Palião
O face-lift é uma faca de dois legumes, como diria Vicente Matheus. Mexer apenas na frente e na traseira de um automóvel com o intuito de dar-lhe ares mais modernos pode tanto se configurar num grande acerto quanto num erro fenomenal. Nesta última categoria, na minha opinião, enquadram-se S10, Blazer, Astra e Gol 2003. Em outras, o resultado da pequena mudança é tão positivo que você pode achar que se trata de um outro carro, ainda mais se o painel também passar por uma reformulação. Foi assim com Gol GIII, Ka, Clio e Palio.
Este último aliás, já era fruto de um dos desenhos mais felizes dos últimos tempos em matéria de automóveis. Com exceção do primeiro Siena, a família era muito bonita, com uma frente pra lá de agressiva. O face-lift de 2001 casou muito bem com as laterais mantidas e deu um banho de loja no Siena, que viu suas vendas decolarem.
Parecia impossível mexer de novo tão acertadamente em seu líder de vendas. O segundo face-lift é complicado, as laterais ficam muito velhas – as do Palio são de 96. E não é que o danado do Giugiaro conseguiu?
A cena podia virar uma propaganda. Enquanto secava meu carro, o frentista do posto que freqüento conversava comigo sobre um Jaguar XJ6 parado ao lado, enquanto o dono falava ao celular. Foi quando chegou um Palio, com as placas de concessionária, para abastecer. Pôs 10 reais de gasolina e foi embora. Eu e o frentista paramos de falar do Jaguar e ficamos admirando as belas formas do carrinho.
A impressão é que a Fiat quer matar o Fox na fonte. Não vai dar espaço nem pro carrinho respirar. O Palio já é um sucesso de vendas, tem preço competitivo e uma gama de motores e versões muito atraente (em que pese o pouco fôlego do motor 1.3). Do jeito que ficou bonito e agressivo, ao contrário do visual totalmente sem graça do Volks, deve arrebatar muitos corações.
Por dentro, a Fiat revolucionou o conceito dos compactos ao adotar um painel moderno e estiloso, além de conceder ao carrinho opcionais de gente grande, como computador de bordo, airbag lateral e sensor de chuva. Meu medo é preço. O Palio Fire a 15 mil reais cansou de tirar compradores de Gol, Ka e Celta. Se o upgrade concedido ao compacto refletir diretamente nos preços, a situação se complica, já que a única montadora que cobra absurdos pelos seus veículos e vende bem é a Volks. O negócio da Fiat é preço, que a diretoria não se esqueça disso.
O face-lift é uma faca de dois legumes, como diria Vicente Matheus. Mexer apenas na frente e na traseira de um automóvel com o intuito de dar-lhe ares mais modernos pode tanto se configurar num grande acerto quanto num erro fenomenal. Nesta última categoria, na minha opinião, enquadram-se S10, Blazer, Astra e Gol 2003. Em outras, o resultado da pequena mudança é tão positivo que você pode achar que se trata de um outro carro, ainda mais se o painel também passar por uma reformulação. Foi assim com Gol GIII, Ka, Clio e Palio.
Este último aliás, já era fruto de um dos desenhos mais felizes dos últimos tempos em matéria de automóveis. Com exceção do primeiro Siena, a família era muito bonita, com uma frente pra lá de agressiva. O face-lift de 2001 casou muito bem com as laterais mantidas e deu um banho de loja no Siena, que viu suas vendas decolarem.
Parecia impossível mexer de novo tão acertadamente em seu líder de vendas. O segundo face-lift é complicado, as laterais ficam muito velhas – as do Palio são de 96. E não é que o danado do Giugiaro conseguiu?
A cena podia virar uma propaganda. Enquanto secava meu carro, o frentista do posto que freqüento conversava comigo sobre um Jaguar XJ6 parado ao lado, enquanto o dono falava ao celular. Foi quando chegou um Palio, com as placas de concessionária, para abastecer. Pôs 10 reais de gasolina e foi embora. Eu e o frentista paramos de falar do Jaguar e ficamos admirando as belas formas do carrinho.
A impressão é que a Fiat quer matar o Fox na fonte. Não vai dar espaço nem pro carrinho respirar. O Palio já é um sucesso de vendas, tem preço competitivo e uma gama de motores e versões muito atraente (em que pese o pouco fôlego do motor 1.3). Do jeito que ficou bonito e agressivo, ao contrário do visual totalmente sem graça do Volks, deve arrebatar muitos corações.
Por dentro, a Fiat revolucionou o conceito dos compactos ao adotar um painel moderno e estiloso, além de conceder ao carrinho opcionais de gente grande, como computador de bordo, airbag lateral e sensor de chuva. Meu medo é preço. O Palio Fire a 15 mil reais cansou de tirar compradores de Gol, Ka e Celta. Se o upgrade concedido ao compacto refletir diretamente nos preços, a situação se complica, já que a única montadora que cobra absurdos pelos seus veículos e vende bem é a Volks. O negócio da Fiat é preço, que a diretoria não se esqueça disso.
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