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Mostrando postagens de 2019

Gran Forza

Já faz algum tempo que os maiores sucessos da indústria de entretenimento não são filmes, séries ou músicas. São games. https://br.ign.com/call-of-duty-modern-warfare/77674/news/call-of-duty-modern-warfare-ja-vendeu-o-dobro-de-coringa-na-estreia O mais recente Call of Duty faturou mais que o filme “Coringa”, que por sua vez possui o maior faturamento entre todos os filmes “R-Rated”, ou seja, voltados ao público adulto. Vale lembrar que CoD também é voltado a esse público. A nosso ver, o sucesso dos games está em combinar a narrativa do cinema, e séries, com a interatividade, dado que você efetivamente participa da história. No começo os games eram só interatividade, ação, pois mal continham histórias. Os lançamentos mais recentes mudam isso completamente. Alguns games chegam a investir mais de 20 minutos somente contando a história para envolver o jogador completamente. Já é histórica a abertura de Half-Life, contando um dia normal na vida do pesquisador Freeman, até que

Que me perdoem as feias

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Queremos falar do HB20 novo. Mas pra isso vamos falar do Renegade primeiro. Pois é, siga o raciocínio. O carro de volume da Jeep é o Compass. O Renegade é um carro num segmento inferior, que não é pensado em ser o único carro da família. É um exercício de design extremamente bem sucedido, porém com falhas importantes em aspectos práticos: nesse caso, espaço interno no banco traseiro e tamanho de porta-malas. Aliás, normalmente é assim: carros muitos bonitos são ruins de espaço. O principal mercado da Jeep é o norte-americano, e é com isso em mente que fizemos as considerações acima. O Renegade no Brasil é ainda pior, pois recebeu um motor flex totalmente inadequado para o peso do carro. Então temos um carro apertado, de desempenho ruim e alto consumo de combustível. Fracasso? Pelo contrário, vende mais que pão quente. Por que? PORQUE É BONITO. O sucesso do Renegade mostra claramente a importância do design para o sucesso em vendas de um carro. Um veículo ruim, p

Considerações sobre o novo Onix

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Pelo que vimos até agora, todos os culhões que faltaram à GM para tornar o Cruze competitivo sobraram no Onix e sua versão sedã. Comecemos pela adoção de motor turbo nas opções de topo, com a saudável potência de 116 cv (curiosamente a mesma do antigo 2.0 8v da VW que equipou Santana e Bora e da própria GM usado no Astra), aliado às respostas ágeis em baixa rotação e consumo de combustível. Um passo ousado considerando que o consumidor dessa faixa de renda é mais sensível a manutenção cara e que a experiência da Hyundai com o 1.0 turbo não foi um sucesso. Vamos agora com a adoção da plataforma global GSE que aumentou a distância entre-eixos do sedã para 2,60, medida que era de carro médio até pouco tempo. Fica claro que o sedã vai matar o Cobalt e brigar com Cronos e Virtus. Seguimos com a classificação 5 estrelas no LatinCAP, crítica antiga à família Onix antiga e que lhe rendei o apelido de “bateu morreu”. Isso envolve um forte planejamento de segurança, reforços estr

Trabalhar dá trabalho

Dois sedãs passaram por mudanças importantes nos últimos meses. Um ganhou face-lift na frente, novas lanternas traseiras, novo padrão de revestimento interno, central multimídia atualizada e o principal atrativo é um chip embutido que permite conectar até sete aparelhos em uma rede 4G. Outro mudou completamente. Nova plataforma, design completamente novo. Interior redesenhado, com materiais de melhor qualidade. Dois novos motores, um híbrido inédito no segmento e um outro de ciclo Atkinson com alta potência específica. Um câmbio completamente novo e inédito, com engrenagem para melhorar as saídas e CVT para o restante da condução. Ganhou também auxílios à condução, como piloto automático adaptativo e sensor de farol alto. Um desses sedãs é líder inconteste de mercado, vende mais que o dobro do segundo colocado. O outro amarga a terceira colocação em vendas, atrás de dois concorrentes de fabricantes cuja presença no Brasil é bem inferior à sua. Obviamente o sedã co

Os últimos esportivos

Com a chegada do Jetta GLI e o iminente lançamento das versões GTS de Polo e Virtus, a Volkswagen dispara largamente como a principal provedora de esportivos no mercado automotivo brasileiro, somando-se a eles o Golf GTI – esse infelizmente em final de vida, a ser substituído pela versão GTE. Quem também merece aplausos é a Renault, por ter mantido a versão RS do Sandero após a recente reestilização da linha. Ainda que a preços descomunais, a Honda também segue comercializando o Civic Si, caro altamente desejável e de dinâmica inspirada. Seguindo na linha de preços elevados, a Chevrolet também ganha reconhecimento pela importação do Camaro há mais de dez anos e também pelo Equinox que subiu o patamar de desempenho da categoria, embora não seja esportivo. Também dizem por aí que existe um 208 GT, porém parece que só no site. O mesmo cabe para o Mustang. Fora daí é só mesmice. Palhaçada de Cronos HGT travestido de esportivo. Logo a Fiat, que aliava uma motorização

