Para um comércio dar certo...

Ainda falando de combustíveis, a média do preço do álcool em São Paulo chegou a 1,21 o litro. Na capital os preços mais comuns são 1,199 e 1,099, isso em bostos grandes e de bandeira reconhecida. Já vi o litro a 0,99 em postos bons e a 0,94 centavos naqueles altamente desconfiáveis.

 

Que eu saiba, combustível é commodity. Ignoremos os postos que adulteram combustível – qual o motivo de eu pagar mais caro o litro do álcool ou gasolina num posto ao invés de outro? Alguns postos oferecem regalias como ducha grátis, mas é muito difícil encontrar uma diferenciação real além da localização. O que é bem relativo.

 

Vejamos: ao abastecer um carro, o motorista está evidentemente com ele, certo? Então o deslocamento não é um problema. Em cidades grandes, o motorista passa por dezenas de postos num trajeto razoavelmente longo. Mesmo nos curtos, são várias opções: num trajeto de 4 km que eu fiz durante muito tempo em São Paulo, eu passava por seis postos.

 

Faz sentido, então, cobrar por localização? Veja, se é um posto em Campos do Jordão ou Monte Verde, digamos, cidades serranas relativamente afastadas e nas quais o combustível passa por um longo transporte, faz sentido. Mas na maior cidade do país, maior consumidora de combustível?

 

Eu estou chocado pois ontem vi um posto vendendo álcool a 1,599. Não estou brincando. O preço da gasolina, na média de 2,20, lá estava por 2,59. No álcool, a diferença num abastecimento de 40 litros supera os 20 reais em relação a um posto comum. E o que este posto tem de especial? É um posto BR, novo, com loja de conveniência e serviço de lavagem (pago à parte). Fica no Morumbi, bairro nobre, e relativamente distante de outros postos (ao menos uns 4 km).

 

É óbvio que quem tem consciência do preço das coisas sabe o valor real praticado no mercado por estes combustíveis e abastece em outro lugar. Mas quantas pessoas não fazem ideia disso? Eu vi, abastecendo, um Range Rover, uma BMW série 5 blindada, um Peugeot 406 Coupé e um Corolla novo. E o dono do posto faz a festa do lucro altíssimo, contando com a ignorância das classes abastadas. Uma pena que quem tem mesmo dinheiro, nesses casos, dê tão pouco valor a ele.

Comentários

Anônimo disse…
Talvez os donos desses carros que vc viu achem que o tal posto, cobrando mais caro, possa lhes vender "algo a mais; ou que a gasolina seja superiora"

Mas existem cidades em que o preço é todo cartelizado: Florianópolis. Em Curitiba, a coisa é meio estranha: ora abaixa ora aumenta (quase todos os postos...)

Abraços
Kleberson Silva disse…
Aqui, próximo aos residenciais em Alpha, a gasolina gira em torno de R$ 2,69... R$ 2,79...

Absurdo!

Prefiro andar 5 km, ir num posto no Tamboré (Ipiranga - Carrefour) e abastecer por R$ 2,29 o litro da gasolina...
Muita gente que conheço faz isso também...

Mas, acho que entendo esse pessoal do Morumbi...
Eles, pensam que no posto de lá, o "povão" não vai e, por este motivo, sentem-se mais "seguros"...
Afinal, comprar um carro de alto luxo como o citado BMW série 5 (e ainda por cima, blindado!), não é para qualquer um, não!
Então, em minha opinião, segurança é a palavra-chave nesse caso..

Abraços
Kleberson Silva Uzberk
Unknown disse…
Desculpa amigo, mas para mim é ignorância. Você acha que um Delinqüente noia vai preferir um posto onde os usuários tem celta ou BMW série 5?
Isso é burrice, achar que um posto com gasolina mais cara oferece mais proteção. Moro em Mairiporã, e todos os postos aqui cobram 2,49, um absurdo. Como a cidade fica perto e eu trabalho em guarulhos, abasteço lá. Mas as pessoas que trampam e residem aqui, abastecem aqui e ajudam esses cornos a ficarem cada vez mais ricos.
Kleberson Silva Uzberk disse…
Concordo com vc, Rafael...
Mas, o que eu falei foi baseado em relatos de pessoas com aquele perfil de consumidor...
Eu tbm acho que não resolve muita coisa, mas, por outro lado, entendo o lado deles. Não sei se fui claro...

Bom, é isso!

Abraços

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