Parece bom

Expectativas bem altas para a chegada do Renault Fluence em fevereiro. Passei um bom tempo dentro de um no Salão do Automóvel e, a julgar pelas impressões iniciais e pelos testes da imprensa especializada, “Renault hás a winner with this one”, como se diria lá fora.

O Fluence foi líder na sua categoria em economia, de acordo com a análise do Inmetro válida para 2011. O motor 2.0 16v é o mesmo utilizado no Sentra com bons resultados. Se não entrega os 151 cv dos rivais franceses da PSA, também não engole combustível na mesma velocidade. O torque está bem posicionado na faixa de rotações e a unidade é bastante suave.

O porte do carro é significativo, o que representa bons ganhos em espaço interno. O acabamento é muito bom e, se não é do mesmo nível dos japoneses da Honda e Toyota, se garante diante dos mais humildes Focus, C4 e Vectra. Mesmo o desenho é interessante; não apaixona à primeira vista, mas é um daqueles desenhos duráveis que em dez anos ainda serão atuais.


Mas o destaque vai mesmo para o câmbio CVT. Eliminando quase completamente as perdas do conversor de torque, as polias continuamente variáveis trazem muita suavidade ao carro, permitindo boas acelerações e também muito silêncio ao rodar com menos de 3 mil giros a 120 km/h. Sem dúvida muito da economia de combustível do Fluence deve-se à modernidade da caixa.

Resta saber se a política de preços vai funcionar. A Fiat lançou o Linea com a mesma expectativa, de um sedã capaz de competir com os japoneses. Quebrou a cara. O carro começou sendo vendido a R$ 65 mil e hoje já existe uma versão com calotas a R$ 53 mil. O Fluence é um milhão de anos-luz melhor que o Línea; e a Renault acredita que pode começar os preços a R$ 65 mil e pedir R$ 72 mil pela versão mais completa (valores aproximados). Sei não se isso pega. Por melhor que seja, o Fluence topo de linha vai brigar com gente grande, como Focus Titanium e Corolla XEi. Será?

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