Teste: Honda Fit LXL 1.4 flex
(Desculpem a demora na atualização, as coisas foram complicadas esses dias. As fotos estão aí, mas prometo que nunca mais subo fotos enquanto a bosta do Blogger, serviço porcaria do inferno, não melhorar o upload).
É interessante notar como os Honda têm identidade própria. É como se a montadora japonesa seguisse uma série de normas internas muito rígidas sobre como fazer um carro, de forma até mais severa do que muitas concorrentes. O Fit é um carro de design atual, grande modularidade interna, acabamento com matérias adequados e encaixes perfeitos, motores e câmbios bastante eficientes, boa posição de dirigir, e... vidro um toque somente no motorista, luz interna no centro do teto, nenhum luxo e um preço lá nas alturas. Em todos seus carros oferecidos no Brasil, é como se a Honda cobrasse mais caro pela engenharia envolvida em seus projetos, e não por equipamentos ou diferenciais.
Qualquer carro da Honda é muito mais caro que seus rivais. O Fit testado, por exemplo, um 1.4 LXL automático, custa 58 mil reais, preço de modelos muito maiores, com motores muito maiores, como Focus GLX, C4 e mesmo o colega japonês Nissan Sentra. O City é mais caro ainda, e suas versões de topo já resvalam no preço de carros bem melhores como Focus Ghia e Corolla GLi.
E por que, tanto no Civic testado quanto neste Fit, a impressão final é de que o carro vale cada centavo? Para quem gosta de carro, os Hondas são um prato cheio: os motores são modernos, giradores e entregam números de potência e torque surpreendentes para sua cilindrada; os câmbios manuais e automáticos estão entre os melhores do país; a posição de dirigir é ótima; o acabamento não tem luxo, mas usa bons materiais e é montado com precisão. Quem não gosta de carro adora a confiabilidade mecânica, a facilidade de dirigir, a maciez dos comandos, o design atualizado.
Quem compra um Honda precisa estar consciente do que está levando para a garagem: um carro excelente em vários aspectos, mas que, em compensação, não tem luxo. Nenhum Honda fabricado no Brasil possui ar-condicionado bi-zone, por exemplo, ou teto solar, ou mesmo um computador de bordo completo – os dois últimos disponíveis num simples Fox. A Honda cobra mais caro pois executa muito bem o que se espera dela, o que na verdade deveria ser padrão para todas as marcas.
Esta boa execução, no caso do Fit, resulta num carro pequeno de linhas muito agradáveis e conectadas com o que há de mais atual em design. É um carro pequeno, mas com agressividade na medida certa, e esconde maravilhosamente bem sua origem como carro de estudante no Japão. Uma das grandes vantagens de se ter um projeto novo em mãos é a harmonia do conjunto, que não é debilitada por renovações constantes na dianteira e na traseira, como em Palio e Fiesta.
Dentro, a Honda dá show em ergonomia. Todos os comandos estão à mão, fáceis de acessar e com acionamentos óbvios. O uso do volante do Civic foi uma excelente ideia, com um diâmetro pequeno e uma pega esportiva muito agradável. Os bancos acomodam bem o corpo, com um tecido que poderia ser melhor em se considerando o preço do carro. Destaque para os porta-copos na frente das saídas de ar internas, ótimo para manter uma bebida resfriada. A posição de dirigir é muito boa, com pedais centralizados e na distância certa. O volante possui ajuste de altura e de profundidade. Vale lembrar que o painel do Fit substituiu o marcador analógico de temperatura por luzes espia, solução que é tendência, mas não convence. Existe ainda um medidor de consumo instantâneo, sempre à mostra, e as funções de autonomia e consumo médio no limitado computador de bordo. O som é muito simples, destoa do painel e seu único recurso interessante é a leitura de CD com mp3.
Onde o Fit dá show é na arquitetura interna. O carro é extremamente espaçoso; andar num banco de trás de um Fit, em termos de espaço, é equivalente a andar num carro médio. E ainda há a modularidade: de forma muito fácil, o banco traseiro levanta, abaixa, rebate. Não há um volume que não caiba dentro do carrinho, a não ser que seja um contêiner ou coisa do gênero. O porta-malas é de 384 litros, enorme para o segmento e maior inclusive que o do Civic.
