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Mostrando postagens de 2011

Quando a vítima é culpada

O blog do Flávio Gomes é um dos favoritos do M4R, em que pese a preferência um tanto descabida por carros antigos do antigo bloco comunista. Chamou a atenção estes dias o relato de um leitor revoltado com a inspeção veicular de São Paulo. O M4R defende a iniciativa, embora saiba que no formato atual ela tem diversos problemas, dentre os quais acusações de corrupção envolvendo a prefeitura e os prestadores de serviço. O relato do leitor, reproduzido abaixo, vai além disso. Ele resume a diferença entre nos fazermos de vítimas ou de protagonistas. Os comentários do M4R estão em itálico, ao longo do texto. Olá Flavio, Gostaria de compartilhar contigo o que ocorreu comigo hoje na famigerada inspeção veicular de SP. Agendei minha inspeção para as 13:34 de hoje no Controlar Tatuapé, que segundo o Sr. Prefeito, é o maior centro de inspeção veicular do mundo. Palmas para o Sr. Prefeito. A coisa começou mal quando eu, com medo do trânsito da época de Natal, resolvi sair mais cedo do trabalho e

Civic, o carro dos milionários

A canibalização de vendas do Civic pelo City foi um problema real para a Honda. Com preços próximos, muitos viam mais vantagens no porta-malas maior do City do que no acabamento e dirigibilidade superiores do irmão mais velho. Com a remodelação do Civic que chega às ruas brasileiras no ano que vem, a Honda resolveu o problema. Não estou falando do porta-malas maior do Civic – estou falando dos preços absurdos. O Civic manual LXS, o “de entrada”, custa R$ 70 mil. Esse carro saía por R$ 10 mil a menos, não faz muito tempo. Caramba – essa faixa de preços é a do Focus Titanium, que coloca o Honda no bolso. Agora as faixas de preço estão claras na Honda: Fit, R$ 50 mil. City, R$ 60 mil. Civic, R$ 70 mil. Se todos estes fossem R$ 10 mil mais baratos, não seria mais do que justo?

Fix it again, Tony...

Que beleza, hein dona Fiat... http://www.thesmokinggun.com/buster/jennifer-lopez-fiat-breakdown-875312

Novo PalEo

Finalmente. Nossa, como o Palio estava insuportável. Não dava mais pra aguentar aquele corpinho de 1996, renovado com sucessivas plásticas, especialmente num carro de grande volume de vendas. E o quanto não devia sofrer o dono de um Palio para explicar ao manobrista como localizar seu carro? - É o Palio. - Qual Palio? - O prata. - De que modelo? - Aquele com o farol redondo? - Qual tinha o farol redondo? - O da lanterna grande. - Como assim lanterna grande? Problemas que o dono de um Devagaloster não tem, a não ser o manobrista rindo na cara dele, que levou gato por lebre. Voltando ao Palio, agora temos um renovado que melhora o principal defeito do antigo, o entreeixos curto que prejudicava demais o espaço interno. Com 47 mm a mais, as acomodações traseiras melhoraram sensivelmente – o que vai reabilitar o Siena a servir como táxi. Outro problema do Palio antigo era a péssima dirigibilidade. O Palio começou muito bem nesse quesito, na primeira geração, mas depois a Fiat deu uma de CET

Comentários das novidades

Muito boa a Quatro Patas desse mês. De vez em quando o dublê de fotógrafo dá uma dentro. Alguns comentários. Hyundai Devagaloster , com 160 cv só na cabeça da importadora e mais lerdo no 0 a 100 km/h que um Voyage 1.6. Vou apelidar de “Belo Antônio”, como antigamente era o Simca Chambord – muito bonito, mas na hora do vamos ver... deixa a desejar. Mesmo problema aliás do Kia Koup, na opinião do M4R. Muito mais bonito que o Devagaloster, mas caro e fraquinho. 200 cv pelo menos. Hyundai Elantra , o sedã mais espetacular da galáxia com eixo de torção na traseira. Antigamente os carros da Hyundai eram bons, mas a propaganda da CAOA os deixava intragáveis. Agora, além da propaganda ridícula, o carro é ruim. Ou seja, antes ainda podíamos ver um Hyundai na rua e pensar que o dono optou pelo custo-benefício. Agora, com os Hyundais caros e ruins, só dando risada mesmo. Nissan Versa , mais um feioso na linha do Logan, com amplitude de espaço interno. É pra quem vê carro como meio de transporte.

