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Mostrando postagens de 2008

Feliz 2009!

O teste do Prisma encerra as atividades do M4R em 2008. Gostaria imensamente de agradecer todos os leitores pela assiduidade e também pelos comentários que sempre ajudam a tornar este blog melhor. Que todos nós possamos em 2009 optar por carros seguros, modernos e bons de dirigir, independente da categoria. Voltamos na primeira semana de janeiro.

Chevrolet Prisma Maxx 1.4 Econo.Flex

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Existe alguma coisa na linha de produtos da GMB (General Motors do Brasil) que me escapa. Que os carros são ruins, isso a imprensa especializada já indicou. Muitos dos brasileiros que entendem de carro também já abandonaram a linha GM. Se é assim, como a marca se mantém rivalizando pela liderança de vendas nacionais com Fiat e VW? Claro que não se pode desconsiderar a absoluta maioria da população que considera o carro um meio de transporte. Ou que até alega gostar e entender do assunto, mas tende a supervalorizar o design externo e o “status” em detrimento das qualidades que fazem um carro realmente bom. E existe a prática de vender carros. Não espanta ninguém os compradores de carros japoneses que não abandonam a marca de jeito nenhum, apesar de o mercado oferecer opções melhores a preços mais justos, pois com as montadoras japonesas eles têm o atendimento e o pós-venda que sempre sonharam. Isso acontece na GM? Não, claro que não. Mas eles sabem vender carros. Juro zero. Ou juros bai

Os 10 mais... divertidos

A Car and Driver (C/D), única publicação brasileira impressa sobre automóveis que merece ser lida, fez uma lista dos dez melhores carros testados em 2008, na verdade os carros mais divertidos, segundo eles próprios. Claro que há uma procura em representar todas as categorias; não dá pra fazer uma lista dessas e citar só Paganis Zonda e quetais. Alguns eram óbvios: BMW M3 (recém-eleito o melhor sedã esportivo do mundo pelo Top Gear britânico), Mercedes-Benz E63 AMG (mostrando que os níveis estúpidos de potência que a AMG tem colocado nas Mercedes têm dado resultados), Nissan 350Z (o carro mais divertido a menos de R$ 200 mil no Brasil) e Civic Si (o melhor esportivo nacional). Mas os outros... Chevrolet Captiva É o carro mais barato que vale a pena comprar na linha da GM, considerando que todo o resto da linha seria mais útil se o ferro fosse usado para fazer porta-retratos. Ótimo acabamento, câmbio avançado, porte e um super V6 sob o capô que é o real destaque do carro. É um custo-bene

Corte do IPI: a burrice

E o governo decidiu reduzir o IPI abusivo cobrado dos carros atualmente. A faixa de 1 litro terá redução total (de 7% para 0), e os carros com motorização até 2.0, estes incluídos, terão o imposto cortado pela metade, de 13 para 6,5%. E isso é burro de várias formas. Em primeiro lugar, segue incentivando a existência da absurda categoria dos carros 1.0. São motores que existem praticamente apenas no Brasil, e portanto não servem como plataforma de exportação. Em segundo lugar, são motores muito pequenos com sérias dificuldades para render torque e potência suficientes para um uso urbano e principalmente rodoviário decente. A solução encontrada pelas montadoras foi reduzir ao extremo as relações de marchas, o que leva a rotações abusivas, acima de 4 mil giros, em velocidades de estrada. Isso gera ruído, diminui a vida útil do motor e, principalmente, aumenta drasticamente o consumo de combustível. Todos estaríamos melhor com motores 1.4 e câmbios mais longos. E sabe o motivo técnico pel

As promessas

Uma pena que o empréstimo vá sair. A GM deveria pagar o preço. http://www.autonews.com/assets/PDF/CA59166128.PDF

