Ranking de vendas 2007
Joel Leite soltou no Webmotors a tabela comparativa do desempenho das montadoras em 2007, um ano em que o mercado como um todo cresceu estonteantes 27,8%.
Entre as grandes, Fiat foi solidamente acima da média, com 30,51% de crescimento e 607.552 carros (e utilitários) vendidos. Em marquetês claro, quem draivou (do verbo drive, em inglês conduzir) as vendas? Palio e Siena Fire; Mille; Strada. Muitas vendas de frotistas. Os volumes da Fiat são bons, mas a margem de lucro tem cara de ser baixa. Não se pode negar a ajuda do Punto, que vende como pão quente (embora os volumes totais não sejam muito altos), e a remodelação do Palio, o que sempre ajuda um campeão de vendas. Neste ano, o Palio vendeu mais que o Gol por dois meses consecutivos – julho e agosto -, o que mostra mais cansaço do líder do que qualquer outra coisa. Verdade é que a Fiat é muito forte no segmento de entrada, quase sinônimo de carro compacto. O Mille surpreendeu e fechou o ano como o terceiro mais vendido, seguido surpreendentemente pela linha Fox e relegando o Celta à 5a. posição.
O melhor resultado foi o da VW, com 31,4% de crescimento. Mas como? Existe a sólida contribuição do Gol, que como por mágica segue vendendo muito bem apesar de seus amplos defeitos. O Polo, alinhado com a Europa, tornou-se um produto muito interessante, embora com volume relativamente baixo. O Golf dobrou suas vendas após a remodelação, embora já tenha perdido o fôlego. Dois fatores realmente explicam essa ascensão: o primeiro é que o levantamento inclui caminhões, um mercado onde a VW recentemente ultrapassou a Mercedes como líder, e o segundo é o fenômeno Fox. De começo difícil e acabrunhado, tornou-se sonho de consumo da classe média ascendente, liderando o ranking da cidade de São Paulo (leia-se melhor renda) e indo muito bem em centros urbanos como um todo. Mais surpreendente ainda é a SpaceFox, um produto caro e mal acabado, mas que tem vendido mais que a Palio Weekend – muito culpa de uma Palio Weekend deixada para trás na renovação da família Palio e que perdeu competitividade em preço. Isso mostra que o Fox é uma boa compra? Não, mostra que muita gente não sabe comprar carro ou que as alternativas estão fracas.
Prova disso é que a grande montadora com o melhor portfólio de carros no geral, a Ford, perdeu mercado, ao crescer 20,5%, 7 pontos abaixo da média. Culpados: vendas em declínio do EcoSport até a remodelação; face lift no Fiesta enfeiou um carro antes muito bonito; esforços concentrados no Ka, lançado em janeiro; e Focus sem novidades, vendendo bem por causa do preço.
A GM, que por sua vez tem o pior portfólio de todos, também perdeu espaço, crescendo 21,6%. O Celta e o Classic são fenômenos, embora o primeiro mostre claros sinais de cansaço, ao ser "apenas" o 5o. carro mais vendido em 2007. A linha Corsa 1.4 foi um acerto. A Meriva não vende nada, assim como a Zafira. As linhas Astra e Vectra tiveram uma grande queda nos números nese ano, o que mostra o envelhecimento do primeiro e que caiu a máscara do segundo, mesmo com o lançamento do Vectra GT. S10 segue forte, enquanto a Blazer é favorita da polícia – o que não é pouco. A queda foi distribuída entre todos estes, mas especialmente na curva de estagnação do Celta.
Entre os menores, Renault emplacou o Logan e uma parcela de Méganes, conquistando bons números. A Citroën também achou o caminho das pedras com a renovação da Picasso e as práticas agressivas de preço do C3. A Peugeot empatou com o crescimento do ano, o que mostra a necessidade de renovação do portfólio - e que os problemas de manutenção da linha podem estar se alastrando. A Honda ficou pouco abaixo, provavelmente mais por incapacidade fabril. A Toyota caiu muito, reflexo do cansado Corolla, e a Audi tomou o tombo mais espetacular de todos, efetivamente vendendo menos em 2007 que em 2006, mas plenamente justificado pela saída do A3, seu campeão de vendas, do mercado. Era de se esperar.
