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Mostrando postagens de 2005

Ainda Vectra x Corolla

É simples explicar porque a Toyota vem crescendo constantemente nos últimos anos, apesar da crise apregoada pela indústria automobilística. Claro, muito disso tem a ver com métodos e processos mais eficientes, como já foi dissecado em diversos livros sobre o jeito nipônico de se gerar uma multinacional. O argumento que eu defendo é do ponto e vista do consumidor – quando a Toyota lança um carro, ela não brinca em serviço. Ou melhor, brinca em carros de nicho, de segmento, carros que existem justamente para brincar. Um exemplo é o Toyota Scion, minicarro japonês totalmente bizarro cuja função é justamente essa – ser bizarro. Agora, vai pegar um carro da Toyota com sérias pretensões de mercado pra você ver. Ele pode não ser o melhor da categoria em nenhum atributo, mas definitivamente não tem nenhum argumento absolutamente contra si. No Brasil, o Corolla quadrado tinha uma missão: testar o mercado, testar o funcionamento das revendas, enfim, aparar o terreno. Era até bom que não fosse um

Corolla x Vectra

Postei isso no orkut e gostei do que escrevi. Mas o assunto não acaba aqui, quero voltar a ele. Eu acho que a Chevrolet do Brasil tem trilhado um caminho de ser reconhecida pela confiabilidade, no qual a VW era referência. Basta ver a quantidade de Astras e Classics que substituíram o Santana como táxi, pelo menos em SP. No entender da GM, os motores do Vectra são exatamente o que o brasileiro quer: motores confiáveis e robustos, com relativamente pouca potência máxima mas muito torque em baixas rotações. E rodar com álcool no Vectra é mais barato que com gasolina no Corolla. Mas quem gosta e entende de carro sabe que a GM podia investir um pouco mais nesses motores e vai ficar incomodado de dirigir um carro de mais de R$ 60 mil que tem basicamente o mesmo motor que o Monza 87 do lado. Comparando Já comparando os dois carros, temos de pensar que o Corolla já existia quando o Vectra foi lançado, e a Chevrolet se baseou no modelo para fazer o Vectra novo. Eu acho que, com toda essa vanta

VergonhaWagen

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Outro dia estava lendo um relatório de um banco com forte preocupação com responsabilidade social. Ali, eles diziam que estavam negando empréstimos vanjatosos, do ponto d evista financeiros, a empresas que não cumprissem com determinadas normas ambientais. E, inclusive, este banco já havia cortado relações com duas serralherias, outrora grandes clientes. Sim, as serralherias vão conseguir seus empréstimos com algum banco menos responsável. Quem perde com isso? A floresta brasileira, dependente de um governo completamente incompetente. O banco perde negócios mas ganha em imagem, um bem muito mais precioso. É uma pena que a VW não se preocupe com a sua imagem. Recentemente ela lançou a Kombi com motor 1,4 refrigerado a água. Que ótimo, né? Um motor mais eficiente, econômico, menos poluente e com mais disposição. Que boazinha que é a VW. Ano que vem, o motor boxer a ar da Kombi não se enquadraria na nova legislação de poluentes. Para continuar vendendo a van, a VW teve de mudar o seu moto

Toyota Fielder XEi

Já falei um monte de porcarias aqui e não falei da Fielder, o último carro que dirigi na sessão de test drives neste ano em Campos do Jordão. O estande da Toyota estava lotado com filas. Eu deixei meu nome lá para testar o carro, com mais de duas horas de espera, e nem m preocupei – fui dirigir outros carro, comer e, pasmem, até aproveitar um pouco a cidade. Já faziam mais de quatro horas que eu havia feito a reserva quando, por coincidência, passei novamente no estande e os organizadores haviam guardado minha ficha. Me identifiquei e, na hora, entrei na primeira das Fielder que iria testar – a automática. Por dentro é um Corolla, ainda mais do banco do motorista. Volante de aro fino, acabamento apenas razoável, instrumentos de fácil leitura, comandos grandes e acessíveis no console. Pé no freio, alavanca no D, vambora. Depois de dirigir um carro com câmbio que permite trocas manuais, qualquer automático que não ofereça esse recurso parece saído da idade da pedra. O câmbio do Corolla é