O iluminado

Essa nova lei que regulamenta o uso do Xenon em carros é um dos poucos lapsos de brilhantismo (sem trocadilhos) que ainda temos neste país. É inadmissível o sujeito colocar uma luz fortíssima que ofusca todo mundo só porque o mancebo motorista quer ter uma iluminação discutivelmente melhor no carro dele – pois um xenon mal regulado não é melhor que uma lâmpada correta original de fábrica. Pior ainda quando o objetivo é puramente estético, "o carro fica lindo de luz azul". E tome xenon de 12.000K, aquela luz violeta que mais escurece do que ilumina (para quem não sabe, a medição de temperatura em Kelvin tem a ver com a temperatura da cor e não a iluminação. Um carro com lâmpadas comuns gera uma luz amarelada de mais ou menos 3000K. A iluminação branca vai até uns 6000K. A partir disso, a coisa fica cada vez mais azul e depois violeta. E uma iluminação de 6000K não é mais forte que uma de 4000K). Além disso, não importa se é um kit de qualidade ou um kit porcaria: os faróis dos

Bons produtos, mas o gerenciamento...

Os leitores que me privilegiam ao acompanharem este blog há algum tempo sabem que tenho um nojo profundo do mau gerenciamento. É culpa de gerentes e diretores idiotas que nós dirigimos hoje carros com defeitos tão cabais, tão atrasados tecnologicamente em relação ao que há de melhor no mundo hoje. Se é que isso serve de consolo, aparentemente os executivos americanos não são muito melhores. Ao trabalharem mirando o lucro no curto prazo há décadas, eles chegaram hoje a uma posição tão insustentável que o respeitado colunista de economia da revista online Slate já declarou que a indústria automotiva americana falhou. Fixando no tema nos produtos – e essa é uma questão muito além do line-up de produtos em si – eu consigo entender o problema da Chrysler, por exemplo, que produz ótimos carros de nicho, que não vendem nada (como minivans e super esportivos), e tinha seu forte na linha de jipões que, como sabemos, são beberrões de gasolina inveterados e os americanos não os querem mais. Tanto

Olé!

Cortesia do incrivelmente bom Argentina Auto Blog: “Nadie pretende que produzcan a pérdida, pero lo menos que podemos pretender es que parte de las rentabilidades que obtuvieron en los últimos años sean reinvertidas para mantener el nivel de actividad y el empleo de los argentinos. El acuerdo lo vamos a discutir terminal por terminal, porque no son iguales todos los modelos, pero la idea es seguir sosteniendo a un sector que entre obreros de producción, autopartistas y concesionarios representa a 150 mil puestos de trabajo”, agregó. É um discurso da presidente Cristina Kirchner de hoje, anunciando um plano de recuperação para a economia argentina. É dinheiro do povo para que as montadoras reduzam a margem de lucro e pensem, ao menos uma vez, nos consumidores. E o Lula lá, preocupado em soltar o Daniel Dantas.

Renault: compromisso com a vida

Para a Europa: novo Mégane 3, cinco entrelas (nota máxima) nos crash-tests do órgão europeu idependente NCAP. Para o Brasil: Sandero, três estrelas nos crash-tests do órgão europeu independente NCAP, e isso na versão com ABS e air-bag duplo.

Salão do Automóvel 8: as japonesas e coreanas

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A melhor coisa do estande da Toyota era a Hilux que chegou ao Pólo Norte, num evento devidamente filmado pelo Top Gear. De resto, nada de novo. O Fit novo era a atração no estande da Honda. Não há o que questionar num ponto: o carro melhorou assombrosamente em relação à geração anterior, coisa que nem sempre se pode falar (Gol G3 / G4, por exemplo). É um carro mais maduro, com menos cara de carro popular japonês. Mas pelo preço que a Honda pede, esquece. Não tem como. Um carro espetacular da Honda é o Civic Si. Virou a referência em carros esportivos no Brasil, e é de fato muito interessante pela combinação de praticidade e esportividade, como uma BMW M5 em miniatura. A Nissan trouxe o GT-R, que é o herdeiro legítimo do Skyline, uma lenda no mundo do tuning. Carro bonito, elegante, mal-encarado, e que não é vendido aqui, uma pena. Poderia repetir o sucesso do irmão 350Z. A Livina é um monstrengo, uma Kombi melhorada. A linha Subaru dá dó de tão feia, coitados. Um carro bonito não prec

