Teste: Renault Symbol Privilège 1.6 16v
É confuso entender a linha de sedãs de entrada da Renault. O Mégane está bem posicionado no segmento de topo, com luxo, equipamentos e porte adequados. O problema reina na distinção entre Logan e Symbol. Ambos têm basicamente o mesmo comprimento, mas o Logan é mais alto, mais largo e, principalmente, tem um entreeixos muito maior, o que resulta num espaço interno digno de carro médio. Já o Symbol vem com parcos 2,47m nessa distância, o que o enquadra na categoria de sedãs pequenos. A grosso modo, o Logan é como a Kombi: o maior espaço possível com o mínimo de requinte possível. O Symbol troca espaço por acabamento e equipamentos.
O que a Renault mira, aqui, é o consumidor que foge do Logan pelo seu mau aspecto, essência de carro de baixo custo, sem necessariamente ter a bala na agulha para comprar um Mégane. O estranho é comprar um carro teoricamente superior ao Logan (ao menos em preço), mas menor que este. Se pensarmos na concorrência, o Symbol está bem inserido, em termos de tamanho e preço, entre os concorrentes Polo Sedan, Siena, Fiesta Sedan. O Logan é que foge.
Para criar o Symbol, a Renault partiu do Clio Sedan, um carro antigo (lançado no final dos anos 90 na Europa) cuja plataforma é similar à da concorrência – e cuja primeira versão sedan, aquela que tivemos aqui, chamava-se Symbol na Turquia. Quando a montadora utiliza uma plataforma superior na criação de um carro, invariavelmente ela cria algo muito bom, como é o Voyage no segmento de entrada ou o Focus dentre os médios. O que temos, no Symbol, é o uso de uma base apenas mediana, com pontos altos e baixos, que veremos a seguir.
Sempre digo aqui que design é relativo. Vai do ponto de vista de cada um. Eu achei o carro horrível, mas tem pessoas que gostaram. Vou dar o benefício da dúvida e é melhor abster-me de comentar.
Por dentro, o carro é uma evolução do Clio, que por sua vez nunca foi mal acabado. A versão de topo, Privilège, vem com bancos em veludo (que não se vê em carros médios) e um elegante interior em dois tons de cinza. Há couro no volante e o acionamento dos botões e alavancas é agradável.
A dotação de equipamentos é farta e levou a Quatro Rodas a escolher o Symbol a melhor compra do ano em 2009 (não é, mas mesmo assim vale levar em consideração esta lista): ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos e duplo airbag, por menos de 40 mil. A versão Privilége, além do acabamento superior, agrega ar digital, retrovisores elétricos, rodas de liga leve, faróis de neblina dianteiros e ABS como opcional.
E é neste interior que reside o maior pênalti do carro: o espaço interno. Que é suficiente na frente, mas atrás... o espaço para pernas é exíguo, crítico mesmo, como no Siena. Um motorista com 1,80m praticamente elimina o espaço traseiro para pernas – uma pessoa de mesma estatura não consegue sentar-se ali. O verdadeiro problema, no entanto, nem é esse: é a altura. A altura máxima para um ocupante sentar-se com conforto no banco traseiro é 1,70m. Até 1,80, o passageiro roça a cabeça no teto e, a partir dessa altura, é necessário efetivamente dobrar o pescoço e colocar a cabeça para frente. É um problema que não existe em nenhum outro sedã pequeno, resultante da extrema curvatura do teto em relação à traseira. É provavelmente a pior acomodação em bancos traseiros de todos os carros que já dirigi e andei atrás.
O porta-malas é espaçoso e a abertura do porta-malas é boa, mas a tampa não tem forração e as dobradiças comuns amassam as malas.
Voltando ao banco do motorista, a posição de dirigir é confortável, apesar do volante não possuir regulagem de profundidade. Os bancos, como praxe na Renault, abraçam bem o corpo e são bastante confortáveis. Os comandos estão à mão e o controle dos vidros dianteiros está na porta, e não parece uma adaptação porca como foi na última versão do Clio. Já os vidros traseiros, se elétricos, têm os comandos atrás do freio de mão, economia porca francesa tradicional.
O Symbol herda o comportamento do Clio em termos dinâmicos. A alavanca de câmbio é muito alta e de curso muito longo, além de vibrar durante acelerações. O problema não foi muito crítico na unidade avaliada (em comparação a outros Clios), mas apareceu o suficiente para ser notado. A direção é indireta e a suspensão prima pela suavidade, embora não chegue a ser molenga como a do Siena. É um arranjo agradável pelo conforto que propicia em ruas irregulares. Os pedais têm acionamento suave e o freio tem boa modulação.