R$Z

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Lindo, lindo, lindo o Peugeot RCZ - e mais charmoso ainda na pronúncia em inglês britânico, "ar-ci-zed". O teste completo está no Best Cars. Mas a R$ 165 mil, não deu. Por mais que a culpa seja do IPI mais alto (governo inútil), mas mesmo assim a coisa está salgada demais. Sim, é um carro de imagem, e a Peugeot quer que ele seja a alternativa barata ao Audi TT, de mais de R$ 200 mil, mas a verdade é que um carro bom desses está fora do alcance do solteiro bem de vida que gostaria de um cupê, mas não toparia pagar 165 mil num carro de 165 cv quando o Fusion V6 tem quase 100 cv a mais por 65 mil a menos. Estilo não é tudo.

Chupa, governo!

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/990525-japao-vai-contestar-elevacao-de-ipi-para-carro-importado-na-omc.shtml

Comentários pelo ar

Antes de mais nada, agradecimentos aos leitores que compartilharam com o M4R a resistência ao compartilhamento total e irrestrito de tudo com traquitanas de Twitter, Facebook e quetais que só atrapalham a navegação de quem está interessado em conteúdo. Comentários rápidos de dois carros a pedido do André: - Renault Fluence Uma das melhores surpresas do Salão do Automóvel de SP em 2010. Carro muito bonito, bem-feito, com interior claro e agradável, amplo espaço interno e o melhor conjunto entre motor e câmbio da categoria. Flex, três anos de garantia. A suspensão usa eixo de torção (podia ser mais evoluída), mas está bem acertada, com um comportamento mais para o macio. As dobradiças pescoço de ganso no porta-malas incomodam, e alguns materiais plásticos, como o das portas, poderiam ser melhores. Mas isso é como achar pelo em ovo. O Fluence CVT é de longe a melhor compra da categoria dos sedãs do lado de cá de um Fusion 2.5. O manual é um bom carro, mas não tem o charme do CVT. Isto pos

Off-topic: Navegação difícil

O M4R recebe muita queixas e comentários de falta de interatividade. Não temos um sistema de busca decente, não estamos integrados ao Twitter - e nossa conta lá é atualizada, digamos, com pouca frequência -, nem ao Facebook, nem ao Flickr, nem a qualquer outra das trocentas redes sociais que existem por aí. A moda hoje é o site ser um portal integrado com vídeos, áudio, links para redes sociais, botão curtir, animações, e todo e qualquer recurso inventado para a internet. O que é muito bom, se você navega com um computador de última geração e conexão de 400 milhões de terabytes com a Internet. Mas a verdade para a maioria das pessoas não é bem assim. Nem todo mundo navega com um computador top de linha - muita gente ainda resiste com browsers antigos e sistemas operacionais obsoletos, sem contar as placas de vídeo pré-históricas (muito comuns en laptops voltados para trabalho). A questão da banda larga é pior ainda. O acesso à internet no Brasil, por definição, é caro e ruim. Aí o suje

Bem que podia...

Vai dar em pizza, pois o lobby das montadoras é forte. Mas que podia seguir em frente, ah podia... http://economia.ig.com.br/empresas/industria/mpf-pede-investigacao-sobre-preco-de-carros-no-brasil/n1597256252116.html

Lição de casa

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Salão de Frankfurt, Alemanha, 2011. O CEO global da VW, Martin Winterkorn, entra num Hyundai i30. Faz tudo o que um visitante curioso, ou um engenheiro interessado, faria. Bate nos materiais, vê as distâncias, estuda o carro. A 1:45, ele ajusta o volante e fica abismado com a alavanca de ajuste, que não faz nenhum barulho. Aparentemente o diálogo é o seguinte: CEO: "Bischoff, cadê o Bischoff? (...) Não tem barulho! Como eles fazem? A BMW não consegue, nós não conseguimos... Não tem barulho! Voz de alguém no fundo: "Nós chegamos a uma solução, mas era muito cara". A primeira coisa a se notar é o interesse do CEO da VW por carros. Este é um cara que poderia estar na sala dele despachando, mas ele está no salão entrando em carros. Ponto pra ele. A segunda coisa é ver como as soluções são muito caras até que o concorrente faz. Aí pouco importa, a companhia gasta rios de dinheiro para fazer igual (lá fora, claro, pois aqui no Brasil as montadoras querem que o cliente se dane,

