Programa de Qualidade

“It’s interior design and materials remind us why GM is trying so hard to regain the respect of many American buyers. Even the underdog Korean brands are sculpting finer cabins. (…) The plastics on the dash and doors are rock-hard and roughly grained. The air vents feel cheap, as does most of the switchgear. The gauge cluster is all printed on one single panel, the way GM has been doing it since the Reagan administration. GM designers should sit in a Honda or Volkswagen and see how interiors should be done.”

Não fui eu quem disse, foi uma revista Americana especializada. A verdade é que redução de custos tem um limite. Há uma história interessante da Mercedes sobre isso.

Em 1994, a diretoria do fabricante alemão chegou à conclusão que seus carros eram “overengineered”, termo intraduzível que significa que tudo era calculado com muita precisão e muita margem de segurança nos carros, e isso se traduzia em custos excessivos. O processo de montagem dos automóveis foi refeito, para pior, e o lucro subiu exponencialmente.

A Mercedes saiu da liderança de todas as pesquisas de qualidade feitas nos Estados Unidos e foi freqüentar o pelotão do meio, disputando o nono lugar. Hoje, eles reduziram seu lucro em dois terços para retomar a fama e o diferencial que tinham.

Essa busca desenfreada pelo menor custo, que normalmente não é repassado ao consumidor, já está paulatinamente nivelando o mercado brasileiro por baixo. A família Gol, Parati e Saveiro já sofreu com isso, e parece que a próxima geração da família Palio vai seguir a mesma receita. A Ford não foge à regra: é difícil acreditar que um carro caro como o EcoSport venha com aquele interior de Celta. E o habitáculo é somente a parte visível da história.

P.S.: Um outro front a ser batalhado por uma indústria que emprega mais de cem mil pessoas é a diminuição nos impostos. Não é possível que não haja um lobby dessas empresas buscando uma carga tributária minimamente justa para os automóveis deste país.

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