Salão do Automóvel 7: as francesas

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A Renault estava no Salão? Ah é, tinha um estande lá com umas mulheres dançando. Mas eu me recuso a compartilhar o mesmo espaço que um Logan, então nem dei bola. A Peugeot estava com um estande de ótima localização, ao lado da Ferrari. E pegou leve na pirotecnia, outra qualidade – só de tempos em tempos que começava um som ensurdecedor, desnecessariamente alto. Falta à Peugeot um carro aspiracional, de desejo. Eles lançam uns conceitos incríveis de vez em quando, como aqueles inspirados em naipes do baralho, mas essas máquinas não ganham as ruas. Alguém aí sonha com um 607? Ou melhor ainda, como falaram brilhantemente no Top Gear outro dia: “alguém aí sabe de algum motivo para se comprar um Peugeot?”. Mas a grande dúvida era: como a aberração nacional, o 206,5, conviveria com o 207 europeu? A Peugeot resolveu de maneira muito simples: não trouxe o carrinho. Ou melhor, trouxe, mas apenas na versão conversível. Ou seja: o aspiracional, bonitão, conversível, com a modelo coxuda dentro, é

Salão do Automóvel 2008 6: Ford

A vereadora paulista Mara Gabrili teria um troço ao ver a quantidade de escadas no estande, totalmente contra os cadeirantes. Pelo menos não tinha muita pirotecnia. 320 Edges expostos, e resumo: quem comprar ganha um atestado de otário e precisa jurar que o Dunga é o melhor técnico que a seleção brasileira já teve. Da linha atual, uns estudos sobre o Ka, não muito interessantes a não ser pelo fato de que um deles usa os retrovisores externos e o volante do Fiesta europeu novo. Um otimista incorrigível poderia dizer que a Ford brasileira já começa a lidar com as peças do carro, será que teremos aquele show de compacto por aqui? O Verve, aliás, é o conceito que inspirou o Fiesta novo e o carro é tão revolucionário no design dos compactos quanto o 206 foi nos anos 90. Será a nova referência. Mustang já deu né? Por mais que o 500KR seja bonito, intimidador e muito forte, é o terceiro salão seguido que a Ford traz e dá destaque ao carro, e nada de trazê-lo. Então chega. Focus (ou Foci, no p

Uma voz sensata

Nossa imprensa automotiva é toda chapa-branca; tem o rabo preso com as montadoras, que lhes cedem os carros, mas que principalmente, lhes anunciam e pagam os salários dos repórteres e dos editores. O resultado é o que se vê por aí, Corolla com melhor dirigibilidade que Focus, Astra como melhor compra da categoria, e outros absurdos inomináveis. Com a exceção talvez da Car and Driver, tenho admirado seu posicionamento. Tudo isso para mostrar quão brilhante é o editorial escrito pelo Fabrício Samahá no melhor site especializado em automóveis do Brasil, o BCWS, que cito aqui constantemente. Fico feliz em ver uma pessoa com tamanho conhecimento, e liderando um site tão respeitado e visitado como o BCWS, compartilhando do ponto de vista deste humilde autor. O texto já repercute no orkut e na blogosfera. Tomara que o departamento de imprensa da GM fique sabendo deste editorial e reclame com a engenharia que "com essas porcarias de produtos que temos aí, não dá". Pois não dá mesmo.

O fim da GM

Desculpem atropelar a cobertura do Salão do Automóvel, em breve eu volto com o tema. Mas não posso não comentar sobre a situação atual da GM. A empresa enfrenta uma crise sem precedentes, já gastou quase todo seu caixa com despesas operacionais, e vê as vendas de carros novos caindo nos mercados importantes. Afinal, ao invés de falar que 60% de suas vendas são feitas fora dos EUA, vale mencionar os 40% de carros que ainda são vendidos lá. E este é um mercado em grave encolhimento, de 16 para 13 milhões de unidades vendidas em 2008. Além disso, a recessão já chegou também à zona do Euro e ao Japão, mostrando que as economias maduras e que ainda respondem pelo maior volume de vendas de carros também têm sofrido. Nos mercados emergentes, de acordo com uma reportagem especial de 14 páginas feita recentemente pela revista The Economist, a GM está fora do mercado indiano, mas tem boas participação nos outros três países do BRIC. A GM é a segunda montadora da China em vendas, mas o mercado te

Tráfego de São Paulo em 2015

Se os prefeitos e governantes não se conscientizarem que a circulação de motos precisa ter limites.

