Insônia
É justamente na véspera de ocasiões importantes que ela se manifesta de maneira mais cruel. Quanto mais atribulado e cheio de novidades é o dia seguinte, mais o cérebro se esforça para negar o descanso necessário e forçar o corpo a maratonas exaustivas. O resultado é o cansaço, a dificuldade de absorção mental e, claro, olheiras piores do que o Grand Canyon. Mesmo compensando as horas, o estrago já foi feito.
Comparativo
Novamente o BCWS. A matéria de capa desta semana é um comparativo entre os hatches de até R$ 50 mil - Peugeot 307, Stilo 16v, Astra CD, Focus Ghia e Golf 2.0. Algumas surpresas, outras obviedades.
Peugeot 307
Apresenta o melhor acabamento da categoria, e olhe que o Golf está concorrendo. É um carro de interior luxuoso, com apliques de bom gosto imitando madeira - parece um sedã maior, como um C5 ou mesmo um Passat ou Omega.O espaço interno também é farto, na concepção minivan que tem vitimado os carros dessa categoria; outras vítimas são o Stilo e o Focus. O francês também apresenta iluminação excelente, dirigibilidade e câmbio dos melhores. Os problemas, no meu ver, são três, e todos relativamente graves. O primeiro é o desenho; não me conquistou, pelo contraste entre as linhas retas da coluna C e o amplo pára-brisa, ou a frente afilada. Mais do que todos, parece mesmo uma minivan. O segundo é o preço das peças de reposição. Este carro é importado e, embora a preço competitivo, está sujeito a falhas no estoque e demoras absurdas para reposição, além do preço, normalmente abusivo. O terceiro, e mais gritante, é o desempenho. O motor é dos melhores (1.6 16v, 110 cv), mas o torque vem em alta rotação (4 mil giros) e com certeza deve deixar a desejar em alguma ultrapassagem mais apertada. Os ocupantes de um carro de R$ 45 mil não devem ficar se preocupando se o seu carro vai passar o caminhão ou não, e pior ainda, trocando as marchas a 4 mil rpm na cidade para acompanhar o trânsito. As relações de marcha curtas tentam minimizar o problema, mas acarretam em muitas trocas e ruído rodoviário excessivo. Tem uma hora que a cilindrada faz a diferença.
Foi o campeão do comparativo, e tem méritos, embora não seja o meu preferido. Se desempenho não é com você, e a possível falta de peças não lhe assusta, então o carro é esse. Nem precisa ler o resto - até porque vou continuar este comparativo outro dia. É hora de combater a insônia.
É justamente na véspera de ocasiões importantes que ela se manifesta de maneira mais cruel. Quanto mais atribulado e cheio de novidades é o dia seguinte, mais o cérebro se esforça para negar o descanso necessário e forçar o corpo a maratonas exaustivas. O resultado é o cansaço, a dificuldade de absorção mental e, claro, olheiras piores do que o Grand Canyon. Mesmo compensando as horas, o estrago já foi feito.
Comparativo
Novamente o BCWS. A matéria de capa desta semana é um comparativo entre os hatches de até R$ 50 mil - Peugeot 307, Stilo 16v, Astra CD, Focus Ghia e Golf 2.0. Algumas surpresas, outras obviedades.
Peugeot 307
Apresenta o melhor acabamento da categoria, e olhe que o Golf está concorrendo. É um carro de interior luxuoso, com apliques de bom gosto imitando madeira - parece um sedã maior, como um C5 ou mesmo um Passat ou Omega.O espaço interno também é farto, na concepção minivan que tem vitimado os carros dessa categoria; outras vítimas são o Stilo e o Focus. O francês também apresenta iluminação excelente, dirigibilidade e câmbio dos melhores. Os problemas, no meu ver, são três, e todos relativamente graves. O primeiro é o desenho; não me conquistou, pelo contraste entre as linhas retas da coluna C e o amplo pára-brisa, ou a frente afilada. Mais do que todos, parece mesmo uma minivan. O segundo é o preço das peças de reposição. Este carro é importado e, embora a preço competitivo, está sujeito a falhas no estoque e demoras absurdas para reposição, além do preço, normalmente abusivo. O terceiro, e mais gritante, é o desempenho. O motor é dos melhores (1.6 16v, 110 cv), mas o torque vem em alta rotação (4 mil giros) e com certeza deve deixar a desejar em alguma ultrapassagem mais apertada. Os ocupantes de um carro de R$ 45 mil não devem ficar se preocupando se o seu carro vai passar o caminhão ou não, e pior ainda, trocando as marchas a 4 mil rpm na cidade para acompanhar o trânsito. As relações de marcha curtas tentam minimizar o problema, mas acarretam em muitas trocas e ruído rodoviário excessivo. Tem uma hora que a cilindrada faz a diferença.
Foi o campeão do comparativo, e tem méritos, embora não seja o meu preferido. Se desempenho não é com você, e a possível falta de peças não lhe assusta, então o carro é esse. Nem precisa ler o resto - até porque vou continuar este comparativo outro dia. É hora de combater a insônia.
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