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Mostrando postagens de novembro, 2005

Burn baby burn

Li um comentário muito interessante sobre a revolta na França (caso você não saiba, jovens de classe baixa estão revoltados nos subúrbios de diversas cidades francesas, em protesto contra o desemprego e as más condições de vida). Os revoltosos escolheram o automóvel como símbolo do seu protesto e estão queimando carros aos borbotões. A escolha de queimar automóveis é muito significativa. O automóvel é um símbolo de status que tem um apelo especialmente forte com a juventude. Não é à toa que a piada da crise masculina da meia-idade envolve ter um Porsche. O carro na juventude não é um meio de locomoção. É muito mais, é afirmação, é uma extensão do pau. Quem não tem carro se sente inferiorizado por quem tem uma moto. Ele consegue ir a qualquer lugar, ele viaja, ele chega no boteco de moto e as meninas olham pra ele. Quem tem moto quer ter carro. Quem tem carro quer ter um melhor. Faz bem pro ego. Atrai as meninas - e atrai mesmo, algumas não, mas muitas sim. Daí esses jovens terem escolh