Burn baby burn

Li um comentário muito interessante sobre a revolta na França (caso você não saiba, jovens de classe baixa estão revoltados nos subúrbios de diversas cidades francesas, em protesto contra o desemprego e as más condições de vida). Os revoltosos escolheram o automóvel como símbolo do seu protesto e estão queimando carros aos borbotões. A escolha de queimar automóveis é muito significativa. O automóvel é um símbolo de status que tem um apelo especialmente forte com a juventude. Não é à toa que a piada da crise masculina da meia-idade envolve ter um Porsche. O carro na juventude não é um meio de locomoção. É muito mais, é afirmação, é uma extensão do pau. Quem não tem carro se sente inferiorizado por quem tem uma moto. Ele consegue ir a qualquer lugar, ele viaja, ele chega no boteco de moto e as meninas olham pra ele. Quem tem moto quer ter carro. Quem tem carro quer ter um melhor. Faz bem pro ego. Atrai as meninas - e atrai mesmo, algumas não, mas muitas sim. Daí esses jovens terem escolh

Pilotagem

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Pior q tá novinha a Brasa do cara. E é das antigas, não tem as lanternas traseiras em formato "Mercedes". Brinquei muito dentro de uma, mas nunca dirigi.

Mostra-me quem és

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Adoro painéis. Eu acho uma pena que até os painéis dos carros mais luxuosos brasileiros venham apenas com os quatro indicadores básicos: velocímetro, conta-giros e marcadores de combustível e temperatura. E, quando o carro é mais simples, lá se vão o conta-giros e a temperatura. Convenhamos: dirigir com um velocímetro e um indicador de combustível é da época do Fusca, certo? O conta-giros é um grande aliado para trocas de marcha mais eficientes, visando a economia ou o desempenho. Numa ultrapassagem, você sabe quanto de motor ainda tem de reserva e, numa estrada à velocidade constante, permite equalizar a melhor relação velocidade x rotação para economia. O marcador de temperatura, nos carros atuais, raramente passa da metade. Nota-se uma preocupação dos fabricantes em passar “solidez” aos seus carros com ponteiros que, por mais que você esteja há horas num congestionamento sob um sol escaldante, não passam da metade. Não sei se isso é melhor do que um ponteiro mais sensível. Em qualqu

Honda Fit EX 1.5

Aí você pega a Quatro Rodas e decobre que o Fit ganhou pro dois anos o prêmio de melhor compra. “Melhor compra” é muito subjetivo. Essas avaliações por critérios estritamente racionais sempre resultam em carros com ampla capacidade interna, confiáveis e econômicos, e absolutamente nenhum sal – Clio, Scénic, Corolla, Fit. E sejamos verdadeiros> você não compra um Fit porque o carro é um canhão ou porque o design dele é revolucionário. Em inglês, esses carros entregam o “bang for the buck”, o melhor pelo seu dinheiro. E no caso do Fit, percebe-se que ele foi um carro entusiasticamente pensado pra não apresentar falhas. O acabamento é muito bom e as peças se encaixam à perfeição. A versatilidade do banco traseiro não só é impressionante como muito fácil de usar. O volante tem tamanho e pega adequadas e o banco é bom, ajudado por tecidos de qualidade bem razoável. É exatamente isso: não tem um só lugar no Fit onde você olhe e fale, em bom português: “QUE DO CARALHO!”. A suspensão do Foc

Fiat Idea

Antes de retomar os últimos "testes" de carros, preciso falar um pouco da Idea. Está longe de participar do meu segmento favorito de automóveis, mas é fato que conseguiu superar um sério concorrente, a Meriva, um dos melhores carros à venda hoje pela General Motors. A Idea é solidamente construída e a Fiat fez uma ótima escolha ao colocar o painel do Palio, melhorado, nela. Aquela coisa de painel central da Picasso não vira. O carro é bonito por fora, embora o design de minivan compacta necessariamente resulte num carro alto. Por dentro, uma posição de dirigir muito boa, com o câmbio em uma altura correta, bancos e materiais agradáveis. A Idea se supera em porta-objetos; se tem um legado que as minivans deixam ao mercado foi esse. Hoje não se vive mais sem porta-trecos e a Idea é campeã, inclusive com alguns no teto que deixam o objeto em questão cair no passageiro. Não bom. Mas existem vários outros muito interessantes. Tal qual o Stilo, a Idea também tem um diferencial fren