Andando, o Fit 1.4 atual deixou para trás a lerdeza característica do modelo anterior. Se antes o Fit 1.4 chegava a ser risível por sua apatia no trânsito, embora o câmbio CVT desse show de eficiência, hoje o Fit já não sofre mais, mesmo equipado com um câmbio automático convencional de cinco marchas. É acelerar que ele reduz e joga o giro lá em cima, para um desempenho bastante convincente. Chega a ser desnecessário comprar o 1.5 pela questão exclusivamente de potência extra. O motor 1.4 é liso, sobe bastante de giro e ainda por cima entrega um consumo excepcional.
Grande parceiro deste motor é o câmbio. Muito se especulou quando o novo Fit deixou o CVT para trás sob a desculpa ridícula da Honda de que o CVT não se adaptaria bem a um motor flex. Mas a verdade é que o cinco marchas do Fit é bastante atual, com trocas precisas, rápidas e decididas, mantendo o giro baixo em tráfego normal e sem medo de explorar a parte alta do conta-giros se for necessário mais potência. As características de potência e torque do motor (101 cv a 6000 rpm e 13 m.kgf a 4800 rpm), que surgem somente em alta rotação, fazem com que seja incômodo dirigir um manual, pela necessidade constante de trocas de marcha, algo que este automático resolve com perfeição. A quinta marcha é bastante longa e traz conforto em viagens.
Uma pena que o conforto do câmbio e do espaço interno seja minado pela suspensão. Poderiam substituir as molas traseiras do Fit por pedaços de rocha que o carro seria mais macio. A fama de “cabrito” do Fit anterior continua, para sofrimento de seus ocupantes. As ondulações são copiadas para a cabine como se ele fosse um carro de corrida. Com certeza esta dureza toda não é necessária, mesmo em se considerando a altura elevada do Fit: Idea e Meriva, projetos mais simples, igualmente altos e com motores potentes, são mais equilibrados em suspensão.
O Fit LXL é um LX que ganha freios a disco atrás e ABS, então as frenagens são ótimas, firmes e seguras. A estabilidade é igualmente excelente, graças ao conjunto extremamente duro da suspensão. Em segurança, todo Fit vem com airbag duplo, iniciativa louvável. Se bem que, com o que o carro custa, seria o mínimo de se esperar, mesmo.
As concessionárias Honda pedem hoje em torno de R$ 55 mil pelo Fit LXL, que supera o LX (sem ABS) por 3 mil reais. É um carro muito caro. As opções que se pode levar para casa pelo mesmo preço são várias, como Sentra, Tiida, Focus, C4, 307, Mégane, todos carros bons e muito válidos. A Honda cobra mais caro pelo acabamento bem encaixado, motor potente e econômico, câmbio automático prazeroso e moderno, um modelo atualizado com o que se faz lá fora. Isso é mais importante do que outros fatores como motores mais potentes, ar-condicionado digital, teto solar, computador de bordo completíssimo, todos recursos encontrados em um ou outro dos carros citados? Se o comprador achar que não, vá de Fit. É uma boa compra.
Qualquer carro da Honda é muito mais caro que seus rivais. O Fit testado, por exemplo, um 1.4 LXL automático, custa 58 mil reais, preço de modelos muito maiores, com motores muito maiores, como Focus GLX, C4 e mesmo o colega japonês Nissan Sentra. O City é mais caro ainda, e suas versões de topo já resvalam no preço de carros bem melhores como Focus Ghia e Corolla GLi.
E por que, tanto no Civic testado quanto neste Fit, a impressão final é de que o carro vale cada centavo? Para quem gosta de carro, os Hondas são um prato cheio: os motores são modernos, giradores e entregam números de potência e torque surpreendentes para sua cilindrada; os câmbios manuais e automáticos estão entre os melhores do país; a posição de dirigir é ótima; o acabamento não tem luxo, mas usa bons materiais e é montado com precisão. Quem não gosta de carro adora a confiabilidade mecânica, a facilidade de dirigir, a maciez dos comandos, o design atualizado.
Quem compra um Honda precisa estar consciente do que está levando para a garagem: um carro excelente em vários aspectos, mas que, em compensação, não tem luxo. Nenhum Honda fabricado no Brasil possui ar-condicionado bi-zone, por exemplo, ou teto solar, ou mesmo um computador de bordo completo – os dois últimos disponíveis num simples Fox. A Honda cobra mais caro pois executa muito bem o que se espera dela, o que na verdade deveria ser padrão para todas as marcas.
