Postagens

Mostrando postagens de 2010

Os destaques de 2010

O final de um ano costuma trazer aquele clima nostálgico de revisão do que aconteceu nos últimos doze meses. Aqui vai então a avaliação do M4R sobre o 2010 automotivo, dividido da mesma forma que damos as notas em nossas avaliações. Estilo – Bastante disputada a categoria e estilo. Imediatamente vêm a cabeça o novo SUV da Hyundai, o ix35, o novo Fiesta sedã, e o novo médio da Fiat, o Bravo. Embora bonito, o coreano peca pelas linhas sem personalidade, que não se impõem e logo são esquecidas. Não há um traço marcante. Então, embora sem o ar de novidade – culpa do Punto – o destaque de estilo de 2010 vai para o sucessor do Stilo (que aliás não tem estilo nenhum) e para o novo sedã compacto da Ford. Por fim, impossível não mencionar o Uno que, embora não seja bonito aos olhos de todos, tem o enorme mérito de pensar diferente. Imagem – Fusion híbrido. Pagar 140 mil reais num carro só para mostrar a redução no uso de combustível é realmente se preocupar demais com a imagem, não? Acabamento

Parece bom

Imagem
Expectativas bem altas para a chegada do Renault Fluence em fevereiro. Passei um bom tempo dentro de um no Salão do Automóvel e, a julgar pelas impressões iniciais e pelos testes da imprensa especializada, “Renault hás a winner with this one”, como se diria lá fora. O Fluence foi líder na sua categoria em economia, de acordo com a análise do Inmetro válida para 2011. O motor 2.0 16v é o mesmo utilizado no Sentra com bons resultados. Se não entrega os 151 cv dos rivais franceses da PSA, também não engole combustível na mesma velocidade. O torque está bem posicionado na faixa de rotações e a unidade é bastante suave. O porte do carro é significativo, o que representa bons ganhos em espaço interno. O acabamento é muito bom e, se não é do mesmo nível dos japoneses da Honda e Toyota, se garante diante dos mais humildes Focus, C4 e Vectra. Mesmo o desenho é interessante; não apaixona à primeira vista, mas é um daqueles desenhos duráveis que em dez anos ainda serão atuais. Mas o destaque vai

Teste: Audi A1 1.4 TSFI

Imagem
Se não me engano esta discussão aconteceu quando a Mercedes lançou o classe A no Brasil. A dúvida era se o brasileiro toparia pagar caro por um carro com menos de quatro metros de comprimento, pois aqui existe uma cultura de comprar “carro por metro”, ou seja, quanto mais caro, maior. Vou além e digo que não é uma questão brasileira, e sim mundial. Não uma cultura de querer ostentar um carro grande para mostrar que pagou caro, mas o fato de que os carros caros são grandes – excetuando-se os esportivos, claro. Uma Ferrari 458 é surpreendentemente pequena quando vista de perto. Mas ter dinheiro não significa necessariamente querer ter um carro grande. A tendência é clara na Europa, com cidades antigas e ruas bastante estreitas. Para muita gente, ter um carro grande é mais um estorvo do que uma ajuda. E, pensando no velho continente, realmente quem tem um poder aquisitivo elevado não tem opções de carro pequeno se quiser gastar muito. No máximo uma BMW série 1 recheada de opcionais. No Br

Passado não dá lucro

Imagem
Comprada pela Fiat em 1969, a Lancia é uma das montadoras mais inovadoras do mundo, se não for a mais. Eles foram pioneiros em usar chassi monobloco, suspensão independente, câmbio de cinco marchas, uso de motores em “V” e compressores. Alguns carros marcaram época, como o Aprilia nos anos 30, o magnífico Stratos nos anos 70 e talvez o que seja o Lancia mais famoso, o Delta, nos anos 80 e 90. Hoje a Lancia é numa marca sem graça; vende produtos Fiat mais luxuosos. É uma espécie de Lincoln, para a Ford. A inovação e o atrevimento no design, dentro do grupo Fiat, ficam para os Alfa Romeo. E é por isso que dói no coração do purista ver que a Fiat pretende vender o 300C como Lancia na Europa. O primeiro passo nessa direção já foi dado, com a suavização do design de gângster, para agradar mais ao público europeu e também tentar uma integração mínima com o resto da linha Lancia. Veja bem, não tenho nada contra o 300C. A Chrysler soube muito bem usar as peças da Mercedes para criar um sedã d