VW se alia à Porsche para se defender do apetite estrangeiro

Quando você digita um texto na janela do Blogger e depois seleciona tudo com o Shift, o texto some. Neste caso, sumiram os cinco parágrafos que escrevi sobre a Porsche ter comprado 20% das ações da VW. Basicamente, espero que a Porsche não se foda. Já o Blogger eu quero que se foda ao quadrado.

Lá como cá

Ok, isso estava na seção "used cars" do site (automobilemag.com), mas vale para nossos médios defasados em relação à Europa. E, principalmente, bate com o que eu penso desses dois carros. Golf GTI "Although it expresses its luxury in restraint--restrained lines, fabrics, and colors--the VW GTI doesn't skimp on material quality. A few years ago, we reported on Ferdinand Piëch's then-risible plan to steal Mercedes-Benz customers with VW's superior quality. Nowadays, this doesn't seem so unrealistic. From the soft-return grab handles to the brogan-appropriate leather to the simple curve of the dash, the $19,460 GTI is a feast for the tactile senses. And this level of quality and appointment isn't just for the hot-rod model; it's there on the base Golf, too. The GTI's interior is a persuasive thing--a few of us acknowledged that this is the car we'd buy based solely on the relationship of respect the GTI builds with its driver. Online editor G

Esportivo de Verdade

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A GM vai lançar ainda este ano a linha SS de Corsa, Astra e Meriva. De fato ficaram bonitos, e na cor preta ficariam muito elegantes e ainda mais agressivos. Se é que se pode chamar de agressivo um carro com motor de Monza - o Astra, o mais forte dos três. Eu quero um esportivo de verdade! No entanto, os fabricantes aqui se debatem com uma barreira inglória. O seguro. É um absurdo o que elas pedem para segurar um carro esportivo. E nem precisa ir muito longe. O Brava HGT nem era tão mais bravo assim do que seus irmãos comportados (106 vs 132 cv). E no entanto, a diferença do seguro já era absurda. O fato desses carros estarem mais propensos a acidentes e a ânsia de lucro das seguradoras está matando uma tradição no país que já teve Gol GTi, GTS, Escort XR3, Monza SR, Vectra GSi, Uno e Tempra Turbo - todos mais fortes que as versões das quais derivavam. Já imaginaram um Astra com o 2,4 16v do Vectra novo? E um Focus com 170 cv, como na Europa? Mesmo o velho Gol GTi de 142 cv, da última

O mais bonito

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De vez emn quando um carro surpreende pela beleza de suas linhas. Foi assim com o Mercedes "Gull Wing", asa de gaivota, de 1954. A Jaguar começou a fazer parte do clube com o E-Type em 1961 e, mais recentemente, com o XKR. E agora, apresento-lhes o carro mais bonito do mundo. O Jaguar XK conversível.

No som

DJ Peran - We Want to be Free A sucessora de Sandstorm. Já tava na hora.

O mais vendido

Eu quero que o mais vendido se foda. Não é birra do Gol não, é contra a história do “mais vendido” e o marketing que se faz em relação a isso. Todo mês a Anfavea solta a tabela de vendas dos automóveis. A Fiat vai lá, olha, e taca que a Strada é líder em comerciais leves. EcoSport, pra ela, é carro de passeio. Aí a GM vai lá e diz que o Corsa apavora todo mundo em vendas. Destrinchando os resultados, são as vendas de Corsa hatch somadas com a do sedã e do Classic, que nem chamado de Corsa é mais para efeitos publicitários, mas na hora de contabilizar as vendas muda magicamente de nome. E tem o Gol que vende feito água e continua sendo aquele carrinho de sempre... Eu sinceramente gosto de ter um carro que não vende tanto. As peças podem até ser mais caras, mas pelo menos o seu não é o quarto Astra hatch prata parado no estacionamento.

