Raladinhos

Tenho uma dúvida cruel. Quando tirei minha carta e guiava peu primeiro carro, há algum (bom) tempo, não tolerava que ele tivesse um amassadinho. Mal juntava dinheiro, já mandava o carro no martelinho pra resolver tudo; e olha que aquele carro sofreu. Uma vez, bati em um Vectra que parou de repente numa avenida, porque um imbecil de uma ambulância vinha na contramão com a sirene desligada. Tirei o meu carro dali e levei no martelinho na hora – depois fui ver como iria trabalhar no dia seguinte...

Hoje eu não estou mais tão desesperado. Aprendi que raladinhos e amassadinhos são absolutamente normais numa cidade com a frota e a malha viária de São Paulo. Além do mais, meu carro tem pára-choques pintados e sem friso – o menor toque num outro carro já deixa marca. Como os dois raladinhos são nos pára-choques, não estava me preocupando em arrumar – além do risco criminoso, com chave e com vontade, no pára-lama dianteiro esquerdo. Se eu pego quem fez isso, quebro a cara...

Mas o manobrista do estacionamento onde paro todo dia para trabalhar fez o favor de ralar o carro na coluna. Pouca coisa, mas bem visível. O estacionamento foi honesto e pediu para eu fazer um orçamento do conserto. Fiz no meu martelinho de confiança, eles toparam e eu já estava agendando o conserto, aproveitando aí para consertar os dois pára-choques, o risco e deixar o carro tinindo de novo. Mas aí o estacionamento decidiu, ao invés de pagar a oficina, pagar para mim o dinheiro; ou seja, não sou mais “obrigado” a mandar arrumar. E agora estou na dúvida. Além desse dinheiro, consertar o resto ia levar uma grana legal. Será que eu topo continuar andando com o carro cheio de ralados e a grana no bolso ou o contrário? Sinceramente, acho que não vou arrumar não...

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