Salão do Automóvel 2008 5: GM – Chevrolet

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O que esperar de uma marca que produz Classic, Celta, Astra, Vectra e S10? COREOGRAFIAS! E era esse o show do estande da GM, quanta coisa ridícula, minha nossa. O estande tinha uma parte cavernosa, com toda a linha atual produzida no Brasil e que ninguém estava visitando. Para sorte da GM brasileira, os colegas de empresa lá fora têm feito carros interessantes. O Omega (feito na Austrália) estava aberto. O redesenho do carro deixou-o muito interessante, realmente classudo e elegante como os melhores sedãs europeus, bem diferente da primeira fornada de Omegas australianos e aquela cara de carro coreano. O interior é bom, embora inferior ao dos sedãs alemães da mesma classe (A4, Classe C, Série 3). Ainda assim um carro portentoso pelo motor V6 acima de 250 cv e tração traseira. Belíssimo carro executivo. O Malibu (GM americana) não é tão bonito quanto o Fusion (o atual, que o novo é medonho), mas é mais imponente, e tem um acabamento no mínimo equivalemte. O exposto era o Híbrido – que

Salão do Automóvel 2008 4: Volkswagen

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(foto: painel do Passat CC) Bom, muito bom. Claro, totalmente dispensável o teatro e o show de músicas. Mas isso já comentei. A VW tem uma linha mundial de produtos muito consistente, e por isso se beneficia nessas exposições – ainda mais que a prima rica Audi foi uma falta grave do evento. A escola de design da VW está realmente surpreendendo. O conversível Eos é lindo, realmente um carro desejável. A perua Passat Variant esportiva, embora não tenha o brilho das peruas esportivas da Audi, é um carro bonito e provavelmente muito bom de dirigir. A própria picape Robust, apresentada como conceito, é muito instigante e tem tudo para quebrar as pernas da S10 no meio se a VW lançá-la como se deve, com motor flex e preço competitivo. Totalmente dispensável a Kombi tunada (parem de produzir esse lixo) e a linha BlueMotion. Antes de apresentar esses conceitos nada a ver, que tal alongar as marchas de todos os carros da linha (mesmo os VW 1.0 têm relações curtas demais) e dar uma retrabalhada

Salão do Automóvel 2008 3: Fiat

Vamos por ordem do ranking de vendas. Assim como em 2006, o estande da Fiat é só linha Adventure. Tinha uma selva no meio com toda a linha Adventure em exposição, embora baste tomar um táxi para andar em Idea/Palio/Doblò Adventure. Outras trivialidades eram versões especiais da Idea (boring), Stilo (very boring) e mais ou menos uns 418 Lineas em exposição, com e sem Dualogic, 1.9 e T-Jet. Aliás, curioso notar que um dos T-jet expostos, com o interior bege e numa daquelas plataformas que deixam o carro girar, já estava com o interior todo sujo e pisado. Definitivamente não é uma boa apresentação para os carros de interior claro. É interessante notar que em 2006 a Fiat expôs o Croma perua, seu topo de linha na Itália e um carro de aparência e acabamento excelentes. Hoje que ela tem o Linea, não trouxe nenhum de topo europeu, para não compararmos o acabamento de verdade dos europeus com o "inspirado" no Punto que o Lina carrega... Destaque: Fiat 500. Por fora, o carrinho é uma g

Salão do Automóvel 2008 2: a organização

Anhembi não dá mais. Aquela monstruosidade sem ar-condicionado não tem como. Quando você conhece outros espaços bem melhores, como o Earl’s Court em Londres, você percebe o quanto o Anhembi é inadequado. Fora a péssima localização, para ir de metrô você precisa fazer um translado de busão, quer coisa mais terceiro mundo do que isso? Para ficar no mesmo exemplo, o metrô de Londres tem uma ESTAÇÃO chamada Earl’s Court. Sugestão de onde fazer? Não sei. Derrubem uns prédios abandonados na Cracolândia e construam lá, do lado da estação da luz. Ou ao menos botem um metrô e ar-condicionado no Anhembi. A quantidade de pessoas é absurda. Fui durante a semana e após 16h já estava insuportável, e isso com os ingressos a 30 reais. Ninguém da organização pensou nisso, é preciso estudar esse fluxo pois a coisa está beirando o ridículo. Algumas sugestões: - Criar dias ou horários VIPs, com ingressos acima dos 200 reais e quantidade limitada; - Aumentar o tempo de exposição (mais dias no Anhembi) e ta

