Grip
Coloque a sua mão na mesa, com a palma para baixo. Abra os dedos ligeiramente, como se fosse indicar o número “cinco” (quatro se o leitor for o senhor, presidente). É mais ou menos essa área que cada pneu do seu carro tem de contato com o solo (se o seu carro for popular com os pneus originais, considere as medidas da mão da sua namorada). Multiplique isso por quatro, e você verá quão ínfimo é o contato do seu carro com o solo para acelerar, frear e tomar curvas.

À exceção da Fiat, as montadoras nacionais, até o ‘boom’ dos carros populares, em 94, usavam pneus de medidas razoáveis mesmo em seus automóveis mais simples, como Gol quadrado, Chevette e o Escort, equipados com medidas nunca inferiores a 165, ainda que com aros pequenos: 13 era o mais comum.

A primeira “fornada” de populares, em 93, rendeu ao Brasil os carros mais baratos do mundo ocidental: Uno Mille, Escort Hobby, Gol 1000 e Chevette Júnior. Na época custavam um preço semelhante ao do Lada Laika, carro fabricado a troco de nada na União Soviética. Lembro que sofreram muito para se adequarem ao preço: perderam retrovisores direitos, ar quente, revestimento nos banos e... medidas nos pneus.

O Gol passou a fazer companhia ao Uno na medida 145, pneu de bicicleta. O Corsa, o Ka e o Fiesta, da nova geração de carros 1.0, também. É perigoso. Mesmo projetos de excelente estabilidade, como Ka, Fiesta antigo e Palio, sofrem nas mãos dessas rodinhas. Não atrapalham a condução na cidade, mas podem causar insegurança em manobras mais rápidas ou sob força de ventos laterais em estradas.

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