Abram espaço para o líder
Excluindo-se o Astra Sedan e o Santana, o Toyota Corolla vende mais do que todos os outros sedãs médios somados – Civic, Bora, Marea, Focus e Vectra. Essa situação era impensável até há bem pouco tempo, quando o Civic exercia uma liderança tranqüila ciante de um Corolla quadradão e tímido. Porém, ao som de “New Sensation”, do INXS, e com Brad Pitt de garoto propaganda, a categoria viu surgir o novo líder.
Porém, quando se fala de sedãs médios, categoria entre 40 e 50 mil reais, pouco vale a propaganda mais criativa. O perfil do consumidor (homem, pai de família, mais de 40 anos) já mostra como a racionalidade está envolvida na questão. Não é gente com grana para queimar, nem que se deixa levar por design ou motorização. Querem o melhor carro, por tais, tais e tais argumentos.
E a grande vantagem do Corolla é justamente essa argumentação. Pode não ser brilhante em nenhum quesito, mas é ótimo em todos. O espaço interno não tem a ótima solução do assoalho traseiro plano do Civic, mas é bom e tem espaço para as cabeças, ombros e pernas de todos. O desempenho não é brilhante como um Marea 2.4, mas deixa muito carro para trás e não se sente falta de força em nenhuma ocasião (claro, esqueça a versão 1.6 16v. Estamos falando de carros sérios.). O design é classudo e imponente – onde o Focus perde vários pontos por ousar demais em uma categoria conservadora. O acabamento não é estupendo como no Bora, mas é justo para sua classe e tem bons destaques como a iluminação do painel.
No final dos pesos e das medidas, acaba sendo a melhor compra da categoria, sem contar a fama de indestrutível e a garantia de 3 anos, excelentes argumentos, fora o preço competitivo. Mas e as notas?

Toyota Corolla XLi 1.6 16v
Se você quer porque quer ter um Corolla e não considera nenhuma outra opção, mas não tem grana para um XEi, essa é a sua versão. Mas dá até dó. Depenaram o carro de tal forma que um Santana não ficaria muito atrás em um embate frontal. Não chega a ser uma aberração como Omega e Vectra GL, sem conta-giros, mas rodas de aro 14 com calotas é coisa de Gol Power. E o volante de plástico duro, fino e com 3 raios, nem em Brasília velha.
Claro que o carro tem suas qualidades, e não são poucas: rodar suave e silencioso, bom acabamento, comportamento dinâmico compatível, excelente posição de dirigir e visibilidade, câmbio preciso e de boa pega, além da aparência externa de um Corolla superior, à exceção das rodas. O motor 1.6 16v é honesto, não faz milagres mas roda bem na cidade. Com agilidade na troca de marchas, pode-se extrair um bom desempenho.
Pode valer a pena se você precisa de um sedã grande por R$ 35 mil e quer fugir do Santana, mas ainda assim vale considerar versões menos despojadas na aparência e no conforto, como Astra e Focus sedan.

Estilo 8
Acabamento 6
Posição de dirigir 10
Instrumentos 10
Itens de conveniência 9
Espaço interno 9
Porta-malas 10
Motor 7
Desempenho 6
Câmbio 8
Freios 9
Suspensão 8
Estabilidade 8
Segurança passiva 7
Custo-benefício 8

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