O motor, como em todos os carros equipados com esta unidade, é o destaque. O 1.6 16v da Renault, assim como o usado pela Peugeot e pela Citroën, é um dos últimos representantes da linha de motores multiválvulas que tivemos no início da década e que faziam a alegria dos entusiastas dos altos giros. Vários morreram (o 1.0 16v turbo da VW, o 1.6 16v da Fiat), mas os franceses seguram a bandeira. O resultado é um carro relativamente apático em baixa rotação – certamente de desempenho inferior a seus concorrentes de oito válvulas – mas que mostra um vigor a partir de 4 mil rpm que entusiasma qualquer um, mesmo num carro que decididamente não foi feito para correr. É prazeroso sentir essa potência extra, e entregue de maneira suave, como é feito pelo propulsor. Na condução diária, um oito válvulas pode ser mais agradável, mas o entusiasta deve ser fã de motores com essa característica.
Para atender ambos os públicos, a Renault oferece ainda o Symbol com um motor de oito válvulas e mais torque em baixas rotações.
A verdade é que a Renault oferece ao público mais um carro para ser comprado racionalmente. Quem precisa de espaço para pessoas leva o Logan; quem quer a melhor relação preço x equipamentos, fica com o Symbol. É de fato atraente levar um carro com air bag duplo por 40 mil reais, embora a versão de topo já adentre território de Polo e Fiesta Sedan, carros que, se igualmente equipados, são muito superiores dinamicamente ao Renault. Eu, evidentemente, não teria nem um e nem o outro, pois pra mim carro precisa ser primordialmente gostoso de dirigir, coisa que nenhum Renault é.
Estilo 5 – Gosto é gosto. Eu achei feioso, as lanternas dianteiras são exageradas e as formas do carro distorcem as proporções: ele parece mais longo do que é, sem ser mais largo.
Imagem – Não é esportivo, não é jovem, é um carro sereno, para pessoas acima de 35 anos, que também estão serenas na vida. Sereno também pode ser um substituto para "sem sal".
Acabamento 9 – Dos melhores da categoria, em especial na versão Privilége. Bom encaixe entre as peças, excelente veludo nos bancos, interior em duas cores.
Posição de dirigir 8 – Há regulagem de altura do banco e do volante, mas não profundidade. Ainda assim, é um posto confortável, com comandos à mão. Vai um senão para os botões do rádio e do ar-condicionado, muito pequenos.
Instrumentos 7 – Iluminação elegante em laranja, mas os gráficos são bem sem-graça. É o painel do Clio, que ao menos é completo.
Itens de conveniência 8 – O carro é completo, e agrada tanto nos mimos, como ar-condicionado digital, como no air bag duplo de série. Polo, Voyage e Siena têm até mais opcionais, que no entanto encarecem muito os veículos. Falta o sensor de estacionamento.
Espaço interno 3 – A nota seria boa se considerássemos apenas os bancos da frente, pois motorista e passageiro acomodam-se bem. Mas atrás é lugar de criança. Mesmo.
Porta-malas 4 – Boa capacidade, 510 litros, e péssimo acabamento: chapa da tampa exposta, dobradiças amassando a bagagem. Eu, sinceramente, sou mais os 432 litros do Polo Sedan com dobradiças pantográficas do que os 80 litros a mais de capacidade.
Motor 7 – É flex, é moderno e entrega bons índices de torque e potência em alta rotação, como é de praxe nos motores multiválvulas. A nota não é maior pois a potência extraída é relativamente baixa, similar à de motores 8v, e porque esta unidade, abastecida com álcool, fica muito instável na fase fria e chega a morrer. Não é um problema isolado da unidade avaliada, mas sim congênito.
Desempenho 7 – É um carro gostoso de se puxar forte, pois acelera muito, com aquele ronco gostoso de motores multiválvulas em altos giros. Os números de desempenho colocam o Symbol acima da média da categoria, sem dúvida superior a Siena 1.4 e Polo 1.6.
Câmbio 4 – É uma evolução do usado no Clio, mas ainda vibra e se movimenta em excesso nas acelerações. O encaixe é longo, mas ao menos as relações são espaçadas, o que permite bem aproveitar o motor.
Freios 5 – O ABS poderia ser de série, assim como os air-bags. É um carro com uma capacidade adequada de frenagem, em que pesem a unidades a tambor atrás.
Suspensão 7 – A receita tradicional, McPherson na frente e eixo de torção atrás, aqui vem temperada com conforto no piso irregular, e muita inclinação do carro nas curvas. Não é absurdo como no Siena e nem perigoso, mas também não é o compromisso ideal.
Estabilidade 3 – Não é a proposta. A carroceria aderna, a precisão direcional não é alta, não há segurança.
Segurança passiva 8 – Como dar uma nota alta a um carro sem ABS? Como dar uma nota baixa a um carro com air bag duplo de série? Complicado. Ainda acho o ABS mais eficiente como equipamento de segurança, mas todos devemos admirar a ousadia da Renault de colocar o air bag de série neste segmento. Daí a nota.