Powershift e a reputação

Foi destaque em vários veículos da imprensa especializada o fato da Ford ter conhecimento dos problemas do câmbio Powershift e ter decidido seguir com sua utilização em vários modelos na esxperança de que os problemas fossem de menor monta e pudessem ser resolvidos ao longo da produção. Como sabemos, não foi bem assim. Os problemas foram recorrentes, em alguns casos somente um incômodo de vibração e aspereza, porém em outros a coisa foi bem mais séria, com marchas travando, perda de velocidade e impossibilidade de funcionamento. Embora os problemas aparentemente tenham sido resolvidos a partir de 2016, o estrago foi feito. A Ford desistiu do Powershift e a fabricante Getrag ficou ainda mais para trás no mercado. As avaliações mais modernas com relação ao valor de mercado de uma empresa não levam em conta somente a questão financeira e de ativos, e consideram também o valor intangível que provém da reputação da marca. Tem muito executivo da velha guarda no comando de muitas e

Comentários sobre as atualidades

Honda HR-V Touring a 140 mil: foi alvo de piadas de toda a imprensa especializada, a começar pelo excelente título da matéria na Quatro Rodas: “Meu Caro HR-V”. Ainda fizeram um post dizendo que o dono pelo menos pode acelerar rápido quando perguntarem quanto ele pagou. Desnecessário dizer aqui que o carro não vale isso, nem de longe, mas terá seu nicho como carro blindado de gente discreta. Se você acha que isso não existe, repare a quantidade de Corolla blindado que tem por aí. Filme Ford x Ferrari: É de chorar pensar no que a Ford já foi e o que ela se tornou. Uma fabricante de SUVs desinteressantes pronta pra entrar no Grupo VW. É também um filme datado, para os amantes de carro que são cada vez em menor número. Se esse filme fosse lançado daqui vinte anos talvez não tivesse público. Peugeot: Mais uma vez pisando feio na bola ao se comunicar. Primeiro a pataquada de não fazer o 207 europeu no Brasil e sair com aquele arremedo de carro que conhecemos como 206,5. Decisão q

Dúvidas dos leitores

Falando em usado, Focus 2017 ou 2018 é bom negócio? Powershift ainda é uma preocupação de 2017 pra cá? Andei em um 2017 se plus 2.0 e amei, mas tenho receio de dor de cabeça no futuro. Abs. Renato. Verdade, um focus 1.6 se ou se plus manual seminovo é muito furada?  Vamos dividir a resposta em duas partes. A primeira parte é sobre o Powershift, a grande dúvida de quem tem intenção de comprar um Focus. Ao que sabemos, a incidência de problemas caiu significativamente nos Focus mais novos. O modelo 2014 que testamos em 2015 não apresentou problemas sérios, porém teve a troca efetuada como relatamos aqui . Modelos mais novos, 2017 ou 2018, aparentemente não enfrentam mais esses problemas. Nós compraríamos sem muita preocupação um Focus Powershift usado, dos primeiros se tivesse passado pela troca do conjunto de embreagem, ou então um dos mais novos. Ao testar, preste muita atenção no câmbio e o comportamento em baixas velocidades. As trocas devem ser suaves e sem tre

TESTE: Audi A4 Ambiente 2.0 TSFI

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    “Quem tem carro premium não volta”. É uma frase repetida à exaustão, e combatida com inúmeros exemplos de pessoas que voltaram pelos mais variados motivos, incluindo custos mas também preferências. Claro que existem exceções, e opiniões das mais variadas possíveis. Para nós, a frase é verdadeira. Toda vez que pegamos um carro premium para dirigir notamos a superioridade dinâmica e construtiva. Existe um algo a mais que é difícil de explicar, pois envolve sensações e percepções que desafiam a lógica. O James May certa vez disse que carros realmente bons lhe dão uma sensação que ele descreveu como “fizz”. Estamos falando de algo nessa linha, não tão visceral, porém algo mais próximo de uma grande sensação de satisfação e contentamento pelo dirigir e comportamento em geral do carro. Alguns desconversam dizendo que é justificativa para quem gastou uma boa grana em um carro que muitas vezes é menos potente e equipado que seus rivais de marcas generalistas. Talvez para

