Pneus 2
Esse post deveria ter saído logo após o primeiro sobre pneus, mas por alguma razão eu achei que tinha perdido o documento. Achei-o hoje (e aparentemente perdi o que iria postar).
Algo muito importante na hora de escolher o pneu do seu carro é a marca. Basicamente, no Brasil existem três classes disponíveis: os pneus atraentes pelo custo, normalmente de medidas menores e utilizadas em carros antigos (185/70 R14, por exemplo. Lembrando que 185 é a medida da largura do pneu, 70 é a porcentagem equivalente à sua altura e 14 é o diâmetro da roda). Entre essas marcas encontram-se os pneus do Carrefour e os CEAT, por exemplo, neste caso com aval da Pirelli. Na faixa imediatamente superior, que é a encontrada nos carros novos, estão pneus com boa relação entre custo e performance, das marcas mais conhecidas: Firestone, Bridgestone, Pirelli, Goodyear, Continental e Michelin. Acima, temos pneus raramente vistos, normalmente de medidas esportivas (225/55 R17) e de desempenho elevado; se encaixam aqui os Yokohama e alguns BF Goodrich. Vou falar da faixa intermediária, a mais comum e que apresenta mais opções.
Há algum tempo a revista Quatro Rodas fez um teste muito interessante com pneus das marcas mais conhecidas em duas faixas de preço. Na mais barata, só deu Firestone, enquanto na mais cara, Michelin e Pirelli dividiram os louros. Vamos marca por marca:
Firestone: Costuma atuar numa faixa de preço ligeiramente inferior ao dos concorrentes (e não, você não ganha desconto ao comprar um carro zero com pneus Firestone). Sua imagem ficou bastante abalada com o gigantesco recall de pneus de SUVs feito nos EUA, após dezenas de mortes devido a estouros repentinos. Justamente para melhorar essa imagem, a empresa coloca hoje no mercado pneus muito bons, mas – chame isso de insegurança pessoal – eu não os colocaria em uma Blazer. Já em carros de passeio, vão muito bem. Noto apenas um ruído um tanto elevado ao rodar, notado especialmente em medidas maiores (195/65 R15). A Bridgestone é da mesma controladora, com as mesmas vantagens e defeitos, à exceção de possuir um histórico bem melhor no que se refere a SUVs.
Pirelli: Já foi sinônimo de excelentes pneus no final da década de 80, com as linhas P44 e P600. Hoje continua bem cotada no mercado, embora com reclamações a respeito do ruído de rodagem e também da performance sob chuva; no asfalto seco, são irrepreensíveis. Um senão estritamente pessoal fica para o desenho das bandas de rodagem, que para mim é o mais feio e anti-estético de todos.
Goodyear: Aqui as opiniões se dividem. Alguns tiveram experiências ótimas com a marca, se fidelizaram e hoje não trocam os norte-americanos por nenhum outro. No meu caso, a experiência foi a pior possível. Ao que parece, por algumas informações coletadas de usuários, a família NCT5 pode ser confiada sem sustos. A GPS2, fuja enquanto é tempo. Os pneus desse tipo são frágeis, fazem bolhas à toa, rasgam, gastam a banda de rodagem irregularmente, mesmo com a calibragem correta, são instáveis no molhado e "dobram" ao fazer curvas mais fortes no seco. Hoje, eu evito.
Continental: Os alemães desembarcaram aqui junto com os primeiros importados do País. Era comum vê-los nos Golf e Astra europeus que inundaram as ruas brasileiras em 95. Na época, ainda eram muito moles e desgastavam-se rapidamente frente à aventura que é rodar pelas ruas esburacadas de São Paulo. Hoje são produzidos na Argentina e atendem às especificações brasileiras, respondendo com rigidez às agressões do asfalto e apresentando um comportamento soberbo no seco e no molhado, aliados a um baixo nível de rodagem. O que pode pesar contra é a dificuldade de encontrá-los no mercado e uma certa insegurança em relação a pneus estrangeiros: normalmente muito moles, ideais para condições asfálticas melhores, como as européias ou mesmo as argentinas.
Michelin: Custam em média 10 a 15% a mais do que os outros. E valem cada centavo. Macios, resistentes, silenciosos, não se incomodam se estão no asfalto molhado ou seco, ou na terra, ou na lama. Não tem tempo ruim. Foram os campeões de resistência no teste da Quatro Rodas (a roda amassou antes que os pneus mostrassem bolhas) e esse tipo de segurança em São Paulo, onde uma Kombi velha pode derrubar um engradado de galinhas na sua frente, é fundamental. É fácil de ser encontrado. Se puder, invista.