Custo-benefício 6 – Está longe de ser a melhor compra do mundo como diz a Quatro Rodas. É um carro equipado, que traz itens interessantes em seu preço (em especial a versão Expression), mas que por outro lado não oferece prazer nenhum em sua condução e também peca gravemente na questão do espaço interno. Eu prefiro um carro mais equilibrado entre essas qualidades (Polo, Fiesta) do que um Symbol completíssimo e... estranho.
Comentários
Achei o symbol um carrinho interessante, mas nunca entrei em um, gostei pelo fato de ter AC digital, ser bem completo a a partir das versões mais "básicas" Visual realmente é sem sal, mas mais bem resolvido que o antigo symbol.
Quanto a motorização, vc tem certeza sobre a afirmação que a PSA utiliza o mesmo motor 1.6 16v?
Achei que a PSA comprasse apenas os 1.0 16v que equipavam o 206.
Entendo que na sua análise vc deve prezar nao pela propaganda, mas sim pela IMPARCIALIDADE, guardando sua opinião pessoal para si próprio.
Quanto ao carro ser feio, gosto é gosto, não interessa o seu gosto, se vc acha bonito ou feio, vc deve falar é em design. A meu ver, se lhe interessa, o Symbol não é feio, apenas vc não observou direito, a primeira vista tb achei estranho, mas logo vi que estava enganado, o carro tem é um desenho moderno.
Quanto a ter por base a plataforma do Clio Sedan, acho que nao é vc quem vai decidir se o produto é bom ou não, acho que vc deve perguntar aos proprietários a opinião deles. Pense assim: a Ferrari, quando tem um carro vencedor, desenvolve o do proximo ano com base nesse vencedor do ano atual, e ganha de novo. Entende o motivo agora?
Outra coisa, esse motor tem desempenho sim, e muito! Sou proprietario de um clio sedan, o meu atinge 215 km/h com gasolina ou alcool, a diferença é que com alcool ele atinge 200 em uma subida, além de ser econômico, a ponto de fazer mais de 10 km/l a 160 km/h. Outro detalhe é que o motor multiválvulas é preparado para altas rotações, (O QUE SIGNIFICA QUE NÃO VAI FICAR QUERENDO DESMONTAR SE VC PRECISAR ACELERAR DE VERDADE). Embora vc tenha dito que o motor só gera 110 cv (se bem que gera 115 com alcool) que fica na faixa dos outros 1.6, novamente vc está enganado, pois um carro com motor 8v, não suporta o trabalho em altas rotações como um 16v (AUMENTAR A COMPRESSÃO DIMINUI A DURABILIDADE - VIDA ÚTIL). É evidente, e isso vc ainda não sabe, que esse de 110v da Renault poderia gerar bem mais potência, entretanto por escolha pessoal a Renault preza pela durabilidade e resistência, trabalhando em uma faixa de folga maior, que permite desendolver a economia, diminuição dos ruídos, e a durabilidade. A diferença de vc manter um produto desses no mercado é vc se garantir no que está fazendo, e isso a Renault tem de sobra.
Vamos por partes:
1. 430 litros atendem o que uma família precisa. 500 litros também. Já 340 litros, como o Civic, não atendem. Além disso, se você retirar desses 500 litros o espaço perdido por conta das dobradiças antiquadas que invadem o espaço, verá que a diferença é menor ainda.
2. Design é gosto. Existem pessoas que acham o mesmo carro bonito e feio. Tem gente que acha os Aston Martin horríveis, eu acho eles obras de arte sobre rodas. E o desenho do Symbol está longe de ser moderno, ainda mais com a lateral de Clio, que é da década de 90.
3. Quando você lê uma revista especializada, você também acha que eles não têm nada que dizer se carro é bom ou não? Vai ler a Car and Driver só pelos anúncios?
4. Se as montadoras seguissem seu raciocínio de manter a mesma plataforma “que dá certo”, até hoje andaríamos com uma versão do Opala. Fala sério.
5. O motor é ótimo mesmo. Mas 215 km/h com um Clio Sedan, além de irresponsável, só caindo de uma ribanceira.
6. Motor multiválvulas não é preparado para funcionar em altas rotações. Ele funciona melhor em altas rotações, é diferente. Todos os motores são feitos para funcionar com durabilidade dentro de sua faixa de giros, normalmente até 6500 rpm. Sejam oito ou 16 válvulas.
7. O número de válvulas de um carro não tem nada a ver com a taxa de compressão. E a taxa de compressão alta também não tem nada a ver com a durabilidade de um motor, desde que o motor tenha sido projetado para aquela taxa.
8. Todo motor é pensado para entregar um compromisso entre durabilidade, potência, suavidade de funcionamento e diversos outros itens. Não é privilégio da Renault.
