Peugeot 307 Sedan Feline
A linha 307 tem avançado a passos largos em número de vendas. Podem não ser os líderes do segmento, mas é fato que a presença dos simpáticos Peugeots tem sido cada vez mais comum em nossas ruas, mostrando mais uma vez que existe um público seleto que se incomoda de dirigir carroças, como as montadoras insistem em oferecer.
O 307 Sedan vem combater no competitivo segmento dos carros médios, povoado por estrelas como Civic e Sentra e outros menos qualificados, como Focus Sedã, Vectra e Mégane. O Peugeot aposta em dois fortes argumentos neste combate: acabamento e tecnologia.
No já distante 1999, a VW, então uma empresa compromissada com o consumidor brasileiro, trouxe a nova geração do Golf ao Brasil, poucos meses após seu lançamento na Europa. O carro foi um divisor de águas: nunca, até então, um carro pequeno (médio pra nós) havia consolidado tantos itens de acabamento no mesmo pacote: espelhos nos pára-sóis com iluminação e tampa; maçanetas cromadas; luzes de cortesia nas portas; um porta-copos que funciona; entre vários outros mimos. O carro foi um salto de qualidade.
A linha 307 faz o mesmo que a linha Golf há oito anos. O interior de um 307 fica muito pouco a dever ao de uma Mercedes ou BMW do segmento de entrada (Classe C e série 3). O acabamento é primoroso, tanto pelos materiais utilizados quanto pela precisão nos encaixes. Por dentro, os carros da família são sóbrios, bonitos e muito elegantes – esta uma vantagem ainda maior nos 307 de entrada, disponíveis na faixa de 50 a 55 mil, onde competem com carros nitidamente inferiores neste quesito – Astra, Focus, até mesmo o Golf.
Na faixa onde concorre o 307 Sedan Feline, nenhuma das opções traz um acabamento tão bom. O Civic, embora sem falhas no acabamento, peca nos materiais; o Corolla é nitidamente pobre; o Mégane tem ótimos tecidos mas peca nos plásticos.
Outro argumento de peso é a tecnologia. Na versão Feline, intermediária, o 307 tem um computador de bordo único no Brasil em facilidade de uso e fartura de informações fornecidas, inclusive consumo em km/l, como estamos acostumados. Além disso, traz sensor de luminosidade e de chuva e ar-condicionado Bi-Zone, equipamentos que não gosto mas que têm seus fãs.
Dirigindo, o carro mostra muitas qualidades. A suspensão tende à esportividade, mas consegue levar passageiros numa estrada com uma alta dose de conforto. A posição de dirigir é perfeita – o banco tem a densidade ideal de espuma e o volante forrado de couro tem o tamanho e diâmetro perfeitos. O painel é bonito e traz indicador do nível de óleo a cada vez que se liga o motor, algo que deveria ser obrigatório. O acionamento dos comandos é suave e passa a impressão de um carro de categoria superior.
O espaço interno é bem razoável, se considerarmos que o carro origina de um hatch. Na frente é amplo, embora passageiros atrás possam reclamar do espaço para as pernas. Na largura vai bem, assim como na altura nos dois bancos. O porta-malas é monstruoso, com mais de 500 litros de capacidade, e ainda conta com pequenas divisões na lateral – úteis para levar objetos frágeis – e uma redinha que funciona tanto como dividor quanto serve para manter objetos fixos ao chão.
Os dois motores multiválvulas da Peugeot estão entre os melhores do país, hoje – e o 1.4 estava na lista até a GM mostrar ser possível arrancar 100 cv nesses propulsores no álcool, o que deixou para trás os 1.4 de Fiat, Peugeot e Citroën. O 2.0 16v entrega generosas fatias de torque desde as baixas rotações e, se levado a altos giros, entrega bastante desempenho. O carro só começa a perder fôlego acima dos 170 km/h, velocidade já bem pouco prudente. O problema é...
O problema é o câmbio. Quando lançado, o câmbio com opção de trocas manuais, com tecnologia Porsche, dava pinta que seria o supra-sumo da coisa. Hoje, que temos acesso a diversos tipos de câmbios, percebemos o quanto a unidade da Peugeot é uma porcaria. No uso normal, em drive, as marchas entram com trancos. Não que incomode, mas caixas com menos tecnologia, como a do Focus e a do Corolla, fazem isso melhor. O uso das marchas em modo manual é atrapalhado pelo terrível lag entre o comando e a efetiva troca, o que desestimula qualquer condução mais esportiva. Além disso, a idéia de trocar as marchas ascendentes colocando a alavanca para cima é anti-natural – deveria ser o inverso. Para uma tocada realmente esportiva, vale acionar o botão “S”, de Sport. As trocas são feitas no limite de giros e o desempenho melhora bastante.
