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Mostrando postagens de março, 2009

Teste: VW Bora 2.0 automático total flex

Se eu não tivesse padronizado os títulos dos testes com os nomes das montadoras e dos carros, bem que este post poderia chamar-se: “Pode um câmbio salvar um carro?” É bem esse o caso do Bora. Já falei do carro aqui algumas vezes. O Bora chegou ao Brasil em 2001, importado do México (como é até hoje). É a versão sedã do Golf IV, lançado na Europa em 1998 e que temos aqui até hoje, após um face-lift medonho realizado em 2006. Já o Bora também apresenta nova frente e traseira, desta vez operadas pela VW chinesa. Enquanto a inspiração das mudanças cosméticas do Golf brasileiro vieram do próprio Golf V europeu, os chineses tomaram detalhes do Passat para o Bora – mas não do Passat atual, e sim do imediatamente anterior, vendido aqui de abril de 2000 até 2005. O resultado não agrada em nenhum dos dois, mas neste concurso para decidir o menos feio, o Bora ganha pela elegância da traseira e pelos detalhes interessantes como as setas embutidas no parachoque dianteiro. Quem acompanha este blog

Frotistas

Quase tudo que escrevo aqui no blog se refere ao mercado automobilístico de pessoa física, ou seja, o sujeito normal que vai lá, escolhe um carro e paga com seu dinheiro. Ou mesmo que não seja com o dinheiro próprio, mas escolhe o carro de acordo com sua preferência pessoal. Só que existe um segmento enorme de vendas para pessoas jurídicas. Claro, existem empresas que compram os carros que os funcionários escolhem (em especial para diretores e alto escalão), e aí temos algo semelhante ao mercado pessoa física. No entanto, a maioria dessas vendas reflete as necessidades da empresa: baixo custo inicial; manutenção barata e fácil; rede de concessionários; capacidade de carga. Itens como acabamento, equipamentos e modernidade do projeto não são exatamente prioridades. Pois bem: de acordo com a coluna do Joel Leite no Webmotors, o ranking de vendas para pessoa física é liderado pela VW, seguido pela GM e mais atrás pela Fiat. Já as pessoas jurídicas preferem Fiat, deixando bem para trás a V

Nissan Livina

Não há muito o que falar do veículo. Minivan feiosa, ampla, acabamento correto, paralítica com o motor 1.6 e semi-paralítica com o 1.8. Lista de equipamentos coerente. Se o câmbio automático fosse o CVT, seria um carro bem melhor - o câmbio automático "normal" mata o desempenho. É melhor que Idea e Meriva, e o Fit não é concorrente. O melhor da Livina é representar que a Nissan está falando sério em relação ao Brasil. Veio para ficar, e portanto investiu em motores bicombustíveis para o carro. A unidade 1.8, de decentes 126 cv, deve em breve equipar Tiida e Sentra, o que tornará os carros bastante competitivos no meio.

Punto T-jet

Mas não tenham dúvidas que por 60 mil eu teria outro carro. Mesmo desconsiderando o Fusion a 64, que seria a escolha óbvia, eu levaria um Focus GLX para casa com essa grana. Ou um Polo (por menos). Ou um Sentra. Até um Bora. Mas é uma questão de perfil. Quem roda numa cidade congestionada como São Paulo, infestada de radares e coisas muito piores, como caminhões e motoboys, vê um uso bastante limitado para um esportivo. Então dá-lhe conforto e câmbio automático. Agora, respeito demais esse carro. Aliás, em primeiro lugar respeito a atitude da Fiat de lançar um esportivo de verdade, um tapa na cara desses carros que se acham só porque têm adesivos nas soleiras das portas. Há um abismo entre um esportivo cosmético e um de verdade, e o Punto T-Jet se encaixa na segunda categoria (e o Sporting na primeira). O T-Jet é um pocket-rocket de verdade, com um belíssimo comportamento dinâmico e muita força no pequeno motor 1.4 turbinado. Não está na mesma liga que Golf GTI e Civic Si, mas também é

