Conforto x Prazer ao Dirigir
Meu amigo teve o grande prazer de ser convidado, no último sábado, a fazer test-drives na linha 2004 dos importados da Mercedes-Benz (ou seja, os Classe A ficaram em casa). Ao dirigir a S 500, um dos sedãs mais refinados do mundo, “você não tem mais noção da velocidade. A 180 km/h, é como se você estivesse a 50. O silêncio é absoluto e o carro não oscila nem sai do asfalto.” As palavras são dele. Como já disse aqui, o melhor carro que eu já dirigi até hoje foi um Ford Mondeo.
Lógico que fiquei impressionado. S 500 é sonho de consumo, carro que mal se vê nas ruas e que custa bons meio milhão de reais. Compete com automóveis espetaculares, os melhores exemplos de beleza, tecnologia e engenharia que não os super-esportivos: BMW Série 7, Audi A8, VW Phaeton. Mas são automóveis projetados para quem vai atrás, e não na frente. O vendedor da Mercedes fez questão de mostrar ao meu amigo um botão que, acionado do banco de trás, empurra os bancos dianteiros para a frente, com o objetivo de aumentar ainda mais o espaço traseiro.
Não é um conceito que me agrada. Quando escolho um automóvel, conceitos como silêncio, conforto e maciez ao rodar ganham notas altas. Mas têm de ser conjugados com as características que fazem o guiar uma coisa de tanto prazer: a frente que levanta em aceleradas fortes, as freadas precisas, a luta contra a inclinação da carroceria e a aderência dos pneus em curvas de alta velocidade, a resposta da direção, enfim, aquela simbiose homem-máquina que todos os entusiastas de carros almejam - e que a Ferrari vende como sonho. Essas verdadeiras limusines não oscilam a carroceria em curvas, e as dezenas de sistemas de segurança fazem com que o carro tenha um comportamento absolutamente neutro.
Talvez eu, como multimilionário, fosse dirigir minhas empresas no dia-a-dia, ou mesmo seguir até Cumbica para pegar um vôo internacional, devidamente refestelado no banco de trás de uma S 500 ou - por que não? - de um Maybach. Mas não são ocasiões onde o carro é o que mais importa. Ele passa a ser um mero meio de transporte entre dois pontos. Claro, com todo o conforto, maciez e suavidade, mas meio de transporte. Para encarar aquela estradinha cheia de curvas, com umas retas boas para aceleração, subidas e descidas, que tal uma Maserati Coupé, uma BMW M3, um Mitsubishi Evo VII, um Audi S3 ou mesmo um Gol turbo ou um Ka 1.6?
Meu amigo teve o grande prazer de ser convidado, no último sábado, a fazer test-drives na linha 2004 dos importados da Mercedes-Benz (ou seja, os Classe A ficaram em casa). Ao dirigir a S 500, um dos sedãs mais refinados do mundo, “você não tem mais noção da velocidade. A 180 km/h, é como se você estivesse a 50. O silêncio é absoluto e o carro não oscila nem sai do asfalto.” As palavras são dele. Como já disse aqui, o melhor carro que eu já dirigi até hoje foi um Ford Mondeo.
Lógico que fiquei impressionado. S 500 é sonho de consumo, carro que mal se vê nas ruas e que custa bons meio milhão de reais. Compete com automóveis espetaculares, os melhores exemplos de beleza, tecnologia e engenharia que não os super-esportivos: BMW Série 7, Audi A8, VW Phaeton. Mas são automóveis projetados para quem vai atrás, e não na frente. O vendedor da Mercedes fez questão de mostrar ao meu amigo um botão que, acionado do banco de trás, empurra os bancos dianteiros para a frente, com o objetivo de aumentar ainda mais o espaço traseiro.
Não é um conceito que me agrada. Quando escolho um automóvel, conceitos como silêncio, conforto e maciez ao rodar ganham notas altas. Mas têm de ser conjugados com as características que fazem o guiar uma coisa de tanto prazer: a frente que levanta em aceleradas fortes, as freadas precisas, a luta contra a inclinação da carroceria e a aderência dos pneus em curvas de alta velocidade, a resposta da direção, enfim, aquela simbiose homem-máquina que todos os entusiastas de carros almejam - e que a Ferrari vende como sonho. Essas verdadeiras limusines não oscilam a carroceria em curvas, e as dezenas de sistemas de segurança fazem com que o carro tenha um comportamento absolutamente neutro.
Talvez eu, como multimilionário, fosse dirigir minhas empresas no dia-a-dia, ou mesmo seguir até Cumbica para pegar um vôo internacional, devidamente refestelado no banco de trás de uma S 500 ou - por que não? - de um Maybach. Mas não são ocasiões onde o carro é o que mais importa. Ele passa a ser um mero meio de transporte entre dois pontos. Claro, com todo o conforto, maciez e suavidade, mas meio de transporte. Para encarar aquela estradinha cheia de curvas, com umas retas boas para aceleração, subidas e descidas, que tal uma Maserati Coupé, uma BMW M3, um Mitsubishi Evo VII, um Audi S3 ou mesmo um Gol turbo ou um Ka 1.6?
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