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Mostrando postagens de julho, 2009

O filho pródigo e o filho bastardo

Não se passa uma semana sem que a VW anuncie alguma novidade na linha Polo. Temos hoje o Polo Bluemotion; o Polo E-flex; o Polo GT e a motorização 2.0 de volta ao compacto; a linha 2010 com piscas nos retrovisores; há um ano tivemos a linha 2009 com o novo motor VHT e mais um alongamento do câmbio; e agora o câmbio automatizado I-Motion. Tudo isso num modelo que acaba de ser descontinuado na Europa, e portanto até ontem ainda era equivalente ao vendido lá. O Polo já foi o patinho feio da VW. Sofreu pesadas baixas da equipe de depenação, as mais notáveis – e ainda não recuperadas – sendo a substituição da direção eletroidráulica por uma hidráulica convencional, as molas a gás de sustentação do capô trocadas por uma vareta e as luzes de cortesia nas portas substituídas por um mero refletor. Foram tentativas de baixar o preço de um carro que sempre, desde o lançamento, foi bem caro, muitas vezes custando o mesmo que um médio. E, por algum motivo, desde 2004 o Polo é talvez o carro que mai

I'll be the roundabout...

Às vezes é bom pensarmos não só nos carros, mas também nas coisas ao redor dele. Eu sou um fã de rotatórias, acho muito mais inteligentes que semáforos.   Pra quem quiser testar o inglês, aí vai a explicação técnica.   Roundabouts are safer than traditional intersections for a simple reason: By dint of geometry and traffic rules, they reduce the number of places where one vehicle can strike another by a factor of four. They also eliminate the left turn against oncoming traffic—itself one of the main reasons for intersection danger—as well as the prospect of vehicles running a red light or speeding up as they approach an intersection to "beat the light." The fact that roundabouts may "feel" more dangerous to the average driver is a good thing: It increases vigilance. It's unlikely the average driver killed or severely injured in a high-speed "T-bone" crash as they drove through a green light felt much risk. In addition, drivers must slow to enter a

Automático x automatizado

Atendendo a pedidos...   Os câmbios automáticos estão entre nós desde antes da Segunda Guerra, enquanto os automatizados são um pouco mais recentes, embora também já possuam um bom histórico. A Ferrari usa nos carros de rua e inclusive na F1, embora tenha demorado bastante até pegar o jeito.   Para resumir a parte técnica e muitas vezes chata, o câmbio automático faz a trocas de marcha através de um conversor de torque. Esse é o nome dado a um sistema com óleo no qual gira uma engrenagem do motor e as do câmbio. Esse óleo garante que o acoplamento da engrenagem do motor com a da marcha correspondente seja suave, como numa embreagem de um câmbio manual.   No entanto, como o motor precisa fazer força para mover a engrenagem mergulhada nesse óleo viscoso, há perda da potência transmitida às rodas e consequente aumento de consumo. Nos câmbios modernos, há bloqueio do conversor de torque em uma ou mais marchas, o que praticamente elimina essas perdas quando a marcha já estiver engat

Coisa de gente louca

Da série "propagandas que gostaríamos de ver por aí:"   O que é pior que uma ideia ruim? Uma ideia ruim repetida muitas vezes!   Nova linha Fiat com câmbio Dualogic; agora disponível para Palio ELX, Siena HLX , Palio Weekend Adventure Locker e Idea Adventure Locker (é isso mesmo, carros fora-de-estrada com câmbio automatizado).   Todos eles movidos com aquele primor de tecnologia que é o motor GM 1.8.   Afe. E ainda dão emprego pra um cara desses.

Haja plástico

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Aparentemente este é o interior do GM Agile. Eu vejo plástico, plástico e um pouco mais de plástico. Até o banco tem jeitão de ser pobreza, pelo formato e pela aspereza visível do tecido. Provavelmente terá um interior do nível ou até pior que o do primeiro Celta, que por sua vez entrou para a história como um dos interiores menos confortáveis e aconchegantes dos automóveis nacionais. A GM vai empurrar porcarias goela abaixo do brasileiro enquanto o povo for patético e comprar esse lixo. Eles querem lucro, ainda mais agora com a falência da matriz, e têm absolutamente zero compromisso com a satisfação do consumidor. Mas a vingança vem aí. Eles já estão em terceiro no ranking de mais vendidos e cada vez se afastam mais de VW e Fiat. Há de chegar o dia em que o brasileiro se renderá aos bons carros da Ford e vai mandar a GM para o buraco, que é onde ela merece ficar.

Nomes aos bois

O i30 chegou pondo banca de hatch médio com conteúdo de carro de luxo a preço de banana. Agora, com o lançamento já feito, nota-se claramente que as coisas não eram bem assim. O i30 de 58 mil, o mais barato, não é significativamente superior à concorrência em termos de equipamentos: dois air bags, ar manual, etc. Já o i30 realmente completo, com preço acima de R$ 70 mil, já começa a entrar na seara de gente muito grande, como Civic EXS, Corolla SE-G e principalmente Jetta, vendido pela VW agora a R$ 78 mil. E o Jetta põe o i30 no porta-luvas.   Além disso, um ponto a ser levantado é a absolutra mentira que a CAOA conta nas propagandas da Hyundai sobre o i30 completo ter oito airbags. Ele tem, na verdade, os frontais (dois), os laterais (mais dois) e os de cortina (mais dois), e que portanto somam seis, e não oito. Se a tentativa frustrada foi dar maior peso às bolsas cortina, que protegem pessoas nos bancos dianteiros e traseiro, deveria ter sido dado menos peso aos airbags frontais

Conforto x Engenharia

Aparentemente, é muito difícil nos dias de hoje ter um carro que seja capaz tanto em termos de engenharia quanto de conforto. Por engenharia, entenda-se partes mecânicas: um motor econômico, isento de vibrações, potente; um câmbio de engates justos e precisos, com um belo escalonamento; uma suspensão moderna, capaz de oferecer conforto aos ocupantes e ao mesmo tempo prazer ao motorista em andar rápido; uma boa posição de dirigir, com comandos à mão; e uma sensação geral de solidez do automóvel.   Já o conforto é isso mesmo: bancos aveludados; acabamento preciso e com bons materiais; existência de equipamentos como sensores, computador de bordo, ar digital, etc.;   Essa dualidade não se repete em todas as categorias, mas existem casos notórios: optar pela engenharia superior do Voyage ou pelo conforto de um 207? O Voyage é bem mais gostoso de guiar, a suspensão é melhor, o carro apresenta mais solidez. Em compensação, pelo mesmo preço de um Voyage completo, mas sem nenhum equipame

GM Agile

Qual o motivo da GM ter desistido dos nomes de carros terminados em A? Hoje, a linha toda é assim, com exceção de S10 e Blazer, que são utilitários. Eu acho classudo, dá uma identidade a toda a linha, muito melhor do que Tiguan e Golf, por exemplo (o que tem a ver um com o outro?). O Agile distorce esse conceito, uma pena. E anotem o que estou falando: a GM fez o maior auê com o Vectra mirando um único adversário: o Corolla de 2002 a 2008. Aí veio a Honda, lançou o revolucionário Civic, e depois o próprio Corolla atual, e ambos seupltaram o Vectra. A GM fará o Viva à imagem e semelhança do Fox, será superior a ele, mas assim que a VW lançar o novo Fox em 2010, e a Ford o Fiest renovado, o Viva será sepultado também. Espero que dessa vez a GM seja menos previsível.