Ângela
Esse é o nome da mais nova aquisição de meu amigo Téo, um Toyota Corolla XEi Preto, 2003. Cobnheci o carro hoje, e confesso que abri minha mente para ser surpreendido. Nunca tive carros japoneses (à exceção de pequenas feras como Honda NSX, Toyota Supra e quetais) em grande estima. Ainda me parecem desprovidos de personalidade. No entanto, Honda Civic e Toyota Corolla vêm agradando o público brasileiro por seu conforto, robustez e honestidade - são carros que entregam o que prometem. O Civic ainda me é mais atraente por fora, e o Corolla por dentro.
O carro impressiona primeiro pelo porte. Nas nossas ruas desprovidas de Ômegas, o Corolla é um carro imponente. Com rodas de liga-leve e antena no teto, pode assumir tanto um perfil mais esportivo quanto o de um pacato pai de família. O carro que eu andei, preto com Insulfilm, é decididamente jovial.
Os encaixes são muito bons e, ao se fechar as portas, ouve-se um ruído suave que denota uma qualidade superior. O revestimento do interior é recheado de materiais de qualidade, "nível Golf", e existem materiais emborrachados em todo lado, para melhor toque. Os bancos de couro são macios e confortáveis, e ultimamente ando bem rigoroso neste quesito. Os vidros de trás abaixam em sua totalidade, detalhe aprazível. O espaço interno é muito bom para quatro pessoas, embora o porte exetior do carro prometa uma amplitude que não existe - apenas o espaço para as cabeças é excelente, em qualquer lugar. As portas se travam automaticamente ao rodar.
No entanto, a lista de defeitos ou incoerências em um carro de R$ 47 mil é grande. Apenas uma luz interna, no centro do carro - não existem mostradores separados para a dianteira e para a traseira. As maçanetas internas não são cromadas (cinza-fosco). Pacotes de ar digital e disqueteira no painel são disponíveis na versão de topo SE-G, e a intermediária tem que se contentar com um som que, embora de ótima qualidade, destoa do painel. Aliás, falta de coerência interna me pareceu o maior defeito do carro; botões gigantescos de controle da ventilação se opõem aos minúsculos do som; o bom material do volante contrasta com seu aro fino e, finalmente, o que me chamou mais a atenção: a iluminação dos mostradores do painel é branca com os ponteiros em vermelho (uma das mais bonitas e eficientes que eu já vi) e a do console central e do rádio é verde. Por mais palmeirenses que sejam os designers da Toyota, essa diferença tem um resultado final sofrível, que parece uma adaptação mal-feita. Para mim, é inadmissíel num carro de R$ 47 mil. Quanto aos opcionais, chuva no molhado: trio, ar, direção, rodas, faróis de nebilna, freios a diaco atrás, duplo airbag e duas importantes ausências: ABS e computador de bordo. Estes não são disponíveis nem como opcionais, falha gravíssima.
O desempenho me pareceu muito bom, com uma faixa de torque agradável em baixas rotações, embora o carro seja pesado, e muita potência em altas - embora o motor acuse vibrações em excesso acima de 3 mil rpm. O câmbio é bem escalonado e razoavelmente longo, para conforto rodoviário - a versão era manual. Impressão positiva foi a estabilidade; mesmo com o motorista entrando com vontade em algumas curvas, e a carroceria oscilando, os pneus não desgarraram do asfalto.
Enfim, ótimo carro, e valeria cada centavo se não tivesse essas pequenas incongruências.

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