Preços do novo Fit

Desculpem interromper a cobertura do Salão, mas é que a Honda acaba de divulgar quais serão os preços do novo Fit. Evidentemente que, neste nível absurdo de valores, nem se o Fit fosse pintado de ouro. A seguir estão os preços e, ao lado, uma opção de um carro muito melhor pelo mesmo dinheiro. 1.4 LX (mecânico), R$ 52.340 - Fiat Punto 1.8 HLX recheado de opcionais 1.4 LXL (mecânico), R$ 56.270 - VW Polo Sedan 2.0 Flex Comfortline 1.4 LXL (automático), R$ 60.160 - Chevrolet Vectra Expression 2.0 automático 1.5 EX (mecânico), R$ 60.020 - Fiat Linea 1.9 16v 1.5 EX (automático) R$ 63.920 - Citroën C4 Pallas 2.0 16v Flex automático 1.5 EXL (automático), R$ 69.750 - Ford Focus Ghia hatch 2.0 16v automático Que ridículo.

Salão do Automóvel 2008 1

As modelos Há dois anos eu escrevi neste mesmo blog que achava as modelos uma adição desnecessária ao salão. Hoje eu concordo mais ainda. Elas não estão lá para dar informações ou ajudar na orientação. Elas estão lá para exibirem seus corpos esculpidos na academia e rostos esculpidos no cirurgião à platéia masculina faminta. O pior, no entanto, não é isso. É quererem dar a isso uma aparência digna. E aí tome modelos usando belíssimos vestidos longos, como se fossem a um casamento. Qualquer um que já tenha ido a um salão de tuning sabe que lá a coisa é mais visceral: modelo só gostosona de short e top, e o resto é conversa. A galera do tuning pelo menos assume qual é a função da mulher no evento. Já no salão do automóvel, a coisa fica em cima do muro. Vamos deixar a hipocrisia de lado: ou coloca as mulheres como os homens gostariam de ver, a la concurso da camiseta molhada, ou rua. O segundo ponto é que as modelos atraem pessoas indesejadas ao lugar. Quando você tem um evento que passo

Cobertura do Salão do Automóvel

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Caros, desculpem. Pequeno atraso. Espero amanhã já subir o primeiro texto. Enquanto isso, um belíssimo visual.

Salão do Automóvel de São Paulo

E aguardem: a única cobertura de verdade do Salão do Automóvel de São Paulo aparecerá aqui mesmo neste blog a partir da próxima terça, dia 4 de novembro. Por que este jornalista vai com o povão, e não com o ar-condicionado.

Procura-se desenhista criativo

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O de cima é o Voyage. O de baixo é o Chevrolet Aveo, montado no México e já vendido com sucesso em países como Venezuela e Equador, e que agora está chegando à Argentina. Vem com motor 1.6 16v de 103 cv em opção unicamente a gasolina, provavelmente substituindo o Astra (para o Brasil não deve vir, é muito moderno para a GM do Brasil, imagine se eles iriam se atrever a lançar um carro com motor 16v?). Eu tenho a nítida impressão que foi o mesmo projetista que desenhou os dois; repare nas portas e na curva suave de saída na traseira. Praticamente só as lanternas traseiras os diferenciam. E dá-lhe mesmice! Enquanto isso, o lindo Voyage fastback, parecendo um Passat CC, mofa em algum arquivo escuro na VW.

Estande Lago Ness

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Nossa Renault, como você é ridícula. Colocasse um monte de gelo no lugar desses carros e o espaço de seu estande no salão do automóvel seria mais bem aproveitado, pelo menos teríamos água ao final do evento. Muito antes de adesivos, um carro verdadeiramente interessante se faz com design, engenharia, motorização, NVH (noise, vibration and harshness). Não adianta pegar umas porcarias com o retrovisor igual dos dois lados, entupir de adesivos e falar que ficou bonito. Monstrengos.