Contador

Agora finalmente tenho um contador para medir os acessos à minha página, e não só ficar imaginando quantos "lurkers" lêem minhas atrocidades e não escrevem nada... NÉ GORDO? NÉ TONY? hehehe Aliás o contador ficou a cara do hodômetro do Pug 206.

30 coisas indispensáveis no meu próximo carro

Se eu conseguir pagar: 1. Intervalo do temporizador de pára-brisa regulável 2. Pára-brisa com função uma-varrida 3. Repetidor lateral dos piscas 4. Faróis dianteiros de superfíucie complexa ou superelipsoidais (leia-se: iluminem PA PORRA) 5. Teto-solar 6. Pneus Continental ou Michelin (Goodyear nunca) 7. Ar-condicionado com controle digital 8. Toca CDs com mp3 9. Pelo menos seis alto-falantes 10. Maçanetas cromadas nas portas 11. Travamento automático das portas ao rodar 12. Botão central de travamento e destravamento das portas 13. Faixa degradé no pára-brisa 14. Iluminação e cobertura nos espelhos dos pára-sóis 15. Regulagem de altura e profundidade do volante 16. Volante de aro grosso 17. Ajuste lombar do banco do motorista 18. Apoio decente para o pé esquerdo 19. Todos os vidros com acionamento um-toque para descer e subir 20. Travamento do carro e subida dos vidros com um toque na chave 21. Computador de bordo com medição de consumo em km/l 22. Luzes de leit

Honda Civic LXL manual

Civic manual? Pois é. O automático é muito lugar comum. A melhor expressão para o Civic hoje em dia seria: “coitado”. Ele tava indo bem, mostrou qualidades, e de repente foi atropelado por um carro maior, mais bem acabado, mais potente e mais gostoso de dirigir. Mas o Civic ficou ruim? Não. O carro é bem espaçoso, grande atrás e o recurso do assoalho plano é bacana, embora não faça muita diferença. Os bancos são confortáveis e a posição de dirigir agrada. O carro é macio e tem comandos leves. O câmbio é primoroso, leve e preciso nos engates, ficando o único senão para a alavanca grande demais. O Civic peca em algumas bizarrices. O paniel com aquele contorno azul nos mostradores é estranho. Os comandos do ar e ventilação também. Agora, nem a versão EX, do alto dos seus quase 70 mil reais de preço, tem freios a disco nas rodas traseiras? Pára tudo. Ok, o carro freia bem, mas tambor é coisa de Celta. O VTEC de 130 cavalos deve ser econômico, e se for, essa é sua qualidade. “There’s no sub

Peugeot 307 Rallye 2.0 16v automático

Chegou a hora de falar do carro que mais me impressionou em Campos do Jordão. Peugeot 307. De uma maneira geral, o segmento dos carros médios no Brasil, compactos na Europa, vem passando por uma revolução desde o lançamento da quarta geração do VW Golf na Alemanha. Essa geração foi a responsável por consolidar uma transição de tecnologia e conforto dos carros maiores (no caso, Passat) para este segmento. O que o Golf de terceira geração e e o próprio Astra belga ensaiaram fazer consolidou-se em 1999. Esta geração do VW Golf trouxe novos parâmetros de beleza, durabilidade, dirigibilidade e – o mais gritante – acabamento interno. Dessa geração de carros da Volks, quem entrou em um Golf 1.6 1999 não está muito longe de um Passat moderno. O segmento inteiro foi obrigado a seguir os passos do Golf. O Astra teve o azar de ser lançado ao mesmo tempo que o Golf na Europa e ainda ter ficado de fora desse barco. O Focus foi o primeiro concorrente do Golf digno de nota; se não igualava o acabamen

