Fumar a caranga
Insulfilm virou febre entre os carros de São Paulo, e inclusive eu aderi. É viciante tal qual uma carreira de cocaína ou um salário no quinto dia útil. Uma vez que você experimenta, não fica sem. Hoje em dia eu ando em carros sem filme e me sinto desprotegido, quase nu. Quando estaciono um carro desses na rua, acho o interior totalmente exposto e vulnerável. Na estrada, viajando com aquele sol forte, os braços do motorista não ficam mais em carne viva por conta da exposição – e inclusive diminui o efeito “irmão caminhoneiro”, quando o braço esquerdo é bem mais queimado que o direito.
Filmar o carro virou moda em todas as classes, e lembro que no início a única diferenciação possível era se um carro tinha filme ou não. Hoje já existem diversos tipos de películas, que acabam determinando se o carro ficou elegante. Na minha opinião, filmes muito escuros (G5 ou aplicação de películas duplas) só ficam bem em carros muito caros (Mercedes, BMW, Jaguar, onde a usual blindagem já escurece os vidros), pelo fator de proteção extrema. Em carros pequenos fica coisa de boy que quer aparecer ou que não quer mostrar que o carro todo produzido por fora na verdade não tem nem vidros elétricos. Nesses casos, o mais bonito, para mim, são aqueles filmes de cobertura parcial, 50 ou 70%, que protegem o interior mas permitem a visão de silhuetas. Qualquer variação de cor, ou espelhado, para mim automaticamente muda a placa do veículo para “Guarulhos”. Sem contar os que descascam.

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