Pela primeira vez na televisão...
Muitos lançamentos aparecendo na imprensa brasileira recentemente.
Peugeot Hoggar
Picapes, mesmo as pequenas, têm como uma de suas características principais a robustez. São aptas a levar carga, sacos de cimento, conduzidas por gente, digamos, pouco cuidadosa. Há um perfil urbano, sim, mas que se beneficia dessa robustez, seja para ocasionalmente levar uma moto, uma bike ou uma geladeira na caçamba.
Os Peugeot são provavelmente os automóveis menos robustos do mercado. Lembram o apelido do Leite Glória nos anos 60: “desmancha sem bater”. Então não consigo imaginar algo com menos propósito do que uma picape Peugeot. Um esportivo da Lada? Um Tata luxuoso? O dinheiro investido na Hoggar deveria ter sido revertido para a produção local do 207 francês.
Chevrolet Sail
O Classic já estava virando o Lada Laika nacional, o sedã barato que tinha como principais características o preço e... o preço (embora, não conte para ninguém, o Classic seja bem melhor que o Prisma).
Ficou até que bonitinha essa reestilização. Um trabalho difícil, dada a forte identidade do Corsa de 94, um compacto que marco época no Brasil e no mundo. Ficou melhor, pelo menos, do que o 206,5, só para ficar no exemplo de outro compacto altamente estiloso, o 206, que deu trabalho em sua remodelação.
Mas não dá pra ignorar o fato de que o Sail já saiu de linha na China, cujos exigentes consumidores demandam carro melhor. E no Brasil será tratado como lançamento. A montadora responsável e preocupada com sua imagem faria o seguinte: descontinuaria o Classic e o Prisma. Reposicionaria o Corsa Sedan, um bom carro, para o segmento de entrada – no qual competiria de igual para igual com o Voyage – e lançaria um novo sedã compacto premium. A GM, que não está nem aí, sacrifica o melhor dos três sedãzinhos para continuar enxovando nossa goela abaixo essas atrocidades.
Novo Uno
Esse tem aparecido em tudo quanto é lugar. É hoje um dos carros mais honestos à venda no Brasil, pois assume sua posição de defasado em antigo ao ser o mais barato do País. Será que essa altíssima competitividade de preços será mantida ou a Fiat vai dar uma de Toyota e lançar o carro a um preço totalmente irreal?
Do que vazou até agora na imprensa, gostei. Há que se elogiar a modernidade, e o Uno vem com um design diferente, entradas de ar só de um lado e um interior com resquícios do Cinquecento, o que me pareceu um retrocesso no caso do cluster de mostradores. Mais feio que o atual realmente não tinha como, mas agora o Uno segue o padrão “todo mundo junto” que o Fox inaugurou em seu lançamento. O resultado é que não dá pra ver nada. A ver como ficará no Fiat.
São dois motores novos, um bom 1.0 com 71,5 cv e 9,4 m.kgf de torque no álcool, e um mediano 1.4 com 86 cv e 12,5 m.kgf de torque. Dava pra extrair mais. Serão três versões, a peladona ou Vivace só com o 1.0, a completinha ou Attractive só com o 1.4, e a aventureira Way com ambos os motores. O que Vivace tem a ver com Attractive fica para a posteridade responder.
E consta na lista de opcionais o que deve ser o primeiro parabrisa dianteiro desembaçante do Brasil, não disponível evidentemente nas versões com ar-condicionado. Agora me diz: quão significativa é a parcela de compradores que abdica do ar-condicionado, um opcional de 3 mil reais, para este equipamento ser desenvolvido? Não sabia que tanta gente não podia pagar esse valor ao comprar um bem que já custa no mínimo 22 mil.
A Volks fez um belo trabalho com o Gol G5 – em que pese o recall do óleo –, que é a referência na categoria hoje. Mas é caro. A Fiat tem tudo para fazer a referência do segmento até 30 mil e, de verdade, melhorar enormemente a qualidade do transporte automotivo de muita, mas muita gente por aí. Dizem que o velho Uno continuará na ativa, que seja por pouco tempo. Os brasileiros precisam de um carro acessível com qualidades, e não mais um projeto vindo das pranchetas da turma da depenação *cof, Agile, cof*.