Esse post deveria ter saído logo após o primeiro sobre pneus, mas por alguma razão eu achei que tinha perdido o documento. Achei-o hoje (e aparentemente perdi o que iria postar).
Algo muito importante na hora de escolher o pneu do seu carro é a marca. Basicamente, no Brasil existem três classes disponíveis: os pneus atraentes pelo custo, normalmente de medidas menores e utilizadas em carros antigos (185/70 R14, por exemplo. Lembrando que 185 é a medida da largura do pneu, 70 é a porcentagem equivalente à sua altura e 14 é o diâmetro da roda). Entre essas marcas encontram-se os pneus do Carrefour e os CEAT, por exemplo, neste caso com aval da Pirelli. Na faixa imediatamente superior, que é a encontrada nos carros novos, estão pneus com boa relação entre custo e performance, das marcas mais conhecidas: Firestone, Bridgestone, Pirelli, Goodyear, Continental e Michelin. Acima, temos pneus raramente vistos, normalmente de medidas esportivas (225/55 R17) e de desempenho elevado; se encaixam aqui os Yokohama e alguns BF Goodrich. Vou falar da faixa intermediária, a mais comum e que apresenta mais opções.
Há algum tempo a revista Quatro Rodas fez um teste muito interessante com pneus das marcas mais conhecidas em duas faixas de preço. Na mais barata, só deu Firestone, enquanto na mais cara, Michelin e Pirelli dividiram os louros. Vamos marca por marca:
Firestone: Costuma atuar numa faixa de preço ligeiramente inferior ao dos concorrentes (e não, você não ganha desconto ao comprar um carro zero com pneus Firestone). Sua imagem ficou bastante abalada com o gigantesco recall de pneus de SUVs feito nos EUA, após dezenas de mortes devido a estouros repentinos. Justamente para melhorar essa imagem, a empresa coloca hoje no mercado pneus muito bons, mas – chame isso de insegurança pessoal – eu não os colocaria em uma Blazer. Já em carros de passeio, vão muito bem. Noto apenas um ruído um tanto elevado ao rodar, notado especialmente em medidas maiores (195/65 R15). A Bridgestone é da mesma controladora, com as mesmas vantagens e defeitos, à exceção de possuir um histórico bem melhor no que se refere a SUVs.
Pirelli: Já foi sinônimo de excelentes pneus no final da década de 80, com as linhas P44 e P600. Hoje continua bem cotada no mercado, embora com reclamações a respeito do ruído de rodagem e também da performance sob chuva; no asfalto seco, são irrepreensíveis. Um senão estritamente pessoal fica para o desenho das bandas de rodagem, que para mim é o mais feio e anti-estético de todos.
Goodyear: Aqui as opiniões se dividem. Alguns tiveram experiências ótimas com a marca, se fidelizaram e hoje não trocam os norte-americanos por nenhum outro. No meu caso, a experiência foi a pior possível. Ao que parece, por algumas informações coletadas de usuários, a família NCT5 pode ser confiada sem sustos. A GPS2, fuja enquanto é tempo. Os pneus desse tipo são frágeis, fazem bolhas à toa, rasgam, gastam a banda de rodagem irregularmente, mesmo com a calibragem correta, são instáveis no molhado e "dobram" ao fazer curvas mais fortes no seco. Hoje, eu evito.
Continental: Os alemães desembarcaram aqui junto com os primeiros importados do País. Era comum vê-los nos Golf e Astra europeus que inundaram as ruas brasileiras em 95. Na época, ainda eram muito moles e desgastavam-se rapidamente frente à aventura que é rodar pelas ruas esburacadas de São Paulo. Hoje são produzidos na Argentina e atendem às especificações brasileiras, respondendo com rigidez às agressões do asfalto e apresentando um comportamento soberbo no seco e no molhado, aliados a um baixo nível de rodagem. O que pode pesar contra é a dificuldade de encontrá-los no mercado e uma certa insegurança em relação a pneus estrangeiros: normalmente muito moles, ideais para condições asfálticas melhores, como as européias ou mesmo as argentinas.
Michelin: Custam em média 10 a 15% a mais do que os outros. E valem cada centavo. Macios, resistentes, silenciosos, não se incomodam se estão no asfalto molhado ou seco, ou na terra, ou na lama. Não tem tempo ruim. Foram os campeões de resistência no teste da Quatro Rodas (a roda amassou antes que os pneus mostrassem bolhas) e esse tipo de segurança em São Paulo, onde uma Kombi velha pode derrubar um engradado de galinhas na sua frente, é fundamental. É fácil de ser encontrado. Se puder, invista.
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