Gol contra

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A Volkswagen acaba de matar o Gol. Fox, sede bem-vindo. Pelo menos foi a impressão que ficou pra mim, vendo as fotos publicadas pelo Carsale hoje. O trabalho externo até que foi bem resolvido, mas internamente... O excesso de plásticos é o mesmo, mas o que antes o Gol conseguia disfarçar, e bem, agora está aparente. A adaptação dos vidros elétricos nas portas está exatamente como parece: uma adaptação. E o painel igual o do Fox é a pior notícia de todas. Troca-se um painel completo e com iluminação azul, tal qual Golf e Passat por um cuja referência é o outro modelo barato. Não tem apelo de novidade, não tem apelo de elegância, nem mesmo praticidade, já que esse painel é horrível. Que a Ford ocupe o 3º lugar em vendas, e logo.

Fiat Palio HLX 1.4 Flex

O segundo carro que eu guiei em Campos, e o último do primeiro dia. A Fiat tinha poucas opções de teste: Stilo Schumacher, que além de não diferir em quase nada do Stilo que já dirigi, tinha uma fila enorme; Marea 1.6, que com certeza ia deixar uma impressão apagada após eu ter dirigido um Focus Duratec; Doblò 1.8, que dispensa comentários, e o Palio 1.4 Flex, minha escolha. O carro que dirigi era um daqueles que só existem para testes e análises da imprensa. Tinha até retrovisor interno fotocrômico que, na minha opinião, é muito interessante. Aliás, esse espelho, assim como os side bags, são um ótimo exemplo do que aconteceu com a linha Palio. O carro evoluiu em espaço, em design, avançou muito em equipamentos e... perdeu em dirigibilidade. Conteúdo mecânico, so to speak. A suspensão ficou muito mole, o freio ainda sofre daquele mal binário (ou trava ou não freia, embora não tanto quanto a geração intermediária), a carroceria rola nas curvas. Pois é, o Palio parece um Town Car compact

Ford Focus Hatch Ghia 2.0 16v Duratec

Chegou aquele momento tão esperado do ano de ir até Campos do Jordão fazer os test-drives em um monte de carros diferentes e vir aqui contar tudo. Este ano foram vários: um Ford, um Fiat, dois Hondas, um Peugeot e um Toyota. Os modelos revelo aos poucos! Vou fazer as análises pela ordem que testei os carros: Ford Focus Hatch Ghia 2.0 16v Duratec Eu conheço MUITO bem o Focus. Portanto, a ansiedade para fazer este teste se devia mais ao novo motor do que qualquer outra coisa. Aliás, méritos aqui para o atendimento no estande da Ford: rápido, cordial e eficiente - mal cheguei e já pude fazer o teste. Vamos falar logo do que interessa: o carro é um canhão. Desde que dirigi o Marea de 160 cv um carro não me impressionava tanto pela potência. O carro entrega muito torque em qualquer faixa de rotação e não deixa mais a sensação de “buracos” nas trocas de marcha como acontecia com os outros motores. Em altos giros, então, o motor se revela e empurra o carro como se ele fosse de papel. Tudo iss

O mito

A Mercedes faz carros ótimos. Não há um só argumento onde uma Mercedes não ganhe muitos pontos. O mesmo é válido para BMW e Audi. Seus carros incorporam o máximo em tecnologia, são seguros, confortáveis, velozes, silenciosos e ainda econômicos levando-se em conbsideração seu porte e motor. Você convence, por A + B, um cliente a levar um desses carros. Peguemos um exemplo nacional: Toyota Corolla, líder de vendas na sua categoria. O carro é bonito; não causa paixões mas seu desenhop é atual e incorpora tendências que poderiam ser chamadas de modismos, como o reflexo das lentes traseiras e o formato dos faróis dianteiros. O carro é bem acabado e ergonômico; tem uma suspensão bem calibrada entre macia e firme, um motor que não só não decepciona como é um dos mais potentes da categoria, é econômico e sobretudo confiável. Se você perguntar a um dono de Corolla qual o motivo de ele ter comprado aquele carro, ele vai vir com uma avalanche de razões. Pois bem: se o mundo fosse assim, não haver