Meu primeiro automático

Quem deseja entrar no incrível mundo dos carros equipados com câmbio automático não está bem servido de opções no mercado. Excluindo-se os automatizados, que não trabalham de forma plenamente satisfatória, e também deixando de fora os pequenos 206,5 e C3 automáticos, as opções começam em 53 mil já com uma das melhores escolhas: a Nissan Livina. Não pelo carro em si, cuja melhor qualidade é justamente ter bom preço pelo que oferece, num conjunto agradável que não prima pela excelência, mas está muito longe de ser um terror. A Nissan também oferece outra boa escolha, o Sentra, com a vantagem do conforto proporcionados pelo câmbio CVT e a direção elétrica. A versão básica, com calotas, mas todos os equipamentos que importam, sai por R$ 60 mil, e com R$ 3 mil a mais você leva um carro com luzes dianteiras de leitura e rodas de liga leve, mas ainda vai passar a vergonha absurda e sem tamanho de não oferecer luzes de cortesia nos espelhos dos para-sóis. A pobreza de equipamentos é maior aind

O problema é seu

Dureza essa propaganda do City, “quem tem tá indo bem”. http://www.youtube.com/watch?v=lFCqxb41PGI O que eu entendo nessa propaganda é: “nós somos a Honda, nós cobramos absurdamente caro por nossos carros pelados porque muita gente compra, então se você quiser um, vai ter de se matar de trabalhar”.

Drift no Brasil

Às vezes bate uma esperança em relação ao Brasil. Hyundai genesis de 750 cv driftando alucinadamente em Santa Catarina. Nos favoritos do blog no YouTube: http://www.youtube.com/blogm4r

Fiat Bravo

Imagem
A Fiat acaba de soltar para a imprensa as informações a respeito do Bravo, o novo hatch médio que deve substituir o Stilo após algum tempo. Como normalmente acontece nos lançamentos da marca italiana, uma atenção especial foi dada à lista de equipamentos. Destaca-se o “RádioNav”, na verdade uma tela multimídia de 6 polegadas no controle do painel que concentra o controle de algumas funções do carro e, principalmente, o navegador. Demorou, mas finalmente começamos a receber no Brasil os navegadores embutidos. (Nas fotos, o amarelo é T-Jet e os outros são Absolute) Outro destaque são os sensores de estacionamento dianteiros. Há ainda retrovisores elétricos rebatíveis, iluminação noturna nas maçanetas e no habitáculo, “cornering”, um sistema que acende o farol de neblina correspondente ao lado para o qual o veículo está virando (na verdade um substituto pobre dos faróis direcionais de verdade), Hill Holder, que segura os freios por dois segundos em ladeiras sem a necessidade de manter o

Às mulheres

Esses óculos escuros gigantes do tamanho da cara são ridículos. Mais ridículo ainda é dirigir mal. Menos foco nos óculos, no cigarro, na maquiagem, no celular, na bolsa, no rádio, e mais foco no trânsito.

Teste: Audi R8 5.2 Spyder

Imagem
Vamos colocar os números logo de cara, para se ter ideia da encrenca. O R8 Spyder vem com um motor V10 5.2 de 525 cv, 53 m.kgf de torque, com aceleração de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos, velocidade máxima de 313 km/h, e preço de R$ 785 mil. As sensações que envolvem um carro dessa estirpe são fora desse mundo. É como se o R8 pegasse tudo o que você sabe de um carro e elevasse à potência máxima. A começar pelo desenho: se alguns Audis são meio parecidos, não há como confundir o R8 com nada. Cada linha do carro foi pensada para torná-lo excepcional. O Spyder perde a coluna lateral em cor diferenciada, uma das marcas do R8, mas ganha muito em atrevimento com o teto recolhido. Teto aliás que é de tecido, e não de metal, como tem se tornado comum. A vantagem é poupar espaço no porta-malas. Fica certa insegurança ao rodar numa cidade grande com o teto fechado – parece que algum bandido vai enfiar uma faca ali e assaltar os ocupantes no próximo farol. Parar na rua então, sem a menor chance. M

499

Esta postagem é só para fazer número e guardar o post 500 para algo realmente especial.