NBSR: Ford Edge

A Ford acaba de divulgar que trará para o Brasil diretamente do Canadá o Ford Edge, mais um daqueles crossovers que eu não entendo para que servem. Mas é um belo carro, espaçoso, com um motorzão. Eu prefiro um sedã, mas tudo bem. O Edge é concorrente direto do Captiva nos EUA, que lá é vendido pela GM sob a marca Saturn, como Saturn VUE (não deixa de ser um elogio, pois a Saturn representa os carros menores e mais “europeus” da GM no mercado norte-americano). O Ford Edge top de linha, V6 Limited com tração integral, é vendido por lá a 33.640 dólares. O Saturn VUE, na mesma configuração V6 topo de linha com tração integral, sai por US$ 29.900, portanto bastante competitivo. O Edge é penalizado por ser feito no Canadá, e portanto por pagar 35% de imposto de importação, ao contrário do Captiva/VUE, feito no México. O Captiva chega aqui por R$ 93 mil, já um preço abusivo e injustificável em relação ao que é praticado na venda no México e nos EUA. O Edge? Ah, esse vem por CENTO E CINQÜENTA

GM: Discussão estratégica

Sabe aquele seu amigo perna de pau, que não jogava bola nenhuma, mas ficava tentando tanto que você não conseguia mais sentir raiva dele por prejudicar o time, e só ficava com pena, ou então achava engraçado? Essa é a GM. É tanta estupidez e boçalidade junta que só passando a mão na cabeça mesmo. O Classic será remodelado na linha chinesa, como o blogauto já antecipou. Se ficou bonito ou feio, pouco importa, esse carro tem de morrer. Se não é bom o suficiente para os países desenvolvidos, então não quero, e que se dane. Ultimamente peguei uma birra tão grande desse carro que, se vou pegar um táxi e o primeiro da fila é um Classic, espero sair para pegar o segundo. Carro apertado, lerdo, horrível de dirigir, credo. Já a linha Corsa, que é composta por carros razoáveis, sai de linha definitivamente para dar lugar ao projeto Viva, uma outra porcaria de suspensão antiquada e construção barata para países emergentes, na linha do Logan, mas sem um design tão atroz. Outro lixo sobre rodas, e

Novo Focus visitado

É interessante ver o Focus na parte mais elevada das concessionárias. Quem freqüenta os salões de venda da Ford sabe que, por muito tempo, este foi o lugar de exposição destinado ao EcoSport (que desperdício) e ao Fusion, esse sim um automóvel digno de exposição. Pois qual não foi a minha surpresa ao chegar na concessionária e ver, todos pimposos, dois exemplares do novo Focus no local mais elevado do recinto: um hatch preto e um sedã prata, ambos GLX, o segundo automático. Essa disposição já mostra que a Ford realmente “mean business” com a nova linha. Parece finalmente ter cansado de fazer apenas figuração após anos com o melhor carro do segmento e vai para as cabeças. Não que isso importe muito para o comprador típico de Civic e Corolla, mas ainda assim. O carro é bastante imponente, ainda mais no segmento dos hatches onde estamos há anos comendo cozidos de gerações atrás (Astra, Stilo, Golf). Mostra que é atual. Já o sedã é mais classudo, e embora a traseira de fato não seja apaixo

Teste: Fiat Stilo 1.8 8v Dualogic

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O mesmo amigo que escreveu o teste do Fusion também conseguiu dirigir o Stilo Dualogic. Nunca gostei do carro (design alemão com engenharia italiana, quando deveria ser o contrário) por fugir de todo o conceito italiano de fazer automóveis – é mais do mesmo, sem o refinamento dinâmico do Focus, o acabamento e dirigibilidade do Golf ou mesmo a potência do Astra. Já dirigi o Stilo com o falecido motor 1.8 16v, e achei mais ou menos. Vem aí o Bravo, esse sim um legítimo herdeiro da tradição italiana de se fazer automóveis. A Fiat vem apostando bastante no câmbio Dualogic, a ponto de acreditar que ele pode substituir um automático convencional no Linea, sedã de topo. Será? Veremos então como o câmbio se comporta no Stilo. Por fim, uma propaganda: este amigo é chef e possui um programa muito interessante de cozinhar para jantares comemorativos. Você quer fazer uma reunião com amigos em casa? Ele pode tanto fazer o jantar para você ou promover uma aula coletive em torno dos pratos do jantar