Mas o pior, o pior mesmo do câmbio é a hesitação. Retomadas de velocidade na faixa de 10 – 40 km/h são um inferno. Ou o câmbio não reduz, o que te deixa à mercê da segunda marcha, ou leva uma enormidade para colocar a primeira – quando o faz, a oportunidade já passou e você não precisa mais arrancar rápido. O carro é bastante ágil, por exemplo, se você estiver parado num sinal e precisar sair forte, mesmo sem a tecla “S”. Mas, se você estiver chegando num cruzamento, ver que há um carro vindo ao longe e acelerar para passar, vai ver a enormidade de tempo que o carro leva para fazer esta operação.
A lerdeza do câmbio cobra um preço alto no consumo de combustível. É um carro beberrão, sim. É possível obter médias de 8-9 km/l ao se dirigir com absoluta calma (um Civic ou Corolla autmoáticos chegam a 11 km/l nestas condições), mas o consumo urbano normal tende a ficar em torno de 6-7 km/l. Este tipo de consumo é simplesmente inadmissível num carro atual.
Aliado ao câmbio na campanha para comprometer as qualidades do carro está o design. Caramba, que coisa feia. As versões hatch e perua são muito atraentes, mas o sedã ganhou uma traseira disforme, agravada pelo fato do carro usar as mesmas portas traseiras do hatch, que simplesmente não têm a queda suave necessária a um sedã. O conjunto desagrada pela falta de harmonia e de ousadia – uma frente agressiva daquelas com uma traseira chinfrim.
No entanto, sabendo das qualidades e defeitos do seu produto, a Peugeot adotou uma postura realista, e o carro pode ser encontrado com grandes descontos – ao contrário do Mégane e do Vectra. Existem unidades mais bataras que o hatch, o que é um tremendo negócio – o dinheiro economizado paga por tanques e tanques de gasolina. Além disso, sempre existem as versões manuais – a 1.6, Flex, e a 2.0, para evitar os dissabores com o câmbio – que, aliás, é oferecido gratuitamente nos 2.0. O preço atraente, no entanto, esconde uma bem provável dificuldade na revenda – o carro não caiu no gosto do povo e já sofre uma forte desvalorização.
Como produto, o carro tem qualidades e defeitos. O Civic e o Sentra oferecem pacotes com mais equilíbrio entre qualidades e defeitos, mas é verdade que os extremos do Peugeot são interessantes, em especial o ótimo acabamento. O carro vale, ainda mais com os descontos, mas pode ser dor de cabeça na hora de revender.
Estilo 3 – Deveria ganhar zero, mas o bonito estilo da frente salva.
Acabamento 9 – não ganha dez pois não inspirou confiança; é bem provável que o carro fique com alguns barulhos irritantes com uns 30 mil km.
Posição de dirigir 10 – impecável; Volante e banco de ótimo revestimento e com amplas regulagens; posição dos pedais é muito boa e há espaço para descansar o pé esquerdo.
Instrumentos 9 – oferecer o essencial, mais o indicador de óleo, muito interessante. Ganharia 10 se tivesse algum diferencial analógico, como um medidor de carga da bateria.
Itens de conveniência 10 – ABS com EBD, computador de bordo dos mais completos, sensores de chuva e luminosidade; é só inventar um opcional que o carro tem. Uma pena o sensor traseiro de estacionamento com visor estar restrito à versão Griffe, bem como o teto solar.
Espaço interno 7 – Ótimo na frente, poderia ser melhor atrás. Não há como bater o Vectra neste quesito, nesta faixa de preço.
Porta-malas 10 – Enorme, bem acabado, com várias divisórias, iluminação e dobradiças pantográficas.
Motor 8 – Amplo torque e muita potência. Mas bebe gasolina demais; poderia fazer a mesma coisa bebendo 30% menos combustível.
Desempenho 7 – Mais do que suficiente para cidade e estrada, mas uma pena o desencontro entrre motor e câmbio
Câmbio 2 – Responsável por estragar o carro. Vai bem numa condução MUITO tranquila ou numa MUITO esportiva. Não se adapta ao meio termo e as trocas manuais são praticamente inúteis. Méritos pela retenção de marchas, que poupa freios.
Freios 9 – O carro é pesado, mas o conjunto de ABS, EBD e disco nas quatro rodas fazem o bichão parar instantaneamente.
Suspensão 6 – Bem acertada, com um toque interessante de esportividade. A nota é um tanto baixa pela minha revolta pessoal contra o eixo de torção – vamos adotar suspensão traseira multibraço, pessoal, é tão melhor...
Estabilidade 6 – Não é um esportivo como o Civic, mas se defende bem em considerando o porte do carro.
Segurança passiva 4 – É fraco o pacote com apenas air bag duplo. Esta categoria já deveria incluir air bags laterais de série. Pontos para o ABS com EBD.
