Quase no pódio
Antes de falar do dossiê Europa, um pouco sobre a chegada da Hyundai entre as quatro grandes.
Em primeiro lugar, isso mostra que o brasileiro reconhece, sim, bons carros. O brasileiro sabe ver um carro bem acabado, moderno, com bons motores, bom design. É para jogar pelo ralo a teoria da GM de que brasileiro compra qualquer porcaria, então podemos vender Astra com mais de dez anos de produção, podemos vender Agile com acabamento ridículo, podemos usar a plataforma do Corsa de 94 até o ano 2500. O carro mais barato da Hyundai custa 50 mil. Passou da hora das montadoras acordarem e começarem a trazer pro Brasil carros decentes de verdade.
Em segundo lugar, quanto dessas vendas é representado por aquele caminhãozinho da Hyundai que vende como água?
Em terceiro lugar, fico muito, mas muito triste que a ultrapassagem tenha sido feita em cima da Ford, que, com o novo Fiesta, Focus e Fusion, é a montadora tradicional que mais oferece as melhores opções ao brasileiro.
Em quarto lugar, também fico triste que a política de lucros absurdos feita pelas montadoras aqui tenha permitido que uma importadora, trazendo seus carros da Coréia em contêineres, tenha atingido tal destaque perante empresas que empregam muito mais brasileiros. Mas a culpa é delas mesmas. O i30 não teria chance num mercado competindo com Focus (especialmente se o modelo atual tivesse chegado antes, já flex), Golf VI, Brava, Astra europeu.
Em quinto lugar, mérito da Hyundai e de sua importadora que, sem cair na vala comum dos lucros absurdos, vêm se beneficiando de carros cada vez melhores para impor-se no mercado. Infelizmente, com a manutenção da Tucson no mercado e agora sua produção nacional, não parece que a Hyundai seja imune às práticas clientelistas que assolam o mercado.
Em primeiro lugar, isso mostra que o brasileiro reconhece, sim, bons carros. O brasileiro sabe ver um carro bem acabado, moderno, com bons motores, bom design. É para jogar pelo ralo a teoria da GM de que brasileiro compra qualquer porcaria, então podemos vender Astra com mais de dez anos de produção, podemos vender Agile com acabamento ridículo, podemos usar a plataforma do Corsa de 94 até o ano 2500. O carro mais barato da Hyundai custa 50 mil. Passou da hora das montadoras acordarem e começarem a trazer pro Brasil carros decentes de verdade.
Em segundo lugar, quanto dessas vendas é representado por aquele caminhãozinho da Hyundai que vende como água?
Em terceiro lugar, fico muito, mas muito triste que a ultrapassagem tenha sido feita em cima da Ford, que, com o novo Fiesta, Focus e Fusion, é a montadora tradicional que mais oferece as melhores opções ao brasileiro.
Em quarto lugar, também fico triste que a política de lucros absurdos feita pelas montadoras aqui tenha permitido que uma importadora, trazendo seus carros da Coréia em contêineres, tenha atingido tal destaque perante empresas que empregam muito mais brasileiros. Mas a culpa é delas mesmas. O i30 não teria chance num mercado competindo com Focus (especialmente se o modelo atual tivesse chegado antes, já flex), Golf VI, Brava, Astra europeu.
Em quinto lugar, mérito da Hyundai e de sua importadora que, sem cair na vala comum dos lucros absurdos, vêm se beneficiando de carros cada vez melhores para impor-se no mercado. Infelizmente, com a manutenção da Tucson no mercado e agora sua produção nacional, não parece que a Hyundai seja imune às práticas clientelistas que assolam o mercado.
Comentários
O imposto de importação é barreira menor do que parece para os produtos sul-coreanos. O won é muito desvalorizado, portanto acontece algo semelhante ao que acontece com os chineses: na prática, o imposto de importação acaba sendo reduzido em relação à concorrência e o produto entra no Brasil com valor competitivo;
A Hyundai tem bons produtos, mas exceto pelo i30 e Azera, que mantém preços na média do mercado, fez o favor de se tornar uma nova Honda em política de preços. Talvez pior, pois nem a Honda vende um SUV 2.0 manual sem airbags laterais por 90 mil reais;
Vale a ressalva ao pós-venda lastimável da CAOA.
* * * * *
Artur,
Você realmente acredita que o consumidor esteja mais exigente? Nos EUA, seis airbags são de série em todos os carros vendidos. No Brasil, ainda existem médios sem airbag frontal (Golf, o Vectra ganhou apenas na linha 2011) e a maioria dos médios sequer tem airbags laterais, mesmo como opcional.
A própria Hyundai prova que o consumidor está pouco se lixando para segurança: i30 com 6 airbags, apenas na versão top. E mais absurdo: Tucson "old" sem ABS por 75 mil, Tucson "ix35" sem airbags laterais por 90 mil.
Sobre a política de preços, acredito que na verdade é o ix35 que vem com muita sede ao pote. Veracruz e Santa Fe ainda são bem mais baratos que os concorrentes, bem como o Azera. O i30 está na média do mercado.