Entre as grandes, Fiat foi solidamente acima da média, com 30,51% de crescimento e 607.552 carros (e utilitários) vendidos. Em marquetês claro, quem draivou (do verbo drive, em inglês conduzir) as vendas? Palio e Siena Fire; Mille; Strada. Muitas vendas de frotistas. Os volumes da Fiat são bons, mas a margem de lucro tem cara de ser baixa. Não se pode negar a ajuda do Punto, que vende como pão quente (embora os volumes totais não sejam muito altos), e a remodelação do Palio, o que sempre ajuda um campeão de vendas. Neste ano, o Palio vendeu mais que o Gol por dois meses consecutivos – julho e agosto -, o que mostra mais cansaço do líder do que qualquer outra coisa. Verdade é que a Fiat é muito forte no segmento de entrada, quase sinônimo de carro compacto. O Mille surpreendeu e fechou o ano como o terceiro mais vendido, seguido surpreendentemente pela linha Fox e relegando o Celta à 5a. posição.
O melhor resultado foi o da VW, com 31,4% de crescimento. Mas como? Existe a sólida contribuição do Gol, que como por mágica segue vendendo muito bem apesar de seus amplos defeitos. O Polo, alinhado com a Europa, tornou-se um produto muito interessante, embora com volume relativamente baixo. O Golf dobrou suas vendas após a remodelação, embora já tenha perdido o fôlego. Dois fatores realmente explicam essa ascensão: o primeiro é que o levantamento inclui caminhões, um mercado onde a VW recentemente ultrapassou a Mercedes como líder, e o segundo é o fenômeno Fox. De começo difícil e acabrunhado, tornou-se sonho de consumo da classe média ascendente, liderando o ranking da cidade de São Paulo (leia-se melhor renda) e indo muito bem em centros urbanos como um todo. Mais surpreendente ainda é a SpaceFox, um produto caro e mal acabado, mas que tem vendido mais que a Palio Weekend – muito culpa de uma Palio Weekend deixada para trás na renovação da família Palio e que perdeu competitividade em preço. Isso mostra que o Fox é uma boa compra? Não, mostra que muita gente não sabe comprar carro ou que as alternativas estão fracas.
Prova disso é que a grande montadora com o melhor portfólio de carros no geral, a Ford, perdeu mercado, ao crescer 20,5%, 7 pontos abaixo da média. Culpados: vendas em declínio do EcoSport até a remodelação; face lift no Fiesta enfeiou um carro antes muito bonito; esforços concentrados no Ka, lançado em janeiro; e Focus sem novidades, vendendo bem por causa do preço.
A GM, que por sua vez tem o pior portfólio de todos, também perdeu espaço, crescendo 21,6%. O Celta e o Classic são fenômenos, embora o primeiro mostre claros sinais de cansaço, ao ser "apenas" o 5o. carro mais vendido em 2007. A linha Corsa 1.4 foi um acerto. A Meriva não vende nada, assim como a Zafira. As linhas Astra e Vectra tiveram uma grande queda nos números nese ano, o que mostra o envelhecimento do primeiro e que caiu a máscara do segundo, mesmo com o lançamento do Vectra GT. S10 segue forte, enquanto a Blazer é favorita da polícia – o que não é pouco. A queda foi distribuída entre todos estes, mas especialmente na curva de estagnação do Celta.
Entre os menores, Renault emplacou o Logan e uma parcela de Méganes, conquistando bons números. A Citroën também achou o caminho das pedras com a renovação da Picasso e as práticas agressivas de preço do C3. A Peugeot empatou com o crescimento do ano, o que mostra a necessidade de renovação do portfólio - e que os problemas de manutenção da linha podem estar se alastrando. A Honda ficou pouco abaixo, provavelmente mais por incapacidade fabril. A Toyota caiu muito, reflexo do cansado Corolla, e a Audi tomou o tombo mais espetacular de todos, efetivamente vendendo menos em 2007 que em 2006, mas plenamente justificado pela saída do A3, seu campeão de vendas, do mercado. Era de se esperar.
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