Custo-benefício 8 – Muito atraente, em especial se considerarmos os descontos que são obtidos na concessionária. É um carro que se garante na disputa com o queridinho Civic. A revenda, no entanto, pode ser bem complicada...
O 307 Sedan vem combater no competitivo segmento dos carros médios, povoado por estrelas como Civic e Sentra e outros menos qualificados, como Focus Sedã, Vectra e Mégane. O Peugeot aposta em dois fortes argumentos neste combate: acabamento e tecnologia.
No já distante 1999, a VW, então uma empresa compromissada com o consumidor brasileiro, trouxe a nova geração do Golf ao Brasil, poucos meses após seu lançamento na Europa. O carro foi um divisor de águas: nunca, até então, um carro pequeno (médio pra nós) havia consolidado tantos itens de acabamento no mesmo pacote: espelhos nos pára-sóis com iluminação e tampa; maçanetas cromadas; luzes de cortesia nas portas; um porta-copos que funciona; entre vários outros mimos. O carro foi um salto de qualidade.
A linha 307 faz o mesmo que a linha Golf há oito anos. O interior de um 307 fica muito pouco a dever ao de uma Mercedes ou BMW do segmento de entrada (Classe C e série 3). O acabamento é primoroso, tanto pelos materiais utilizados quanto pela precisão nos encaixes. Por dentro, os carros da família são sóbrios, bonitos e muito elegantes – esta uma vantagem ainda maior nos 307 de entrada, disponíveis na faixa de 50 a 55 mil, onde competem com carros nitidamente inferiores neste quesito – Astra, Focus, até mesmo o Golf.
Na faixa onde concorre o 307 Sedan Feline, nenhuma das opções traz um acabamento tão bom. O Civic, embora sem falhas no acabamento, peca nos materiais; o Corolla é nitidamente pobre; o Mégane tem ótimos tecidos mas peca nos plásticos.
Outro argumento de peso é a tecnologia. Na versão Feline, intermediária, o 307 tem um computador de bordo único no Brasil em facilidade de uso e fartura de informações fornecidas, inclusive consumo em km/l, como estamos acostumados. Além disso, traz sensor de luminosidade e de chuva e ar-condicionado Bi-Zone, equipamentos que não gosto mas que têm seus fãs.
Dirigindo, o carro mostra muitas qualidades. A suspensão tende à esportividade, mas consegue levar passageiros numa estrada com uma alta dose de conforto. A posição de dirigir é perfeita – o banco tem a densidade ideal de espuma e o volante forrado de couro tem o tamanho e diâmetro perfeitos. O painel é bonito e traz indicador do nível de óleo a cada vez que se liga o motor, algo que deveria ser obrigatório. O acionamento dos comandos é suave e passa a impressão de um carro de categoria superior.
O espaço interno é bem razoável, se considerarmos que o carro origina de um hatch. Na frente é amplo, embora passageiros atrás possam reclamar do espaço para as pernas. Na largura vai bem, assim como na altura nos dois bancos. O porta-malas é monstruoso, com mais de 500 litros de capacidade, e ainda conta com pequenas divisões na lateral – úteis para levar objetos frágeis – e uma redinha que funciona tanto como dividor quanto serve para manter objetos fixos ao chão.
Os dois motores multiválvulas da Peugeot estão entre os melhores do país, hoje – e o 1.4 estava na lista até a GM mostrar ser possível arrancar 100 cv nesses propulsores no álcool, o que deixou para trás os 1.4 de Fiat, Peugeot e Citroën. O 2.0 16v entrega generosas fatias de torque desde as baixas rotações e, se levado a altos giros, entrega bastante desempenho. O carro só começa a perder fôlego acima dos 170 km/h, velocidade já bem pouco prudente. O problema é...
O problema é o câmbio. Quando lançado, o câmbio com opção de trocas manuais, com tecnologia Porsche, dava pinta que seria o supra-sumo da coisa. Hoje, que temos acesso a diversos tipos de câmbios, percebemos o quanto a unidade da Peugeot é uma porcaria. No uso normal, em drive, as marchas entram com trancos. Não que incomode, mas caixas com menos tecnologia, como a do Focus e a do Corolla, fazem isso melhor. O uso das marchas em modo manual é atrapalhado pelo terrível lag entre o comando e a efetiva troca, o que desestimula qualquer condução mais esportiva. Além disso, a idéia de trocar as marchas ascendentes colocando a alavanca para cima é anti-natural – deveria ser o inverso. Para uma tocada realmente esportiva, vale acionar o botão “S”, de Sport. As trocas são feitas no limite de giros e o desempenho melhora bastante.
