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Mostrando postagens de setembro, 2008

Breves Lineas

O Linea estreou perdendo um comparativo no Jornal do Carro (como informou o 6000 giros ) e também perdendo do Focus na 4R. Vou tentar dirigir o danado no final de semana, mas já digo já: se é pra começar a carreira tomando bucha, não é melhor investir um pouco mais? Suspensão refinada, motor mais atualizado, câmbio que não seja Duailógico... Parece a Ford lançando o Focus só a gasolina. Quem é o imbecil que toma essas decisões? Ou então a galera que achou válido lançar o Vectra com plataforma de Astra, economizaram custos e queimaram o nome do carro e da GM... Tem os espertões ainda da VW que acham que o Fox tem lugar na linha e que o 2.0 de 120 cv é um motor válido... Afe, e pessoas ganham bem pra isso. Se eu tomasse esse tipo de decisão, já tinham me mandado embora. E depois falam que o mercado tá difícil... Tem é muita gente fraca trabalhando.

Ford: Discussão estratégica

Quero reproduzir aqui alguns trechos de uma excelente entrevista realizada pelo Carro Online com Antônio Baltar, gerente de marketing da Ford. São partes excelentes – parabéns ao site pela entrevista. Meus comentários abaixo de cada trecho: “Por que o modelo que virá para o Brasil não tem máscara negra nos faróis, airbags laterais e de cortina, além de xenônio?” Antonio Baltar – Como o Focus faz parte de uma plataforma global, esses itens, desenvolvidos para o mercado europeu, podem sim ser adotados aqui, porém, é um estudo para um futuro próximo, na versão Ghia. A Ford acredita que oferecer o airbag duplo de série já representa uma competitividade para o segmento já que alguns rivais têm esse item apenas como opcional. Foi falha da Ford não oferecer os air bags laterais e de cortina ao menos como opcionais na versão Ghia. A Fiat fez um estudo melhor de mercado ao lançar o Linea e colocou esses bags como opcionais em toda a linha por pouco mais de R$ 2 mil. Ford, pisou na bola. Espero

Luz no fim do túnel

Independente de gostar mais do Focus ou do Linea, vamos parar um pouco e observar este momento. Finalmente começamos a colher os frutos de cinco anos ininterruptos de crescimento chinês nas vendas de automóveis no Brasil. Por anos e anos fomos obrigados a comprar carros defasados, antiquados, com conceitos obsoletos, poucos equipamentos e um preço abusivo. O preço abusivo continua, mas agora ao menos temos boas opções de compra. No segmento de entrada, temos um Gol renovado. Justo o Gol, que por anos a fio carregou o estigma de carro antiquado e obsoleto, é hoje o mais moderno da categoria, e compartilha a mesma base mecânica de dois carros – Fox e Polo – que são vendidos tal e qual na Europa. Embora na linha imediatamente superior de categoria não tenhamos nada realmente moderno (Corsa, Palio, Fiesta não são iguais aos Europeus), a situação muda na categoria que chamamos de compactos “premium”. Apesar do vergonhoso Peugeot 206,5, Punto, Fit e Polo ainda são similares aos europeus, com

Fiat Linea: primeiras impressões

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Começaram a pipocar na Web as primeiras avaliações do Linea. E quero começar com o pé na porta, fazendo duas críticas severas: 1. O acabamento é igual ao do Punto. Em se considerando que o acabamento do Punto não é o melhor nem em sua classe – perde para o Polo – isso não é mérito nenhum. A Fiat se esmerou no tecido e no couro dos bancos, mas isso não justifica o uso de plásticos duros nas portas e no topo do painel, por exemplo. Além disso, notem como apenas uma parte mínima da porta do Linea é revestida em tecido: o resto é plasticão mesmo. Aí não dá, né dona Fiat? A não ser que esses plásticos sejam muito melhores ao vivo do que em fotos; a ver. 2. 61 mil reais pela versão de entrada? Haha, sujeito tá burro demais. Com essa mesma grana levo pra casa um Focus: suspensão mais avançada, mais gostoso de dirigir, igualmente moderno, projeto de classe mundial, motor com 13 cv a mais e similarmente mal equipado (já está na hora dos carros de R$ 60 mil virem de série com side bags, ar digit

Jornalismo de verdade

O dia em que alguma revista tiver culhões de publicar uma matéria como esta , colocando a Peugeot no seu devido lugar, bem como fazendo outros comentários importantes, eu passo a acreditar no jornalismo automobilístico brasileiro. Porque os argentinos estão ganhando de lavada.