Esta boa execução, no caso do Fit, resulta num carro pequeno de linhas muito agradáveis e conectadas com o que há de mais atual em design. É um carro pequeno, mas com agressividade na medida certa, e esconde maravilhosamente bem sua origem como carro de estudante no Japão. Uma das grandes vantagens de se ter um projeto novo em mãos é a harmonia do conjunto, que não é debilitada por renovações constantes na dianteira e na traseira, como em Palio e Fiesta.
Dentro, a Honda dá show em ergonomia. Todos os comandos estão à mão, fáceis de acessar e com acionamentos óbvios. O uso do volante do Civic foi uma excelente ideia, com um diâmetro pequeno e uma pega esportiva muito agradável. Os bancos acomodam bem o corpo, com um tecido que poderia ser melhor em se considerando o preço do carro. Destaque para os porta-copos na frente das saídas de ar internas, ótimo para manter uma bebida resfriada. A posição de dirigir é muito boa, com pedais centralizados e na distância certa. O volante possui ajuste de altura e de profundidade. Vale lembrar que o painel do Fit substituiu o marcador analógico de temperatura por luzes espia, solução que é tendência, mas não convence. Existe ainda um medidor de consumo instantâneo, sempre à mostra, e as funções de autonomia e consumo médio no limitado computador de bordo. O som é muito simples, destoa do painel e seu único recurso interessante é a leitura de CD com mp3.
Onde o Fit dá show é na arquitetura interna. O carro é extremamente espaçoso; andar num banco de trás de um Fit, em termos de espaço, é equivalente a andar num carro médio. E ainda há a modularidade: de forma muito fácil, o banco traseiro levanta, abaixa, rebate. Não há um volume que não caiba dentro do carrinho, a não ser que seja um contêiner ou coisa do gênero. O porta-malas é de 384 litros, enorme para o segmento e maior inclusive que o do Civic.
Andando, o Fit 1.4 atual deixou para trás a lerdeza característica do modelo anterior. Se antes o Fit 1.4 chegava a ser risível por sua apatia no trânsito, embora o câmbio CVT desse show de eficiência, hoje o Fit já não sofre mais, mesmo equipado com um câmbio automático convencional de cinco marchas. É acelerar que ele reduz e joga o giro lá em cima, para um desempenho bastante convincente. Chega a ser desnecessário comprar o 1.5 pela questão exclusivamente de potência extra. O motor 1.4 é liso, sobe bastante de giro e ainda por cima entrega um consumo excepcional.
Grande parceiro deste motor é o câmbio. Muito se especulou quando o novo Fit deixou o CVT para trás sob a desculpa ridícula da Honda de que o CVT não se adaptaria bem a um motor flex. Mas a verdade é que o cinco marchas do Fit é bastante atual, com trocas precisas, rápidas e decididas, mantendo o giro baixo em tráfego normal e sem medo de explorar a parte alta do conta-giros se for necessário mais potência. As características de potência e torque do motor (101 cv a 6000 rpm e 13 m.kgf a 4800 rpm), que surgem somente em alta rotação, fazem com que seja incômodo dirigir um manual, pela necessidade constante de trocas de marcha, algo que este automático resolve com perfeição. A quinta marcha é bastante longa e traz conforto em viagens.
Uma pena que o conforto do câmbio e do espaço interno seja minado pela suspensão. Poderiam substituir as molas traseiras do Fit por pedaços de rocha que o carro seria mais macio. A fama de “cabrito” do Fit anterior continua, para sofrimento de seus ocupantes. As ondulações são copiadas para a cabine como se ele fosse um carro de corrida. Com certeza esta dureza toda não é necessária, mesmo em se considerando a altura elevada do Fit: Idea e Meriva, projetos mais simples, igualmente altos e com motores potentes, são mais equilibrados em suspensão.
O Fit LXL é um LX que ganha freios a disco atrás e ABS, então as frenagens são ótimas, firmes e seguras. A estabilidade é igualmente excelente, graças ao conjunto extremamente duro da suspensão. Em segurança, todo Fit vem com airbag duplo, iniciativa louvável. Se bem que, com o que o carro custa, seria o mínimo de se esperar, mesmo.
As concessionárias Honda pedem hoje em torno de R$ 55 mil pelo Fit LXL, que supera o LX (sem ABS) por 3 mil reais. É um carro muito caro. As opções que se pode levar para casa pelo mesmo preço são várias, como Sentra, Tiida, Focus, C4, 307, Mégane, todos carros bons e muito válidos. A Honda cobra mais caro pelo acabamento bem encaixado, motor potente e econômico, câmbio automático prazeroso e moderno, um modelo atualizado com o que se faz lá fora. Isso é mais importante do que outros fatores como motores mais potentes, ar-condicionado digital, teto solar, computador de bordo completíssimo, todos recursos encontrados em um ou outro dos carros citados? Se o comprador achar que não, vá de Fit. É uma boa compra.
