O mito

A Mercedes faz carros ótimos. Não há um só argumento onde uma Mercedes não ganhe muitos pontos. O mesmo é válido para BMW e Audi. Seus carros incorporam o máximo em tecnologia, são seguros, confortáveis, velozes, silenciosos e ainda econômicos levando-se em conbsideração seu porte e motor. Você convence, por A + B, um cliente a levar um desses carros.

Peguemos um exemplo nacional: Toyota Corolla, líder de vendas na sua categoria. O carro é bonito; não causa paixões mas seu desenhop é atual e incorpora tendências que poderiam ser chamadas de modismos, como o reflexo das lentes traseiras e o formato dos faróis dianteiros. O carro é bem acabado e ergonômico; tem uma suspensão bem calibrada entre macia e firme, um motor que não só não decepciona como é um dos mais potentes da categoria, é econômico e sobretudo confiável. Se você perguntar a um dono de Corolla qual o motivo de ele ter comprado aquele carro, ele vai vir com uma avalanche de razões.

Pois bem: se o mundo fosse assim, não haveriam Ferraris. E está explicado: você não pergunta a um dono de Ferrari por que ele comprou aquele carro. Carros apaixonantes são assim. Eles têm alma, são como uma mulher que te conquista e você não sabe explicar. Você não compra uma Ferrari com base em argumentos. Acabamento? Jaguar. Confiabilidade? Honda. Mesmo desempenho: com ¼ do preço de uma Ferrari você consegue fazer um carro andar mais que uma Ferrari – tá cheio de Skyline com 800 cavalos. Esta é uma pergunta que não cabe. Se você não percebe o motivo pelo qual se compra uma Ferrari, você não está apto. E assim se faz o mito.

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