Questão de demanda

Já faz tempo que se sabe que o governo brasileiro é constituído basicamente por pamonhas. Ainda que se salve um aqui e outro acolá, a massa geral é estúpida, burra e incompetente. Uma desgraça que só atrasa o Brasil. Foi esse pessoal que decidiu subir o IPI dos carros importados em 30%, tornando o preço final ao consumidor cerca de 25% mais caro, segundo estimativa do Valor . O alvo principal, claro, foram as chinesas. JAC, Chery e companhia quebraram as pernas. Sofrerão também as marcas premium que começavam a oferecer modelos razoavelmente acessíveis por aqui, como Mini, BMW, Mercedes e Audi. Para as instaladas em território nacional, mil maravilhas. Vão poder continuar cobrando caro pelas carroças que vendem aqui. E, se os importados de certa forma puxavam a agenda de renovação, agora vamos ter mais vinte anos de Classic, trinta de Uno, e por aí vai. No entanto, independente da estupidez atroz e absurda da equipe governamental, os apaixonados por carro precisam entender que a situaç

Fiat 500 a bom preço

Muito boa a iniciativa da Fiat de trazer o 500 do México mais barato. Tem seus riscos, claro. Quem comprou um 500 polonês e pagou R$ 65 mil deve estar meio incomodado de vê-lo sendo vendido 20 mil reais mais barato, com o respectivo impacto no mercado de usados. Dois anos atrás, não tinha como a Fiat saber que ia comprar a Chrysler, voltar ao mercado norte-americano e “ganhar” uma fábrica no México. O 500 de entrada, com motor Fire flex 1.4 de 88 cv, sai por R$ 40 mil com air bag duplo, ABS, EBD, controle de estabilidade e tração (meio otimista num carro dessa potência, mas vá lá...), direção elétrica, ar manual, trio elétrico, computador de bordo completo, ajuste elétrico dos faróis, CD com MP3 e Hill Holder. Um Uno 1.4 com o mesmo motor e projeto muito inferior, mais antigo, mais frágil, sem a mesma resistência à torção ou comportamento dinâmico, sem muitos equipamentos da lista acima, sai por R$ 41 mil. E não é só a Fiat: um Gol 1.6 ou Agile 1.4 saem pela mesma coisa. Carro

Teste comparativo: Toyota Camry 3.5 V6 x Toyota Hilux SW4 4.0 V6

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É prática comum no jornalismo automotivo comparar os carros dentro da mesma categoria. Então Gol compete com Palio, Focus com Golf, Corolla com Civic, e por aí vai. Só que a coisa não é assim tão óbvia. Se quem tem R$ 30 mil na mão para comprar um zero dificilmente consegue fugir do hatch compacto, com mais grana no bolso as opções se multiplicam. Quem tem por volta de R$ 55 mil pode escolher entre um compacto super equipado, como Polo ou o Novo Fiesta, ou um médio, como Focus e C4, e até mesmo um médio-grande em final de carreira, como o Vectra. Ainda pode ser considerada uma picape, como S10 e Ranger. Fato é: na hora de comprar, o que decide é a grana no bolso, e não necessariamente a categoria do carro. E, com a grana no bolso, o consumidor tem optado pelos SUVs. É só olhar em volta para perceber como as ruas estão saturadas com CR-V, RAV4, Captiva, Tiguan, Freelander, Pajeros, ASXs, Outlanders, Santa Fes, Tucsons e todo tipo de SUV que se vende por aí. Os utilitários esportiv

Aprenderam tudo errado

A Hyundai demorou anos para se atrever a cobrar o mesmo que a concorrência. Pudemos desfrutar de Tucson, Azera, Santa Fe e Veracruz bem mais baratos que os equivalentes de outras marcas até que a empresa se sentisse na liberdade de cobrar caro pelos seus produtos – veja o i30, com preço equivalente aos concorrentes, e o Sonata, que é ainda mais caro. Se dizem que o aprendizado chinês será bem mais rápido que o coreano, ao menos em política de preços ele já é. Após a boa pegada do J3, a JAC já chutou o balde e botou a minivan J6 no mesmo preço da concorrência. Pelo visto, aquele sonho nosso de ver os chineses barateando os preços dos carros e forçando uma concorrência agressiva já foi pro beleléu.

