O império contra-ataca
A matéria a respeito do preço absurdo dos carros brasileiros, que comentamos no post abaixo, teve o grande mérito de chacoalhar a indústria (sorte nossa que não dependemos da paquidérmica Quatro Patas para isso). O próprio portal UOL tem dado boa visibilidade à questão.
O colunista Fernando Calmon posiciou-se contra. No texto ele usa argumentos como diferenças cambiais e joga números da ineficiência da produção brasileira a esmo. Faltou embasamento. Ao mencionar o México, Calmon cita o que já falamos aqui, a inundação de carros usados americanos como fator que puxa o preço para baixo.
O que causa espanto é o tom que o Calmon dá para esse fato, como se fosse algo ruim. Calmon, permita um pouco de visão capitalista: se uma operação não dá lucro, ela fecha. Mais cedo ou mais tarde, ela fecha. Te garanto que as montadoras não operam em solo mexicano por compaixão àquele país. Então se é possível vender o City lá pela metade do preço que ele custa aqui, e com lucro, venha o argumento que vier - a margem de lucro no Brasil é absurda. E não venham tapar o sol com a peneira.
O UOL deu chamada na capa para a devolutiva do Cledorvino Bellini, presidente da Anfavea e da Fiat. Falou o que se esperava: isso é comparar banana com abacaxi, não tem anda a ver, ou seja, não explicou nada e quis desacreditar a matéria do Joel Leite sem nenhum argumento.
Talvez o leitor não saiba para que existem essas associações de empresas. A Anfavea reúne as montadoras; a Eletros reúne as fabricantes de aparelhos eletroleletrônicos; a Unica reúne os produtores de cana-de-açúcar. Estas associações existem aos montes, em todos os setores. A função delas é falar pelo setor quando todas as empresas estão unidas com um interesse único. Muitas vezes esse interese VAI CONTRA uma medida do governo e o sendo popular, de forma que as empresas se escondem atrás da entidade para se posicionarem a esse respeito.
Assim, quando as empresas de eletroeletrônicos foram contra o novo padrão brasileiro de tomadas (pois ia obrigar a mudar os produtos e isso tem custo), quem falou contra não foi a Brastemp ou a Electrolux, mas sim a Eletros. E quem vai falar contra a questão dos preços altos nunca será uma montadora, mas sim a Anfavea.
É importante percebermos, portanto, que a Anfavea vai fazer o papel de vilão e vai defender o interesse das montadoras. Tudo o que a Anfavea falar deve ser considerado sob essa perspectiva.
E nós do M4R consideramos o posicionamento da Anfavea nessa questão como uma admissão de culpa. Se o Cledorvino vem a público espinafrar a matéria do Joel sem apresentar gráficos e números, substanciando as palavras com fatos e dados, então não tem como acreditar na palavra da Anfavea.
O colunista Fernando Calmon posiciou-se contra. No texto ele usa argumentos como diferenças cambiais e joga números da ineficiência da produção brasileira a esmo. Faltou embasamento. Ao mencionar o México, Calmon cita o que já falamos aqui, a inundação de carros usados americanos como fator que puxa o preço para baixo.
O que causa espanto é o tom que o Calmon dá para esse fato, como se fosse algo ruim. Calmon, permita um pouco de visão capitalista: se uma operação não dá lucro, ela fecha. Mais cedo ou mais tarde, ela fecha. Te garanto que as montadoras não operam em solo mexicano por compaixão àquele país. Então se é possível vender o City lá pela metade do preço que ele custa aqui, e com lucro, venha o argumento que vier - a margem de lucro no Brasil é absurda. E não venham tapar o sol com a peneira.
O UOL deu chamada na capa para a devolutiva do Cledorvino Bellini, presidente da Anfavea e da Fiat. Falou o que se esperava: isso é comparar banana com abacaxi, não tem anda a ver, ou seja, não explicou nada e quis desacreditar a matéria do Joel Leite sem nenhum argumento.
Talvez o leitor não saiba para que existem essas associações de empresas. A Anfavea reúne as montadoras; a Eletros reúne as fabricantes de aparelhos eletroleletrônicos; a Unica reúne os produtores de cana-de-açúcar. Estas associações existem aos montes, em todos os setores. A função delas é falar pelo setor quando todas as empresas estão unidas com um interesse único. Muitas vezes esse interese VAI CONTRA uma medida do governo e o sendo popular, de forma que as empresas se escondem atrás da entidade para se posicionarem a esse respeito.
Assim, quando as empresas de eletroeletrônicos foram contra o novo padrão brasileiro de tomadas (pois ia obrigar a mudar os produtos e isso tem custo), quem falou contra não foi a Brastemp ou a Electrolux, mas sim a Eletros. E quem vai falar contra a questão dos preços altos nunca será uma montadora, mas sim a Anfavea.
É importante percebermos, portanto, que a Anfavea vai fazer o papel de vilão e vai defender o interesse das montadoras. Tudo o que a Anfavea falar deve ser considerado sob essa perspectiva.
E nós do M4R consideramos o posicionamento da Anfavea nessa questão como uma admissão de culpa. Se o Cledorvino vem a público espinafrar a matéria do Joel sem apresentar gráficos e números, substanciando as palavras com fatos e dados, então não tem como acreditar na palavra da Anfavea.
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