Estilo 9 - O Fit é um carro de formas complicadas, curto e muito alto. A primeira geração ainda tinha algo de estranheza, já esta faz do limão uma limonada e consegue um excelente resultado.
Imagem - Não é mais tão feminino quanto o anterior, mas ainda é carro de mulher. E de mãe. E de vó. Acho que nem um Fit com blower para fora do capô e rodas aro 26” conseguiria ter um ar masculino.
Acabamento 8 - Plásticos simples, tecidos ásperos. E tudo muito bem encaixado, sem folgas ou rebarbas. Pelo preço, poderia ser mais refinado. Acaba ganhando pontos pela má execução da concorrência.
Posição de dirigir 9 - Perfeita, com pedais e volante alinhados, ajuste de altura e profundidade do volante e de altura do banco. É somente um pouco alta demais para quem curte uma pegada mais esportiva, o que de qualquer modo não é o perfil do comprador deste carro.
Instrumentos 6 - Não gosto da solução de substituir o marcador de temperatura por luzes espia. De resto, é de fácil leitura e está constantemente iluminado em vermelho. O computador de bordo deveria oferecer mais funções.
Itens de conveniência 2 – O que o Fit oferece é o mínimo que se espera na faixa de preço, com o único diferencial da direção elétrica. Os vidros não são um-toque, o ar é manual, o computador de bordo é minimalista, o som é vagabundo. Não é um carro de mimos.
Espaço Interno 10 - Muito maior do que se espera pelo tamanho do carro, especialmente em altura e espaço para as pernas – é um tanto limitado em largura. Fora a incrível modularidade dos bancos.
Porta-malas 10 - Com 384 litros, é maior que o da maioria dos hatches, num formato bastante prático. O acabamento também é bom.
Motor 9 - É uma unidade moderníssima, como atestam os bons números de potência e torque em relação à cilindrada. Sobe fácil de giros, é suave e econômica. O único senão vai para as altas rotações nas quais realmente se desenvolve.
Desempenho 6 – O Fit deixou de ser o patinho feio das acelerações para se comportar até com certo atrevimento no trânsito. No entanto, não espere nada exuberante, que nunca foi mesmo a proposta.
Câmbio 8 – Cinco marchas, trocas suaves e decididas, relações corretas, quinta longa para suavidade na estrada. Peca por não oferecer a opção de trocas manuais.
Freios 10 – Pneus muito maiores do que seriam necessários, freios a disco nas quatro rodas, com ABS. O Fit não freia, ele ancora.
Suspensão 2 – Suspensões comuns, com McPherson á frente e eixo de torção atrás, e uma calibração duríssima, que copia as irregulares do asfalto com perfeição. Pode se tornar um tormento.
Estabilidade 8 – É excelente se você considerar a altura do carro, mas ainda assim não fazem do Fit um esportivo, mas sim um carro que encara curvas com bastante competência.
Segurança passiva 10 – Air bags frontais de série em todas as versões, grandes aplausos para a Honda. O Fit, mesmo os mais completos, ainda não chega na faixa de preço na qual já se torna obrigatório oferecer bolsas laterais.
Custo-benefício 3 – O Fit poderia custar uns 10 mil reais a menos que aí sim estaria inserido corretamente na sua classe em termos de equipamentos. É um carro caríssimo e, em que pesem suas várias qualidades, ainda é um compacto com motor 1.4. No entanto, dada a unicidade de sua proposta em termos de excelente excecução e confiabilidade, dá pra entender muito bem quem compra um.
Imagem - Não é mais tão feminino quanto o anterior, mas ainda é carro de mulher. E de mãe. E de vó. Acho que nem um Fit com blower para fora do capô e rodas aro 26” conseguiria ter um ar masculino.
Acabamento 8 - Plásticos simples, tecidos ásperos. E tudo muito bem encaixado, sem folgas ou rebarbas. Pelo preço, poderia ser mais refinado. Acaba ganhando pontos pela má execução da concorrência.
Posição de dirigir 9 - Perfeita, com pedais e volante alinhados, ajuste de altura e profundidade do volante e de altura do banco. É somente um pouco alta demais para quem curte uma pegada mais esportiva, o que de qualquer modo não é o perfil do comprador deste carro.