Spielberg

Confira ainda em nosso canal no YouTube os vídeos do Pagani Zonda e do Koenigsegg CCXR acelerando no Salão! www.youtube.com.br/blogm4r

Massa acelera Ferrari California

Muito chique este blog. Confira a estreia do M4R no YouTube com um vídeo EXCLUSIVO do Felipe Massa acelerando a Ferrari California no Salão do Automóvel. http://www.youtube.com/watch?v=-SfD_UQobEs Pois é, M4R reportando diretamente do meio da muvuca!

Movimento

Estão acompanhando a cobertura do Salão pelo nosso Twitter? Tá legal lá: twitter.com/blogm4r E para deixar uma água na boca, quando retomarmos o serviço tradicional, o primeiro teste de um supercarro feito pelo M4R!

Ao vivo

Acompanhe a cobertura do Salão do Automóvel em nosso Twitter! twitter.com/blogm4r

Teste: BMW 118d

A Europa é o lugar ideal para se entender a existência da BMW série 1. A categoria de carros mais vendida por lá é a dos hatches médios, ou seja, Golf, Astra, Focus, Bravo, C4, Mégane e 308, sendo que desses somente o Ford e o Citroën são os mesmos aqui e lá. Os motivos que levam os Europeus a preferir este tipo de carro, enquanto os americanos ficam com os sedãs grandes e os SUVs são vários, mas podem ser resumidos na questão do espaço, muito mais abundante nos EUA do que nas cidades medievais da Europa, e também numa cultura automotiva pós-Segunda Guerra, contrastando a miséria do Velho Continente – com seus carros pequenos e básicos - com a pujança do novo – talvez o melhor exemplo seja o Cadillac Deville de 1959. Por uma questão de evolução natural, BMW e Mercedes não atenderam este nicho quando ele surgiu com força, nos anos 70. O hatch médio era uma categoria abaixo dos carros de entrada das alemãs então, que simplesmente deixaram o bonde passar. Com origens mais humildes como br

O novo Mediocrity!

Dica do Flávio Gomes: O lançamento mais aguardado de 2011: o novo Mediocrity! Saiba tudo sobre esse carro espetacular que é exatamente igual a qualquer outro sedã sem graça aqui ! (Sim, uma jogada de marketing espetacular da Subaru. Realmente leva a pensar na quantidade de carros cujo único propósito é levar as pessoas de A a B, combatidos ferozmente pelo blog, mas que apelas a milhões de pessoas que realmente não se importam com o seu automóvel.) E um adendo: ao tornar o Impreza WRX STI mais suave, macio e civilizado, a Subaru não deu exatamente um passo em direção à mediocridade?

Europa: BMW

Com o motor diesel devidamente explicado, falemos do resto do carro. A BMW tem a fama de ser uma montadora voltada para os amantes dos automóveis. Seu slogan é “pelo prazer de dirigir” e os carros da BMW costumam se sair muito bem em comparativos justamente por esse relacionamento íntimo com o motorista. Então, o que faz uma BMW melhor do que o resto? Comparar uma BMW com um Agile é como comparar um iPhone com um pote de manteiga. Não faz nem sentido. Os carros que competem com as BMWs são, invariavelmente, muito bons. A série 3 tem como concorrentes o Audi A4, a Mercedes classe C, o Volvo S60, o VW Passat, o Ford Mondeo, e não dá pra chamar nenhum deles de ruim. Sério: compre qualquer um desses carros e você terá na garagem um automóvel extremamente competente. E a coisa só piora conforme a BMW fica mais cara. Então, dizer que a BMW é um carro melhor para o motorista no meio dessa concorrência é bastante complicado. A grande, a vasta, a imensa maioria dos motoristas poderia dirigir to

Europa: Diesel

Durante as férias do blog, tive a oportunidade de passar umas ótimas férias na Europa, com mais de 2 mil km a bordo de uma BMW 118d. Confesso que o carro inicial planejado não era esse, mas no final das contas o modelo compacto da BMW mostrou-se muito adequado para as estradinhas do continente. Continente que, como muitos sabem, hoje é movido a diesel. Se as vendas de carros novos na Inglaterra ainda se dividem em 50% para carros a gasolina e 50% a diesel, em outros países como a França e a Alemanha, a proporção do último é muito maior. Abordar o diesel na Europa é despir-se do preconceito que temos aqui com o combustível, empurrando caminhões velhos que soltam fumaça preta por todo canto. O diesel na Europa é como o álcool aqui, uma alternativa totalmente válida. Motores a diesel têm características de funcionamento e rendimento diferentes dos motores a ciclo Otto, ou seja, que trabalham com gasolina e/ou álcool. A taxa de compressão é bem mais elevada e é essa própria compressão que