Queremos melhores condições

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A Hyundai decidiu trazer o Veloster ao Brasil. O cupê vem com motor 1.6 16v de alta potência específica – 145 cv e um pacote completo de equipamentos (veja abaixo) pelo preço sugerido de R$ 63 mil ou R$ 66 mil com teto. Muito mais do que dizer se o carro é bom ou não, cabe mais uma vez tirar o chapéu para a Hyundai. É impressionante como as montadoras tradicionais são uns paquidermes, tocadas por uns energúmenos, imbecis preocupados unca e exclusivamente com as vendas do próximo trimestre. O motivo da revolta é simples: é só dar uma olhada nos catálogos das montadoras lá fora para entender como poderíamos receber, via importação, uma série de carros muito interessantes e que ficamos a ver navios. A Argentina, essa potência econômica, recebe o Corvette importado oficialmente pela GM. A Fiat tem na Itália o Panda, um ótimo carro na faixa dos compactos. A Ford e a VW têm uma prateleira cheia de carros desejáveis para trazer. Um concorrente direto do Veloster seria o VW Scirocco, cupê magn

Uma boa: Sandero automático

Sagaz essa ideia da Renault de oferecer um câmbio automático de verdade no Sandero. E como o que tinha na prateleira era o do Mégane, é um câmbio legal, com quatro marchas bem escalonadas e mesmo opção de troca manual. Bem melhor do que os automatizados que vemos por aí. Nestas circunstâncias, um Sandero automático a R$ 46 mil é uma ótima opção para quem quer descansar o pé esquerdo. O fato das francesas oferecerem opções genuinamente automáticas em seus carros pequenos, adaptando pouca coisa, deixa no ar a pergunta das outras montadoras não seguirem o mesmo caminho. A Fiat não tem automáticos de verdade na linha, o que complica essa adaptação, mas a GM bem que poderia trazer o automático para a Meriva, e a Ford para a linha EcoSport 1.6 e Fiesta – sem falar no Fiesta mexicano, este que não emplaca de jeito nenhum por conta do câmbio manual. Mais absurdo ainda talvez seja a Volks, que tem aquele excelente automático de 6 marchas na prateleira que, com uns ajustes, cairia como uma luva

Nem sempre o maior é o mais seguro

Pelo jeito o acidente entre um Porsche 911 e uma Hyundai Tucson na rua Tabapuã, em São Paulo, deu repercussão nacional. Foi a matéria de abertura do Fantástico ontem. Ambos ali foram culpados. É tentador colocar um peso maior de culpa no motorista que estava trafegando a quase três vezes acima da máxima perimitida no local (60 km/h – e quem conhece o lugar sabe que essa velocidade é até meio alta dado o porte e o movimento na rua). Mas a moça também passou um sinal vermelho de madrugada sem dar a atenção devida. Um 911 a 150 km/h não é a coisa mais silenciosa do mundo, e vinha com os faróis acesos. Ela pode não ter visto, ou calculado mal a velocidade do carro, mas errou. Não deveria ter pago com a própria vida, mas nem sempre as punições da vida são justas. É revoltante, claro, ver o dono do 911 pagar fiança e andar solto por aí, mas como o acidente teve repercussão, é até provável que esse cara pegue uma cadeira. Mas o assunto a ser abordado pelo M4R não é esse. Quantas pessoas hoje

Água mole

Esta tem sido a melhor discussão sobre preços dos carros no Brasil desde que o M4R começou, mais de oito anos atrás. Não podemos deixar morrer. Aqui mais bons argumentos, com números - incluindo os chineses. http://carros.uol.com.br/ultnot/2011/07/13/margem-que-embute-lucro-pode-passar-de-100-no-brasil-e-preciso-discuti-la.jhtm Será que o Zé da Quatro Rodas está preparando algo para a próxima edição? Ou o rabo está preso demais?

