Considerações sobre o novo Onix

Pelo que vimos até agora, todos os culhões que faltaram à GM para tornar o Cruze competitivo sobraram no Onix e sua versão sedã.

Comecemos pela adoção de motor turbo nas opções de topo, com a saudável potência de 116 cv (curiosamente a mesma do antigo 2.0 8v da VW que equipou Santana e Bora e da própria GM usado no Astra), aliado às respostas ágeis em baixa rotação e consumo de combustível. Um passo ousado considerando que o consumidor dessa faixa de renda é mais sensível a manutenção cara e que a experiência da Hyundai com o 1.0 turbo não foi um sucesso.

Vamos agora com a adoção da plataforma global GSE que aumentou a distância entre-eixos do sedã para 2,60, medida que era de carro médio até pouco tempo. Fica claro que o sedã vai matar o Cobalt e brigar com Cronos e Virtus.

Seguimos com a classificação 5 estrelas no LatinCAP, crítica antiga à família Onix antiga e que lhe rendei o apelido de “bateu morreu”. Isso envolve um forte planejamento de segurança, reforços estruturais, que indicam bom trabalho – além das inutilidades do teste como aviso individual para cinto de segurança atado, que o Onix traz.

O interior mostra elegância na mistura de texturas dos plásticos, que é o que se deve esperar na faixa de preço. O painel segue as linhas do Cruze e traz detalhes cromados e tela digital central, um avanço enorme se comparado com o painel de moto anterior. Falha só para os encostos de cabeça dianteiros costurados no banco, talvez uma homenagem ao Celta.

Por fim, estarão disponíveis como opcionais: chave com sensor de presença, carregador de celular por indução e a central multimídia com 4G.

Ou seja, quem comprar um Onix sedã topo de linha vai ter quase tudo quem um Cruze tem. Isso já mostra como o Onix está adequado de proposta e com argumentos interessantes para competir no mercado, enquanto o Cruze vai só encalhar mesmo já antevendo sua morte como foi decretado nos Estados Unidos.

O Corolla vai jantar o Cruze com farofa no mercado. E o Onix fará o mesmo com essa atrocidade horrorosa que será o HB20 novo.