Ford mania
Nos tempos áureos da Autolatina, eu lembro de ter lido uma matéria sobre o Versailles Ghia, e o texto começava com: “Se você é Ford Futebol Clube e estava decepcionado com a falta de modelos de luxo desde o Landau...” E depois fazia uma série de elogios que o Versailles não merecia.
Eu não sou, nem nunca fui “Ford FC”. Comecei a gostar de carros justamente na época da Autolatina, quando, a grosso modo, os Ford se tornaram uns VW mal feitos – donde se explica os parcos 7% de mercado que a montadora norte-americana chegou em 1995.
Mas eles decidiram ganhar terreno e, para isso, acabaram montando uma gama de veículos bem completa e interessante, mas que falha num ponto vital: os carros abaixo de R$ 20 mil. O novo Fiesta é um ótimo carro e vende bem, o EcoSport tem 70 dias de espera nas concessionárias, o Focus está bem situado na corrida dos médios, a Ranger é uma picape muito melhor do que a S10. O problema é que Fiesta Street (sedan inclusive) e Ka não têm a mesma aceitação no segmento de entrada como os outros carros e, em números, isso prejudica a Ford.
Indo ao ponto, não sou nenhum aficionado pelos carros da marca, mas reconheço o esforço deles em melhorar. Infelizmente, ainda não tive oportunidade de guiar um carro da categoria de uma BMW ou Mercedes. No páreo final, o Mondeo levou com certa facilidade os outros bons carros que eu já guiei, um Renault Laguna 2.0 16v antigo e a Marea Weekend automática que eu citei nos test-drives de Campos do Jordão.

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