Bom ponto

Mais uma voz inteligente na multidão. Como é bom ler quem sabe das coisas. http://carros.uol.com.br/ultnot/2011/07/11/caro-em-tudo-brasil-fabrica-carrocas-que-o-povo-aceita-comprar.jhtm

O império contra-ataca

A matéria a respeito do preço absurdo dos carros brasileiros, que comentamos no post abaixo, teve o grande mérito de chacoalhar a indústria (sorte nossa que não dependemos da paquidérmica Quatro Patas para isso). O próprio portal UOL tem dado boa visibilidade à questão. O colunista Fernando Calmon posiciou-se contra . No texto ele usa argumentos como diferenças cambiais e joga números da ineficiência da produção brasileira a esmo. Faltou embasamento. Ao mencionar o México, Calmon cita o que já falamos aqui, a inundação de carros usados americanos como fator que puxa o preço para baixo. O que causa espanto é o tom que o Calmon dá para esse fato, como se fosse algo ruim. Calmon, permita um pouco de visão capitalista: se uma operação não dá lucro, ela fecha. Mais cedo ou mais tarde, ela fecha. Te garanto que as montadoras não operam em solo mexicano por compaixão àquele país. Então se é possível vender o City lá pela metade do preço que ele custa aqui, e com lucro, venha o argumento que v

Brasileiro, um idiota

O que vem abaixo é um texto longo e muito revoltante. Este é o trabalho brilhante do Joel Leite em seu blog no UOL Carros, “ O mundo em movimento ”. Joel analisa há anos o mercado automotivo e, embora sempre criticasse os preços altos, decidiu agora compor uma reportagem de verdade sobre o absurdo que é o preço dos carros aqui. Nós do M4R agradecemos imensamente e parabenizamos o Joel Leite por este trabalho. Este é o verdadeiro papel da imprensa: crítica, e não aceitar desculpinha de fabricante como faz a QUATRO RODAS e aquele dublê de fotógrafo colocado como editor. Em itálico, ao longo da reportagem, estão os comentários do M4R. Lucro Brasil faz o consumidor pagar o carro mais caro do mundo O Brasil tem o carro mais caro do mundo. Por quê? Os principais argumentos das montadoras para justificar o alto preço do automóvel vendido no Brasil são a alta carga tributária e a baixa escala de produção. Outro vilão seria o “alto valor da mão de obra”, mas os fabricantes não revelam quanto os

Os inúteis da CET

A CET (Companhia de Embaralhamento do Tráfego), uma grande responsável por deixar o trânsito de São Paulo ainda mais caótico, segue numa campanha desenfreada para reduzir os limites de velocidade em determinadas ruas e avenidas da cidade. Já são maioria os corredores que tiveram o limite reduzido de 70 para 60 km/h – na 23 de maio, o maior corredor Norte-Sul, o limite foi reduzido de 80 para 70 km/h. Não que faça muita diferença: durante o dia é quase impossível desenvolver a velocidade máxima em quaisquer destas vias. E isso só agrava o problema: de madrugada, quando o risco de assalto é maior, o limite da via é menor e a exposição a riscos aumenta. A CET apresenta os estudos de redução de acidentes, mas quanto desses acidentes foram causados pela velocidade? Lembrando que a velocidade em si não mata, o que mata é a imprudência. Muito dessa redução de velocidade deve-se à sanha arrecadatória, essa necessidade de multar motoristas para encher os cofres públicos. Uma outra parte devemos

Teste: Chevrolet Vectra Elegance 2.0 manual

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Tchau. Já vai tarde, na verdade. Próximo ao fim da linha, caiu em nossas mãos um Vectra para testar, no que será o terceiro teste seguido de um GM no M4R (podia ser o terceiro teste seguido de um Aston Martin, mas tá difícil). A sensação é a mesma de quando você encomenda um produto, digamos uma panela, pela internet, e vai abrir o pacote em casa: tchans – lá está a panela igualzinha à foto. O teste foi a confirmação de tudo o que falamos sobre o carro nesses seis anos de produção. Primeiro: o carro é bonito. Era mais ainda na versão original do lançamento, em 2005. A tentativa de colocar a nova grade GM simplesmente não colou, e as rodas também ficaram mais feias. Ainda assim, não dá pra negar que é um carro esguio, elegante e proporcional. Especialmente charmosas são as curvas das portas traseiras na coluna C. Já o acabamento nunca esteve à altura do Vectra II – no entanto, dado o empobrecimento generalizado dos interiores, até que o acabamento do Vectra hoje não é de todo ruim. O to