Piorar é legal

Admirador do Focus, fiquei um tanto indignado quando a 4R afirmou, em seu comparativo de capa da edição de outubro, que o Linea possui um acabamento melhor. Soava no mínimo estranho, pois o Focus antigo possuía um dos melhores acabamentos da categoria – competitivo com o do Golf, que por sua vez era muito parecido com o do Passat, carro de classe superior. A solução seria comparar dos dois. Mas o Focus ainda não está disponível nas concessionárias, em mais uma jogada brilhante da Ford: faz o evento de lançamento do carro em Bariloche, convida toda a imprensa da América Latina, disponibiliza o carro para avaliações das revistas especializadas (o Focus foi capa das maiores e mais conhecidas publicações do segmento durante todo o mês de setembro), obtém excelentes resultados de mídia, e na hora que o comprador vai à concessionária conhecer e comprar o carro... Não tem nada! Genial! Brilhante! Espetacular! Aí o consumidor injuriado vai na Honda e leva um Civic. E a Ford não entende como o

Adianta um carro bom?

Como é porco o atendimento em concessionária. O pessoal parece que se contenta em ganhar aquele salário medíocre e não faz o mínimo esforço para satisfazer o consumidor. Incrível, acho uma classe de profissionais (????) tão ridícula quanto os políticos. Não estão nem aí. Se alguém me disser que comprou um Civic ou um Corolla puramente pelo atendimento decente que as concessionárias dessas marcas têm, eu entendo. O resto é muito ruim de serviço. Gente ridícula e ignorante. Bando de vidas sem sentido.

Quando é preciso ser racional. Ou não.

Recentemente tivemos dois comparativos entre sedãs pequenos nas revistas Quatro Rodas (4R) e Car and Driver (C/D). Na primeira, o Logan ganhou o embate contra Fiesta, Voyage, Siena e Prisma, na ordem. Na segunda, o Voyage 1.6 ganhou de Logan 1.6 e de Fiesta 1.6. Peguei-me concordando com o resultado de ambos os comparativos, o que é insólito, pois Logan, Voyage e Fiesta estiveram em ambos, mas com posicionamentos diferentes. O que acontece? É tudo uma questão de lidar com a expectativa do consumidor. No caso do comparativo da 4R, de sedãs 1.0, motorização e dirigibilidade estão realmente abaixo da média em todos os carros, e quem busca um carro nessa categoria não está preocupado com esses quesitos – ou até está, mas a situação financeira ou a necessidade de espaço não permitem outra compra. Isto posto, a compra de um sedã 1.0 é racional por opção. “Não tenho mais dinheiro para um sedã 1.4”; “a família cresceu e preciso trocar motorização por espaço”; “não ligo para desempenho, quero e

Breves Lineas

O Linea estreou perdendo um comparativo no Jornal do Carro (como informou o 6000 giros ) e também perdendo do Focus na 4R. Vou tentar dirigir o danado no final de semana, mas já digo já: se é pra começar a carreira tomando bucha, não é melhor investir um pouco mais? Suspensão refinada, motor mais atualizado, câmbio que não seja Duailógico... Parece a Ford lançando o Focus só a gasolina. Quem é o imbecil que toma essas decisões? Ou então a galera que achou válido lançar o Vectra com plataforma de Astra, economizaram custos e queimaram o nome do carro e da GM... Tem os espertões ainda da VW que acham que o Fox tem lugar na linha e que o 2.0 de 120 cv é um motor válido... Afe, e pessoas ganham bem pra isso. Se eu tomasse esse tipo de decisão, já tinham me mandado embora. E depois falam que o mercado tá difícil... Tem é muita gente fraca trabalhando.