Teste: Hyundai Azera 3.3 V6

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Para entendermos o Azera, é preciso primeiro entendermos a política de preços da Hyundai. Ao contrário da GM e seus preços abusivos para carros medíocres, a Hyundai compete oferecendo seus carros a um preço significativamente menor que a concorrência. Assim, embora seus carros de uma maneira geral ainda não exibam o mesmo refinamento e capacidade em termos de engenhariaa, o fato de serem bem mais baratos acaba compensando a diferença. Estou, é claro, tomando os melhores carros concorrentes como parâmetro, pois evidentemente existem carros bem caros e que não oferecem tantas qualidades pelo preço. Por outro lado, é fato que a qualidade produtiva da Hyundai tem melhorado a passos largos, de maneira que a diferença entre um carro coreano e um similar de uma grande fabricante européia ou americana é muitas vezes pouco significativa. O Azera é concorrente de uma categoria de carros ilustres, que compõem o segmento mais expressivo nos EUA em termos de vendas. Por ali circulam nomes de peso:

NBSR: Nova Meriva 1.4

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A GM segue líder isolada no campeonato de ver quem é a montadora mais medíocre atuando em território nacional. Não contente em ter um portfólio de produtos em que nenhum carro, eu disse nenhum carro, é melhor do que a concorrência, eles ainda inovam e dispendem recursos para piorar os carros que já são um lixo. Depois da reforma pavorosa do Classic, agora foi a vez da Meriva. Se o novo resultado não ficou tão feio, é verdade que a grade dianteira não conversa com o resto do carro, e sugere uma robustez que as linhas fluidas originais da Meriva não permitem. Mas o pior não está aí. Após um atraso absurdo, inconcebível, desproporcional, realmente uma falta de percepção do mercado, chega às concessionárias a Meriva 1.4, impulsionada pelo mesmo motor Econoflex da linha Corsa – com a qual a Meriva divide a plataforma e, portanto, torna ainda mais fácil a adaptação do motor. Bom, mas então agora a Meriva ao menos tem um preço competitivo em relação à Idea 1.4, certo? ERRADO! Caro leitor, ess

Impecável

Quem lê o blog do Linea tem certeza que dali sairá o próximo Bentley. O carro é coberto de elogios em todos os posts, culminando no que li hoje: "O Linea é impecável". É engraçado ler isso sabendo-se do histórico da Fiat de lançar carros e ir consertando seus defeitos no caminho. O caso mais emblemático e recente é o Punto, que saiu com diversos problemas nas primeiras unidades (porta-luvas que não fecha, tampa do tanque de combustível que não encaixa, espelho retrovisor que não pára na mesma posição, capa do espelho que cai), mas hoje já tem a maioria - ou todos - os defeitos sanados. Será que com o Linea será diferente? ------ Numa discussão paralela, qual o sentido de um blog? Tentei uma vez emplacar um blog corporativo, e a primeira regra é que o espaço não poderia se tornar simplesmente uma reprodução de press-releases (notícias que a empresa envia à imprensa) chovendo a empresa de elogios. Este é o caso do blog do Linea, por exemplo, que embora não reproduza especifica

Como não ganhar mercado

Desde algum tempo a Peugeot faz uma burrada enorme com seu 206 de entrada. Ou você leva direção hidráulica, ou ar-condicionado. Até há pouco tempo, isso não fazia diferença: o preço de um 206 básico com os dois equipamentos chegaria, hipoteticamente, próximo ao preço de um 206 de acabamento superior, já com os equipamentos. A chegada dessa monstruosidade chamada 207, ou mais adequadamente 206,5, mudou a configuração. Agora pode-se comprar o 206 de entrada a R$ 30.190, com a mesma escolha burra entre direção hidráulica e ar-condicionado. Para se ter os dois simultaneamente, só no 206,5, que é bem mais caro. Minha nossa, a diretoria da Peugeot foi substituída por um bando de cones? Não é possível! E tem executivos que são pagos para tomar esse tipo de decisões...

Galera medonha

É medonha e assustadora a qualidade da reportagem automobilística nesse país. Bitolado como sou, faço questão de visitar vários sites e blogs, além de normalmente comprar mais de uma revista por mês. E o que leio por aí é simplesmente boçal. Tem muita gente que nem jornalista se pode chamar. Textos com erros de português, mal escritos, mal formulados, nem após ler quatro vezes você entende o que o cara está falando. Um exemplo claro foi a avaliação do Focus pela Gazeta Mercantil. Em que pese o jornal não ser especializado no assunto, português correto e coerência nas frases são o mínimo que se espera. E, no entanto, o texto publicado é digno da lata do lixo. Nas publicações especializadas, evidentemente, o nível de exigência sobre. O português continua porco e maltratado, coitado. E o conteúdo... não melhora no grau que deveria. Coisas realmente bizarras, como um sujeito que chamou a Palio Weekend Locker de “esportivo”. Se tem uma coisa que o carro não é, é esportivo, ele teve a suspen

A fórmula é o 4+E

Tenho várias restrições ao Mille, a principal que ele é sinônimo de carro de frota. Mas igualmente vários elogios: é ótimo de dirigir mesmo sem direção hidráulica (um pouco menos após a Fiat colocar a coluna de direção do Palio nele, o que piorou sensivelmente a posição de dirigir), tem ampla visibilidade, cabe em qualquer vaga, e provavelmente é o 1.0 aspirado com melhor desempenho entre os nacionais, junto com o Ka. E a Fiat fez um apelo para torná-lo o carro mais econômico do Brasil, de certa maneira compensando seu preço inicial elevado – em comparação a alguns rivais chineses e mesmo Celta e Gol G4, que vêm caindo de preço – com uma proposta incrível de economia. As médias divulgadas pela Fiat são 11,1 km/l de álcool na cidade e 15,6 km/l na estrada, média que sobe para 22 km/l se usarmos gasolina. A Fiat fez diversas alterações no motor para torná-lo mais econômico e ainda ajustou a suspensão traseira para facilitar a rodagem: se você reparar bem, os Unos atuais apresentam as rod