Italian Stallion

Quem vai levar este ano o troféu de líder em vendas é a Fiat. Dois feitos históricos couberam à novata: desancar a VW, há alguns anos, e desancar o Gol, nos últimos dois meses. Depois de 19 anos, é muito significativo.

Embora a liderança de vendas seja muito interessante, é preciso analisar a lucratividade que isso traz à Fiat. Sabe-se que as operações da subsidiária brasileira dão lucro há anos (ao contrário da matriz), mas quanto? A Fiat é muito forte em carros com pouca margem de lucro – o Palio, pouco a pouco, se tornou o melhor compacto nacional, coisa que a Palio Weekend fez assim que foi lançada (derrubou a Parati em vendas e só foi perder terreno para a SpaceFox e o EcoSport) e o Siena faz com altos e baixos.

É simples dizer o que estabeleceu a Fiat nesse patamar de excelência. Uma plataforma básica excelente, robusta e moderna. Um desenho externo sempre moderno e atualizado; um acabamento interno coerente com a categoria e com o preço. Opcionais muito atrativos, muitas vezes equipamentos de série. Foi a qualidade do produto, e não o marketing, que colocou o Palio como uma alternativa real ao Gol e ao Corsa.

Voltando ao lucro, a Fiat extrai o que pode das linhas Dobló, Stilo (esse sem dúvida com uma política de preços irracional) e Adventure, uma grande sacada mercadológica. É uma pena que um começo tão promissor como o do Tempra e do Tipo, tenha resultado nos carros fracos de hoje. O que a Croma provou, no salão, é que a Fiat sabe fazer carros de segmento superior. Vamos ver se o público aprova após esta estratégia de carros pequenos – todos sabemos o que aconteceu com o VW Phaeton...

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