Fuel galore

Me assusta às vezes a falta de tato da indústria automobilística norte-americana para falar de economia de combustível. Vejam este post, por exemplo, no blog oficial da GM. O sujeito defende o fato da GM ter em seu protfólio 15 carros que, NA ESTRADA, atingem a incrível marca de 12 km/l. De gasolina. Uau, que impressionante. No mercado brasileiro provavelmente temos 15 carros que NÃO atingem essa marca, e olhe que nossa gasolina tem 25% de álcool.

E depois ele compara três sedãs da mesma categoria (o Cobalt, concorrente do Focus, menor sedã produzido pela Chevrolet americana) e diz como os motores evoluíram em 20 anos. Ele fica todo feliz dizendo que o Cavalier 1988 consumia A MESMA quantidade de combustível que o Cobalt hoje, que é mais pesado e mais potente. Mas ninguém pergunta: por que ele é mais potente? Por que é mais pesado? Aliás, por que um sedã precisa pesar mais de 1,5 tonelada? Por que se vende e se compra SUVs que levam oito pessoas para rodar sozinho?

Essa bullshitagem americana de melhoria no consumo é tudo balela. Ou eles inventam um sistema de propulsão que seja de emissões zero, ou então que ataquem outras frentes, como reduzindo o tamanho e o peso dos carros, e deixando de ser uma sociedade impulsionada pelo consumo. Ao continuarmos assim, teremos daqui a 20 anos carros que consomem o mesmo do que hoje, só que com 300 cavalos e pesando 4 toneladas. É isso que queremos?

Negócio era baixar uma lei lá mandando as famílias se virarem com um Celta. Se vivemos todos no mesmo planeta, por que eles podem e nós não?

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