Quase no pódio

Antes de falar do dossiê Europa, um pouco sobre a chegada da Hyundai entre as quatro grandes. Em primeiro lugar, isso mostra que o brasileiro reconhece, sim, bons carros. O brasileiro sabe ver um carro bem acabado, moderno, com bons motores, bom design. É para jogar pelo ralo a teoria da GM de que brasileiro compra qualquer porcaria, então podemos vender Astra com mais de dez anos de produção, podemos vender Agile com acabamento ridículo, podemos usar a plataforma do Corsa de 94 até o ano 2500. O carro mais barato da Hyundai custa 50 mil. Passou da hora das montadoras acordarem e começarem a trazer pro Brasil carros decentes de verdade. Em segundo lugar, quanto dessas vendas é representado por aquele caminhãozinho da Hyundai que vende como água? Em terceiro lugar, fico muito, mas muito triste que a ultrapassagem tenha sido feita em cima da Ford, que, com o novo Fiesta, Focus e Fusion, é a montadora tradicional que mais oferece as melhores opções ao brasileiro. Em quarto lugar, também f

Já vai

Em breve: Dossiê BMW Dossiê Diesel E teste completo: BMW 118d

De pernas pro ar

A Volkswagen acaba de lançar o novo Gol Rallye, que é basicamente um Gol com uns apetrechos plásticos e suspensão mais alta. Ok, tem gente que gosta, o novo Gol é um bom carro, enfim. Um Gol 1.0 sai por uns 28, 29 mil, e um Gol 1.6 sai por uns 34 mil. O preço do Gol Rallye, motor 1.6, sem ar-condicionado? R$ 40.370 Um disparate, um absurdo, uma verdadeira falta de vergonha na cara. Não é nem preço de Fox, é quase preço de Polo. Tá louco, isso que é sede ao pote. ---- Acabo de assistir à propaganda do Etanol aditivado, lançamento inútil da Shell que só serve pra reduzir ainda mais a quantidade de bombas vendendo etanol normal (aliás, mania inútil essa de chamar álcool de etanol, mas tudo bem). A propaganda mostra o que seria um laboratório de testes da Shell, todo bonitão e tecnológico, e um carro testando o combustível... UM ALFA ROMEO! Ok, em nenhum momento aparece o logo da Alfa, mas qualquer um que entenda o mínimo de carros reconhece o desenho maravilhoso de um. Agora, Alfa Romeo u

A morte da Renault. Scénic.

Esses dias a Renault matou a Scénic. A imprensa automobilística brasileira, amadora e sem noção como é, tratou o fato como mais uma nota de rodapé, um dia como os outros. Se os jornalistas que cobrem o setor tivessem REALMENTE cultura automobilística, eles entenderiam que a coisa não foi bem assim. A Renault inventou o conceito de minivans na Europa, com a Espace. Para o Velho Continente, a Espace tem a mesma importância da Grand Caravan para os americanos e da Nissan Praire para os japoneses: é a gênese, de onde tudo se originou. O fato de ter sido pioneira colocou a Renault numa posição confortável, até hoje, quando se fala em veículos desse tipo. A Espace é muito bem aceita na Europa, assim como a Scénic. Claro que hoje o mercado é pulverizado em diversas minivans diferentes, mas mesmo assim a Renault se mantém com força. É algo que não pode se dizer da gigante francesa em outras categorias de automóveis, como hatches médios e sedãs, nos quais ela nunca emplacou nada realmente signi

Ahhhhhhhhhh!!!!

Chega a ser assutadora a queda na qualidade do motorista paulistano. Não que tenha sido um primor algum dia, mas está ficando impossível. Acho que muitos não percebem o quanto suas ações contribuem para a lerdeza do tráfego. E aí depois, quando estão parados no congestionamento, reclamam que está tudo parado. Culpa deles mesmos. A demora em perceber que um sinal abriu, por exemplo. O sujeito está lá prestando atenção nas unhas do pé e os coitados atrás dele, ou dela, que têm horário para chegar em seus compromissos, são penalizados. Existem ainda os medrosos da velocidade, que começam a movimentar o carro com tal lerdeza que é preferível ficar atrás de um caminhão carregado de tijolos e sem motor. Aceleração de 0 a 40 km/h em 20 minutos. Mas o pior de tudo, de tudo mesmo, é que existe hoje um esquecimento geral da regra da hierarquia das pistas. Quanto mais à esquerda é a faixa, maior a velocidade que deve ser desenvolvida nela. E isso não é valido somente para grandes avenidas, mas qu