Não merecia

A GM prepara a despedida do Vastra (ops, Vectra) da mesma maneira que o anterior: com a série especial Collection, desta vez pintada num belo Verde escuro (chamado de Verde Lotus e que lembra o tradicional British Racing Green) e rodas especiais. Então é chegada a hora de pensar no epílogo desse carro. O Vectra atual foi um carro que o M4R viu nascer , cheio de esperanças. Seria o substituto de um ícone, de um sedã que foi sonho de muita gente. Acompanhando sua fase de projeto por meio de fontes dentro da GM, depositamos um bom grau de esperança no modelo. E quebramos a cara. Feio. O Vectra consolidou num carro tudo de ruim que permeia o pensamento da GM ultimamente. Falamos sobre isso exaustivamente . Os custos tomaram conta do projeto, e o resultado foi um automóvel minimamente melhor que o Corolla à época, e que tornou-se uma simples nota de rodapé quando as novas gerações de Civic e Corolla trucidaram o GM. Os detalhes dessa ruindade você poderá conferir logo mais – celebraremos a

Rapidinhas

- Em três dias, avistamos cinco Jettas novos na rua. Sem nenhum embasamento científico, essa é uma marca impressionante, digna do lançamento do novo Gol. Mostra o quanto o Jetta se tornou sonho de consumo de uma população que, no fundo, ama Volkswagen. Mesmo com motor de Santana e suspensão pré-histórica. - Estamos armando um comparativo entre o novo Jetta e o Fusion, pra ver se esse VW é bom mesmo. O Ford já testamos, o VW está mais difícil. - E o povo acha que entende de carro mesmo né. Muitas risadas com os comentários nos sites, em especial o UOL Carros, dos competentes Rodrigo e Eugênio. - Sujeito compra um Azera e sai falando que “isso sim é esportividade”. O outro chama o Audi A1 de Gol com quatro argolas. - Mas o tipo favorito é o que compra o carro e DEPOIS vai na Internet procurar testes sobre o veículo. Aí entra no M4R e se depara com as verdades que escrevemos sobre atrocidades como Vectra GT e S10 e fica todo bravinho. Vai se informar antes... - Está insuportável a quantid

Esperança

E a Ford baixou oficialmente os preços da linha Fiesta. O catálogo mais completo, com air bag duplo, freios ABS, faróis de neblina, ar-condicionado, direção hidráulica e trio elétrico está disponível por R$ 37.900 no hatch e R$ 39.900 no sedã. É exatamente a faixa de preço do JAC J3 e do Turin, a família chinesa da JAC que aparentemente vinha vendendo muito bem, o suficiente para chacoalhar a gigante americana. Resta saber se a Ford vai conseguir mostrar ao consumidor que seus carros estão mais baratos e competitivos com os chineses, já que a excelência no marketing definitivamente não é o forte da Ford. É cedo para afirmar com convicção, mas este parece ser o primeiro sinal de que os chineses vieram mesmo para reduzir um pouquinho as margens estratosféricas de lucro das montadoras por aqui. Quem sabe, em breve, não tenhamos Palio 1.4 e Gol 1.6 vendidos nas mesmas faixas de preço e totalmente equipados, incluindo aí air bag e ABS? Grande notícia para o consumidor.

Genial, André

"Curtir GM é o mesmo que curtir o site da Receita Federal". Genial, André.

Teste: Chevrolet Zafira Elegance 2.0 automática

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Na apuração de dados para a publicação das avaliações de carros no M4R, é prática comum buscarmos outros testes para conferir números e mesmo algumas opiniões. Não costuma ser difícil: existem diversas resenhas publicadas em sites e revistas responsáveis. O teste da Zafira foi uma exceção: tivemos de nos contentar com avaliações de até seis anos atrás, pois não há nada mais recente. Claro: não faz sentido avaliar um carro que parou no tempo. A Zafira que temos por aqui surgiu na Europa há – preste atenção – DOZE anos atrás, em 1999, e está entre nós desde 2001. Em 2005, ganhou o aspecto atual, e depois herdou o motor 2.0 repotenciado para 140 cv, no lançamento do Vectra atual. O nascimento da Zafira no Brasil coincide com o início da decadência da GM por aqui. Com exceção dos importados, desde então a GM não lança um automóvel digno do nome por estas paradas. O que temos em mãos, então, é um projeto brilhante e envelhecido. O brilhantismo da Zafira reside em dois fatores: um, óbvio, é