Renault Symbol

A impressão que dá é que a Renault desistiu de impressionar pela beleza de seus carros e resolveu partir para o lado oposto, o da feiúra. Não bastasse o bizarrro Mégane hatch europeu, agora invade nossas ruas com Logan, o Lada do século 21, o Sandero, o Lada hatch amassado do século 21, e finalmente o Symbol, que é tão feio que chamá-lo de Lada seria um elogio. Sério, chega a dar ânsia de vômito. O Symbol é a plataforma do Clio sedan com outra casca. Mais feia. Por dentro o disfarce até que ficou bom, e se vale do bom acabamento presenta na linha Clio. Sem dúvida um carro melhor de estar dentro do que fora. De resto, o entreeixos mediano (2,47m) pressupõe espaço apenas razoável atrás, com um porta-malas gigante de 506 litros. E se a dirigibilidade foir parecida com a do Clio, teremos uma suspensão bem acertada e o pior câmbio do mundo. A lista de equipamentos é, pelo menos, interessante: ar, direção, vidros e travas, air bag duplo e alarme. A 41 mil reais, e empurrado pelo excelente mo

Hyundai i30

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Polo E-flex

É o primeiro carro nacional a dispensar o tanque de gasolina para partidas a frio. Pega usando álcool mesmo em temperaturas negativas. Agora, estranho a VW mostrar o Polo Bluemotion e em seguida lançar o sistema E-flex no mesmo carro. Dá pra fazer algumas leituras: Por que no Polo e não no Gol? E a VW tem tradição de lançar inovações no Gol, o primeiro carro com injeção eletrônica de combustível e o primeiro flex do país. Minha opinião: o Gol vende muito bem e não há como inserir essa novidade na linha agora. E nem necessidade. Por que no Polo e não no Fox? Minha opinião: o Fox morre em breve. Não sei se dá lugar a um Fox mais requintado ou se morre mesmo, mas é provável que a VW segure o E-flex para o Fox novo modelo. Mas aqui tudo é possível. Por que no Polo e não no Golf? Acho que o Golf recebe o E-flex logo, mas não como série especial, e sim na linha normal. Por fim, o lançamento do Bluemotion e do E-flex mostram que a VW planeja vida longa ao Polo no Brasil com esta mesma cara –

Polo Bluemotion

O movimento azul ganhou bastante destaque na imprensa especializada. Na Europa, quem empurra o carrinho é um 1.4 turbodiesel de 80 cv e consumo de combustível ridículo: 20,4 km/l na cidade e 31,3 km/l na estrada. No Brasil, por conta da lei boçal que impede o uso de diesel em carros de passeio, mas permite o uso do combustível subsidiado por donos de carros baratos como Land Rovers, não podemos ter este excelente motorzinho. No entanto, a VW tomou algumas medidas para tornar o já veterano EA-111 1.6 mais econômico. A medida acertada, e que deveria ser estendida a todos os Polos, foi o novo alongamento do câmbio. É sabido que o brasileiro não gosta de reduzir marcha, mas também é verdade que cada vez mais e mais pessoas se incomodam com as altas rotações de diversos motores na estrada. O Polo já passou por três alongamentos sucessivos: o primeiro envolveu apenas 4ª e 5ª marchas e foi feito ainda no ano de lançamento, para se ter uma idéia de quão curtas não eram essas velocidades. Depoi

Vários lançamentos

Até pelo próprio tamanho, montadoras são como paquidermes, ou grandes navios: demoram a mudar de curso e rever decisões. É por isto que, numa época de crise sem tamanho como a que estamos vivendo atualmente, temos o privilégio de assistir a diversos lançamentos da indústria. São, sem dúvida, automóveis concebidos durante o período de bonança da economia e trazidos num estágio no qual é melhor colocá-los no mercado do que segurar o lançamento. A seguir, dou uma opinião breve sobre alguns deles.

Ford Focus Sedan 2.0 Ghia automático

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Começo esse texto com a pergunta que termina um post sobre este Focus no Argentina Auto Blog: Como alguns carros ruins vendem tanto, e outros ótimos, tão pouco? O Focus no Brasil sempre ocupou a rabeira da tabela de vendas. Melhor suspensão da categoria; melhor motor da categoria; melhor dirigibilidade da categoria; acabamento top, assim como a oferta de equipamentos. E, mesmo assim, o cidadão prefere Astra, Golf 4,5, Stilo, essas carroças. Podemos culpar vários fatores alheios ao carro. A Ford é o maior deles. Vendedores despreparados, que não conhecem o carro, política de vendas frouxa e pouco agressiva, foco em outros produtos do portfólio (Eco, Eco, Eco), pós-vendas ridículo, nenhuma preocupação com os propretários. Some-se a isso o fato de a Ford estar num patamar abaixo de vendas em relação a GM, VW e Fiat, o que já leva naturalmente menos gente para as revendas, e aumenta o grau de desconfiança nos produtos, o que se reflete no baixo valor de revenda. Tem também a estupidez do

Novidades

Tô sabendo de fonte segura que a nova Parati G5 ficou muito bonita. É pagar pra ver.