexão ultra-rápida. Os dois últimos não carecem de explicação. Top Gear é um programa da BBC (British Broadcasting Company, nome mto show). Fala de carros, lógico. Mas de uma maneira diferente. Nas revistas, como estamos acostumados, são fotos, gráficos e números. No Top Gear, são imagens dos carros, dos repórteres dentro deles, dirigindo e falando, e de vez em quando de alguma apresentação. Tudo bem que se conhece um carro melhor pela análise detalhada das revistas (ou melhor, dos sites) do que por uma aparição de 7 minutos na TV. Mas ver ali uma Ferrari fritando as 4 rodas, ou um Veyron apostando corrida com um avião, é impagável. As pautas são brilhantes. A matéria sobre o Golf GTI Mk IV - o que temos aqui, mas apimentado com 240 cv no V6 e tração nas 4 rodas – é absolutamente fantástica. Lado a lado, o GTI de primeira geração e o atual. Ao fundo, uma música triste. E o narrador comentando: “O Golf atual é duas vezes mais potente, dua

Bocão

Geral tá caindo com vontade em cima do 307. Não tenho números absolutos, mas quando você vê que pessoas próximas, e interessadas em carros, compraram o Peugeot, é possível deduzir que o carro vem vendendo bem. Some-se a isso a quantidade absoluta de 307s que vemos nas ruas. O carro é bom, ótimo, excelente, como comentei quando dirigi o 307 Rallye automático. Aliás, esse tem sido o grande argumento de vendas. Com 63 mil reais você leva pra casa um carro moderno, extremamente bem acabado, com 138 cv e um câmbio automático desenvolvido em conjunto com a Porsche, possibilitando mudanças seqüenciais na alavanca. Se você procura um automático, é difícil conseguir coisa melhor. No Brasil, não há. Os câmbios que vão se igualar ao do 307 são encontrados nos A3 e Passat, acima de 80 mil reais. E é possível ir além: entre vários carros que custam simplesmente o DOBRO que o 307: Mondeo, Accord, Omega e (menos) Fusion e Vectra Elite, nenhum deles tem um câmbio que equivalha. E o “mas”? Toda históri

Em se plantando...

Como eu vivo falando mal da Volkswagen, não podia perder essa. Então a gigante recebeu um vultoso empréstimo camarada do BNDES para depois anunciar que vai demitir 6 mil funcionários e talvez fechar uma fábrica. É uma gerência de muita incompetência mesmo. Eu sou contra, como mostrei no post da Varig, a qualquer ajuda governamental a qualquer empresa já estabelecida. Digamos, se a Airbus resolve construir uma nova fábrica e está em dúvida entre o Brasil e a China, concordo do governo atuar para trazer esse investimento a nossas terras. A VW goza de incentivos fiscais na sua fábrica do Paraná e teve um lucro tremendo no primeiro trimestre desse ano – globalmente; multinacionais dificilmente alardeiam os resultados das suas subsidiárias. Ela ainda precisa de um empréstimo para anunciar demissões? Ah, então o real está forte e prejudica a VW nas suas exportações. Pois é, a Fiat, a GM e a Ford também. TE VIRA NEGÃO. Essa foi a política que o governo decidiu seguir e, esteja errada ou certa

4R Experiência Frustrante

Bob Sharp comenta na sua coluna desta semana no Best Cars sobre o Quatro Rodas Experience, evento que a revista organizou no Autódromo de Interlagos. Ali, mediante uma quantia entre 100 e 200 reais, uma pessoa comum poderia tomar o volante de alguns carros – como Mégane – e andar de passageiro em máquinas como Ford GT. Quer coisa mais frustrante? Tem de ser muito conformado para se contentar com o “é melhor do que nada”. Eu já andei em Interlagos com o meu carro com velocidade controlada – uma experiência semelhante à que quatro rodas impôs, só que sem outra pessoa no meu carro. Assim, pude distanciar-me do carro à frente e acelerar em alguns trechos. Mesmo assim (não consegui passar de 100 km/h), a experiência valeu mais pelo traçado do que pela pilotagem. Alguns dos carros abertos aos motoristas comuns eram legais, a verdade. Chevy Avalanche, Hummer H3, Nissan 350Z. Pois bem: que graça tem pegar um Pontiac Solstice e andar a 60 km/h em Interlagos? Essa velocidade pode ser emocionante