Dúvida do leitor

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Dub, ainda vale investir em um fiesta? Estou em dúvida entre ele, argo drive 1.3 e 208 1.2 (faixa dos 50k baixo). Nossa opinião: Fiesta Tem a melhor dirigibilidade entre as opções listadas. O pacote de equipamentos é bastante atraente. Pesam conta o espaço interno, o acabamento um tanto datado e o visual que ficou pesado após o face-lift. A nosso ver, a maior dúvida fica em relação ao suporte que será dado pela Ford. É capaz de ter dificuldade de peças e com manutenção. Se for ficar pouco tempo com o carro, isso pode não ser um problema. Argo Não gostamos do Argo. Ele tenta ser muitas coisas e acaba não sendo nenhuma delas. Consideraríamos na versão 1.0 mais básica possível, porém na 1.3 já deixa um pouco a desejar com relação aos rivais. A dirigibilidade não é boa – o ajuste de suspensão é ótimo, mas as reações do volante e principalmente do câmbio não são. O espaço interno é bom e o acabamento é condizente. É preciso prestar atenção nos opcionais para montar o

Teste: Volkswagen Gol 1.6

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  Quando testamos o Fusca 1972 , foi necessário fazer uma reprogramação completa do modo de dirigir. Conduzir um veículo de quase 50 anos de idade é muito, mas muito diferente dos carros modernos com os quais estamos acostumados, recheados de opcionais, com câmbio automático e motores potentes. Para quem curte dirigir, no entanto, essa viagem no tempo é uma delícia. A conexão homem-máquina é muito mais forte do que a relação anestesiada que existe hoje em dia, com as direções elétricas sem feedback, rodas desnecessariamente grandes, câmbio automático e motores que mal se escutam. Claro que não queremos nada disso quando estamos parados no congestionamento, mas em trânsito livre ou menos denso, apreciamos bastante esse contato mais íntimo com o carro. O teste desse Gol serviu para tirarmos uma dúvida: será possível ter esse contato mais próximo com a máquina sem precisar recorrer a um carro antigo e seus problemas de confiabilidade? Ou ainda, sem precisar recorrer a u

Descanse em paz, Ford

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Enquanto a GM ameaça, a Ford foi lá e fez: anunciou essa semana o fechamento de sua icônica fábrica em São Bernardo do Campo, adquirida da Willys em 1967 e de onde saíram modelos históricos para o Brasil como Maverick, Corcel e Escort. Com isso, cessa a comercialização do Fiesta no Brasil e também a linha de caminhões da empresa. O que aprendemos com essa triste decisão? 1.    Que o capitalismo norte-americano passa por um momento de crise institucional. Calma, este não é um blog comunista. O que existe hoje no modelo de capitalismo liderado pelos acionistas e grupos privados de fundos de investimento é uma priorização muito pouco saudável do acionista e do retorno sobre o capital. Trata-se de sempre aumentar margens e enxugar custos, reduzir investimentos em prol de remunerar um acionista que colocou dinheiro na empresa e quer resultados máximos em curto prazo. Isso adoece as empresas e compromete seu futuro. Nas empresas europeias o fenômeno é menor, pois a cultur

GM vai sair do Brasil

Na sexta dia 18 os funcionários da GMB receberam um comunicado interno super alto astral dizendo que a empresa vive um momento muito crítico, que teve prejuízo no Brasil nos últimos três anos e que a situação não pode se repetir. Fontes do mercado estimam as perdas de 2018 em 1 bilhão de reais. Na terça dia 22 o presidente se reuniu com os sindicatos dos metalúrgicos de São Caetano e São José dos Campos, onde possui fábricas. Ficamos aqui pensando qual o sentido de um comunicado desses. Óbvio que ia vazar para a imprensa, e a assessoria da GM não se posicionou, indicação que ou foi pega de surpresa ou foi ignorada na execução desse plano. Se o objetivo é fazer pressão nos sindicatos, ficamos imaginando o que a GM pede em troca. O quanto o sindicato pode flexibilizar que não é lei? Não pode cancelar o décimo-terceiro, por exemplo. Se a ideia era fazer pressão para uma fábrica em específico, isso pode ser feito nos bastidores em reunião e não precisa desse alarde todo. Tamb

Como salvar a Quatro Rodas

Compramos a Quatro Rodas dessa semana. A capa são os elétricos lançados no Salão do Automóvel a preço de ouro: Leaf, Zoe e Bolt. Tem uma matéria curta porém boa de SUVs compactos de entrada, um teste do Audi Q7 elétrico cuja bateria deixou o repórter na mão, um maravilhoso Maverick LDO e ainda a parte do teste de 60 mil km que honestamente deveria ter mais espaço. Uma boa edição. Porém isso não se refletiu nos anunciantes. Nissan e Chevrolet têm anúncios de duas páginas promovendo Frontier e Cruze. A Michelin ocupa a contracapa. Dentro da matéria sobre elétricos, anúncios da Volvo e Audi. E só. CINCO anúncios na revista inteira. Não tem condição de sobrevivência. Por muitos anos criticamos a Quatro Rodas pelo perfil submisso. Era uma época em que o Peugeot 206,5 era elogiado, assim como a “sábia decisão” da Peugeot de oferecer um carro requentado para o brasileiro. Realmente faltava visão para os editores. Hoje a revista voltou a ser interessante. Veja o exemplo: a Audi c