Ford: Discussão estratégica

Quero reproduzir aqui alguns trechos de uma excelente entrevista realizada pelo Carro Online com Antônio Baltar, gerente de marketing da Ford. São partes excelentes – parabéns ao site pela entrevista. Meus comentários abaixo de cada trecho: “Por que o modelo que virá para o Brasil não tem máscara negra nos faróis, airbags laterais e de cortina, além de xenônio?” Antonio Baltar – Como o Focus faz parte de uma plataforma global, esses itens, desenvolvidos para o mercado europeu, podem sim ser adotados aqui, porém, é um estudo para um futuro próximo, na versão Ghia. A Ford acredita que oferecer o airbag duplo de série já representa uma competitividade para o segmento já que alguns rivais têm esse item apenas como opcional. Foi falha da Ford não oferecer os air bags laterais e de cortina ao menos como opcionais na versão Ghia. A Fiat fez um estudo melhor de mercado ao lançar o Linea e colocou esses bags como opcionais em toda a linha por pouco mais de R$ 2 mil. Ford, pisou na bola. Espero

Luz no fim do túnel

Independente de gostar mais do Focus ou do Linea, vamos parar um pouco e observar este momento. Finalmente começamos a colher os frutos de cinco anos ininterruptos de crescimento chinês nas vendas de automóveis no Brasil. Por anos e anos fomos obrigados a comprar carros defasados, antiquados, com conceitos obsoletos, poucos equipamentos e um preço abusivo. O preço abusivo continua, mas agora ao menos temos boas opções de compra. No segmento de entrada, temos um Gol renovado. Justo o Gol, que por anos a fio carregou o estigma de carro antiquado e obsoleto, é hoje o mais moderno da categoria, e compartilha a mesma base mecânica de dois carros – Fox e Polo – que são vendidos tal e qual na Europa. Embora na linha imediatamente superior de categoria não tenhamos nada realmente moderno (Corsa, Palio, Fiesta não são iguais aos Europeus), a situação muda na categoria que chamamos de compactos “premium”. Apesar do vergonhoso Peugeot 206,5, Punto, Fit e Polo ainda são similares aos europeus, com

Fiat Linea: primeiras impressões

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Começaram a pipocar na Web as primeiras avaliações do Linea. E quero começar com o pé na porta, fazendo duas críticas severas: 1. O acabamento é igual ao do Punto. Em se considerando que o acabamento do Punto não é o melhor nem em sua classe – perde para o Polo – isso não é mérito nenhum. A Fiat se esmerou no tecido e no couro dos bancos, mas isso não justifica o uso de plásticos duros nas portas e no topo do painel, por exemplo. Além disso, notem como apenas uma parte mínima da porta do Linea é revestida em tecido: o resto é plasticão mesmo. Aí não dá, né dona Fiat? A não ser que esses plásticos sejam muito melhores ao vivo do que em fotos; a ver. 2. 61 mil reais pela versão de entrada? Haha, sujeito tá burro demais. Com essa mesma grana levo pra casa um Focus: suspensão mais avançada, mais gostoso de dirigir, igualmente moderno, projeto de classe mundial, motor com 13 cv a mais e similarmente mal equipado (já está na hora dos carros de R$ 60 mil virem de série com side bags, ar digit

Jornalismo de verdade

O dia em que alguma revista tiver culhões de publicar uma matéria como esta , colocando a Peugeot no seu devido lugar, bem como fazendo outros comentários importantes, eu passo a acreditar no jornalismo automobilístico brasileiro. Porque os argentinos estão ganhando de lavada.

Teste: Hyundai Azera 3.3 V6

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Para entendermos o Azera, é preciso primeiro entendermos a política de preços da Hyundai. Ao contrário da GM e seus preços abusivos para carros medíocres, a Hyundai compete oferecendo seus carros a um preço significativamente menor que a concorrência. Assim, embora seus carros de uma maneira geral ainda não exibam o mesmo refinamento e capacidade em termos de engenhariaa, o fato de serem bem mais baratos acaba compensando a diferença. Estou, é claro, tomando os melhores carros concorrentes como parâmetro, pois evidentemente existem carros bem caros e que não oferecem tantas qualidades pelo preço. Por outro lado, é fato que a qualidade produtiva da Hyundai tem melhorado a passos largos, de maneira que a diferença entre um carro coreano e um similar de uma grande fabricante européia ou americana é muitas vezes pouco significativa. O Azera é concorrente de uma categoria de carros ilustres, que compõem o segmento mais expressivo nos EUA em termos de vendas. Por ali circulam nomes de peso: