Hyundai HB20 branco
Eliminada a auto-propaganda implícita
deste texto,
ele é muito válido. Mercados muito menores que o Brasileiro têm uma variedade
muito maior de modelos à venda. Quem visita a Grécia se surpreende com a
variedade de carros nas ruas, muito maior que aqui, e isso num País falido há
anos.
Um impeditivo está nos combustíveis.
Só o Brasil adiciona 27% de etanol à gasolina e só aqui carros são flexíveis em
combustível. Somos defensores ferrenhos do etanol, e aqui é das poucas coisas
em que acreditamos que o Brasil está realmente mais avançado do que outros
países. Porém, poderíamos ter adotado uma solução menos “jabuticaba”, como por
exemplo padronizar o combustível em E85, que é 85% etanol e 15% gasolina.
Resolve o problema de partida a frio, alinha com os modelos “flex” vendidos nos
Estados Unidos, e acaba com a palhaçada da variação da quantidade de etanol na
gasolina.
Outro impeditivo está na elevadíssima
taxa de importação. Quando Collor reduziu estes impostos no início da década de
90, tivemos uma inundação de carros importados a preços competitivos, e que
mostraram como muitos dos carros vendidos no Brasil eram realmente carroças. No
entanto, note que ninguém se apressou para abrir fábrica no País. Mesmo as
instaladas aqui optaram pela importação para suprir lacunas em suas linhas
(Fiat Tipo, Astra belga, Ford Mondeo). Então não é só baixar o imposto e deixar
a concorrência comer solta, que as montadoras vão preferir fechar as fábricas
no Brasil e importar tudo. E um país sem indústria automobilística deixa de
gerar empregos e tecnologia. A solução está em achar um equilíbrio. O Inovar-Auto
foi bem sucedido em incentivar a implantação de fábricas, como Mercedes e BMW, mas
não em baixar preço.
Outro impeditivo está, mais uma vez,
na ganância das montadoras. Onde já se viu uma gigante como a Honda oferecer
três modelos de volume de vendas num País como o Brasil? E a Toyota que tem
dois, sendo que ficou somente com o Corolla por anos a fio? Caceta, a Toyota
produz oitocentos modelos de carro, só cabem dois no Brasil? É muito mais
barato para elas produzirem infinitas cópias do mesmo modelo e empurrá-los
goela abaixo do cliente do que procurar atender realmente as necessidades. É fã
da Toyota e curte um esportivo? Hm...
Comentários
Enquanto os da Renault são Dacia (vendidos a preço de Renault), os Citroen, tem o pós-venda sucateado desde os anos 90, por "você sabe quem".
Quanto aos Peugeot, a desvalorização de um bom produto, como o 208 GT, é certa, já que comercializado ao lado de 408 e 308,5 maquiado, entre outras Hoggars da vida.