Mas o pior, o pior mesmo do câmbio é a hesitação. Retomadas de velocidade na faixa de 10 – 40 km/h são um inferno. Ou o câmbio não reduz, o que te deixa à mercê da segunda marcha, ou leva uma enormidade para colocar a primeira – quando o faz, a oportunidade já passou e você não precisa mais arrancar rápido. O carro é bastante ágil, por exemplo, se você estiver parado num sinal e precisar sair forte, mesmo sem a tecla “S”. Mas, se você estiver chegando num cruzamento, ver que há um carro vindo ao longe e acelerar para passar, vai ver a enormidade de tempo que o carro leva para fazer esta operação.
A lerdeza do câmbio cobra um preço alto no consumo de combustível. É um carro beberrão, sim. É possível obter médias de 8-9 km/l ao se dirigir com absoluta calma (um Civic ou Corolla autmoáticos chegam a 11 km/l nestas condições), mas o consumo urbano normal tende a ficar em torno de 6-7 km/l. Este tipo de consumo é simplesmente inadmissível num carro atual.
Aliado ao câmbio na campanha para comprometer as qualidades do carro está o design. Caramba, que coisa feia. As versões hatch e perua são muito atraentes, mas o sedã ganhou uma traseira disforme, agravada pelo fato do carro usar as mesmas portas traseiras do hatch, que simplesmente não têm a queda suave necessária a um sedã. O conjunto desagrada pela falta de harmonia e de ousadia – uma frente agressiva daquelas com uma traseira chinfrim.
No entanto, sabendo das qualidades e defeitos do seu produto, a Peugeot adotou uma postura realista, e o carro pode ser encontrado com grandes descontos – ao contrário do Mégane e do Vectra. Existem unidades mais bataras que o hatch, o que é um tremendo negócio – o dinheiro economizado paga por tanques e tanques de gasolina. Além disso, sempre existem as versões manuais – a 1.6, Flex, e a 2.0, para evitar os dissabores com o câmbio – que, aliás, é oferecido gratuitamente nos 2.0. O preço atraente, no entanto, esconde uma bem provável dificuldade na revenda – o carro não caiu no gosto do povo e já sofre uma forte desvalorização.
Como produto, o carro tem qualidades e defeitos. O Civic e o Sentra oferecem pacotes com mais equilíbrio entre qualidades e defeitos, mas é verdade que os extremos do Peugeot são interessantes, em especial o ótimo acabamento. O carro vale, ainda mais com os descontos, mas pode ser dor de cabeça na hora de revender.
Estilo 3 – Deveria ganhar zero, mas o bonito estilo da frente salva.
Acabamento 9 – não ganha dez pois não inspirou confiança; é bem provável que o carro fique com alguns barulhos irritantes com uns 30 mil km.
Posição de dirigir 10 – impecável; Volante e banco de ótimo revestimento e com amplas regulagens; posição dos pedais é muito boa e há espaço para descansar o pé esquerdo.
Instrumentos 9 – oferecer o essencial, mais o indicador de óleo, muito interessante. Ganharia 10 se tivesse algum diferencial analógico, como um medidor de carga da bateria.
Itens de conveniência 10 – ABS com EBD, computador de bordo dos mais completos, sensores de chuva e luminosidade; é só inventar um opcional que o carro tem. Uma pena o sensor traseiro de estacionamento com visor estar restrito à versão Griffe, bem como o teto solar.
Espaço interno 7 – Ótimo na frente, poderia ser melhor atrás. Não há como bater o Vectra neste quesito, nesta faixa de preço.
Porta-malas 10 – Enorme, bem acabado, com várias divisórias, iluminação e dobradiças pantográficas.
Motor 8 – Amplo torque e muita potência. Mas bebe gasolina demais; poderia fazer a mesma coisa bebendo 30% menos combustível.
Desempenho 7 – Mais do que suficiente para cidade e estrada, mas uma pena o desencontro entrre motor e câmbio
Câmbio 2 – Responsável por estragar o carro. Vai bem numa condução MUITO tranquila ou numa MUITO esportiva. Não se adapta ao meio termo e as trocas manuais são praticamente inúteis. Méritos pela retenção de marchas, que poupa freios.
Freios 9 – O carro é pesado, mas o conjunto de ABS, EBD e disco nas quatro rodas fazem o bichão parar instantaneamente.
Suspensão 6 – Bem acertada, com um toque interessante de esportividade. A nota é um tanto baixa pela minha revolta pessoal contra o eixo de torção – vamos adotar suspensão traseira multibraço, pessoal, é tão melhor...
Estabilidade 6 – Não é um esportivo como o Civic, mas se defende bem em considerando o porte do carro.
Segurança passiva 4 – É fraco o pacote com apenas air bag duplo. Esta categoria já deveria incluir air bags laterais de série. Pontos para o ABS com EBD.
Custo-benefício 8 – Muito atraente, em especial se considerarmos os descontos que são obtidos na concessionária. É um carro que se garante na disputa com o queridinho Civic. A revenda, no entanto, pode ser bem complicada...
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