Renegando a história

Imagem é um negócio muito forte. Vejam o post do Flavio Gomes, super jornalista do setor automobilístico e fã de carros antigos: Meus amigos doistempistas da Europa já colocaram um videozinho do 37º encontro anual do Auto Union Veteranen, que em 2010 aconteceu na Holanda. Mais de 200 carros e motos, é uma maravilha indescritível. Estive num desses dois anos atrás. E vejam o F12 a 130 km/h! É fraco, o cara? Ah, é bom lembrar que a Audi, lá, participa ativamente do encontro. Aqui, em 2008, se não me engano, consegui algum apoio da Audi do Brasil para nosso encontro de Caxambu, o Blue Cloud. Mas desconfio que nunca mais. Pelo que tenho visto, as prioridades da marca no Brasil são outras. A estratégia inclui aparições frequentes em “Caras”, jogos de pólo, feiras de iates e colunas sociais eletrônicas. Um verdadeiro pé-no-saco, querendo transformar qualquer Audi em carro de mauricinho e patricinha. Por isso não vende nada. Qualquer marqueteiro tem na ponta da língua a explicação para a post

Transporte chinês, paixão europeia

Eu me lembro de ter comentado no blog, já faz algum tempo, sobre um episódio de uma série do Jeremy Clarkson na qual ele destrói um Perodua Kelisa, o carro mais barato do Reino Unido na época, produzido na Malásia. As acusações são simples: é um carro sem alma, produzido não por um homem que gostaria de fazer um excelente carro, mas por uma corporação preocupada somente com os números. O vídeo é esse aqui: http://www.youtube.com/watch?v=wI2MpcIiO6A&feature=related Lembrei disto ao ler uma reportagem no iG sobre o crescente número de carros chineses à venda no Brasil. Nenhum deles é apaixonante. Eu tive a oportunidade de ver um top de linha de perto, o novo MG feito na China. É até legal, mas não é apaixonante. Todo carro chinês tem apelo no baixo custo, inclusive este MG, que será vendido teoricamente a R$ 90 mil. É algo que reduz, de certa forma, o apelo de se comprar um Hyundai. No entanto, culpar genericamente as montadoras por esse tipo de atitude é errado. O valor está justam

Novidades

Tem uns carros ameaçando chegar ao Brasil. Citroën Aircross Respeito profundamente qualquer lançamento que chegue ao Brasil com preços competitivos e igual ao que se faz lá fora. Isto posto, e enfatizado num parágrafo à parte, ai que sono que me dá esse carro. Mais uma proposta aventureira sem graça, mais um hatch compacto, um interior confuso, enfim. O acabamento é bom, e o preço, salgado. Daqui a pouco cai (o Symbol que começou a 39.990 já está em 37.490) e aí o carrinho ficará mais interessante. Renault Fluence Bonito, aparentemente bem-acabado, de porte. O que a Renault, e na verdade todas as marcas que desejam competir com Civic e Corolla neste segmento, precisam aprender é que com esses japoneses não se brinca. Lembro da confusão que foi o lançamento do Mégane no Brasil. Saiu primeiro a versão de entrada, depois uma 2.0 somente a gasolina, câmbio automático antiquado de 4 marchas, nenhuma versão com ar digital. Não dá pra querer brincar nesse segmento fazendo essas bobagens, e is

Go underground

Andei lendo muita bobagem por aí de que em breve todos os carros se deslocarão em comboio, pilotados automaticamente, com sistemas de aceleração, freios e direção eletrônicos, geridos por GPS, enquanto o motorista toma café ou lê um relatório. A melhor opinião sobre isso é a de alguém que também li por aí, mas infelizmente não lembro o nome: “essa solução já existe; chama-se metrô”.

