PALEO

Xi, gente. Queimei a língua a respeito do Palio. Não a respeito da traseira, que continua sem graça, mas a minha maior crítica – o empobrecimento do interior – não aconteceu. Aliás, por dentro o carro segue muito parecido com a geração atual, o que conta pontos positivos. Se, em termos de precisão de montagem, a Fiat ainda tem bastante o que aprender, é fato que os materiais empregados superam amplamente a concorrência – e para isso não foi necessário nenhum grande salto de qualidade; Fiesta e Corsa antigos, que tinham bom acabamento, foram substituídos por gerações anos-luz atrás no quesito (considerando-se o Celta como sucessor do Corsa; o Corsa atual, de ótimo acabamento, sofre com seu posicionamento no mercado).

Com a mudança, o carro segue uma excelente compra. Embora não tenha um quesito de amplo destaque (como a dirigibilidade no Fiesta e a indestrutibilidade do Gol), é um carro sem grandes defeitos que ainda bebe da fonte do ótimo projeto 178, que lançou o carro, com melhorias corajosas da Fiat – como o computador de bordo presente em (quase) todas as versões.

O futuro do Palio é mais difícil de prever. A extinção da versão de topo (HLX 1.8, cujo teste será publicado em breve) mostra o espaço que será aberto ao Grande Punto. É provável que Siena e Palio Weekend, no entanto, sigam com versões de topo para competirem no segmento superior, onde a família Punto talvez não se desenvolva.

Problema, no entanto, é a própria plataforma, já com dez anos. Siena e Palio, principalmente, já sofrem na comparação com a concorrência devido ao entreeixos curto. O que não constitui um problema no segmento de entrada (Celta e Gol não são sinônimos de espaço, e nem o futuro compacto Ford, derivado do... Ka), mas pode alijar a competitividade da Fiat contra Fox e Corsa, e também com os substitutos que as francesas aprontam para 206 e Clio.

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