Defesa

Eu vacilo, mas eu volto. Segue email enviado hoje ao editor do Best Cars: Acredito que você já deve ter se perguntado de onde vem essa tal febre pelos acessórios de aparência fora-de-estrada que vemos no Celta Off-Road e agora no Fiesta Trail, versões totalmente desprovidas de qualquer aptidão fora do asfalto além de seus irmãos não-adaptados. Perto de onde eu trabalho tem um ponto de táxi enorme, e grande maioria dos mais de 40 táxis que se revezam ali todo dia tem engates traseiros. Lógico, nenhum deles puxa reboques efetivamente - já perguntei para vários. Todos colocam o engate para se sentirem protegidos de leves colisões traseiras. No caso dos carros pretensamente off-road, a existência de quebra-matos, estibos e pára-choques pretos só ajuda nesses pontos. E nisso sou obrigado a concordar: que falta faz o bom e velho friso de borracha. Com os pára-choques totalmente pintados, qualquer encostada em uma parede ou no pára-choque de um outro carro já é motivo de pequenos amassados e

Vai o Vectra

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Morre o Vectra. O último foi produzido na sexta-feira, 24 de junho de 2005, e a próxima geração nacional deve começar a sair do forno daqui três meses. É o tempo de se esvaziar os estoques e começar a criar expectativa para o novo carro – aliás, lindo, conforme vocês podem conferir na foto que talvez eu tenha conseguido colocar. Eu admiro bons projetos. Eu gosto muito de talento, e alguns carros passam exatamente isso: o talento da equipe que o projetou, seja em termos de design, engenharia, ou os dois. Nitidamente, ambos estavam inspirados quando criaram a geração do Vectra que agora se despede de nós. A começar pelo design: o carro é lindo e nem parece um desenho de nove anos atrás. Mecanicamente ele sofreu na mão de motores que não lhe faziam jus, evoluções do mesmo usado no Monza. Melhorou quando ele foi equipado com os motores 2.2, tanto o de 8 válvulas e um excelente torque, quanto o mais moderno e de bom desempenho 2.2 16v. Ainda assim, nenhum deles fazia juz ao 2.0 16v de 150 c

Raladinhos

Tenho uma dúvida cruel. Quando tirei minha carta e guiava peu primeiro carro, há algum (bom) tempo, não tolerava que ele tivesse um amassadinho. Mal juntava dinheiro, já mandava o carro no martelinho pra resolver tudo; e olha que aquele carro sofreu. Uma vez, bati em um Vectra que parou de repente numa avenida, porque um imbecil de uma ambulância vinha na contramão com a sirene desligada. Tirei o meu carro dali e levei no martelinho na hora – depois fui ver como iria trabalhar no dia seguinte... Hoje eu não estou mais tão desesperado. Aprendi que raladinhos e amassadinhos são absolutamente normais numa cidade com a frota e a malha viária de São Paulo. Além do mais, meu carro tem pára-choques pintados e sem friso – o menor toque num outro carro já deixa marca. Como os dois raladinhos são nos pára-choques, não estava me preocupando em arrumar – além do risco criminoso, com chave e com vontade, no pára-lama dianteiro esquerdo. Se eu pego quem fez isso, quebro a cara... Mas o manobrista do

GM Blazer DLX 2.4

Nesse final de semana pude guiar um dos carros mais anacrônicos da produção nacional: a Blazer. E como desgraça pouca é bobagem, não guiei uma das novas turbodiesel, nem uma das divertidas V6, mas sim uma 2.4 a gasolina. Eu tenho um amigo, outro entusiasta, que cerat vez me disse: “por mais que eu tente gostar da Blazer, eu não consigo. Já me imaginei como pai de família, dois filhos pequenos, com idas freqüentes a um sítio... Nem assim eu teria uma Blazer.” Bom, nem eu. Teria uma Frontier ou uma Ranger cabine dupla, ou se precisasse de um compartimento fechado de bagagem, teria um Eco 4WD ou uma Hilux. Um pouco dessa aversão à Blazer é, sim, motivo pessoal. Eu gosto de carro que sejam bem resolvidos mecânica e tecnologicamente. Carros que tragam para seu segmento conceitos avançados da indústria automobilística. Pode ser o acabamento do Golf/206, a suspensão multilink do Focus/Vectra, os opcionais do Stilo. A Blazer não agrega em absolutamente nada – ela segue o conceito antiquado de