A morte de um carro

Quem decretou sua morte foi a Car and Driver, em comparativo com o Punto 1.6 e o Focus de mesma cilindrada. Coisa rara em sua carreira, o VW Polo terminou em último no comparativo. A rigor, a morte do Polo veio é tarde demais, reflexo do marasmo que vivemos em termos automobilísticos neste país entre 2002 e 2009. Inclusive na Europa o Polo teve uma vida extensa demais, tendo sido substituído por lá somente ao final de 2009, após oito anos de seu lançamento. Um produto muito bom, por anos foi o que de melhor a VW tinha a oferecer. Inaugurou o segmento dos “compactos Premium”, do qual Corsa e Fiesta chegaram a fazer parte, embora sem o “premium” que justificasse esta classificação. Hoje o mercado seguiu esta tendência e compactos como o C3 e o Punto rivalizam muito bem com o Polo pela primazia da categoria. Espantoso, aliás, foi o Punto não ter desbancado o Polo logo em seu lançamento – produto mais novo, muito bonito e bem cuidado, legítimo representante desta nova fase da Fiat demosntr

Quase voltando

Caros, desculpem a falta de posts. Rolaram umas viagens que impediram a publicação de novidades aqui. Em breve, mais atualizações. E um pensamento: "Começo a achar que os americanos é que estão certos, me dá uma barca com câmbio automático na coluna, 50 kg de torque, 57 porta-copos e que se dane o mundo em volta".

Estive pensando umas bobagens por aí

A Hyundai, ou melhor, a Caoa acaba de anunicar que fará o ix35 na fábrica de Goiânia, nacionalizando o modelo. Assim como no resto do mundo, a grande vantagem dos carros da Hyundai no Brasil é o preço: eles trazem porte, acabamento, opcionais e motorização superiores aos concorrentes. A vantagem do Veracruz e do Santa Fé (especialmente esta nova versão com 285 cv, é um motor muito forte) sobre a concorrência é impressionante, não tem como comparar o Santa Fé com um Toyota RAV4, por exemplo. Com a nacionalização, será que esta política de preços vai se manter ou a Caoa/Hyundai vai simplesmente aproveitar e planar nas margens de lucro grosseiras que nossa indústria automotiva pratica? O i30 vem à mente, pois já não é um carro muito mais barato que os concorrentes; pode ser mais equipado que um Focus do mesmo preço, porém com falhas, como só aceitar gasolina, ou o câmbio defasado de 4 marchas, ou o rodar extremamente duro. A Tucson, que já não é nenhum primor de acabamento ou de desempenh

Tema da vitória

Dois acontecimentos importantes marcaram a F1 neste final de semana. O mais conhecido, e mais comentado, foi a ultrapassagem do Alonso sobre Massa no GP da Alemanha. E lá vem a imprensa toda revoltadinha contra o absurdo que é o jogo de equipe, falta de ética, e tal. A Ferrari assumiu o jogo de equipe e não vamos esquecer que os mesmos patrocinadores que exigem esse tipo de jogada são os mesmos patrocinadores que mantém as equipes correndo. É como o exemplo da BBC inglesa que vira e mexe trago à tona no blog. É uma TV maravilhosa, que produz um programa de carros absolutalmente isento, o Top Gear. E, apesar de inúmeras tentativas, a ideia de um Top Gera americano nunca deu certo. Pois a isenção dos ingleses é conhecida graças ao custeio da BBC por todos os britânicos, que pagam uma taxa mensal à companhia e permitem que ela mantenha-se livre de pressões comerciais. As grandes redes americanas dependem de anúncios; imaginem qual seria a vontade da GM em continuar anunciando num programa

Motosil

A Folha de São Paulo publicou um levantamento neste domingo dizendo que em 46% dos municípios brasileiros a quantidade de motos já é superior à de carros. São, em sua quase totalidade, municípios pequenos, sem infraestrutura, nos quais a economia de combustível de uma moto e sua capacidade de andar em qualquer terreno, especialmente as fora de estrada, fazem com que ele seja o meio de transporte ideal para a situação. Não que isso seja desejável, evidentemente. O depoimento de uma moradora de uma cidade amazonense refletia a insegurança da jovem com a absoluta falta de leis de trânsito e fiscalização, com motos andando nas ruas em todos os sentidos, muita gente sem capacete. Não digo que esse caos vai chegar às grandes cidades brasileiras, que constumam ter uma fiscalização menos deficiente, mas o que digo desde já é que o Brasil está se tornando um grande Vietnã, uma Índia do hemisfério ocidental, com um enxame de motos circulando nas cidades, poluindo mais, fazendo mais barulho. A re

A bit meh

A Nissan acaba de lançar o Tiida sedã no Brasil, aquele mesmo que vinha como Dodge Trazo, acabou não vindo, maior bagunça, etc. e tal. E agora chegou e... não vai fazer diferença nenhuma, o que na verdade é um ótimo sinal de uma certa maturidade da indústria automobilística brasileira. Qualquer lançamento antigamente ganhava ares de “a coisa mais importante do mundo”, e agora os menos importantes são retratados exatamente como são, ou seja, menos importantes. O Tiida sedã entra naquela categoria de carros extremamente tediosos, com um motor OK, uma suspensão OK, um espaço OK, um porta-malas OK, um design OK – embora bem estranho na parte traseira, nada demais, enfim. O que aliás é verdadeiro para talvez a maioria dos carros à venda por aí.

