Nem sempre o maior é o mais seguro
Pelo jeito o acidente entre um Porsche 911 e uma Hyundai Tucson na rua Tabapuã, em São Paulo, deu repercussão nacional. Foi a matéria de abertura do Fantástico ontem.
Ambos ali foram culpados. É tentador colocar um peso maior de culpa no motorista que estava trafegando a quase três vezes acima da máxima perimitida no local (60 km/h – e quem conhece o lugar sabe que essa velocidade é até meio alta dado o porte e o movimento na rua). Mas a moça também passou um sinal vermelho de madrugada sem dar a atenção devida. Um 911 a 150 km/h não é a coisa mais silenciosa do mundo, e vinha com os faróis acesos. Ela pode não ter visto, ou calculado mal a velocidade do carro, mas errou. Não deveria ter pago com a própria vida, mas nem sempre as punições da vida são justas. É revoltante, claro, ver o dono do 911 pagar fiança e andar solto por aí, mas como o acidente teve repercussão, é até provável que esse cara pegue uma cadeira.
Mas o assunto a ser abordado pelo M4R não é esse.
Quantas pessoas hoje compram SUVs para rodar na cidade, olhando o trânsito de cima e sentindo-se mais seguros? Quantas pessoas acreditam que um jipão vai se sair melhor no caso de um acidente? Quantos donos de Hilux enfiam seu carro na frente dos outros, impondo-se de forma grosseira por meio do tamanho?
Pois bem: a motorista da Tucson, um SUV, morreu. O motorista do Porsche 911 – e quem já viu um de perto sabe que é um carro pequeno e baixo, pouco maior que um Focus – está vivo. De nada adiantou a Tucson ser grande, pesada, alta, e tudo mais.
Muito mais importante do que estar num SUV é dirigir direito. Isso sim previne acidentes.
Ambos ali foram culpados. É tentador colocar um peso maior de culpa no motorista que estava trafegando a quase três vezes acima da máxima perimitida no local (60 km/h – e quem conhece o lugar sabe que essa velocidade é até meio alta dado o porte e o movimento na rua). Mas a moça também passou um sinal vermelho de madrugada sem dar a atenção devida. Um 911 a 150 km/h não é a coisa mais silenciosa do mundo, e vinha com os faróis acesos. Ela pode não ter visto, ou calculado mal a velocidade do carro, mas errou. Não deveria ter pago com a própria vida, mas nem sempre as punições da vida são justas. É revoltante, claro, ver o dono do 911 pagar fiança e andar solto por aí, mas como o acidente teve repercussão, é até provável que esse cara pegue uma cadeira.
Mas o assunto a ser abordado pelo M4R não é esse.
Quantas pessoas hoje compram SUVs para rodar na cidade, olhando o trânsito de cima e sentindo-se mais seguros? Quantas pessoas acreditam que um jipão vai se sair melhor no caso de um acidente? Quantos donos de Hilux enfiam seu carro na frente dos outros, impondo-se de forma grosseira por meio do tamanho?
Pois bem: a motorista da Tucson, um SUV, morreu. O motorista do Porsche 911 – e quem já viu um de perto sabe que é um carro pequeno e baixo, pouco maior que um Focus – está vivo. De nada adiantou a Tucson ser grande, pesada, alta, e tudo mais.
Muito mais importante do que estar num SUV é dirigir direito. Isso sim previne acidentes.
Comentários
O que eu gostaria de colocar é que o Porsche, mesmo pequeno, se utiliza de grande quantidade de aço Boron, por isso seu "pilotóide" não morreu e nem se feriu gravemente... Já o Tucson, além de não usar o aço Boron, foi reprovado em teste feito pela IIHS nos EUA simulando capotamento, ano passado, então o fato de se estar numa SUV realmente não significa muita coisa, agora, o triste consumidor brasileiro (triste pois pensa que é rei, qdo na verdade é enganado -e bem)compra algo pensando ser o "melhor do mundo"... fui...
Sobre o motorista do porsche, nem se fala né. Total irresponsabilidade!
Os fatos devem ser analisados com racionalidade, não com emoção, igual ao que está fazendo aquele zé buceta chamado JOSÉ LUIZ DATENA, um sensacionalismo BARATO E SEM VERGONHA!
Agora é simples: a mulher morreu e o cara não, pois foi atingida na lateral pela frente do Porsche.