Fim da Linea (putz...)
Desde antes do post anterior eu me pergunto: e o Linea? Qual minha opinião sobre o Linea? E não consigo definir nada. O design exterior é bonito, não se pode negar, mas não tem o mesmo impacto do Punto. E o fato de ambos terem frentes parecidas pode depreciar um sedã que teoricamente competirá com gente de peso, leia-se Civic e Corolla. Aliás, talvez: existe uma corrente que acredita que o Linea virá mais barato, concorrendo na categoria de Mégane e Vectra: versão de entrada a 55 mil, versão de topo a 65 mil, competindo com as versões básicas de Civic e Corolla. Outra corrente acha que ele vem pras cabeças: versão de entrada a R$ 60 mil, versão de topo a quase 70.
O primeiro ponto a ser considerado é que agora temos o Focus Sedan na brincadeira. Comportamento dinâmico exemplar, motor de 145 cv – só a gasolina – e um interior que aparenta ser muito bem-feito. O Linea compartilha a plataforma do Punto, de bom comportamento, mas que não chega à altura do Focus.
Já no segmento superior, o Fiat – assim como o Focus – terá de apresentar muitas qualidades para, aos poucos, tomar compradores de Civic e Corolla. Não que seja impossível: o Civic é bem desprovido de equipamentos e o Corolla é caro e tem falhas, como o câmbio automático antiquado e o espaço interno mediano. Mas brasileiro gosta da roubustez e do valor de revenda desses carros, além do atendimento na venda e na oficina nas japonesas, algo ainda muito superior em qualidade. Mas o Linea pode vir, sim com um pacote de equipamentos e motorização extremamente sedutor para atuar bem no segmento.
O modelo de entrada virá com um 1.9 aspirado de 130 cv. Potência no nível dos 2.0, poderia ser maior. O topo de linha virá com um 1.4 turbinado de mais de 150 cv. Essas configurações ainda podem mudar, mas é fato que a Fiat não tem um histórico recente de confiabilidade em motores, dado os erros cometidos no lançamento das unidades Fivetech do Marea, quando a Fiat recomendou a troca de óleo em intervalos muito longos e não contou com o habitual desleixo do brasileiro no que se refere à manutenção, habituado como está a mexer em motor de Monza. Então eu acredito que uma unidade 1.4 turbinada num sedã grande é uma aposta temerária, talvez ousada demais. O 1.9 deve ser aceito mais facilmente. Uma estratégia que a Fiat deve usar neste lançamento é oferecer 3 anos de garantia para o carro, provando sua fé na confiabilidade dos motores.
O Punto é um carro que poderia ser mais espaçoso pelo tamanho, e o Linea não deve sofrer desse mal, com seus aproximadamente 20 cm a mais de entreeixos. Agora, o acabamento precisa ser bastante diferenciado do irmão menor. O Punto não é referência em sua categoria – o Polo é – e o Linea entrará para competir com carros bem-feitos.
Verdade é que a Fiat perdeu o momento dos sedãs após o Tempra e agora correrá atrás do prejuízo. Eu não vejo o Linea como um fenômeno de vendas desde o início, mas sim como um carro que conquistará aos poucos e preparará o terreno para seu sucessor.
O primeiro ponto a ser considerado é que agora temos o Focus Sedan na brincadeira. Comportamento dinâmico exemplar, motor de 145 cv – só a gasolina – e um interior que aparenta ser muito bem-feito. O Linea compartilha a plataforma do Punto, de bom comportamento, mas que não chega à altura do Focus.
Já no segmento superior, o Fiat – assim como o Focus – terá de apresentar muitas qualidades para, aos poucos, tomar compradores de Civic e Corolla. Não que seja impossível: o Civic é bem desprovido de equipamentos e o Corolla é caro e tem falhas, como o câmbio automático antiquado e o espaço interno mediano. Mas brasileiro gosta da roubustez e do valor de revenda desses carros, além do atendimento na venda e na oficina nas japonesas, algo ainda muito superior em qualidade. Mas o Linea pode vir, sim com um pacote de equipamentos e motorização extremamente sedutor para atuar bem no segmento.
O modelo de entrada virá com um 1.9 aspirado de 130 cv. Potência no nível dos 2.0, poderia ser maior. O topo de linha virá com um 1.4 turbinado de mais de 150 cv. Essas configurações ainda podem mudar, mas é fato que a Fiat não tem um histórico recente de confiabilidade em motores, dado os erros cometidos no lançamento das unidades Fivetech do Marea, quando a Fiat recomendou a troca de óleo em intervalos muito longos e não contou com o habitual desleixo do brasileiro no que se refere à manutenção, habituado como está a mexer em motor de Monza. Então eu acredito que uma unidade 1.4 turbinada num sedã grande é uma aposta temerária, talvez ousada demais. O 1.9 deve ser aceito mais facilmente. Uma estratégia que a Fiat deve usar neste lançamento é oferecer 3 anos de garantia para o carro, provando sua fé na confiabilidade dos motores.
O Punto é um carro que poderia ser mais espaçoso pelo tamanho, e o Linea não deve sofrer desse mal, com seus aproximadamente 20 cm a mais de entreeixos. Agora, o acabamento precisa ser bastante diferenciado do irmão menor. O Punto não é referência em sua categoria – o Polo é – e o Linea entrará para competir com carros bem-feitos.
Verdade é que a Fiat perdeu o momento dos sedãs após o Tempra e agora correrá atrás do prejuízo. Eu não vejo o Linea como um fenômeno de vendas desde o início, mas sim como um carro que conquistará aos poucos e preparará o terreno para seu sucessor.
Comentários
O problema do Civic é ele vir pelado. Pelo preço do Civic LXS manual dá pra comprar um GLX automático, com nível de equipamentos similar (o Focus tem comp. de bordo, direção eletroidráulica com três níveis, acionamento um-toque para todos os vidros, etc.) ou então com R$ 3 mil a mais que o LXS manual dá pra levar um Ghia manual, que é muito mais completo.