As vendas de bons carros

Coluna do Joel Leite no Webmotors, faz um tempo: Maio foi um mês com mudanças importantes no ranking dos carros mais vendidos no Brasil. A primeira surpresa foi a queda da Ford, que não emplacou nenhum modelo entre os dez primeiros colocados. O carro da marca mais bem posicionado é o Ka, que ficou em 11º lugar, com apenas 5.309 unidades. No total, a Ford vem deu 19.974 unidades no mês, caindo para 8,5% de participação no mercado de carros e comerciais leves: também o Fiesta e o Ecosport amargaram queda de vendas. O utilitário esportivo, que já esteve entre os dez primeiros, ficou apenas com a 23ª posição e 2.716 unidades vendidas. A Fiat e a Volks têm quatro modelos cada entre os dez mais vendidos e a GM tem dois. A outra novidade de maio foi a queda do Palio, que tradicionalmente é o segundo colocado no ranking. Desta vez o hatch da Fiat ficou em quarto lugar, com 10.796 unidades, sendo superado pelo Fox (3º colocado, com 10.796) e pelo Mille/Uno (em segundo, com 14.092 unidades). O M

Raça de verdade (mais um off topic)

O que o Suárez acabou de fazer, colocando a mão na bola no último minuto do segundo tempo da prorrogação, e que resultou na classificação do Uruguai, é a típica raça que praticamente nenhum jogador brasileiro "da elite" tem. O dia que tiver, o Brasil ganha todas as Copas do Mundo. Enquanto for um monte de estrelinha, não vai dar.

Sobre futebol (off-topic)

Não vou comentar as vitórias brasileiras ou coisas gerais da Copa do Mundo, que a imprensa especializada tem feito de forma notável. Queria só aproveitar o ensejo para mencionar dois tópicos que têm sido abordados com uma certa frequência e para os quais gostaria de dar uns pitacos. Copa de 94 A baixa média de gols desta Copa, em especial na primeira fase, tem trazido à tona a discussão de qual foi a pior Copa do Mundo de todos os tempos. As opiniões dos críticos costumavam ser unânimes em apontar a Copa de 90, mas agora tenho visto muita gente agredir a Copa de 94 neste aspecto. A Copa de 94 foi simplesmente a melhor Copa do Mundo desde 1986 até hoje. A Copa de 2006 eu nem lembro, a de 2002 teve Coreia do Sul na semifinal graças ao apito amigo, a de 1998 teve o apagão brasileiro na final. A de 94 mostrou ao mundo inteiro grandes craques, como Stoitchkov e Lediakov na Bulgária (o gol de arrancada do Stotichkov contra o México foi algo simplesmente divino), Hagi na Romênia, com seus lan

Teste: Honda Fit LXL 1.4 flex

Imagem
(Desculpem a demora na atualização, as coisas foram complicadas esses dias. As fotos estão aí, mas prometo que nunca mais subo fotos enquanto a bosta do Blogger, serviço porcaria do inferno, não melhorar o upload). É interessante notar como os Honda têm identidade própria. É como se a montadora japonesa seguisse uma série de normas internas muito rígidas sobre como fazer um carro, de forma até mais severa do que muitas concorrentes. O Fit é um carro de design atual, grande modularidade interna, acabamento com matérias adequados e encaixes perfeitos, motores e câmbios bastante eficientes, boa posição de dirigir, e... vidro um toque somente no motorista, luz interna no centro do teto, nenhum luxo e um preço lá nas alturas. Em todos seus carros oferecidos no Brasil, é como se a Honda cobrasse mais caro pela engenharia envolvida em seus projetos, e não por equipamentos ou diferenciais. Qualquer carro da Honda é muito mais caro que seus rivais. O Fit testado, por exemplo, um 1.4 LXL automát