Motosil
A Folha de São Paulo publicou um levantamento neste domingo dizendo que em 46% dos municípios brasileiros a quantidade de motos já é superior à de carros. São, em sua quase totalidade, municípios pequenos, sem infraestrutura, nos quais a economia de combustível de uma moto e sua capacidade de andar em qualquer terreno, especialmente as fora de estrada, fazem com que ele seja o meio de transporte ideal para a situação.
Não que isso seja desejável, evidentemente. O depoimento de uma moradora de uma cidade amazonense refletia a insegurança da jovem com a absoluta falta de leis de trânsito e fiscalização, com motos andando nas ruas em todos os sentidos, muita gente sem capacete.
Não digo que esse caos vai chegar às grandes cidades brasileiras, que constumam ter uma fiscalização menos deficiente, mas o que digo desde já é que o Brasil está se tornando um grande Vietnã, uma Índia do hemisfério ocidental, com um enxame de motos circulando nas cidades, poluindo mais, fazendo mais barulho. A reportagem da Folha mostrava que as pouco mais de 100 mortes de motociclistas por ano registradas há vinte anos hoje ultrapassam oito mil.
Claro que não dá pra simplesmente, como amante de automóveis, mandar todos os motociclistas se catarem. É preciso entender a omissão do poder público, o transporte público ineficiente e a facilidade financeira para se comprar uma moto. Ainda assim, é evidente que alguma regulamentação precisa ser implementada para que nossas cidades não se tornem Hanói ou Nova Délhi. Um bom começo seria a proibição de circulação nos corredores, que fatalmente não foi aprovada quando deveria ter sido pelo governo FHC, conjugadas a medidas mais rígidas de controle de poluentes e, claro, fiscalização das motos em circulação para ver quem está cumprindo com as regras.
Mas como falar de fiscalização no Brasil é dar murro em ponta de faca, dada a incompetência generalizada dos órgãos governamentais, resta a nós ou protestar, que seria a opção válida, ou admitir que o trânsito em nossas cidades grandes vai se tornar, mais ainda, o inferno.
Não que isso seja desejável, evidentemente. O depoimento de uma moradora de uma cidade amazonense refletia a insegurança da jovem com a absoluta falta de leis de trânsito e fiscalização, com motos andando nas ruas em todos os sentidos, muita gente sem capacete.
Não digo que esse caos vai chegar às grandes cidades brasileiras, que constumam ter uma fiscalização menos deficiente, mas o que digo desde já é que o Brasil está se tornando um grande Vietnã, uma Índia do hemisfério ocidental, com um enxame de motos circulando nas cidades, poluindo mais, fazendo mais barulho. A reportagem da Folha mostrava que as pouco mais de 100 mortes de motociclistas por ano registradas há vinte anos hoje ultrapassam oito mil.
Claro que não dá pra simplesmente, como amante de automóveis, mandar todos os motociclistas se catarem. É preciso entender a omissão do poder público, o transporte público ineficiente e a facilidade financeira para se comprar uma moto. Ainda assim, é evidente que alguma regulamentação precisa ser implementada para que nossas cidades não se tornem Hanói ou Nova Délhi. Um bom começo seria a proibição de circulação nos corredores, que fatalmente não foi aprovada quando deveria ter sido pelo governo FHC, conjugadas a medidas mais rígidas de controle de poluentes e, claro, fiscalização das motos em circulação para ver quem está cumprindo com as regras.
Mas como falar de fiscalização no Brasil é dar murro em ponta de faca, dada a incompetência generalizada dos órgãos governamentais, resta a nós ou protestar, que seria a opção válida, ou admitir que o trânsito em nossas cidades grandes vai se tornar, mais ainda, o inferno.
Comentários