Corte do IPI: a burrice
E o governo decidiu reduzir o IPI abusivo cobrado dos carros atualmente. A faixa de 1 litro terá redução total (de 7% para 0), e os carros com motorização até 2.0, estes incluídos, terão o imposto cortado pela metade, de 13 para 6,5%.
E isso é burro de várias formas.
Em primeiro lugar, segue incentivando a existência da absurda categoria dos carros 1.0. São motores que existem praticamente apenas no Brasil, e portanto não servem como plataforma de exportação. Em segundo lugar, são motores muito pequenos com sérias dificuldades para render torque e potência suficientes para um uso urbano e principalmente rodoviário decente. A solução encontrada pelas montadoras foi reduzir ao extremo as relações de marchas, o que leva a rotações abusivas, acima de 4 mil giros, em velocidades de estrada. Isso gera ruído, diminui a vida útil do motor e, principalmente, aumenta drasticamente o consumo de combustível. Todos estaríamos melhor com motores 1.4 e câmbios mais longos. E sabe o motivo técnico pelo qual o governo optou pela faixa? Lobby da Fiat no início dos anos 90, que já tinha um motor muito próximo a essa cilindrada (o 1050 que equipava o 147). Só.
Em segundo lugar, a redução é mínima. Estima-se que o preço de um carro caia mais ou menos 1500 reais com a redução, ou seja, menos de 5% de um modelo de entrada. Se 5% de desconto resolvesse, garanto que o varejo não estaria em crise. Se o governo tivesse um comprometimento real com a situação, a redução de impostos seria bem maior.
Em terceiro lugar, e mais absurdo de tudo, é que mais de 70% das vendas de carros hoje são feitas dando-se um usado na troca, seja vendendo esse usado para particulares, lojas independentes ou concessionárias. Com o carro zero mais barato, quem vai querer um usado? Pois é. O usado desvaloriza ainda mais e a diferença de preço que as pessoas precisam pagar, para inteirar o valor ridículo oferecido no usado, é o mesmo do que se o desconto não existisse. Com os usados desvalorizados, fica mais difícil trocar de carro para a maioria do mercado consumidor deste segmento. E como o objetivo do pacote é estimular o consumo e não dar o primeiro carro a quem não tem, a medida é burra.
E aí Lula, já soltou o Daniel Dantas? Pois de mercado automobilístico, meu caro, entendes tanto quanto de língua portuguesa.
E isso é burro de várias formas.
Em primeiro lugar, segue incentivando a existência da absurda categoria dos carros 1.0. São motores que existem praticamente apenas no Brasil, e portanto não servem como plataforma de exportação. Em segundo lugar, são motores muito pequenos com sérias dificuldades para render torque e potência suficientes para um uso urbano e principalmente rodoviário decente. A solução encontrada pelas montadoras foi reduzir ao extremo as relações de marchas, o que leva a rotações abusivas, acima de 4 mil giros, em velocidades de estrada. Isso gera ruído, diminui a vida útil do motor e, principalmente, aumenta drasticamente o consumo de combustível. Todos estaríamos melhor com motores 1.4 e câmbios mais longos. E sabe o motivo técnico pelo qual o governo optou pela faixa? Lobby da Fiat no início dos anos 90, que já tinha um motor muito próximo a essa cilindrada (o 1050 que equipava o 147). Só.
Em segundo lugar, a redução é mínima. Estima-se que o preço de um carro caia mais ou menos 1500 reais com a redução, ou seja, menos de 5% de um modelo de entrada. Se 5% de desconto resolvesse, garanto que o varejo não estaria em crise. Se o governo tivesse um comprometimento real com a situação, a redução de impostos seria bem maior.
Em terceiro lugar, e mais absurdo de tudo, é que mais de 70% das vendas de carros hoje são feitas dando-se um usado na troca, seja vendendo esse usado para particulares, lojas independentes ou concessionárias. Com o carro zero mais barato, quem vai querer um usado? Pois é. O usado desvaloriza ainda mais e a diferença de preço que as pessoas precisam pagar, para inteirar o valor ridículo oferecido no usado, é o mesmo do que se o desconto não existisse. Com os usados desvalorizados, fica mais difícil trocar de carro para a maioria do mercado consumidor deste segmento. E como o objetivo do pacote é estimular o consumo e não dar o primeiro carro a quem não tem, a medida é burra.
E aí Lula, já soltou o Daniel Dantas? Pois de mercado automobilístico, meu caro, entendes tanto quanto de língua portuguesa.
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