As vendas de bons carros
Coluna do Joel Leite no Webmotors, faz um tempo:
Maio foi um mês com mudanças importantes no ranking dos carros mais vendidos no Brasil. A primeira surpresa foi a queda da Ford, que não emplacou nenhum modelo entre os dez primeiros colocados. O carro da marca mais bem posicionado é o Ka, que ficou em 11º lugar, com apenas 5.309 unidades. No total, a Ford vem deu 19.974 unidades no mês, caindo para 8,5% de participação no mercado de carros e comerciais leves: também o Fiesta e o Ecosport amargaram queda de vendas. O utilitário esportivo, que já esteve entre os dez primeiros, ficou apenas com a 23ª posição e 2.716 unidades vendidas.
A Fiat e a Volks têm quatro modelos cada entre os dez mais vendidos e a GM tem dois. A outra novidade de maio foi a queda do Palio, que tradicionalmente é o segundo colocado no ranking. Desta vez o hatch da Fiat ficou em quarto lugar, com 10.796 unidades, sendo superado pelo Fox (3º colocado, com 10.796) e pelo Mille/Uno (em segundo, com 14.092 unidades).
O Mille, a propósito, ganha a partir deste mês o reforço das vendas do Uno novo, que se soma às vendas do Mille, já que oficialmente os dois carros têm o mesmo nome no Renavam. Com essa estratégia, a Fiat pretende chegar mais próxima do Gol, mas, por enquanto, a diferença de vendas entre Mille + Uno e o líder é de mais de dez mil carros. O Uno novo vendeu 2.800 unidades em 13 dias de maio.
O Classic subiu da oitava para a quinta posição, invertendo o lugar com o Siena, que caiu da quinta para a oitava. E o Celta permanece em sexto lugar. Mas no total a GM não conseguiu alçar 20% de participação: ficou com 19,7% no mês.
Outra destaque foi o avanço das picapes derivadas de carros. A Strada, que costuma estar entre os dez mais vendidos, subiu para o sétimo lugar e recebeu a companhia da Saveiro entre os dez primeiros: pela primeira vez duas picapes figuram na lista dos “dez mais”.
Faz total sentido. A VW adota uma estratégia muito interessante, que merece ser aplaudida de pé, de absoluta atualização e renovação de toda sua linha. Com a exceção vergonhosa de Golf e Bora, compreensível do Gol G4, e um pouco menos do Polo, toda a linha da empresa no Brasil está atualizada e compete de igual para igual com os outros da classe. O Gol G5 é referência em compactos, o Fox mudou da água pro vinho com o novo interior, o Jetta e a Jetta Variant seguem o exterior e vêm ganhando equipamentos, e a Amarok é lançamento. Como o mercado brasileiro, em termos de volume, fica mesmo no segmento compacto, Gol G5, Saveiro e Fox vêm nadando de braçada. Incompreensível é a demora na estreia da Parati.
A Fiat, que sempre foi excelente em compactos, segue a mesma linha da VW com o Uno, um carro interessantíssimo no segmento. Some-se a isso o veterano Mille, ainda imbatível no quesito preço, a Strada, única a oferecer cabine dupla.
O que não dá pra entender, no ranking, são as posições de carros no mínimo questionáveis, como o Classic que, apesar do recente face lift chinês, segue desatualizado, ruim de dirigir e agora caro; o Celta e sua pretensa agilidade obtida às custas de um câmbio curtíssimo e irritante; o Siena e seu projeto antigo, com espaço interno ínfimo.
Já a ausência da Ford se explica: tem o melhor médio, o Focus, mas num segmento que não entra no ranking dos mais vendidos, e o melhor grande, o Fusion, com o mesmo problema. Já no segmento de massa mesmo, o “novo” Ka, usando as portas do antigo, e o Fiesta e o EcoSport na terceira reestilização, mostram sinais de fadiga total.
Mas quero ver o lado bom: as vendas ascendentes de Gol, Fox, Saveiro e Uno significam que bons projetos, atualizados, têm vez e lugar no mercado nacional. Vamos acreditar que o brasileiro está, vagarosamente, percebendo que há uma diferença enorme entre carroças e carros de verdade.
Maio foi um mês com mudanças importantes no ranking dos carros mais vendidos no Brasil. A primeira surpresa foi a queda da Ford, que não emplacou nenhum modelo entre os dez primeiros colocados. O carro da marca mais bem posicionado é o Ka, que ficou em 11º lugar, com apenas 5.309 unidades. No total, a Ford vem deu 19.974 unidades no mês, caindo para 8,5% de participação no mercado de carros e comerciais leves: também o Fiesta e o Ecosport amargaram queda de vendas. O utilitário esportivo, que já esteve entre os dez primeiros, ficou apenas com a 23ª posição e 2.716 unidades vendidas.
A Fiat e a Volks têm quatro modelos cada entre os dez mais vendidos e a GM tem dois. A outra novidade de maio foi a queda do Palio, que tradicionalmente é o segundo colocado no ranking. Desta vez o hatch da Fiat ficou em quarto lugar, com 10.796 unidades, sendo superado pelo Fox (3º colocado, com 10.796) e pelo Mille/Uno (em segundo, com 14.092 unidades).
O Mille, a propósito, ganha a partir deste mês o reforço das vendas do Uno novo, que se soma às vendas do Mille, já que oficialmente os dois carros têm o mesmo nome no Renavam. Com essa estratégia, a Fiat pretende chegar mais próxima do Gol, mas, por enquanto, a diferença de vendas entre Mille + Uno e o líder é de mais de dez mil carros. O Uno novo vendeu 2.800 unidades em 13 dias de maio.
O Classic subiu da oitava para a quinta posição, invertendo o lugar com o Siena, que caiu da quinta para a oitava. E o Celta permanece em sexto lugar. Mas no total a GM não conseguiu alçar 20% de participação: ficou com 19,7% no mês.
Outra destaque foi o avanço das picapes derivadas de carros. A Strada, que costuma estar entre os dez mais vendidos, subiu para o sétimo lugar e recebeu a companhia da Saveiro entre os dez primeiros: pela primeira vez duas picapes figuram na lista dos “dez mais”.
Faz total sentido. A VW adota uma estratégia muito interessante, que merece ser aplaudida de pé, de absoluta atualização e renovação de toda sua linha. Com a exceção vergonhosa de Golf e Bora, compreensível do Gol G4, e um pouco menos do Polo, toda a linha da empresa no Brasil está atualizada e compete de igual para igual com os outros da classe. O Gol G5 é referência em compactos, o Fox mudou da água pro vinho com o novo interior, o Jetta e a Jetta Variant seguem o exterior e vêm ganhando equipamentos, e a Amarok é lançamento. Como o mercado brasileiro, em termos de volume, fica mesmo no segmento compacto, Gol G5, Saveiro e Fox vêm nadando de braçada. Incompreensível é a demora na estreia da Parati.
A Fiat, que sempre foi excelente em compactos, segue a mesma linha da VW com o Uno, um carro interessantíssimo no segmento. Some-se a isso o veterano Mille, ainda imbatível no quesito preço, a Strada, única a oferecer cabine dupla.
O que não dá pra entender, no ranking, são as posições de carros no mínimo questionáveis, como o Classic que, apesar do recente face lift chinês, segue desatualizado, ruim de dirigir e agora caro; o Celta e sua pretensa agilidade obtida às custas de um câmbio curtíssimo e irritante; o Siena e seu projeto antigo, com espaço interno ínfimo.
Já a ausência da Ford se explica: tem o melhor médio, o Focus, mas num segmento que não entra no ranking dos mais vendidos, e o melhor grande, o Fusion, com o mesmo problema. Já no segmento de massa mesmo, o “novo” Ka, usando as portas do antigo, e o Fiesta e o EcoSport na terceira reestilização, mostram sinais de fadiga total.
Mas quero ver o lado bom: as vendas ascendentes de Gol, Fox, Saveiro e Uno significam que bons projetos, atualizados, têm vez e lugar no mercado nacional. Vamos acreditar que o brasileiro está, vagarosamente, percebendo que há uma diferença enorme entre carroças e carros de verdade.
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