Peugeot Hoggar
Picapes, mesmo as pequenas, têm como uma de suas características principais a robustez. São aptas a levar carga, sacos de cimento, conduzidas por gente, digamos, pouco cuidadosa. Há um perfil urbano, sim, mas que se beneficia dessa robustez, seja para ocasionalmente levar uma moto, uma bike ou uma geladeira na caçamba.
Os Peugeot são provavelmente os automóveis menos robustos do mercado. Lembram o apelido do Leite Glória nos anos 60: “desmancha sem bater”. Então não consigo imaginar algo com menos propósito do que uma picape Peugeot. Um esportivo da Lada? Um Tata luxuoso? O dinheiro investido na Hoggar deveria ter sido revertido para a produção local do 207 francês.
Chevrolet Sail
O Classic já estava virando o Lada Laika nacional, o sedã barato que tinha como principais características o preço e... o preço (embora, não conte para ninguém, o Classic seja bem melhor que o Prisma).
Ficou até que bonitinha essa reestilização. Um trabalho difícil, dada a forte identidade do Corsa de 94, um compacto que marco época no Brasil e no mundo. Ficou melhor, pelo menos, do que o 206,5, só para ficar no exemplo de outro compacto altamente estiloso, o 206, que deu trabalho em sua remodelação.
Mas não dá pra ignorar o fato de que o Sail já saiu de linha na China, cujos exigentes consumidores demandam carro melhor. E no Brasil será tratado como lançamento. A montadora responsável e preocupada com sua imagem faria o seguinte: descontinuaria o Classic e o Prisma. Reposicionaria o Corsa Sedan, um bom carro, para o segmento de entrada – no qual competiria de igual para igual com o Voyage – e lançaria um novo sedã compacto premium. A GM, que não está nem aí, sacrifica o melhor dos três sedãzinhos para continuar enxovando nossa goela abaixo essas atrocidades.
Novo Uno
Esse tem aparecido em tudo quanto é lugar. É hoje um dos carros mais honestos à venda no Brasil, pois assume sua posição de defasado em antigo ao ser o mais barato do País. Será que essa altíssima competitividade de preços será mantida ou a Fiat vai dar uma de Toyota e lançar o carro a um preço totalmente irreal?
Do que vazou até agora na imprensa, gostei. Há que se elogiar a modernidade, e o Uno vem com um design diferente, entradas de ar só de um lado e um interior com resquícios do Cinquecento, o que me pareceu um retrocesso no caso do cluster de mostradores. Mais feio que o atual realmente não tinha como, mas agora o Uno segue o padrão “todo mundo junto” que o Fox inaugurou em seu lançamento. O resultado é que não dá pra ver nada. A ver como ficará no Fiat.
São dois motores novos, um bom 1.0 com 71,5 cv e 9,4 m.kgf de torque no álcool, e um mediano 1.4 com 86 cv e 12,5 m.kgf de torque. Dava pra extrair mais. Serão três versões, a peladona ou Vivace só com o 1.0, a completinha ou Attractive só com o 1.4, e a aventureira Way com ambos os motores. O que Vivace tem a ver com Attractive fica para a posteridade responder.
E consta na lista de opcionais o que deve ser o primeiro parabrisa dianteiro desembaçante do Brasil, não disponível evidentemente nas versões com ar-condicionado. Agora me diz: quão significativa é a parcela de compradores que abdica do ar-condicionado, um opcional de 3 mil reais, para este equipamento ser desenvolvido? Não sabia que tanta gente não podia pagar esse valor ao comprar um bem que já custa no mínimo 22 mil.
A Volks fez um belo trabalho com o Gol G5 – em que pese o recall do óleo –, que é a referência na categoria hoje. Mas é caro. A Fiat tem tudo para fazer a referência do segmento até 30 mil e, de verdade, melhorar enormemente a qualidade do transporte automotivo de muita, mas muita gente por aí. Dizem que o velho Uno continuará na ativa, que seja por pouco tempo. Os brasileiros precisam de um carro acessível com qualidades, e não mais um projeto vindo das pranchetas da turma da depenação *cof, Agile, cof*.
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