9. Que bom que a Renault se garante no que está fazendo, não é à toa que nossas ruas estão lotadas, entupidas de Clios, Scénics e Méganes, a VW e a Fiat vão falir desse jeito.
A plataforma do voyage é tão antiga quanto a do clio, é a mesma do polo que foi lançado na mesma época.
Ambos possuem quatro estrelas na euroncap,
Sobre o espaço interno, nos fiat eu não consigo ficar reto no banco dianteiro, tenho 1.75, no clio e do symbol sobra espaço sobre a minha cabeça.
Os motores 16v atingem rotações mais altas sem perder desempenho, respiram melhor em alto giro, os motores volks começam a morrer apartir das 5000rpm, o renault 1.6 16v passa das 6000rpm com fôlego.
Comparar desemepenho do voyage com symbol é piada, em baixa rotação o voyage leva pequena vantagem, em alta comme poeira com facilidade.
O fato de que os carros renault no momento são superiores aos volks, mais modernos inclusive, não se refletem nas vendas.
Estamos em um pais que um lixo de carro como o celta é o mais vendido, outro lixo que era o gol g4 se manteve na liderança.
Brasileiro pensa somente em valor de revenda, compra cegamente vários lixos que existe no nosso mercado ostentando o simbolo da gm e fiat principalmente, a volks é melhorzinha.
Polo e voyage são mais estáveis, mas por opção da volks, oferecem mais estabilidade mas são duros, desconfortáveis.
Clio e symbol são muito estáveis até 150km/h (nunca passei deste velocidade) e também confortáveis.
O voyage é melhor de curva? É, mas não sou piloto, quero um carro que me ofereça um bom compromisso entre estabilidade e conforto, não entro chutado nas curvas.
Os únicos ítens em que o voyage é superio são espaço traseiro e cãmbio, no restante o symbol é superior ou equivalente.
É superior em motorização, melhor acabado, possui melhores bancos, é mais equipado, mais barato, a garantia é mais longa e as revisões são mais baratas.
Deverias analisar o carro com olhos imparciais e não com uma visão de apezeiro.
http://meusymbol.wordpress.com
Também concordo que brasileiro compra carro para revender e é por isso que VW e Fiat vendem bem. Em 1993 tive uma Parati. Com 5.000 parecia uma carroça. Em 2002 tive um "novo" Corsa, bonitinho mas ordinário. Cheio de problemas e por aí vai...
Nós brasileiros deveríamos ter vergonha na cara e começarmos a nos preocupar com coisas como a segurança. Infelizmente os carros que mais vendem são os "lixos" da Fiat, com o UNO encabeçando a lista e ou mesmo o Celta... Que é aquilo hein!!
Ao entrar em um carro da Renault, é que percebemos como é ridículo o acabamento colocados em diversos carros de outras marcas.
Comparei ele com siena, fiesta, logan, sandero, voyage, prisma e corsa sedan. Todos esses carros, com motores 1.0, ar , direção e trio elétrico, ficavam em média 36.000 . Se passar pras versões com motor 1.6 ou 1.4, ficavama cima de 40.000. Aí, você adiciona duplo air bag, rodas 15" com pneus continental, radio com comando no volante, computador de bordo, bancos em formtado de cocha, garantia de 3 anos, revisões com preço fixo e etc... . Nenhum deles bate o symbol.
Minha mulher tem um classic, e cobraram R$800 pela primeira revisão, na GM. Para pilotar de forma esportiva, nenhum deles foi feito. São carros para uso diário.
O meu symbol é a versão connection, com motor 1.6 8v e radio com bluetoth. Apesar de alguns furos da Renalt, como algumas soldas mal feitas, alto nível de ruído do motor em altos RPMs, o Carro é muiiiiito BOm para dirigir. Lembra muito um Escort Zetec 1.8 16v que tive. Todo mundo virava o olho pra ele, mas era muito bom de dirigir. Todos os dois, tem cambio casado de forma perfeito com os motores.
Apenas como comparação, o polo sedam está saindo por R$48.000. O voyage 1.6 com ar, direção e vidros R$45,00.
Sinceramente, se você só tivesse 40.000 pra comprar um carro (não pode subir nenhum real,é casado e tem 1 filho. Usa o carro para ir ao trabalho diariamente, o que você compraria???
Abçs e parabéns pelo Site. Temos um lugar para fugir das reportágens compradas, das revistas brasileiras.
ai sim vou poder / fazer comentarios
me aguardem
Obs. carro atende ao seu proposito.
Gostaria de comentar apenas, sobre "Que bom que a Renault se garante no que está fazendo, não é à toa que nossas ruas estão lotadas, entupidas de Clios, Scénics e Méganes, a VW e a Fiat vão falir desse jeito".
Talvez não saiba mas a Renault é a terceira maior montadora do mundo.
Terceira maior? Tente décima.
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