Mais do mesmo

A Apple devia começar a fazer carros. Sério. É preciso pensar diferente. Conforme as novas gerações de carros que conhecemos vão aparecendo na Europa e nos Estados Unidos, as coisas parecem seguir um padrão, um tanto entediante por sinal: carros ligeiramente maiores, mais bem acabados, incorporando novas soluções tecnológicas. Todos seguindo o manual. Aí, conforme o carro aumenta de tamanho, um outro é “inventado” para ocupar o nicho: Golf/Polo, por exemplo. Faz tempo que um carro não pensa fora da caixa (think out of the box). Acho que o último a aportar em terras brasileiras foi o C3, e antes dele, o Focus. São carros que inovaram nos seus segmentos. O EcoSport criou o seu segmento, e a inovação deve lhe ser creditada nesse sentido – daí o seu sucesso, embora como carro tenha vários defeitos. Esses modelos são, para recorrer ao inglês novamente, breathtaking. Quando um carro com inovações mecânicas e tecnológicas é aliado com um design diferenciado e agradável (não ame-o ou deixe-o,

Cerâmica é o futuro

Acabei de ver que o novo Audi A8 é o primeiro sedã de série a sair com discos de freio de cerâmica como opcionais. Já falei da importância do freio num post antigo; mas o que me impressionou neste caso é como a cerâmica é melhor do que os freios atuais: vida útil 4 vezes maior, até 300 mil km rodados, maior resistência ao aquecimento, e menor massa suspensa – economia de 5 kg em cada roda. Já tá na hora de se baratear custos e espalhar os discos de cerâmica em mais carros por aí...

Cousas da GM

Acabei de descolar umas informações bacanas da General Motors. Celta Flex é coisa pra já; questão de alguns meses ou mesmo semanas. Não tenho mais detalhes, mas deve ficar interessante – o motor VHC tem taxa de compressão de carro a álcool, 12,7:1, então se mantida inalterada pode resultar num carrinho muito bacana. Já a S10/Blazer com motor diesel novo não está indo tão bem. O motor, além de não ser tão moderno quando o das concorrentes Ranger e Hilux, ainda tem um problema de alimentação e de turbina que impede o carro de pasar de 150 km/h. Eu sinceramente tenho muito medo de uma Blazer a 150 por hora e acho que não devia passar de 100, mas tudo bem, eles precisam de argumentos de venda. E tem mais: vem aí o concorrente do EcoSport. Pontos altos: desenho, mecânica Flex, inclusive o motor 1.8, porte ligeiramente menor e preço idem. Se for bem colocado no mercado, vai achar um nicho ótimo. Ponto fraco: vai usar a plataforma do Corsa Classic/Celta. Como isso vai se desenvolver eu quero

Voltei galera

Aqui é lugar de séries ambiciosas. Então, após a escolha do melhor carro para SP, vamos para outra série fantástica. "O que faz um carro ser bom?" Se você quer uma resposta rápida e crua, lá vai: o seu gosto. Se você gosta, ponto final, acabou a discussão. "Ah, mas é um Santana 88." Gosto não se discute. Agora, se você costuma ouvir conselhos racionais de utilização do seu veículo, é bom prestar atenção no que vem abaixo. Câmbio (manual) Sério, não dá pra ter um carro com câmbio ruim. Uma vez, quando eu não fazia idéia do que era dirigir, há uns bons 13 anos, eu voltei da escola com um amigo no carro do pai dele (memória pouca é bobagem? Era um Fiat Prêmio CSL branco. Agora, vai perguntar o que eu almocei ontem...). No curto trajeto da escola até a casa dele, de digamos uns 5 km, contamos mais de 120 trocas de marcha. Então não dá pra ter um carro com câmbio ruim. Engatar as marchas tem que ser um prazer, ainda mais na terra dos câmbios curtos como o Brasil. Definir