Instrumentos 6 - Não gosto da solução de substituir o marcador de temperatura por luzes espia. De resto, é de fácil leitura e está constantemente iluminado em vermelho. O computador de bordo deveria oferecer mais funções.
Itens de conveniência 2 – O que o Fit oferece é o mínimo que se espera na faixa de preço, com o único diferencial da direção elétrica. Os vidros não são um-toque, o ar é manual, o computador de bordo é minimalista, o som é vagabundo. Não é um carro de mimos.
Espaço Interno 10 - Muito maior do que se espera pelo tamanho do carro, especialmente em altura e espaço para as pernas – é um tanto limitado em largura. Fora a incrível modularidade dos bancos.
Porta-malas 10 - Com 384 litros, é maior que o da maioria dos hatches, num formato bastante prático. O acabamento também é bom.
Motor 9 - É uma unidade moderníssima, como atestam os bons números de potência e torque em relação à cilindrada. Sobe fácil de giros, é suave e econômica. O único senão vai para as altas rotações nas quais realmente se desenvolve.
Desempenho 6 – O Fit deixou de ser o patinho feio das acelerações para se comportar até com certo atrevimento no trânsito. No entanto, não espere nada exuberante, que nunca foi mesmo a proposta.
Câmbio 8 – Cinco marchas, trocas suaves e decididas, relações corretas, quinta longa para suavidade na estrada. Peca por não oferecer a opção de trocas manuais.
Freios 10 – Pneus muito maiores do que seriam necessários, freios a disco nas quatro rodas, com ABS. O Fit não freia, ele ancora.
Suspensão 2 – Suspensões comuns, com McPherson á frente e eixo de torção atrás, e uma calibração duríssima, que copia as irregulares do asfalto com perfeição. Pode se tornar um tormento.
Estabilidade 8 – É excelente se você considerar a altura do carro, mas ainda assim não fazem do Fit um esportivo, mas sim um carro que encara curvas com bastante competência.
Segurança passiva 10 – Air bags frontais de série em todas as versões, grandes aplausos para a Honda. O Fit, mesmo os mais completos, ainda não chega na faixa de preço na qual já se torna obrigatório oferecer bolsas laterais.
Custo-benefício 3 – O Fit poderia custar uns 10 mil reais a menos que aí sim estaria inserido corretamente na sua classe em termos de equipamentos. É um carro caríssimo e, em que pesem suas várias qualidades, ainda é um compacto com motor 1.4. No entanto, dada a unicidade de sua proposta em termos de excelente excecução e confiabilidade, dá pra entender muito bem quem compra um.
Comentários
Sei que tecnicamente o Fit pode ser considerado um hatch. Mas na minha humilde opinião, ele concorre com os monovolumes pequenos.
Peruas e monovolumes pequenos começam acima de R$ 40.000 com Palio Weekend e Idea, passam pela Livina e Meriva e chegam no Fit e seus R$ 55.000 iniciais. Incluo ainda nessa lista o novo $$$$paceFox.
É uma faixa de preço justa se comparada com a dos outros carros brasileiros?
Eu acho que não.
Acredito que a principal causa para o alto preço [relativo] destes carros é a baixa quantidade de opções que dispomos nestas categorias.
Você tem sua dose de razão. Por 58 mil, o mínimo que se espera é air-bag duplo. Mas nenhum outro carro oferece air bags laterais nesta faixa de preço, que só começam a aparecer acima dos 70 mil.
O que, claro, não significa que não devemos exigir mais equipamentos e menos preço em nossos carros.
Artur
Prius no Brasil? Duvido. As baterias demandam uma logística e uma cultura que o brasileiro não tem. Apostaria num compacto, como as projeções da 4R têm mostrado. A questão é que os compactos da Toyota à venda na Europa não são nada demais - são piores quen o Focus, por exemplo. Então não sei se eles mexeriam o ponteiro a favor da empresa. E sobre o comparativo, o Azera engole o Corolla, qualquer versão.
Paulo, comparar com os EUA é covardia, lá com dinheiro de Fit aqui você compra uma BMW série 3. Infelizmente, pro Brasil, colocar air bag duplo de série em toda a linha é notável. Mas seu ponto é completamente válido.
O Fit é um otimo carro, e realmente o seu preço não condiz com a proposta do carro para o mercado brasileiro, por outro lado tudo tem um preço e há de se entender que o preço de compra elevado é resultado de uma engenharia perfeita que deu origem a um carro funcional, eficiente e racional!